Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM
GERONTOLOGIA
1ª Edição
Belém-PA
2020
4
https://doi.org/10.46898/rfb.9786558890614
P474
ISBN: 978-65-5889-061-4
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614
CDD 614.52
5
Conselho Editorial:
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos -
Souza - UFOPA (Editor-Chefe). UFRA.
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga - Prof.ª Me. Antônia Edna Silva dos Santos
UFPA. - UEPA.
Prof. Me. Laecio Nobre de Macedo - Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa -
UFMA. UFMA.
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida - Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho
UFOPA. - UFSJ.
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo Prof.ª Drª. Isabella Macário Ferro Caval-
- IFMA. canti - UFPE.
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Sil-
va - IFPA.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza -
UFPA.
Diagramação:
Danilo Wothon Pereira da Silva.
Arte da capa:
Pryscila Rosy Borges de Souza.
Imagens da capa:
www.canva.com
Revisão de texto:
Os autores.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................9
CAPÍTULO 1
SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA NO PERÍODO DE CO-
VID-19......................................................................................................................................11
ALVES, Roberta Machado
COSTA, Vanessa Cristina de Góes e Silva Faustino
OLIVEIRA, Tatiana Maria de
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.1
CAPÍTULO 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS:
REVISÃO INTEGRATIVA..................................................................................................21
LUCENA, Brunno Alves de
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.2
CAPÍTULO 3
IMPACTOS DA COVID-19 NA SEGURANÇA ALIMENTAR DA PESSOA IDOSA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA...................................................37
OLIVEIRA, Tatiana Maria de
COSTA, Vanessa Cristina de Góes e Silva Faustino
ALVES, Roberta Machado
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.3
CAPÍTULO 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABU-
SIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO....................................................................47
MACHADO, Ana Karina da Cruz
ALVES, Roberta Machado
OLIVEIRA, Hilderline Câmara de
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.4
CAPÍTULO 5
IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A VIOLÊNCIA DIRECIONA-
DA A PESSOA IDOSA.........................................................................................................59
ARAÚJO, Mayara Priscilla Dantas
ALVES, Roberta Machado
COSTA, Vanessa Cristina de Góes e Silva Faustino
OLIVEIRA, Tatiana Maria de
ARAÚJO, Melissa de Oliveira
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.5
CAPÍTULO 6
AURICULOTERAPIA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO TRATAMENTO
DO TABAGISMO EM IDOSOS NO MUNICÍPIO DE LAGOA DE VELHOS/RN �����67
PAULA, Tatiana Pimentel
MACHADO, Ana Karina da Cruz
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.6
7
CAPÍTULO 7
SAÚDE E ENVELHECIMENTO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA
PRISIONAL: UMA REFLEXÃO FRENTE A ADPF 527 DA ABGLT...........................75
TOMAZ, Jufran Alves
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.7
CAPÍTULO 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECO-
CE DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLEXÃO TEÓRICA............................83
NOBRE, Maria Jeovaneide Ferreira
ALVES, Roberta Machado
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.8
CAPÍTULO 9
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM IDOSOS COM ARTRITE REUMA-
TOIDE: RELAÇÃO COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA...................93
MACHADO, Aída Cruz
MACHADO, Ana Karina da Cruz
ALVES, Roberta Machado
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.9
CAPÍTULO 10
FATORES BIOPSICOSSOCIAIS DA APOSENTADORIA PARA A PESSOA
IDOSA....................................................................................................................................103
MORENO, Lauranery de Deus
ALVES, Roberta Machado
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.10
CAPÍTULO 11
EXAME CITOPATOLÓGICO EM IDOSAS: A CORRESPONSABILIZAÇÃO NO
CUIDADO A SAÚDE CONTRA O CÂNCER CERVICO-UTERINO......................109
NOGUEIRA, Maria Izabel dos Santos
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.11
CAPÍTULO 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPOR-
TÂNCIA DO SUPORTE FAMILIAR...............................................................................119
SILVA, Ricardo Lourenço da Silva
NOGUEIRA, Maria Izabel dos Santos
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.12
ÍNDICE REMISSIVO..........................................................................................................128
8
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
APRESENTAÇÃO
A pesquisa em saúde é uma importante ferramenta para a melhoria da situação
de saúde das populações. Essa ferramenta serve como subsídio para tomadas de deci-
sões na definição de políticas e no planejamento em saúde, além de contribuir com la-
cunas na literatura. Nesse sentido, o livro “Pesquisas multidisciplinares em Gerontolo-
gia” trata sobre investigações científicas, pautadas nas necessidades dessa população,
importantes para o planejamento e aplicação no cotidiano das práticas assistenciais
nos diferentes níveis de saúde.
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.1
1 Psicóloga. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde Mental. Especialista em Avaliação Psicológica. Especialista em
Psicologia Hospitalar e da Saúde. Especialista em UTI Geral e Assistência Intensiva ao Paciente Crítico. Mestranda em
Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Email: psirobertaalves@gmail.com l ORCID:
0000-0003-1697-1015
2 Psicóloga. Especialista em Neuropsicologia Clínica. Mestranda em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN).
Email: vanessa.goes.11@gmail.com l ORCID: 0000-0001-7562-0034
3 Nutricionista. Especialista em Saúde da Família. Mestranda em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN).
Email: tatianam_oliveira@hotmail.com l ORCID: 0000-0001-6401-1938
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
12
RESUMO
INTRODUÇÃO
13
Dessa forma, essa revisão integrativa de literatura visa identificar sintomas de-
pressivos na população idosa no período de COVID-19, reafirma-se que esse estudo
é de suma importância para problemas que inferem na saúde mental do idoso, uma
vez que, a partir desse conhecimento será possível a elaboração de estratégias não só
de monitoramento, mas de intervenção precoce de forma a minimizar os sintomas
manifestações presentes, prevenindo a ocorrência, deteriorações emocionais e agravos
psicológicos.
METODOLOGIA
O presente estudo foi construído com base nas seguintes etapas: (1) definição
do tema, objetivo e problemática de pesquisa; (2) definição das estratégias de busca e
levantamento do material bibliográfico científico; (3) avaliação e análise crítica dos da-
dos bibliográficos encontrados; exposição e discussão dos resultados; (4) apresentação
íntegra da revisão integrativa de literatura (CARNEIRO et al. 2020).
Capítulo 1
SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA NO PERÍODO DE COVID-19
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
14
Fonte: Autores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
15
Capítulo 1
SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA NO PERÍODO DE COVID-19
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
16
Fonte: Autores.
17
Para Beautrais et al. (2002) a forte associação entre suicídio e depressão leva a
recomendar sérios cuidados em relação aos que apresentam esse sofrimento mental.
Beeston (2006) confirma, a partir de extensa revisão de várias pesquisas (CHESNAIS,
1981; REINOLDS, 1999; ROSENSTEIN, 1998) que o tratamento e o manejo da depres-
são talvez seja o fator singular mais importante na prevenção de suicídio em idosos.
Embora exista um preconceito segundo o qual as pessoas idosas sejam naturalmente
deprimidas por causa da idade, a depressão não é um fato normal do envelhecimento
(BEESTON, 2006).
CONCLUSÃO
Capítulo 1
SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA NO PERÍODO DE COVID-19
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
18
AGRADECIMENTO
REFERÊNCIAS
BAO, Y. SUN, Y. MENG, S. SHI, J. & LU, L. 2019-nCoV epidemic: address mental
health care to empower society. The Lancet, 2020.
BEESTON, D. Older people and suicide. Stoke on Trent: Centre for Ageing and Men-
tal/Health Staffordshire University; 2006.
BROOKS, S.K. et al. (2020) The psychological impact of quarantine and how to re-
duce it: rapid review of the evidence. The Lancet, 2020.
BRUCE ML, TEN HAVE TR, REYNOLDS 3RD CF, KATZ II, SCHULBERG HC,
MULSANT BH, et al. Reducing suicidal ideation and depressive symptoms in de-
pressed older primary care patients: a randomized controlled trial. JAMA. 2004.
CHESNAIS, J.C. Histoire de la violence en occident de 1800 à nos jours. Paris, 1981.
19
EL HAJ, M. et al. High depression and anxiety in people with Alzheimer’s disease
living in retirement homes during the covid-19 crisis. Psychiatry Res, 2020.
HUI MENG et al. Analyze the psychological impact of COVID-19 among the elderly
population in China and make corresponding suggestions. Psychiatry Res., v.289,
2020.
KRUG, E.G. DAHLBERG, L.L. MERCY, J.A. ZWI, J.A. LOZANO, R. World report on
violence and health. Geneva: World Health Organization; 2002.
ORNELL, F., SCHUCH, J. B., SORDI, A. O., & KESSLER, F. H. P. (2020). “Pandemic
fear” and COVID-19: mental health burden and strategies. Brazilian Journal of Psy-
chiatry.
REINOLDS, C.F. FRANK, E. PEREL, J.M. IMBER, S. et al. Nortriptyline and interper-
sonal psychotherapy as maintenance therapies for recurrent Mjor depression. JAMA.
1999;.
VAHIA, I.V. et al. COVID-19, Mental Health and Aging: A Need for New Knowledge
to Bridge Science and Service. The American Journal of Geriatric Psychiatry, 2020.
Capítulo 1
SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA NO PERÍODO DE COVID-19
20
CAPÍTULO 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA
PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS:
REVISÃO INTEGRATIVA
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.2
22
RESUMO
INTRODUÇÃO
Dados emergentes sugerem que há uma maior taxa de mortalidade entre a popu-
lação de idosos, com taxas variando de 3,6% a 14,8% para maiores de 60 anos (MEHRA,
2020). A fim de garantir proteção e atenuar a disseminação da síndrome respiratória
23
aguda grave (SARS-CoV-2) a esse grupo de risco, os países do mundo estão impondo
bloqueios, toques de recolher e isolamento social (RAJKUMAR, 2020).
No entanto, é notório que o isolamento social entre idosos se constitui como uma
“séria preocupação de saúde pública” devido ao seu risco aumentado de problemas
cardiovasculares, autoimunes, neurocognitivos e de saúde mental. Muitos idosos de-
pendem de outras pessoas para a realização de suas atividades diárias e o distancia-
mento social exigido os fazem se sentirem desamparados, especialmente aqueles que
não fazem uso das novas tecnologias (smartphone, tablete, redes sociais) (SANTINI,
2020).
Estudos indicam que outros fatores como o medo de ser contaminado por um ví-
rus potencialmente fatal, de rápida disseminação, cujas origens, natureza e curso ain-
da são pouco conhecidos, acabam afetado o bem-estar psicológico de muitas pessoas
(ASMUNDSON, 2020; CARVALHO, 2020). Sintomas de depressão, ansiedade e estresse
diante da pandemia têm sido identificados na população geral (WANG, 2020) e, em
particular, na população de idosos (ZHANG, 2020).
