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RIO BRANCO
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A partir do momento em que se iniciou a ditadura civil militar em 1964 no Brasil,
novos rumos foram tomados no que cerne a justiça e seu sistema judiciário e leis
anteriormente tão bem dispostas no cérebro do cidadão. É de suma importância
destacar logo no princípio que os militares ao assumirem o poder autoritário e
arbitrário do Brasil, passaram a promover mudanças fundamentais para manter a
todo custo seu poder sobre o país e refrear qualquer tipo de resistência que pudesse
vir a acontecer. Essas mudanças se caracterizaram pelo uso opressor e despótico
da violência, a censura institucionalizada e a mudança nas leis da constituição
vigente e/ou desrespeito das leis oficiais que garantiam a democracia da população
brasileira. No entanto, mesmo dotados do poder geral no país e colocando em
prática os desvios de direitos humanos e demais direitos fundamentais, foi-se
construída uma história pela soma dos poderes da época que legitimavam
atrocidades antidemocráticas, além de normalizá-las.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É evidente, portanto, que o período após o golpe civil militar, que conferiu na
ditadura no Brasil, foi um momento de intensos processos de perda de liberdades
individuais, de censura livre, torturas e mortes contra opositores e grandes perdas
democráticas.
Houveram lutas e resistências que foram sufocadas pelo peso de uma mão
de ferro militar, mas que nunca deixaram de tentar se libertar de um regime
opressor. A consequência para toda a oposição ao regime que parava nas garras
dos tiranos era normalmente a tortura indiscriminada e a morte arbitraria. Os Direitos
Humanos sofreram um duro golpe com esse regime. Mesmo com todos esses
sofrimentos civis passados por significativa parte da população, ainda era comum
encontrar quem defendesse e defende a Ditadura Militar Brasileira com severo
afinco. Partindo desse pressuposto e de toda memória histórica herdada desse
período, por que existiu e ainda existem indivíduos que apoiam tal regime? Por que
o sofrimento e perda de vidas não comovem esses apoiadores? E finalmente, onde
ocorreu o erro que permitiu que tais problematizações fossem levantadas?
REFERÊNCIAS
Schinke, Vanessa DornelesA história que nos contam: a memória do judiciário sobre o
regime autoritário. Revista Direito e Práxis [online]. 2017, v. 8, n. 2 [Acessado 22 Junho
2021] , pp. 1224-1249. Disponível em: <https://doi.org/10.12957/dep.2017.23011>. Epub
Apr-Jun 2017. ISSN 2179-8966. https://doi.org/10.12957/dep.2017.23011.