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ORG 2 Bluma P2

2015.2 – EQ.UFRJ
Atenção! A matéria da P2 engloba certos conceitos que teoricamente deveriam ser conhecidos por todos, ensinados
para a P1, como por exemplo a oxidação. Apesar da prova cobrar conteúdo novo e proibir o uso de algumas reações velhas
(como as envolvendo Grignard), é recomendado tratar a matéria como acumulativa. Sendo assim, estou disponibilizando o
conteúdo da primeira prova juntamente deste arquivo. Diferentemente da P1, o conteúdo será disponibilizado em um arquivo
somente e em ordem cronológica das matérias dadas

Fenóis
Métodos de obtenção

Mecanismo da segunda reação:


Por ataque nucleofílico  reação de substituição

Ataques nucleofílicos em cadeias aromáticas são difíceis pois elas mesmas são ricas em
elétrons. Portanto para essa reação ocorrer, condições bruscas de temperatura e pressão são
necessárias e devem ser especificadas na prova por não serem reações triviais.

No entanto, ataques nucleofílicos podem ser facilitados e dificultados dependendo do quão


ativado ou desativado o anel estiver. Logo:

• Aumenta a reatividade de ataques


eletrofílicos.
Anel ativado • Diminui a reatividade de ataques
nucleofílicos.
• Aumenta a reatividade de ataques
nucleofílicos.
Anel desativado • Diminui a reatividade de ataques
eletrofílicos.

Só para lembrar:

Orto-Para-Dirigente
Natureza de G  Radicais saturados
Exemplos de grupamentos  amina,
hidroxila, metila, etila, cloreto, metóxi
Meta-Dirigente
Natureza de G Apresentam ligações dupla,
tripla ou então ligações dativa
Exemplos de grupamentos  nitro, sulfo,
carbonilas e cianeto

• Chamamos grupos orto-para dirigentes também de eletro-doadores. Eles ativam o


anel
• Chamamos grupo meta dirigentes também de eletro-receptores. Eles desativam o
anel
• Eletroretira
dores (Meta-
Dirigentes/Desa
tivantes)

Eletrodoadores
(Orto-Para-
Dirigentes/Ativantes)

Atenção! O grupamento da acetanilida é também eletrodoador, mas menos reativa que o amino da anilina uma
vez que o par de elétrons livre do nitrogênio passa tanto pelo benzeno quanto pelo carbono e o oxigênio. É
recomendável converter anilina à acetanilida tratando com anidrido acético para se diminuir a reatividade do anel
(ele se mantem um anel ativado, mas não tão ativado quanto antes) e evitar, por exemplo, poli halogenações.
Podemos dizer que transformar a anilina em acetanilida é uma reação de proteção do grupamento amino.
Reverter o amino protegido à amino é fácil se tratarmos com H3O+.

Exemplos abaixo de reações abaixo com reatividade aumentada

1)

2)

No caso da segunda reação das acima, o anel está tão desativado que não precisamos usar
uma base tão forte e o OH(-) que ataca será o gerado pela hidrólise do íon carbonato.

Reações  Formação de éter

Lembrando que o fenol é também chamado de ácido fênico, portanto na presença de base
ocorre uma reação ácido/base. Reagindo com um halogeneto de alquila formamos fenóxidos
(muito mais fáceis de se formar que alcóxidos)
Reações  Síntese de Kolbe

Síntese do ácido salicílico. Formação do salicilato se reagir com álcool (simples reação de
esterificação).

O ataque do CO2 no carbono 2 se dá pela ressonância do fenol ou, no caso, do fenóxido. O


grupo é orto para dirigente com preferência pela posição orto (carbonos 2 e 5) e portanto é
preferencialmente nesse carbono que o CO2 “vai entrar”.

A reação com anidrido gera uma função mista de ácido carboxílico com éster.

Reações  Resina fenólica


Como visto, o fenol (e por
consequência, o fenóxido), são orto-
para indutores. Portanto reagir eles com
uma carbonila, no caso, um
formaldeído, nos fornece uma mistura
de produtos. Visando transformar essa
mistura de produtos em eletrófilos,
podemos hidrogenar a hidroxila e ver a
saída de água, formando:
Esses cátions podem atacar anéis ativados de forma sucessiva até formar uma resina composta
de vários anéis aromáticos interligados. Veja:

Discussão sobre acidez


Fenóis são chamados também de ácidos fênicos. Isso se deve ao fato de sua base
conjugada ser estabilizada pela ressonância. Segundo Bronsted-Lowry, a acidez é definida
como a capacidade de doar prótons (H+). Analogamente, a basicidade é a capacidade de
receber esses prótons.