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
24
METODOLOGIA
A temática desse estudo teve como base a seguinte questão norteadora: Quais os
impactos psicológicos para a população de idosos, decorrentes do surto de COVID-19?
25
quisa aos resumos que apresentavam ao mesmo tempo cada um dos termos, possibili-
tando os seguintes cruzamentos: “elderly AND mental health”, “ social isolation AND
elderly health”, “COVID-19 AND psychological impacts”.
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
26
Por se tratar de uma revisão integrativa da literatura, esse estudo não necessitou
da aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa, contudo, foram considerados aspectos
éticos como a citação dos autores dos artigos selecionados.
RESULTADOS
27
Quadro 1 - Caracterização dos estudos incluídos na revisão integrativa, segundo autores, ano da pu-
blicação, país onde foi publicado, idioma original de publicação, objetivos da pesquisa, nível de Evi-
dência e principais resultados, 2020.
O referido estudo
constatou que o isolamento
Analisar os efeitos do social afeta de maneira
Richard Armitage, Inglês Isolamento social na V significativa os idosos que
Laura B Nellums. 2020. população de idosos. não possui familiares ou
Reino Unido. amigos próximos e que
dependem do apoio de
serviços voluntários ou
que o único contato social
está fora de casa, como em
creches, centros
comunitários e locais de
culto.
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
28
29
DISCUSSÃO
30
Um estudo com idosos realizado na China (MENG, 2020), apontou que as medi-
das implementadas pelas autoridades sanitárias acarretam forte implicações psiquiá-
tricas. Neste estudo em um universo amostral de 1.556 idosos, 37,1% (n=558) dos ido-
sos participantes desenvolveram transtornos depressivos e ansiosos durante o surto de
COVID-19. Esses achados concordam com outro estudo realizado também na China,
em que se observou um aumento de problemas psicológicos durante esta epidemia,
incluindo ansiedade, depressão e estresse (DUAN, 2020).
O pressuposto de manter as pessoas sem contato umas com as outras, busca di-
minuir a probabilidade de contaminação e, consequentemente, a procura por serviços
de saúde e o número de óbitos. Trata - se de uma medida usada há muitos anos para
evitar a disseminação de doenças contagiosas (BROOKS, 2020). É evidente que mui-
tos idosos dependem de outras pessoas para realização de suas atividades diárias e o
distanciamento social exigido, os fez se sentirem mais desamparados, especialmente
aqueles que não possui habilidades com as novas tecnologias (LIMA, 2020).
31
com o outro e fortalecer o apoio social, como ligações telefônicas e chamadas de vídeo
(KENNEDY, 2020).
Porém, muitos idosos não têm acesso às novas tecnologias, o que limita a pos-
sibilidade de oferta de apoio nesse momento. E ainda que tenham acesso à essas tec-
nologias, alguns idosos podem apresentar dificuldades para utilizar smartphones ou
computadores (LIU, 2020). Certos aspectos psicossociais negativos do distanciamento
social, podem ser minimizados com o uso apropriado das novas tecnologias. Criar
uma nova rede de amigos, buscar informações sobre assuntos de interesse pessoal são
atitudes que inserem o idoso novamente no meio social em tempos de desconexão
social.
Outro aspecto evidenciado nos estudos é que idosos com doenças mentais
preexistentes, tais como depressão e ansiedade, correm um risco maior de recaída de-
vido ao distanciamento social (KAYOOR, 2020). Sentimento de insegurança, não dis-
ponibilidade de mantimentos ou gêneros alimentícios essenciais em casa, insegurança
financeira, poucos relacionamentos íntimos, falta de recursos para apoiar atividades
de socialização ou participação, isso tende a elevar carga emocional facilitando o de-
sencadeamento, agravamento ou recidiva de transtornos mentais.
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
32
Alguns relatos da mídia sugerem que a vida dos mais velhos não é tão importan-
te quanto à vida dos mais jovens e que durante a atual crise da COVID-19, devido à
esmagadora carga de pacientes, especialmente aqueles que necessitam de ventiladores
mecânicos, geralmente os idosos não são prioridades para receber os ventiladores e
com isso podem morrer. Isso levou a um susto significativo entre os idosos em todo o
mundo (HAFFOWER, 2020).
Limitação do Estudo
CONCLUSÃO
33
REFERÊNCIAS
ARMITAGE, R. NELLUMS, L.B. COVID-19 and the consequences of isolating the el-
derly. The Lancet. Public Health. 2020.
BROOKS, S. K. et al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it:
Rapid review of the evidence. The Lancet. 2020.
CARVALHO, M.S. LIMA, L.D. COELI, C.M. Ciência em tempos de pandemia. Cad.
Saúde Pública [Internet]. 2020.
ERCOLE, F.F. MELO, L.S. ALCOFORADO, C.L.G.C. Integrative review versus syste-
matic review. Reme Rev Min Enferm [Internet]. 2014.
DUAN, LI & ZHU, GANG. Psychological interventions for people affected by the
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
34
GALVÃO, T.F. PANSANI, T.S.A, HARRAD, D. Principais itens para relatar Revisões
sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiol. Serv. Saúde [In-
ternet]. 2015.
KAVOOR, A.R. COVID-19 in People with Mental Illness: Challenges and Vulnerabil-
ities Asian J Psychiatr. 2020.
LIU, S. YANG, L. ZHANG, C. et al. Mental health care in China during the
COVID-19 outbreak. Lancet Psychiatry, 2020.
LIMA, C.K.T. CARVALHO, P.M.M. LIMA, I.A.A.S et al. The emotional impact of
Coronavirus 2019-nCoV (new Coronavirus disease). Psychiatry Res. 2020.
MEHRA, A. RANI, S. SAHOO, S. et al. A crisis for elderly with mental disorders:
Relapse of symptoms due to heightened anxiety due ta COVID-19. Asian J Psychiatr
[Internet]. 2020.
PARK, S. & PARK, Y. C. Mental health care measures in response to the 2019 novel
coronavirus outbreak in Korea. Psychiatry Investigation, 17(2), 85-86. 2020.
35
ZHANG, J. et al., Changes in contact patterns shape the dynamics of the COVID-19
outbreak in China. Science [Internet]. 2020. doi: 10.1126/science.abb8001.
Capítulo 2
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA
36
CAPÍTULO 3
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.3
1 Nutricionista. Especialista em Saúde da Família. Mestranda em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN). Email: tatianam_oliveira@hotmail.com l ORCID: 0000-0001-6401-1938
2 Psicóloga. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde Mental. Especialista em Avaliação Psicológica. Especialista em
Psicologia Hospitalar e da Saúde. Especialista em UTI Geral e Assistência Intensiva ao Paciente Crítico. Mestranda em
Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Email: psirobertaalves@gmail.com l ORCID:
0000-0003-1697-1015
3 Psicóloga. Especialista em Neuropsicologia Clínica. Mestranda em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN). Email: vanessa.goes.11@gmail.com l ORCID: 0000-0001-7562-0034
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
38
RESUMO
INTRODUÇÃO
No Brasil, uma das medidas tomadas foi o isolamento social, produzindo de-
bates de repercussões econômicas, sociais e psicológicas, e sendo implementado em
diferentes graus entre os municípios e estados brasileiros. (ARRAES et al., 2020; BAR-
RETO et al., 2020).
Nesse sentido, o apoio aos idosos, suas famílias e cuidadores tornam-se priori-
dades abrangentes dos países à pandemia. No decorrer da fase de isolamento e qua-
39
Dessa forma, os problemas são em maior quantidade num país como o Brasil,
pois há uma escassez de informações sobre as características de transmissão numa
conjuntura de desigualdade social e demográfica, com precárias estruturas de moradia
e saneamento, sem acesso regular à água, em condição de aglomeração, a prevalência
elevadas de doenças crônicas, com inúmeras violações de direitos humanos; o Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e a concretização da segurança alimentar
e nutricional são exemplos (GUERRA et al., 2020).
METODOLOGIA
O estudo foi construído de acordo com as seguintes etapas: (1) definição do tema,
objetivo e problemática de pesquisa; (2) estruturação das estratégias de busca e le-
vantamento do material bibliográfico encontrado na literatura científica; (3) análise e
avaliação crítica dos materiais bibliográficos encontrados; exposição e discussão dos
resultados alcançados; (4) apresentação da revisão integrativa de literatura na íntegra
(CARNEIRO et al., 2020).
Capítulo 3
IMPACTOS DA COVID-19 NA SEGURANÇA ALIMENTAR DA PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERA-
TURA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
40
Portal Regional da
BVS
Segurança alimentar and Idoso or Pessoa idosa and Covid
Fonte: Autores.
RESULTADOS
41
grau de insegurança
alimentar.
Fonte: Autores.
DISCUSSÃO
Capítulo 3
IMPACTOS DA COVID-19 NA SEGURANÇA ALIMENTAR DA PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERA-
TURA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
44
45
para idosos em risco para COVID-19, além disso oferece a opção de entrega de refei-
ções balanceadas para idosos que residem sozinhos e não têm como cozinhar ou que
se encontrem em situação de insegurança alimentar e nutricional.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTO
REFERÊNCIAS
ALPINO, T. M. A. COVID-19 e (in)segurança alimentar e nutricional: ações do Go-
verno Federal brasileiro na pandemia frente aos desmontes orçamentários e institu-
cionais. Cad. Saúde Pública, v. 35, n. 8, 2020.
46
NILES, M. T. et al. The Early Food Insecurity Impacts of COVID-19. Nutrients, v. 12,
n. 7, 2020.
YAN, R. et al. Base estrutural para o reconhecimento do SARS-CoV-2 pelo ACE2 hu-
mano de comprimento total. Science .2020.
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.4
1 Assistente Social. Gerontóloga. Professora. Especialista em Gerontologia e Saúde Mental. Mestranda em Psicologia
Organizacional e do Trabalho – Universidade Potiguar (UNP). Email: karinacruz_rn@yahoo.com.br l ORCID: 0000-
0001-5898-1807
2 Psicóloga. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde Mental. Especialista em Psicologia Hospitalar e da Saúde.
Mestranda em Saúde Coletiva - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Email: psirobertaalves@gmail.com l ORCID: 0000-0003-1697-1015
3 Assistente Social. Especialista em Antropologia Cultural. Mestra em Serviço Social - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN). Doutora em Ciências Sociais - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Email: hilderlinec@hotmail.com l ORCID: 0000-0003-4810-117X
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
48
RESUMO
INTRODUÇÃO
Nas relações de consumo, fica cada vez mais evidente a ação de má fé contra a
pessoa idosa. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC, 1990), essa
conduta é enquadrada em prática abusiva, sendo vedada. Apesar disso, inúmeros são
os idosos vítimas de crimes e abusos em compras, empréstimos e financiamentos.
Para Salgado (2015, p.29), o consumidor idoso é “uma vítima das estratégias pre-
datórias do mercado de consumo” , pois, devido a sua fragilidade, as empresas em
geral que buscam clientela a qualquer custo, conseguem perceber quando o consumi-
dor não compreende o caráter oneroso do contrato, ou os encargos já somados nos
produtos, e assim, agem de má fé, lesando o consumidor idoso.
O CDC considera como práticas abusivas as condutas que fazem acentuar o de-
sequilíbrio entre o fornecedor e o consumidor numa relação de consumo. Esse dese-
49
quilíbrio é comumente visto nas vendas aos idosos, quase nunca esclarecidos quanto a
juros, multas, parcelas a se pagar, ficam no prejuízo ou sofrem quando se atentam para
as reais condições da compra adquirida (BRASIL, 1990).
Outro tipo de crime cometido contra a pessoa idosa, são os empréstimos e a re-
tenção do seu cartão de benefício, sejam esses praticados por parentes ou desconheci-
dos. O Estatuto do Idoso (Lei 10.701/2003) considera crime as apropriações indébitas,
normalmente cometida pelos filhos, agentes bancários ou parentes próximos e confi-
gurado como violência financeira, terceira violência mais sofrida pelo idoso, segundo
a Secretaria de Direitos Humanos (BRASIL, 2018).
Para Barros (2016), a pessoa idosa é considerada hipervulnerável, pois essas prá-
ticas são facilitadas devido a idade avançada, onde uma das consequências da idade
é a diminuição da compreensão o que faz com que se torne pessoa suscetível a sofrer
fraudes e práticas abusivas nas relações de consumo, inclusive ações de má fé sofridas
pelos próprios familiares.
O presente trabalho tem como objetivo, discutir a hiper vulnerabilidade nas prá-
ticas abusivas e nas relações de consumo vivenciadas pelo consumidor idoso.
Espera-se com isso ampliar a discussão sobre os tipos de práticas abusivas e cri-
mes cometidos contra os consumidores idosos, as quais são praticadas por estranhos e
também no âmbito das relações familiares.
Capítulo 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABUSIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
50
Sabe-se que, com crescente número de idosos no país, se se faz necessária a pro-
teção contra a violação de direitos, uma vez que, sendo vítimas de práticas abusivas
e crimes de consumo, os idosos não vivenciam apenas perdas financeiras, mas o su-
perendividamento, o abandono, entre outras situações que impactam diretamente em
sua qualidade de vida.
METODOLOGIA
Quanto aos critérios de inclusão utilizados, foi realizada uma busca em artigos
na língua portuguesa, aos quais discorriam sobre a vulnerabilidade da pessoa idosa
para práticas abusivas. Os descritores buscados foram: idosos vulneráveis, violência
financeira e idosos, relações de consumo e pessoa idosa, uso da má fé com idosos e
relações de consumo e idoso.
Cabe observar que o ano de publicação não foi um critério estabelecido como
importante, tendo em vista que todos os artigos que tinham relevância foram prima-
riamente considerados, pois a temática das relações de consumo e abusos financeiros
com idosos ainda é recente e restrita. Sendo assim, foram lidos 21 artigos e selecio-
nados 16, aos quais foram incluídos nesse estudo. A leitura do Código de Defesa do
Consumidor e do Estatuto do Idoso também se fez necessária.
51
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O CDC (1990) destaca que, o princípio da boa-fé, nas relações de consumo com
idosos, deve ser mais detalhado e amplo, devendo o fornecedor tomar precauções ao
oferecer seu produto de maneira diferente ao que faria em relações com pessoas mais
jovens. O CDC considera ainda a hipervulnerabilidade do idoso, obrigando uma pos-
tura mais cautelosa nas ofertas, evitando vendas e contratação considerada abusiva
(BRASIL, 1990; COLUCCI, 2015).
Corroborando com esse estudo, o Jusbrasil (STJ, 2017) destacam que os tribunais
têm entendido que cabe ao banco provar que o idoso firmou o contrato ou aceitou
determinado empréstimo ou seguro, caso o banco não consiga provar, caberá indeni-
zação por dano moral.
Pesquisas de Souza (2016), apontam que são utilizadas diversas estratégias para
convencer o idoso e o atrair para o mundo do endividamento. Muitas vezes essa dí-
vida não é contraída pelo idoso como aponta Lopes (2017), os filhos foram apontados
Capítulo 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABUSIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
52
como violadores em 54% dos casos totais de abuso financeiro e violência patrimonial,
e os netos, em 8%.
O Poder Judiciário brasileiro no ano de 2019, em uma ação cobrada a uma consu-
midora de juros e multas e parcelas vencidas, reconheceu como desgastante e finalizou
a sentença como abuso de má fé do fornecedor, tendo em vista a situação hipervul-
nerável de uma senhora de 93 anos, que comprou um produto parcelado em dez ve-
zes, no entanto, as faturas nunca foram enviadas à autora, os julgadores entenderam
ainda, não ser razoável exigir o conhecimento de informática da idosa para buscar os
boletos online e imprimi-los para realizar o pagamento. Considerou ainda que, além
de todos os juros e multas serem retirados, os meios de pagamento deveriam ser de
fácil acesso, e entregues a idosa, e por ter o nome incluído nos serviços de proteção ao
crédito determinou a imediata retirada sobre risco de indenização por danos morais
(JUSBRASIL, 2019).
53
Ainda de acordo com dados levantados pela Deati, as maiores vítimas são do
sexo feminino. O art. 51, do Código de Defesa do Consumidor, reafirma a nulidade das
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços abusivos, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a
boa-fé ou a equidade (BRASIL, 1990).
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Lei 10.820/03), não permitem que os
descontos em folha de pagamento ultrapassem o percentual de 30% dos vencimentos
do consumidor. No entanto, de acordo com o Instituto de Defesa Coletiva (IDC, 2019)
existe vazamento nos dados do INSS, e antes mesmo do idoso receber o benefício da
aposentaria os bancos ligam ofertando empréstimos, além de fazerem abordagem dos
idosos no próprio banco e de terem a comodidade dos empréstimos nos caixas ele-
trônicos. Dessa forma, sem regras rígidas, os bancos seguem cercando os idosos para
atrair cada vez mais empréstimos que ultrapassam o estimado em lei e que causam o
endividamento, sendo muitas vezes tão grave que o idosos não ficam com recursos
para sobreviver com de dignidade.
No ano de 2018, foi publicada uma instrução normativa (nº 100) pelo Instituto
Nacional do Seguro Nacional (INSS) determinando que os bancos só devem ofertar
crédito consignado depois de seis meses (180 dias) da concessão do benefício (BRASIL,
2018).
A Promotoria Pública do Rio de Janeiro lançou no ano de 2018 uma cartilha fi-
nanceira para os idosos, que aborda a questão do endividamento, colocando a promo-
toria a disposição do cidadão idoso, reforça ainda a lista de golpes que tem a pessoa
idosa como vítima: golpe da ajuda ofertado por funcionário falso, golpe do recadastra-
mento, golpe do empréstimo por funcionário que não pertence a instituição bancária
(NUDECOM, 2018).
De acordo com Karpf (2014), o idoso está na invisibilidade social, tem pouca auto-
nomia e não procura seus direitos. Outro fator é a confiança demasiada que depositam
nos que se aproximam, são esses dois fatores principais que contribuem para o abuso.
Capítulo 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABUSIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
54
Diante do exposto, percebe-se que no Brasil ainda falta a educação para o consu-
mo, assim como a ética nas relações financeiras, onde uma política mais centrada no
idoso diminuiria os casos de abusos e violações registradas, sem nenhuma política de
enfrentamento e orientação, esse tipo de violação cresce a cada dia, deixando casa vez
mais o idoso vítima das relações de consumo e refém das pessoas de má fé.
CONCLUSÃO
Foi percebido que quando o idoso está endividado, ele se torna uma vítima do
consumismo, realizando inclusive outras dívidas de fácil acesso, ofertadas muitas ve-
zes por telefone, como são os empréstimos bancários, para quitar dívidas antigas, des-
sa forma aos poucos sua dignidade fica também comprometida, pois é tirado o direito
ao mínimo existencial.
Foi percebido também neste trabalho que outras legislações já se articulam para
tornar a punição mais ostensiva, obrigando o fornecedor a ter mais responsabilidade
com esse grupo de consumidores.
55
Em síntese, o estudo evidenciou que as pessoas idosas são alvos fáceis das ações
de má fé e crimes abusivos e que essas práticas tanto são praticadas por estranhos
quanto por familiares e agentes bancários, e o número de abusos vem aumentando ano
a ano, logo, se nota a necessidade em abrir o diálogo com esse segmento, orientá-los e
protegê-los contra essa violação de direitos, fazendo com que os mesmos possam en-
tender que esses crimes provocam perdas financeiras severas e superendividamento, e
devem ser denunciadas, pois, impactam diretamente em sua qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado de. A Boa-fé na relação de consumo. Revista de Di-
reito do Consumidor, n. 14, p. 20 a 27, abr./jun. 1995.
ALVES, Jaciene. Governo alerta para endividamento de idosos com empréstimo con-
signado. Portal da Câmara dos Deputados, Brasília, 2012.
BARROS, Juliana Brito Mendes de. A Boa-fé objetiva. ETIC - Encontro de iniciação
científica. Presidente Prudente, ago. 2006.
Capítulo 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABUSIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
56
Senado, 1988.
_________. Cartilha Defensor Público - Amigo do Idoso – Justiça social para assegu-
rar os direitos da melhor idade, Brasília 2018.
_________. Lei 13.646/2018 - Institui o Ano de Valorização e Defesa dos Direitos Hu-
manos da Pessoa Idosa. Brasília, 2018.
MENDES, M.R.S.S.B.; et. al. A situação social do idoso no Brasil: uma breve conside-
ração. Acta Paul Enferm.; vol.18, no.4, 2005.
MINAYO MCS. Múltiplas faces da violência contra a pessoa idosa. Mais 60 Estudos
sobre Envelhecimento 2014.
OLIVEIRA AAV, Trigueiro DRSG, Fernandes MGM, Silva AO. Maus-tratos a idosos:
revisão integrativa da literatura. Rev Bras Enferm [Internet]. 2013 [citado 2016 dez.
20];66(1):128-33. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n1/v66n1a20.
pdf Acesso em 12 maio 2020.