O nome de sua base conjugada é fenôxido , e é o resultado da reitrada de um H+ da


hidroxila do fenol.

Um composto é tão mais ácido quanto mais estável for sua base conjugada. Em
outras palavras, a acidez do fenol é baseada no quão bem o fenóxido consegue acomodar a
carga negativa que ganha após doar o próton.

Uma pergunta que podemos fazer é: porque ácidos carboxílicos são mais ácidos se o
fenóxido tem mais híbridos de ressonância? A resposta pra isso é a localização da carga. Veja
o caminho da deslocalização de cargas em um ácido carboxílico abaixo: cargas “passeiam”
entre oxigênios, eletronegativos e naturalmente ótimos para acomodar cargas negativas. O
efeito da ressonância definitivamente contribui para a estabilidade da base conjugada, no
entanto, se comparado com ácidos carboxílicos, menos, uma vez que aqui a carga “passeia a
maior parte do tempo” entre carbonos, que não acomodam a carga negativa tão bem quanto
o oxigênio.
A adição de grupamentos no fenol acentua ou reduz sua acidez. Grupos eletroretiradores
tornam a saída do próton mais fácil, acentuando a acidez enquanto grupos eletrodoadores
diminuem a acidez. Veja algumas constante de dissociação, cujas magnitudes são diretamente
proporcionais à acidez.

Radical Metil Radical Flúor Radical Cloro Radical Nitrônio


- CH3 -F - Cl - NO2
-10
Posição Ka (.10 ) Posição Ka (.10-10) Posição Ka (.10-10) Posição Ka (.10-10)
O 0,63 O 15 O 77 O 600
M 0,98 M 5,2 M 16 M 50
P 0,67 P 1,1 P 6,3 P 690
Ka do fenol (.10 ) 
-10
1,1

Perceba que de forma genérica, a distância do grupamento pra hidroxila influencia de forma
negativa no efeito do mesmo. Quanto mais longe o grupamento estiver, menor seu efeito.
Vamos analisar cada um dos casos

Metil
Eletrodoador, reduz a acidez. Na posição orto ele está mais perto da hidroxila que na posição
meta , portanto a queda da acidez do fenol deve ser mais acentuada em posição orto e é.
Sendo 0,67 > 0,63 essa conclusão está correta. Em posição meta, o efeito eletrodoador é mais
fraco apesar de mais perto porque nos híbridos de ressonância do fenóxido, não há carga
localizada em posição meta. Apesar do efeito existir (queda de 1,1 para 0,98), não será tão
intenso quanto nas outras posições

Flúor e Cloro
Halogênios em anéis aromáticos tem efeito eletroretirador por indução e eletrodoador por
ressonância. Esses efeitos competem entre si. O tamanho do íon é crucial para essa análise. A
diferença acentuada de tamanho das nuvens eletrônicas desses grupamentos e dos carbonos
do anel dificulta o efeito de ressonância, tornando o efeito indutivo dominante. Sendo o
Flúor o com a menor nuvem eletrônica (por ser o mais eletronegativo, puxa mais fortemente
os elétrons que passam perto de seu núcleo e logo tem uma região de probabilidade alta de
encontrar elétron - definição de nuvem eletrônica), ele também será o de menor volume.

O efeito de ressonância aqui torna-se dominante em relação aos outros halogênios. Isso
explica porque nas posições orto o cloro ter acidez maior que o flúor. Veja, se o flúor é
pequeno, o efeito da ressonância é maior que o da indução e portanto ele é mais eletrodoador
que eletroretirador. O efeito doador reduz acidez e o retirador acentua. O cloro é grande e
portanto tem ressonância dificultada. O indutivo predomina e portanto a sua acidez é
acentuada.