57
SANTOS EM, et. al. Perfil epidemiológico da violência contra o idoso no município
de Aracaju. Interfaces Cient Human Soc 2016 Disponível em: https://periodicos.set.
edu.br/index.php/humanas/article/view/1664/1116. Acesso 2 abril 2020.
SALGADO MA. Os grupos e a ação pedagógica do trabalho social com idosos. Revis-
ta Terceira Idade. São Paulo, 3º ed. 2015.
Capítulo 4
CONSUMIDOR IDOSO E A HIPER VULNERABILIDADE NAS PRÁTICAS ABUSIVAS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
58
CAPÍTULO 5
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.5
60
RESUMO
INTRODUÇÃO
Devido sua alta transmissibilidade, essa doença logo se tornou uma pandemia,
colocando os usuários dos sistemas de saúde, profissionais de saúde e o público em
geral sob uma forte pressão psicológica, que pode levar a diversos problemas psico-
lógicos, como ansiedade, medo, depressão e insônia. Isso se deu pela necessidade do
isolamento social, principal medida de prevenção e controle da doença, que potencia-
lizou a sensação de angustia pelas pessoas idosas uma vez que essas pessoas foram
consideradas um dos principais grupo de risco para esta doença (LI et al., 2020; ARMI-
TAGE; NELLUMS, 2020).
61
Além disso, houve uma intensificação das desigualdades existentes no país as-
sim como um aumento na dificuldade por acesso aos serviços de saúde e proteção so-
cial. Diante desse cenário, foi observado o aumento de denúncias de violência contra a
pessoa idosa (VCPI), que pode se manifestar na forma de violência psicológica, física,
sexual, patrimonial e institucional, negligência e abuso financeiro. (MORAES et al.,
2020; BRASIL, 2020a).
METODOLOGIA
Este estudo consistiu em uma revisão de literatura com caráter descritivo. Após
a delimitação do tema a ser revisado, foram realizadas buscas nas seguintes bases de
dados: PubMed, MEDLINE e Europe PubMed Central (Europe PMC).
Foram selecionadas para compor a amostra do estudo artigos cuja pesquisa en-
volvesse pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que abordassem a questão
da violência no contexto da pandemia da Covid-19 e que estivessem disponíveis para
leitura na íntegra.
Capítulo 5
IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A VIOLÊNCIA DIRECIONADA A PESSOA IDOSA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
62
A pesquisa foi realizada no mês de outubro de 2020. A seleção dos artigos se deu
inicialmente pelo título, sendo excluídos os títulos duplicados e selecionados aqueles
que continham algum dos descritores utilizados. Em seguida, foram avaliados os tí-
tulos e resumos, sendo selecionados os artigos que apresentavam relação com os ob-
jetivos do estudo, atendessem aos critérios de inclusão e fossem relevantes. Após essa
etapa, foi realizada a leitura completa dos artigos, que foi conduzida por dois revisores
independentes e, em caso de discordância, um outro revisor foi consultado e houve
acordo entre eles.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A violência contra a pessoa idosa é definida como o ato ou a falta de ação apro-
priada que causa dano ou angústia à pessoa idosa, podendo ocorrer dentro de qual-
quer relacionamento no qual há expectativa de confiança, podendo ser físico, emo-
cional, financeiro, negligência ou a combinação dos dois (HAN; MOSQUEDA, 2020;
D’CRUZ; BANERJEE, 2020).
Esse maior risco de sofrer violência se deve também aos problemas referentes ao
isolamento, como preocupação com a saúde e o estresse financeiro, que afetam dire-
tamente a saúde mental dos idosos, tornando-os mais susceptíveis a abusos (MAKA-
ROUN; BACHRACH; ROSLAND, 2020).
63
brecarregando-a. Essa pressão pode fazer com que a família se torne mais propensa a
ser abusiva ou negligente ou, caso já existente, agravar os maus-tratos (ELMAN et al.,
2020).
Piores condições de vida como dificuldade de acesso aos serviços de saúde, mo-
radia precária, sem saneamento básico ou água encanada, alto grau de aglomeração
no domicílio, também são fatores que contribuem para ocorrência de violência em
momentos de crise como a atual crise sanitária (MORAES et al., 2020).
Diante desse número e do fechamento dos centros para idosos, locais onde essas
pessoas recebiam suporte e tinham espaço para relatar possíveis situações de abuso,
percebe-se a magnitude desse problema e a necessidade de um serviço de proteção
à pessoa idosa como adotado em Nova Iorque segundo Elman et al. (2020), o qual
realiza visitas domiciliares para identificação das pessoas em risco de violência e que,
durante o período da pandemia da Covid-19, manteve o contato remoto com essas
pessoas de forma a monitorá-las.
Essa falta de políticas públicas voltadas para a população idosa é destacada por
Moraes et al. (2020), que traz que a necessidade de políticas que visem o enfrentamen-
to dos impactos da pandemia nessa população uma vez que essa ausência aumenta
ainda mais a sensação de abandono pelo poder público e indica a negligência para
com essas pessoas, que constituem uma parcela considerável da população brasileira.
Capítulo 5
IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A VIOLÊNCIA DIRECIONADA A PESSOA IDOSA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
64
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARMITAGE, R.; NELLUMS, L. B. COVID-19 and the consequences of isolating the
elderly. The Lancet Public Health, v. 5, n. 5, p. e256, maio 2020. DOI: 10.1016/S2468-
2667(20)30061-X.
D’CRUZ, M.; BANERJEE, D. ‘An invisible human rights crisis’: The marginalization
of older adults during the COVID-19 pandemic – An advocacy review. Psychiatry
Research, v. 292, n. August, p. 113369, 2020. DOI: 10.1016/j.psychres.2020.113369.
ELMAN, A. et al. Effects of the COVID-19 Outbreak on Elder Mistreatment and Re-
sponse in New York City: Initial Lessons. Journal of Applied Gerontology, v. 39, n.
7, p. 690–699, 2020. DOI: 10.1177/0733464820924853.
65
HAN, S. D.; MOSQUEDA, L. Elder Abuse in the COVID-19 Era. Journal of the
American Geriatrics Society, v. 68, n. 7, p. 1386–1387, 2020. DOI: 10.1111/jgs.16496.
LI, Z. et al. Vicarious traumatization in the general public, members, and non-mem-
bers of medical teams aiding in COVID-19 control. Brain, Behavior, and Immunity,
v. 88, p. 916–919, 2020. DOI: 10.1016/j.bbi.2020.03.007.
PILLEMER, K. et al. Elder Abuse: Global Situation, Risk Factors, and Prevention
Strategies. Gerontologist, v. 56, p. 194–205, 2016. DOI: 10.1093/geront/gnw004.
ZHENG, Z. et al. Risk factors of critical and mortal COVID-19 cases: A systemat-
ic literature review and meta-analysis. Journal of Infection, 2020. DOI: 10.1016/j.
jinf.2020.04.021.
ZHU, N. et al. A Novel Coronavirus from Patients with Pneumonia in China, 2019.
New England Journal of Medicine, v. 382, n. 8, p. 727–733, 2020. DOI: 10.1056/NEJ-
Moa2001017
Capítulo 5
IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A VIOLÊNCIA DIRECIONADA A PESSOA IDOSA
66
CAPÍTULO 6
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.6
68
RESUMO
INTRODUÇÃO
69
METODOLOGIA
Quanto aos objetivos da pesquisa, se trata de uma pesquisa descritiva. Para Ma-
ttar (2001), uma pesquisa descritiva exige um profundo conhecimento do problema
a ser pesquisado. Reforçando esse pensamento, Triviños (1987, p.110), destaca que o
estudo descritivo relata com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade,
de modo que o estudo descritivo é utilizado quando a intenção do pesquisador é co-
nhecer determinada comunidade, suas características, valores e problemas. Quanto a
natureza da pesquisa, se classifica em uma pesquisa ação, utilizada por ser concebida
e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo. Pesquisa e ação caminham juntas quando se pretende a transformação da
prática. (MINAYO, 2002). Para Thiollent (2007), pesquisa-ação necessita atender dois
propósitos básicos: o prático e o do conhecimento. A presente pesquisa está sendo rea-
lizada na Unidade Mista de Saúde Genoveva Ferreira da Silva, no município de Lagoa
de Velhos/RN.
Capítulo 6
AURICULOTERAPIA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO TRATAMENTO DO TABAGISMO EM IDOSOS NO MUNICÍ-
PIO DE LAGOA DE VELHOS/RN
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
70
RESULTADOS E DISCUSSÃO
71
No outro grupo foram utilizados pontos auriculares, porém sem ação esperada
para a cessação do tabagismo. Ambos os grupos receberam duas sessões de tratamen-
to por semana, totalizando dez sessões. Após trinta dias do término do tratamento foi
observada uma redução do número de cigarros diários e na redução do tabagismo
quando doente. Contudo, nenhuma cessação do tabagismo foi documentada. Isso re-
força o caráter adjuvante da auriculoterapia nesse contexto (BRASIL, 2016).
Capítulo 6
AURICULOTERAPIA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO TRATAMENTO DO TABAGISMO EM IDOSOS NO MUNICÍ-
PIO DE LAGOA DE VELHOS/RN
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
72
nativo de tratamento do tabagismo ainda não está bem esclarecido, devido à falta de
padronização do método avaliativo e da presença de vieses de execução ou de pros-
seguimento. Nenhum trabalho que foi pesquisado concluiu que a acupuntura cessou
o tabagismo, mas todos, relataram que houve redução do número de cigarros do gru-
po que recebeu a acupuntura em pontos auriculares, obtendo resultados significantes
após a conclusão do tratamento.
73
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BALBANI, A. P. S; MONTOVANI, J. C. Métodos para abandono do tabagismo e
tratamento da dependência da nicotina. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, v. 71, n. 6,
p.820-827, 2005.
74
BRASIL. SUS. Sistema Único de Saúde. Unidades de Saúde têm tratamento gratuito
para tabagismo. 2017. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2017/05/
unidades-de-saudetem-tratamento-gratuito-para-tabagismo
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.7
76
RESUMO
INTRODUÇÃO
Esse texto provoca ou busca causar grande polêmica entre os críticos do assun-
to e o público/egressos envolvidos no sistema prisional, trazendo a temática para o
centro do debate nesse evento científico e levantando ainda a discussão sobre a falta
de dados de pessoas cumprindo pena, falta de acesso a questão de saúde previstas no
processo transexualizador instituído pela Portaria nº 859 de 30 de julho de 2013, sob
a “lógica do cuidado” pelo Sistema Único de Saúde - SUS, de ações de prevenção e
garantias de cuidado ao HIV/AIDS e hepatites virais.
77
METODOLOGIA
Logo, esse momento histórico torna possível uma reflexão e quebra de paradig-
mas sociais ao revelar os desejos que todas as pessoas, homossexuais ou não, sentem
ao ficarem em extrema vulnerabilidade frente o contexto prisional, caraterizado pela
presença de sentimento de frustração, ócio, desacreditação no futuro próximo, violên-
cia, ruptura de laços familiares e sociais, desenvolvimento de perturbações mentais,
entre outros, que quando conjugados à sexualidade desses indivíduos ou entre si, po-
derão prejudicar a qualidade de vida desse público e, de certo modo, acelerar no seu
processo de envelhecimento o adoecimento.
78
sional e ou em isolamento um a um, por parte das autoridades brasileiras e para uma
análise sobre ADPF 527, tratando do acolhimento aos princípios sobre a aplicação da
legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identi-
dade de gênero, já explícita na Resolução Conjunta nº 1, de 15 de abril de 2014, bem
como em seu Art. 5º - À pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade serão
facultados o uso de roupas femininas ou masculinas, conforme o gênero, e a manuten-
ção de cabelos compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres secundários de acordo
com sua identidade de gênero.
Compreender essa relação tripartite entre idosos, prisão e saúde é possível se en-
fatizarmos o terror por que passam esses seres humanos; bem como fatores da cultura
de encarceramento brasileira, fazendo com que o travestis e transexuais vislumbrem o
que deduz Goffman (1961): “A institucionalização do indivíduo irá implicar uma des-
personalização do mesmo, despojandoo da sua personalidade anterior, modificando a
imagem que esse possui de si próprio e dos outros, transmitindo-lhe um novo estatuto
social, conformando-o assim, com seu novo papel.”
79
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dessa forma, com seus direitos garantidos na prática, já que na teoria isso lhes é
negado por meio dos instrumentos legais em contexto prisional, o indivíduo conside-
rado idoso, travesti ou transexual poderá sujeita-se a uma nova aprendizagem de con-
vívio com indivíduos na mesma condição de definição de sexualidade/gênero que lhe
são totalmente desconhecidos na realidade que ora se encontram; após um percurso
de vida marcado pelo convívio com quem mantinha dessabores, sob violência ou ten-
do também que descuidar de seu estilo de vida pessoal e quotidiano para se adaptar a
uma continuidade estigmatizadora antes e durante no sistema prisional, poderão em
breve, vislumbrar nova realidade. Por isso, nesse contexto, o recluso irá reconstituir
seu quotidiano, empenhando todos seus sentidos, capacidades intelectuais, sentimen-
tos, ideias e estratégias adaptativas na busca por um “depois” da ratificação da ADPF
527, fortalecendo de vez a transferência de travestis e transexuais a estabelecimentos
prisionais compatíveis com o gênero feminino, algo que têm sido negados sistemati-
camente em nosso país.
CONCLUSÃO
Capítulo 7
SAÚDE E ENVELHECIMENTO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA PRISIONAL: UMA REFLEXÃO FRENTE A
ADPF 527 DA ABGLT
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
80
Assim, até quando conviveremos com essa realidade de descaso para com essa
parcela da população brasileira? De que travestis e transexuais envelhecidos nos presí-
dios são sujeitos de direitos? Será um erro imaginar que a mudança da atual condição
de nossas “idosas” virá de uma ação isolada – a ADPF 527? É fundamental que nos
articulemos enquanto cidadãos e busquemos estratégias como a discutida aqui nesse
artigo, que assegure a universalização do Direito e o acesso a justiça, apoiada a uma
nova ordem democrática, cuja expressão maior é a participação cidadã do conjunto de
seus autores sociais. Somente a partir de uma articulação dessa natureza, num proces-
so de radicalização da democracia, decorrerão ações planejadas e intencionalmente
dirigidas à transformação da sociedade travesti e ou transexual nas prisões brasileiras.
REFERÊNCIAS
FREITAS, MC, QUEIROZ, TA, SOUSA, JAV. O significado davelhice e da experiência
de envelhecer para os idosos. Rev Esc Enferm USP 2010;44(2):407-12.
81
SANTOS, Cristina Sofia Lima dos, NOGUEIRA, Adriano Zilhão de Queirós. Envelhe-
cer em contexto prisional. http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2015.14040
Capítulo 7
SAÚDE E ENVELHECIMENTO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA PRISIONAL: UMA REFLEXÃO FRENTE A
ADPF 527 DA ABGLT
82
CAPÍTULO 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA
PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA
DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLEXÃO
TEÓRICA
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.8
84
RESUMO
INTRODUÇÃO
O Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741/03) dispõe que aquelas pessoas com idade
igual ou superior a sessenta anos, considerados idosos, passam a ter seus direitos ga-
rantidos de modo que são considerados prioridade em meio as condições físicas que
lhes são inerentes. Ser idoso é uma etapa da vida que necessita de uma maior atenção
quando diz respeito as condições físicas e mentais que o passar do tempo e a idade
proporcionam. Assim, é fundamental que esse grupo em questão, viva de forma plena,
saudável, desfrutem do lazer, da família, para que possam ter uma vida digna e viven-
ciem momentos que lhes proporcionem condições de bem-estar enquanto ser humano.
Porém, é nessa etapa da vida que a saúde se torna mais vulnerável, surgindo o
aparecimento de uma série de complicações com relação a saúde, que causam ao idoso
limitações, como por exemplo, problemas com a memória, faz com que a medicina
atribua a esse grupo condições peculiares referentes às doenças adquiridas com maior
probabilidade (CORRÊA, 2009). Essas condições caracterizam o processo da velhice,
que está infelizmente ligada ao aparecimento de doenças.
85
ficamos a par do número da população idosa que vem crescendo ao longo dos anos
em nosso país. Com esse crescimento temos também um maior índice com relação as
doenças a eles acometidas.
Capítulo 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLE-
XÃO TEÓRICA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
86
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A questão ou condição financeira e de gastos foi descrita por Alvim (2004), apon-
tando que o diagnóstico de Alzheimer além de ser temido devido aos impactos cau-
sados de maneira física e mentalmente chega a ser um grande desafio no quesito eco-
nômico, pois os gastos com uma doença degenerativa acompanham a progressão da
doença, destacando os medicamentos utilizados, o processo de cuidados, higiene à
alimentação, exames e etc.
87
Capítulo 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLE-
XÃO TEÓRICA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
88
Uma das escalas mais utilizadas para avaliar a gravidade do quadro demencial
é o Escore Clínico de Demência (CDR), que tem como objetivo avaliar o nível de com-
prometimento em seis categorias funcionais: memória; orientação; juízo e resolução de
problemas; assuntos comunitários; atividades domésticas e hobbies; e cuidado pessoal
(BERG, 1984).
CONCLUSÃO
89
REFERÊNCIAS
ABRAz, Associação Brasileira de Alzheimer. Demência. [2019.]. Dis-
ponível:<http://abraz.org.br/web/ > .
ALVIM, N.T.A. Práticas e saberes sobre o uso de plantas medicinais na vida das en-
fermeiras: uma construção em espiral [tese de Doutorado em Enfermagem]. Rio de
Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janei-
ro;1999.164 f.
Capítulo 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLE-
XÃO TEÓRICA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
90
Arco. Clin. Psiquiatria (São Paulo) , São Paulo, v. 45, n. 2, pág. 33-37, abril de
2018. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0101-60832018000200033&lng=en&nrm=iso
LURIA, A. R. Higher cortical functions in man. New York: Basic Books, 1966. RODRI-
GUES, N. Neuropsicologia: uma disciplina científica. Em: Rodrigues, N. & Mansur,
TEIXEIRA, A.L. & CARAMELLI, P. Neuropsicologia das Demências. In: Fuentes, D.,
MalloyDiniz, L.F., Candida, H.P.C. & Consenza, R.M. Neuropsicologia: teoria e práti-
ca. Porto Alegre: Artmed, 2008.
SEABRA, A. G., Reppold, C. T., Dias, N. M., & Pedron, A. C. (2014). Modelos de
funções executivas. In A. G. Seabra, J. A. Laros, E. C. Macedo & N. Abreu (Eds.). In-
teligência e funções executivas: avanços e desafios para a avaliação neuropsicológica
NOBRE, Maria Jeovaneide Ferreira
ALVES, Roberta Machado
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
91
SEKINE, C. R et al. Doença de Alzheimer: uma demanda para o serviço social. Tra-
balho de Conclusão de Curso. Presidente Prudente, SP: Intertem@s, 13(13), 01-79.
Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/
view/501/497
Capítulo 8
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REFLE-
XÃO TEÓRICA
92
CAPÍTULO 9
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM
IDOSOS COM ARTRITE REUMATOIDE:
RELAÇÃO COM A MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.9
94
RESUMO
INTRODUÇÃO
95
nômicos e sociais em vários países. Com a idade, o organismo humano fica fragilizado,
sendo comum a ausência de muitas vitaminas, entre elas A vitamina D. A principal
fonte da vitamina D é representada pela formação endógena nos tecidos cutâneos após
a exposição à radiação ultravioleta B. Uma fonte alternativa e menos eficaz de vitami-
na D é a alimentação, responsável por apenas 20% das necessidades corporais, porém
no sujeito idoso, ela assume um papel importantíssimo, principalmente se tratarmos
de idosos que não saem muito de casa, como os institucionalizadas, acamados ou que
residem em climas frios (LIMA, 2002).
Nesse sentido, a literatura chama a atenção para uma doença que evolui progres-
sivamente e causa deformações e que o diagnóstico precisa ser eficaz e preciso (LAU-
RINDO, 2008). O autor chama a atenção para a ideia de que dores nas articulações
fazem parte do envelhecimento e que são normais pode causar pouca valorização dos
sintomas. “Por outro lado, a presença de comorbidades pode dificultar a identificação
da causa da dor neurológica, vascular ou articular “(p. 131).