Perceba que para o Flúor em posição orto, mesmo a ressonância sendo favorecida, a indução,
resultado da eletrofilicidade do flúor, também continua tendo um papel considerável. A prova
disso é o fato da acidez do orto flúor fenol, apesar de menor que a do orto cloro fenol, ser
muitas vezes maior que a acidez do fenol. Podemos comparar quem tem efeito de ressonância
eletroretirador maior entre os halogêneos, mas é um fato que mesmo que para alguns esse
efeito seja pequeno se comparado ao eletrodoador, todos tem tendência a acentuar, em graus
diferentes dependendo de qual halogênio e qual posição, a acidez do fenol.No entanto, em
posição para, o efeito indutivo e de ressonância se anulam para o flúor, igualando a acidez com
a do fenol puro. Tanto no flúor quanto no cloro, podemos visualizar a redução da acidez com o
afastamento do halogênio da hidroxila

Nitrônio
O NO2 é um grupo eletroretirador muito
forte e portanto consegue acentuar e muito
a acidez do fenol.

Ao contrário dos ácidos benzóicos, existe


uma ressonância direta do fenolato com o
anel aromático (nos ácidos, deve passar
pelo carbono da carbonila primeiro). Com
isso, substituintes com efeitos
eletroretiradores por ressonância podem
entrar também em ressonância direta com
o fenolato.

O fenolato orienta suas cargas nas posições


orto e para e portanto conseguimos
compreender porque a acidez é muito mais
acentuada quando os nitrofenois são substituídos nessas posições. Existe no entanto uma leve
diferença de acidez entre as posições orto e para sendo que a posição para aumenta mais a
acidez dentre as 3 possíveis.

Carbânions
Cadeias carbônicas dotadas de cargas negativas, o que torna eles extremamente básicos e
reativos uma vez que os carbonos não acomodam bem essa carga.

O enolato

Formado pela perda de um hidrogênio alfa em relação à uma carbonila. Todas as reações
envolvendo carbânions envolvem enolato e formas diferentes de obtê-lo
Halogenação de cetonas
Trata-se da adição de halogênios em forma gasosa à enolatos

A entrada do halogênio sempre ocorrerá no carbono alfa. A abstração do hidrogênio ácido


(ou hidrogênio alfa) pode ocorrer por meio básico ou ácido. Acima foi usado o meio ácido. No
meio básico, temos um problema. Veja:

A reação parece simples. Porém a polihalogenação é possível e ocorre sempre no mesmo


carbono. Isso se deve ao fato de que, depois da primeira substituição, os hidrogênios próximos
ao bromo terão ainda mais facilidade para sair. Essa facilidade se deve ao fato do Bromo ser
eletroretirador e portanto estabilizar a carga negativa do carbono vizinho formada com a saída
do hidrogênio ácido. Somente em meio básico, teremos a redução da quantidade do número
de carbonos:

De forma geral temos

• Primeira adição do halogênio no carbono alfa com menos hidrogênio (produto


Meio ácido preferencial da reação)
𝑿𝟐 ⁄𝑯+

• Primeira adição do halogênio no carbono alfa com mais hidrogênio


Meio básico • Retirada do carbono alfa onde a adição continuada (de difícil controle) da
𝑿𝟐 ⁄𝑶𝑯− estrutura da molécula
Condensação Aldólica
Um dos dois tipos de condensação que vamos ver aqui. Válida para cetonas e aldeídos mas
não para ácidos carboxílicos uma vez que o hidrogênio a ser abstraído não seria o do carbono
alfa e sim o da hidroxila. Funciona no início da mesma forma que uma halogenação de cetonas.
O que muda é que o equilíbrio de ressonância do enolato formato irá reagir com outras
carbonilas cetônicas ou aldeídicas .

Ocorrerá formação de um hidróxialdeído se R1 = H. Nesse caso, vale relembrar reações de


redução para uma posterior desidratação desse hidroxialdeído:

H2/Ni é forte, reduz completamente. Usado na redução de alcenos e alcinos (pode ser Pt ou
Pd também, mas Ni é mais barato). H2/Ni Possui preferência pelos mesmos! Aldeídos com
instauração, numa primeira reação, irão perder sua instauração ao invés de reduzir à álcool.
Portanto por isso que temos que especificar que estamos usando uma redução forte para
poder reduzir tanto a dupla quanto a função. Já NaBH4 reduz à álcool completamente
aldeídos e cetonas. NaBH4 não ataca insaturações.