96
METODOLOGIA
Para a seleção dos artigos foi utilizada a bases de dados MEDLINE (Medical Lite-
rature Analysis and Retrieval System Online) e a biblioteca virtual SCIELO (Scientific
Electronic Library Online). Dessa forma, procurou-se ampliar o âmbito da pesquisa,
minimizando possíveis vieses nessa etapa do processo de elaboração da revisão de
literatura.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A população mundial está envelhecendo, com isso as doenças ficam mais evi-
dentes. De acordo com a Organização das Nações Unidades (ONU, 2015), até 2050, a
quantidade de idosos vai duplicar no mundo. No Brasil, a expectativa é que o número
de pessoas com mais de 60 anos aumente mais do que a média mundial, passando
dos atuais 12,5% para 30%, até a metade do século. Entre as consequências do enve-
lhecimento da população, está o aumento de doenças degenerativas do corpo, como a
artrose (osteoartrose) e a artrite reumatoide (BAPEN, 2017). Estudos de Bapen (2017),
revelam ainda que, idosos desnutridos adoecem com maior facilidade, em média, 35%
quando tem idade acima de 80 anos, e entre 5 a 35% entre os 60 a 80 anos de idade. Para
97
Para a OMS (2018), cerca de 9,6% dos homens e 18% das mulheres com idade
superior a 60 anos sofrem com a falta de suplementos vitamínicos. Sendo que 80%
das pessoas com osteoartrose ou osteoartrite têm limitações de movimento e 25% não
podem executar as principais atividades da vida diária, como abrir uma caixa de ali-
mento, dirigir, caminhar, subir escadas, levantar e segurar objetos. Das doenças da
categoria das osteoartrites, a Artrite Reumatoide (AR), é a que mais acometem o ido-
so, e, de acordo com Laurindo (2008), é uma doença crônica, complexa, de etiologia
ainda desconhecida, com influências genética e hormonal, possui influência genética
e hormonal, caráter autoimune, modulada por fatores ambientais e caracterizada pelo
acometimento simétrico de pequenas e grandes articulações periféricas, com evolução
frequente para deformidade e incapacidade funcional.
De acordo com Barros et. al (2004), AR é a doença mais característica das Poliar-
trites subagudas e crônicas, é mais comum em mulheres, onde a rigidez matinal pode
ser o sintoma inicial e é um marco da doença ativa. A mão é o cartão de visitas sendo
progressiva sem tratamento, determinando 90% das deformidades decorrentes da las-
sidão ou ruptura dos tendões e das erosões articulares, posteriormente as estruturas
afetadas são as dos pés, porém não significa, que a enfermidade não possa atingir
outras áreas do corpo: joelhos, ombros, cotovelos, fêmur e os diversos ossos e arti-
culações do organismo podem sofrer da condição, assim como alguns órgãos, como
o pulmão, olhos e o coração, que correm o risco de apresentar inflamação reflexo da
inflamação articular.
Corroborando com esse estudo, Bultink (2012), em sua pesquisa, sugere que há-
bitos de vida e características individuais podem aumentar a probabilidade de ocor-
rência da AR em um sujeito. Inicialmente, pode-se citar o gênero: mulheres são muito
mais propensas a doenças, teoricamente devido às constantes variações hormonais a
que o corpo feminino está sujeito, ocorre três vezes mais no público feminino do que no
masculino. Estudos de Alamanos (2006) indicam que a Artrite Reumatoide é a doença
mais frequente no idoso, com prevalência de 4,5% na faixa etária de 55 a 75 anos. Com
o crescimento da população acima dos 60 anos o impacto da AR se torna cada vez mais
evidente nas incapacidades físicas na terceira idade. Malta (2014); Silva (2011) et. at.,
mostram que a vitamina D afeta o crescimento e diferenciação celular de várias classes,
como macrófagos, células dendríticas e linfócitos T e B. Essas carências estão ligadas a
doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus sistêmicos, diabetes mellitus tipo
1, doença inflamatória do intestino e esclerose múltipla na terceira idade.
Capítulo 9
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM IDOSOS COM ARTRITE REUMATOIDE: RELAÇÃO COM A MELHORIA DA QUA-
LIDADE DE VIDA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
98
Dessa forma, estudos de CANTORNA MT; MAHON (2004), sugerem que a vita-
mina D seja um fator extrínseco capaz de afetar a prevalência de doenças autoimunes,
melhorando em 47,32% a vida de pessoas com artrite reumatoide quando acompanha-
das em constância relativa após 3 meses. Estudos Schauber (2008), realizados em mo-
delos experimentais com pacientes de artrite demonstram o efeito benéfico em 71% da
reposição da vitamina D na modulação dos componentes do sistema imunológico res-
ponsáveis pelo processo inflamatório de pés e mãos. Em consonância com esse estudo,
estudos realizados por Giulietti et. al (2004), apontam efeitos benéficos da suplemen-
tação da vitamina D na prevenção do desenvolvimento de doenças autoimunes, bem
como na redução da gravidade da doença preexistente osteomuscular em idosos, com-
provando redução de 29,74% de inchaços nodulares em membros inferiores (MMII).
99
CONCLUSÃO
Com a temática em evidência pode ser percebido que os efeitos que a vitamina
D causam no organismo do indivíduo idoso podem se traduzir em melhorias desde o
sistema imunológico com o aumento da imunidade até a garantia da longevidade de
maneira mais saudável. Foi evidenciado através dos estudos apresentados que existe
uma relação entre a deficiência de vitamina D e a prevalência de doenças autoimunes
como a artrite reumatoide.
Por ser uma doença que causa limitações nos membros inferiores e superiores,
trazendo inclusive impossibilidade de segurar objetos mais simples como uma esco-
va de dentes, impedindo de realizar atividades simples da vida diária, a artrite reu-
matoide necessita de maior atenção e prevenção, necessitando de politicas públicas e
incentivos para que a pessoa idosa esteja possa estar envolta a programas e ações que
estimulem sua participação em grupos, e com equipes multiprofissionais que estimu-
lem atividades físicas e suplementação de vitamina D.
Capítulo 9
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM IDOSOS COM ARTRITE REUMATOIDE: RELAÇÃO COM A MELHORIA DA QUA-
LIDADE DE VIDA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
100
REFERÊNCIAS
ALAMANOS Y, Drosos AA. Epidemiology of adult rheumatoid arthritis. 2. Autoim-
mun. Rev. 2005. ARNSON Y, Amital H, Shoenfeld Y. Vitamin D and autoimmunity:
new etiological and therapeutic considerations. Ann Rheum Dis 2007; 66:1137-42 .
GUIMARÃES RM, CUNHA UGV. Sinais e sintomas em geriatria. 2ª ed. São Paulo
(SP): Atheneu; 2004.
JONES BJ, Twomey PJ. Issues with vitamin D in routine clinical practice. Rheumato-
logy 2008; 47:1267-68.2.
LAURINDO IMM. Artrite reumatóide. In: Lopes AC, Amato Neto V, organizadores.
1. Tratado de clínica médica. São Paulo: Roca, 2008.
LIMA RA, PAULA AP, SILVA JA, MOTA LM, COSTA GP, SIMAAN CK, et al. Artri-
te 8. Reumatóide: estudo comparativo transversal entre a doença do idoso e do adul-
to jovem. Rev Bras Reumatol. 2011.
MALTA DC, et al. Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e
suas regiões, 2000 a 2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, [s.l.], v. 23, n. 4, p.599-
608, dez. 2014. Instituto Evandro Chagas. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5123/
s1679- 49742014000400002
101
Capítulo 9
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM IDOSOS COM ARTRITE REUMATOIDE: RELAÇÃO COM A MELHORIA DA QUA-
LIDADE DE VIDA
102
CAPÍTULO 10
FATORES BIOPSICOSSOCIAIS DA
APOSENTADORIA PARA A PESSOA IDOSA
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.10
1 Psicóloga. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde Mental. Especialista em Avaliação Psicológica. Especialista em
Neuropsicologia Clínica. Email: lauranerymoreno@gmail.com l ORCID: 0000-0003-1372-2216
2 2Psicóloga. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde Mental. Especialista em Avaliação Psicológica. Especialista em
Psicologia Hospitalar e da Saúde. Especialista em UTI Geral e Assistência Intensiva ao Paciente Crítico. Mestranda em
Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Email: psirobertaalves@gmail.com l ORCID:
0000-0003-1697-1015
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
104
RESUMO
INTRODUÇÃO
105
METODOLOGIA
A respeito dos autores, podemos citar Celso Barroso Leite, Simone Beauvoir e
Guite I. Zimerman como principais norteadores desse trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
106
107
Segundo Marques e Euzeby (2005) o trabalho é assim como o nome, um dos as-
pectos mais importantes da identidade individual, sendo que o sucesso e a satisfação
no trabalho reafirmam quem o sujeito é, além de propiciar o reconhecimento social.
Segundo estes mesmos autores, “em nossa cultura, o papel profissional é um dos pila-
res fundamentais da autoestima, identidade e senso de utilidade (p.2)”.
Para Duarte (2009), esperar pela aposentadoria diz respeito a esperar por um fu-
turo financeiro incerto que, se soma as instabilidades trazidas pela pré-aposentadoria.
Para o idoso, ficam as dúvidas já que não se sabe se terá a opção de permanecer no
trabalho, por outro lado, não se sabe se terá condições físicas de manter-se em ativida-
de e, dessa forma, a aposentadoria é encarada como uma esfera de desconfiança com
relação aos seus direitos de cidadão.
O afastamento do trabalho pode causar efeitos desastrosos aos idosos. Efeitos es-
tes, psicológicos, pois muitas pessoas se sentem perdidas, não sabendo o que fazer;
domésticos, devido à presença permanente do aposentado em casa, podendo per-
turbar a rotina da mesma; e familiares, pois o contato maior com os familiares pode
provocar ou agravar conflitos. Estudos revelaram que somente 5% dos aposentados
se adaptam às novas condições de vida, exercendo alguma atividade, praticando
passatempos ou desfrutando o lazer do tempo livre (LEITE, 1993, p. 98).
Papalia (2006, p. 584) alerta que “pelo fato de a depressão poder acelerar os de-
clínios físicos do envelhecimento, um diagnóstico preciso, a prevenção e o tratamento
adequado podem ajudar pessoas idosas a viverem mais tempo e a permanecerem mais
ativa”.
Leite (1993) afirma ainda que a melhor forma de preparar-se para a aposentadoria
é se afastando gradualmente do ambiente de trabalho, dessa forma, o idoso cria con-
dições para se adaptar mental e psicologicamente, construindo novos hábitos, acostu-
mando-se à estar mais e casa, ao mesmo tempo em que a família assimila a presença
do idoso aposentado em casa em dias e horários não habituais.
CONCLUSÕES
A partir da escrita desse artigo, torna-se possível inferir que a sociedade superva-
loriza o trabalho, o que além dos fatores que dificultam a aceitação da aposentadoria,
é também um aspecto negativo, já que trata-se da saída do local de trabalho onde já
se existia um vínculo antigo, o que pode afetar a sua identidade, contribuindo para a
baixa autoestima além de sentimentos de incapacidade. O trabalho é considerado um
dos maiores marcadores na construção da identidade individual, uma vez que propi-
cia o engajamento com o mundo externo e a definição de si próprio a partir dos papéis
sociais que desempenha.
Capítulo 10
FATORES BIOPSICOSSOCIAIS DA APOSENTADORIA PARA A PESSOA IDOSA
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
108
Diante do exposto, sabe-se que para que esse período não seja vivenciado de
forma negativa, o idoso precisaria dispor de um planejamento para a chegada desse
momento, podendo ser alguma realização pessoal que fora adiada até essa etapa até
um maior tempo para dedicar-se a atividades que desempenha com prazer.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Virgínia Maria de. Um estudo teórico sobre as consequências da apo-
sentadoria para o indivíduo na terceira idade. Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Católica de Brasília. Brasília, 2014.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas,
2008.
SAHLGREN, Gabriel. Trabalhos mais longos, vida mais saudável. Institute of Eco-
nomic Affairs. [online]. 2013, n.04.
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.11
1 Enfermeira. Professora. Especialista em Saúde da Pessoa Idosa. Especialista em Gestão do Trabalho. Especialista
em Epidemiologia. Especialista em Saúde da Família. Mestranda em Saúde da Família no Nordeste – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Email: izabelsnogueira@hotmail.com l ORCID: 0000-0003-0954-2503
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
110
RESUMO
INTRODUÇÃO
111
que se diz a respeito à prevenção de doenças que possam atingir o aparelho genital.
(COSTA et al, 2010)
Para um diagnóstico precoce basta que a mulher procure uma unidade de saúde
no intuito de ser atendida pelo médico ou enfermeiro da unidade que farão a coleta do
exame citopatológico que permitirá a identificação de lesões ou alterações cervicais. O
exame é rápido e indolor. Após dois anos sem nenhuma alteração nos resultados a mu-
lher pode esperar três anos para realizar um novo exame. Este intervalo deve ocorrer
porque as células causadoras do câncer demoram se desenvolver e são facilmente des-
cobertas. Desse modo, encontram a possibilidade de um método eficaz na descoberta
precoce e de combate ao câncer de colo de útero (BRASIL, 2015).
Capítulo 11
EXAME CITOPATOLÓGICO EM IDOSAS: A CORRESPONSABILIZAÇÃO NO CUIDADO A SAÚDE CONTRA O CÂNCER DE
CERVICO-UTERINO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
112
METODOLOGIA
Para a seleção dos artigos foram utilizadas as seguintes bases de dados, a saber:
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO
(Scientific Electronic Library Online) e BDENF (Banco de dados em enfermagem). Des-
sa forma, procurou-se ampliar o âmbito da pesquisa, minimizando possíveis vieses
nessa etapa do processo de elaboração da revisão de literatura.
A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma
descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da importância da revisão elaborada,
de forma a atingir o objetivo desse trabalho que é analisar a corresponsabilidade das
idosas com os cuidados relacionados ao exame citopatológico e assim a prevenção do
câncer cérvico-uterino.
113
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste sentindo, acredita-se que, quando nos referimos aos cuidados em relação
à mulher, a limitação da idade ainda é constante, pois o auto cuidado ficou delimitado
somente para algumas idades, principalmente dos 35 as 49 anos onde apresentam um
pico maior de incidência para o câncer de colo uterino (SOARES et al, 2010) excluindo
as mulheres de idade avançada, aumentando assim o índice de mortalidade por câncer
entre as mulheres.
Costa et al (2010) destaca que as mulheres idosas que vivenciam a velhice na au-
sência de um companheiro, podem ter este fator como um dos determinantes para a
sua qualidade de vida ou não.
114
Corroborando com o citado acima, Lobo et al (2018) em seu artigo aborda que
a deficiência do conhecimento do exame de Papanicolaou também é componente
frequente em mulheres com baixa escolaridade, em países em desenvolvimento. Em
países desenvolvidos, as mulheres em geral sabem para que serve o exame de Pa-
panicolaou e a deficiência de conhecimento é detectada apenas quando se pesquisam
aspectos mais específicos sobre o câncer.
Outro resultado que é importante salientar, afirma Lobo (2018) é que muitas mu-
lheres relataram dificuldades pessoais para procurar os serviços de saúde. A maioria
das mulheres não têm motivação, ou sentem vergonha, para procurar atendimento
médico. Entretanto, problemas como distância, dificuldades para deixar filhos ou pa-
rentes, não poder deixar o trabalho ou ainda ter dificuldades financeiras e com trans-
portes também são dificuldades apontadas.
De acordo com INCA (2008) dentre as mulheres de idade mais avançada nota-
-se um desconhecimento das doenças sexualmente transmissíveis e a relação do HPV
com o desenvolvimento da doença. Porém tal fato contraria os resultados de estudos
segundo Fonseca et al (2010) e Olhê et al (2013), pois a classe estudada apresentou em
grande parte um conhecimento básico em relação às consequências da não realização
do mesmo.
115
saúde da mulher. A partir daí, é necessário discutir a forma pela qual essas consultas
estão sendo realizadas e também a qualidade das informações passadas por elas.
Desta forma fica evidente que mesmo numa população com acesso a saúde su-
plementar, que teoricamente ofereceria melhores condições e facilidade à prevenção
em saúde, é necessário a intensificação de campanhas e mobilização dos usuários para
incentivo da prática de exames preventivos. Faz-se necessário também que os profis-
sionais atuantes nesta área estimulem o envolvimento das usuárias no autocuidado e
a propagação de informações tão importantes para a saúde da mulher.
CONCLUSÃO
Neste estudo ficou claro que em alguns artigos, apesar das mulheres estarem
cientes das suas responsabilidades, ainda é necessário a criação de um trabalho vol-
tado especificamente para elas, com uma linguagem clara e específica, visando o bem
estar das mesmas e o entendimento com relação a sua própria saúde.
Ainda há muito o que trabalhar com a população idosa no que se refere à contri-
buição da realização periódica do exame Papanicolau, principalmente em razão dos
novos padrões de sexualidade vividos pelas idosas. São necessárias mudanças, tanto
no nível micro da unidade de saúde, já que representam multiplicadores de informa-
ções em sua comunidade, tanto, no nível macro, das políticas públicas voltadas à saú-
de da mulher idosa, a fim de se poder permitir, verdadeiramente, uma longevidade
feminina com qualidade.
Capítulo 11
EXAME CITOPATOLÓGICO EM IDOSAS: A CORRESPONSABILIZAÇÃO NO CUIDADO A SAÚDE CONTRA O CÂNCER DE
CERVICO-UTERINO
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
116
REFERÊNCIAS
AMORIM, V.M.S.L. et al. Fatores Associados à Não Realização do Exame de Papani-
colau: Um Estudo de Base Populacional no Município de Campinas ,São Paulo, Bra-
sil, Cad. Saúde Pública, v.22, n.11, p. 2329-2338, nov.2006.
COSTA, Camila Chaves da; FREITAS, Lydia Vieira; DIAS, Levânia Maria Benevides;
LIMA, Thaís Marques; DAMASCENO, Ana Kelve de Castro; PINHEIRO, Ana Karina Be-
zerra. Realização de Exames de Prevenção do Câncer Cérvico-Uterino: Promovendo
Saúde em Instituição Asilar. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n.3, p.27-35,jul/set.2010.
LEITE, B.O; NUNES, C.R.O; OLIVEIRA, V.V, et al. A Percepção das Mulheres Idosas
Sobre o Exame de Prevenção de Câncer do Colo de Útero. Rev. Fund. Care Onli-
ne.2019.
LOBO, Laynara Maria das Graças Alves; ALMEIDA, Mayron Morais; OLIVEIRA,
Francisco Braz Milanez. Câncer do colo uterino, hpv e exame papanicolaou: uma re-
flexão acerca dos conhecimentos das mulheres. ReonFacema. v.4, n.1, p:889-895, Jan-
-Mar, 2018.
OLHÊ, Luisa; OLIVEIRA, Rafaela Cristina de; CAMPANELLI, Rafaela Fukuda; NO-
GUEIRA, Lilian Donizete Pimenta. Papanicolaou na terceira idade: um desafio para a
enfermagem. Revista Fafibe On-Line, n.6, nov. 2013, p. 78–86 — ISSN 1808-6993.
SANTOS, Marianna Silva dos; NERY, Inez Sampaio; LUZ, Maria Helena Barros
Araújo; BRITO, Cleidiane Maria Sales de Brito; BEZERRA, Sandra Marina Goncalves.
Saberes e práticas de mulheres idosas na prevenção do câncer cérvico-uterino. Rev
Bras Enferm: Brasília, v.64, n.3, p.465-71.2011.
117
Capítulo 11
EXAME CITOPATOLÓGICO EM IDOSAS: A CORRESPONSABILIZAÇÃO NO CUIDADO A SAÚDE CONTRA O CÂNCER DE
CERVICO-UTERINO
118
CAPÍTULO 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E
SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPORTÂNCIA
DO SUPORTE FAMILIAR
DOI: 10.46898/rfb.9786558890614.12
120
INTRODUÇÃO
Ao atingir essa faixa etária surgem algumas dificuldades físicas, como também o
aparecimento de doenças orgânicas, cognitivas e psicológicas, que dependendo do seu
grau varia, pois cada pessoa é única e tem um modo particular de enfrentar diferentes
situações (OLIVEIRA et al., 2012). É visto que transtornos no idoso podem trazer con-
sequências, principalmente a depressão, no qual em situações de longa duração pode
afetar algumas capacidades do sujeito, a do autocuidado e os contatos sociais podendo
levar a cometer o suicídio. Alguns familiares optam por colocar seus idosos em insti-
tuições de longa permanência quando os mesmos apresentam alguma dificuldade. O
idoso institucionalizado tem que se adaptar a uma rotina da instituição, bem como a
conviver com pessoas desconhecidas e a se conformar com o afastamento da família.
121
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão da literatura que se caracterizada pela análise das pu-
blicações que possibilita reflexões a cerca de metodologias, resultados e conclusões
de forma geral e específica sobre o tema sugerido. A seleção dos artigos foi realizada
na basede dados LILACS - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde. Dessa forma, procurou-se ampliar o âmbito da pesquisa, minimi-
zando possíveis vieses nessa etapa do processo de elaboração da revisão de literatura,
utilizando como palavras-chaves: “Idosos”, “Depressão”, “Institucionalização” e “Fa-
mília”.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Capítulo 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE FAMILIAR
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
122
Estatísticas do IBGE (2013), diz que a expectativa de vida chegará, tanto para o
sexo masculino como para o feminino, 80 anos de idade em 2041. No ano de 2013 che-
gou em 71 anos para homem e 78 anos para mulher, já em 2060 deverá atingir 78 anos
e 84 anos de idade. Esses dados especificam a tendência ao crescimento quantitativo
de idosos no país, visto que os avanços da medicina e a melhoria das condições de vida
da população vêm repercutindo no aumento da expectativa de vida da pessoa idosa.