A abstração de um hidrogênio ácido também pode ocorrer caso ele esteja conectado à um
carbono vizinho de um grupamento eletroretirador diferente da carbonila. Portanto as reações
abaixo podem ocorrer também e ambas podem reagir com carbonilas cetônicas e aldeídicas.
Condensação de Claisen
Análogo à condensação aldólica só que para ésteres. Ocorre abstração do hidrogênio alfa que
gera um carbânion. Este por sua vez ataca a carbonila de outro éster. Ao invés de se formar
hiroxialdeídos, formaremos cetoésteres. Veja a formação do acetoacetato de etila:

O produto é iônico, de forma que a condensação de claisen de 2 mols de acetato de etila, após
a adição de água, nos dá como produto um 3-ceto butanoato de etila. Como subprodutos,
teremos NaOH e EtOH que reagem formando EtONa e H2O (catalisador e meio reacional).

Outras reações que envolvem condensações são reaçõs com epóxidos, que geram
carbocations para os carbânions gerados por condensação reagirem. Veja:

A reação possui mesmo mecanismo para qualquer nucleófilo que ataque um epóxido.

Como visto acima, um diéster fornece tanto hidrogênio alfa para ser abstraído quanto
carbonila para o ataque, fazendo com que compostos cíclicos surjam.

Em meio básico, e após a adição de H+ e calor para purificação, podemos descarbonilar um


diéster. No entanto essa reação só é possível se uma carbonila estiver em posição beta em
relação à outra. Tomando o mesmo exemplo anterior mas no entanto considerando que se
trata de um grupamento ceto em posição ß em relação à carbonila do éster e não um diéster,
temos:

Nesse processo, há liberação de gás carbônico gasoso [ CO2(g) ]

No entanto, um malonato de etila sofre a mesma reação. Uma carbonila encontra-se em


posição beta em relação a outra. Veja:

Sínteses malônicas são de extremo interesse nessa parte da matéria uma vez que o carbânion
formado é estável e a posição de uma das carbonilas é favorável para a reação acima. Isso faz
com que possamos montar diversas estruturas grandes e “estranhas” e a partir da
descarbonilação obter compostos mais simples de interesse. Potanto, unida à condensação de

Claisen está a parte de Síntese Malônica da matéria. Veja abaixo a reação de


síntese do malonato de etila.
Assim como qualquer éster, o malonato consegue perder um hidrogênio e se transformar num
nucleófilo, podendo reagir com carbocátions por exemplo. Até mesmo com epóxidos ele reage

Podemos reagir também com halogenetos de alquila. Veja:

Caso o mesmo seja disubstituído, uma reação de dois malonatos para um derivado pode
acontecer. Veja:

Por vezes pode ser interessante reagir para descarbonilar um composto formado pela reação
com o malonato. Principalmente com reações como a anterior, pois teremos um ácido
carboxílico dicarboxilado como produto. Veja:
Novamente teremos gás carbônico como produto, porém dessa vez serão dois moles. Vale
lembrar a esse ponto que a abstração do hidrogênio alfa na condensação aldólica é feita por
uma base (OH-) porém na condensação de claisen é feita por EtONa (base forte que favorece
ataques sucessivos)! É extremamente importante se lembrar disso!

Abaixo, mais uma reação de formação de ciclos. Parece semelhante à uma anterior já
apresentada. Atente-se ao fato de que apesar de o produto ser um ciclo de 5 carbonos, os
grupamentos substituídos nele são diferentes: enquanto um ciclo manteve o grupamento
ceto, a outra manterá a carbonila. Perceba a estequiometria da reação: 1 malonato para 1
halogeneto de alquila disubstituído. Se tivéssemos 2 malonatos cada um entraria numa ponta
onde o Cloro se encontra. No caso abaixo, no entanto, os dois hidrogênios ácidos do carbono 2
do único mol de malonato são retirados, permitindo que o carbocátion formado pela saída do
segundo cloro ataque a mesma cadeia. Uma posterior reação de descarbonilação finaliza nossa
síntese.
Uma coisa que devemos nos lembrar sempre que usarmos malonatos ou produtos de
condensação em geral é que, apesar de formarmos um nucleófilo grande, ele continua sendo
um nucleófilo e portanto reage com o mesmo mecanismo em reações genéricas de
substituição nucleofílica. Veja:

Se Nu for um malonato, veja abaixo que a estrutura final ficará “feia”. No entanto, isso não a
faz menos certa. O produto ao lado de A é o produto gerado pela reação de descarbonilação
que é, geralmente, a reação que mais usamos quando se trata de malonatos.