O principal deles é criação de políticas públicas mais eficazes, que não sejam só
criadas, mas que saiam do papel e sejam aplicadas, divulgadas e incentivadas, com o
intuito que os idosos não só possam viver mais, mas tenham também mais qualidade
de vida como diz o estatuto do idoso. (BRASIL, 2011, p. 9). Direitos esses que muitas
vezes são negados e terminam ocasionando a população idosa em seu convívio em
sociedade e na família, diversas doenças como a depressão.
A depressão é uma doença psiquiátrica recorrente que pode causar vários sin-
tomas físicos e psíquicos, quem já teve algum caso tem chances consideráveis de ter
novamente ao ponto de se tornar um quadro patológico. Uma pessoa depressiva ge-
ralmente apresenta alguns desses sintomas: tristeza, desinteresse, irritabilidade, iso-
lamento social, dores, desânimo, fadiga ou perda de energia, sentimento de fracasso,
SILVA, Ricardo Lourenço da Silv
NOGUEIRA, Maria Izabel dos Santos
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
123
Portanto, a depressão é uma doença que está sendo cada vez mais frequente na
vida do ser humano, mas que existe tratamento: como medicamentos que ajudam a
acalmar e esquecer os pensamentos depreciativos, como também o uso de técnicas de
meditação, potencializado assim a qualidade da terapia comportamental. Esse tipo de
tratamento faz com que a pessoa fique mais calma e perceba que teve alguns hábitos
que foram impróprios e causaram a doença e o aumento dos sintomas da patologia
(RIBEIRO, 2013).
Além de ser um dos transtornos de humor mais frequente entre os idosos, é uma
das causas de agravamentos patológicos existentes e da perda da autonomia. Os qua-
dros depressivos atribuídos ao envelhecimento são consequentes de situações que
questionam valores existenciais como: doenças, perdas materiais, conflitos familiares,
morte de entes queridos, aposentadoria, mudança de ambientes, traumas psicológicos,
dependência e a própria dificuldade de aceitação do envelhecimento (GALHARDO,
2009).
Capítulo 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE FAMILIAR
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
124
Entretanto, os filhos mais velhos precisam dar a devida atenção, proteção e cui-
dado aos pais na velhice, ou seja, uma troca “mútua”, pois, criaram e cuidaram deles
enquanto eram crianças e agora é a vez de retribuir tudo o que eles fizeram no passa-
do (OSORIO, 1996, p. 22). Isso acontece em virtude das diversas mudanças que estão
acompanhando a evolução da sociedade, em que as famílias que antes eram tradicio-
nais, agora estão sendo consideradas famílias modernas, ou seja, com diferentes con-
cepções e estruturas, sendo ausentes e individualistas em diversos momentos, dando
mais valor ao seu próprio problema e esquecendo que o outro familiar, muitas vezes,
pode está passando por situações mais graves, precisando de ajuda e naquele momen-
to não tem, ocasionando assim vários conflitos familiares.
125
go, pelo fato do idoso no decorrer da vida não manter um bom relacionamento com
sua família, vivendo em conflito, desrespeitando a esposa e os filhos, preferindo se
manter isolando sem ter um mínimo de carinho para com sua família, chegam à ve-
lhice e sendo abandonados. Por essa razão, devemos considerar a instituição de longa
permanência uma medida extraordinária para proteção do idoso.
Sendo assim, os idosos que vivem em ILPs tem o seu convívio com familiares fra-
cionados, a frequência das visitas que antes eram diárias, hoje já não existe mais, tra-
zendo para o idoso sentimento de reflexão, de solidão e de tristezas, transformando-os
em depressão e ocasionando muitas vezes o suicídio. É indispensável e indiscutível
a presença da família na vida do idoso, principalmente dos idosos asilados que estão
mais propícios a terem doenças, doenças essas como depressão, sendo muitas vezes
causadas pelo afastamento ou abandono dos familiares.
CONCLUSÕES
A depressão é uma patologia que está cada vez mais frequente na vida do ser
humano. Entretanto, no Brasil os serviços ofertados pela área da saúde não correspon-
dem às expectativas desejadas para o diagnóstico e o tratamento dessa doença que
muitas vezes não é tratada devido à falta de investimentos por parte do poder público.
A grande preocupação está relacionada aos idosos institucionalizados em que a de-
pressão é cada vez mais comum, sendo motivada na maioria das vezes pela ausência
ou abandono por parte dos familiares, levando o idoso a uma profunda tristeza que
pode trazer sérias consequências.
Desse modo, quem deveria proteger os idosos são aqueles que os desrespeitam
e os abandonam, por serem muitas vezes consideradas pessoas frágeis, debilitadas e
sem condições de gerir a sua própria vida. Sendo assim, o convívio do idoso com fa-
mília e na sociedade, é extremamente importante, enfatizando ainda que são sujeitos
de autonomia, deveres e direitos como qualquer outro ser humano, devendo ser bem
Capítulo 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE FAMILIAR
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
126
cuidado e tratado com dignidade e respeito para que tenha um envelhecimento mais
tranquilo, longe dos conflitos com as famílias e passando a viver com mais qualidade
de vida.
Diante do exposto, se propõe que haja mais participação da família na vida dos
idosos institucionalizados, além disso, se faz necessário que as ILPIs priorizem a in-
teração e estimulem o convívio com seus familiares e a sociedade em geral, não só
dentro da instituição, como também em outros espaços de convivência e lazer (Igrejas,
teatros, shopping e etc). Atitudes como essas podem influenciar positivamente na vida
dos idosos, principalmente nos fatores determinantes que levam ao quadro depressi-
vo.
Dessa forma pode-se concluir que existem fatores externos que podem auxiliar
no tratamento da depressão. Assim, consideramos que o envolvimento dos profissio-
nais que atuam diretamente com idosos, da família e da sociedade podem promover
ações com o intuito de resgatar a autonomia do idoso e reconstruir uma nova vida
social, mesmo vivendo em uma instituição de longa permanência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Aten-
ção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Série A. Normas e Manuais Téc-
nicos - Cadernos de Atenção Básica; n. 19. 1.ª edição. Brasília: MS, 2007. 192 p.
CAMARANO, Ana Amélia (org.). Os Novos Idosos Brasileiros: Muito Além dos 60?
Rio de janeiro: IPEA, 2004.
GIACOMIN, Karla Cristina. Políticas Públicas para um país que envelhece. Envelhe-
cimento populacional e os desafios para as políticas públicas. Organizadoras Marília
Berzins e Maria Claudia Borges – São Paulo: Martinari, 2012. 304 p.
127
OSORIO, Luiz Carlos. Família hoje. Porto Alegre: Artes médicas, 1996, cap. 2. p. 14-
23.
Capítulo 12
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SINTOMAS DEPRESSIVOS: A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE FAMILIAR
PESQUISAS MULTIDISCIPLINARES EM GERONTOLOGIA
128
ÍNDICE REMISSIVO Pandemia 6, 21, 23, 25, 27, 29, 31, 33, 35, 59, 61,
63, 65
A Pessoa 12, 16, 17, 18, 23, 24, 32, 33, 48, 49, 50, 51,
53, 54, 55, 56, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 68, 69, 78,
Alimentar 38, 39, 40, 43, 44, 45, 46 80, 93, 94, 99, 104, 105, 106, 120, 122, 123,
124, 125, 126
Alzheimer 90, 122
População 9, 12, 13, 16, 17, 18, 22, 23, 24, 29, 30,
Ansiedade 22, 23, 30, 31, 32, 33, 60, 71, 72, 73, 104 32, 38, 39, 45, 57, 63, 69, 71, 77, 78, 80, 85, 96,
Aposentadoria 7, 103, 105, 107 97, 104, 110, 115, 120, 122, 124
Prevenção 12, 16, 17, 60, 61, 76, 79, 94, 95, 98, 99,
C 107, 108, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116
Câncer 68, 110, 113, 116, 117 Proteção 22, 30, 32, 45, 50, 52, 55, 60, 61, 63, 64,
124, 125
Covid-19 6, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 21, 22, 23,
24, 25, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 39,
40, 41, 43, 45, 46, 59, 60, 61, 63, 64, 65
Q
Qualidade 22, 24, 33, 45, 48, 50, 55, 60, 62, 68, 72,
D 73, 77, 79, 84, 85, 87, 88, 89, 94, 95, 98, 99,
105, 110, 111, 113, 115, 120, 122, 123, 124,
Depressão 12, 14, 17, 18, 22, 23, 30, 31, 33, 60, 87, 125, 126
97, 106, 107, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126,
127
R
Doença 12, 17, 18, 22, 33, 38, 44, 60, 62, 84, 85, 86,
89, 90, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 110, Respeito 52, 64, 77, 78, 80, 84, 86, 105, 107, 111,
111, 114, 122, 123, 125 113, 126
E S
Envelhecimento 7, 75, 77, 79, 81 Saúde 11, 12, 13, 17, 18, 21, 22, 24, 33, 34, 37, 38,
39, 45, 46, 47, 50, 57, 59, 60, 61, 64, 65, 67, 68,
F 69, 72, 73, 74, 75, 76, 83, 84, 86, 93, 94, 100,
103, 108, 109, 110, 111, 112, 114, 116, 119,
Família 12, 22, 29, 33, 52, 55, 57, 62, 63, 69, 84, 85, 121, 122, 126, 127
86, 89, 90, 106, 107, 108, 120, 121, 122, 124, Social 35, 47, 51, 52, 53, 59, 67, 93, 126
125, 126
T
G
Tabagismo 6, 67, 69, 71, 73
Gerontologia 4, 9, 47, 67, 93
Tratamento 17, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 80, 97,
I 107, 111, 123, 125, 126
Indivíduo 64, 68, 69, 72, 78, 79, 87, 88, 94, 99, 105, V
108, 114, 120, 125
Vida 16, 22, 24, 29, 32, 33, 44, 45, 48, 50, 54, 55, 60,
Insegurança 31, 38, 44, 45 62, 63, 68, 71, 72, 73, 76, 77, 79, 80, 84, 85, 87,
Isolamento 12, 16, 17, 19, 23, 30, 38, 44, 60, 61, 62, 88, 89, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 104, 105, 106,
64, 78, 122, 123 107, 108, 110, 111, 113, 115, 120, 121, 122,
123, 124, 125, 126
M Violência 56, 60, 64, 65, 126
Memória 84, 88 Vulnerabilidade 30, 32, 48, 49, 50, 54, 62, 63, 77,
94
Mulheres 71, 97, 110, 111, 113, 114, 115, 116, 117
N
Nutricional 38, 39, 43, 44, 45, 46
P
Pacientes 32, 68, 70, 72, 87, 89, 98, 124