Vamos ver na segunda parte da matéria da P2 que pro vezes é interessante a reação A pois
geramos ácidos carboxílicos com insaturações (ou aldeídos, ou ésteres, depende do que vc
fizer com o composto A após a descarbonilação). A segunda parte da matéria da P2 consiste
num estudo de insaturações alfa beta (é exatamente o que formamos na reação acima se
desidratarmos o ácido).

Uma outra reação genérica para nucleófilos é a abaixo:


Perceba que a reação de exemplo abaixo não vale. É uma reação intuitiva para se obter ácidos
carboxílicos. No entanto essa reação não ocorre. Para fazer esse ácido, o correto é ir por
malonato e depois descarbonilar.

Essa reação não ocorre porque o éster preferirá condensar com ele mesmo do que atacar o
carbono ligado ao Cloro no halogeneto.

Reações envolvendo duplas ligações

Insaturações alfa-beta
Em alguns casos ataques nucleofílicos a compostos carbonilados podem não ocorrer na
carbonila. No caso decompostos com insaturações alfa beta, veja o que pode ocorrer:

Perceba que no caso 1, existe certa estabilidade por uma questão de ressonância. Portanto em
reações com duplas,

• Carga negativa no carbono alfa


• Carga positiva no carbono beta

Isso faz com que a reação com nucleófilos acabe adicionando sempre eles em posição beta.
Isso vale até mesmo para nucleófilos como o malonato. Veja exemplos:
Obviamente, nas reações acima, todas as cargas negativas remanescentes da separação ode
cargas da dupla foram preenchidas com um hidrogênio após uma reação com H3O+

Uma vez tendo a presença da instauração alfa-beta, não haverá reação de ataque de
nucleófilos na carbonila. Sendo assim a reação de malonatos com ésteres alfa-beta insaturados
é uma boa estratégia pra criar ácidos dicarboxilados, veja:

Em alguns casos pode haver ataque sucessivo, como o abaixo. A temperatura influenciará
nisso. Para temperaturas elevadas, o ataque ocorre na carbonila. Para temperaturas baixas,
o ataque ocorre na dupla e gera polímeros. Claro que a geração de polímeros depende de um
excesso de éster. Veja abaixo a formação do poliacrilato.

A reação continua dai...Perceba que afirmamos que o ataque na carbonila ocorre com
temperatura elevada. Entendemos então o porquê de, sem especificar condições de reação
(coisa que no curso só fazemos quando elas são ‘bruscas’), considerarmos que compostos
carbonilados alfa-beta insaturados reagem na dupla e não na carbonila. Para temperaturas
elevadas, teremos:
Pensar em compostos alfa beta insaturados também é uma ótima estratégia para a formação
de ciclos. Veja:

Reação de Wittig – Formação de Alcenos


A reação de Wittig é uma reação química de um aldeído ou uma cetona com um ileto de
fósforo para dar um alceno. Veja o mecanismo:

Atentar ao fato de essa reação só ocorrer caso o carbono diretamente ligado ao halogênio
tiver ao menos um hidrogênio ácido, caso contrário a reação não ocorrerá.

Atente-se ao fato de que essa reação pode gerar insaturações em praticamente qualquer
carbono. Logo, quando vir uma estrutura com uma dupla em um lugar complicado, ao invés
de assumir que aquela dupla veio de uma desidratação de um – OH, assuma que o composto
foi formado por uma reação desse tipo.
Formação de Insaturações Alfa-Beta
A matéria é de certa forma acumulativa, tendo no entanto parte da matéria da P1 embutida.
Isso, agora no final deste documento, torna-se óbvio. Portanto, vamos retomar alguns
exemplos de reações que são capazes de formar insaturações alfa-beta. Lembre-se que nas
provas, rotas sintéticas sempre vão partir de coisas pequenas. Então não adianta saber fazer
uma reação de um malonato com uma butenona, por exemplo, se não sabe formar uma
butenona e nem um malonato. Reações de eliminação de halogenetos e de desidratação
geram insaturações, o truque é colocar eles em um carbono alfa! Ideias possíveis:

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