Você está na página 1de 14

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação

Pratica III – Comutação forçada por ressonância auxiliar

Émerson Rodrigues Barbosa


Samuel Rodrigues Leite
Tatiana Helena Salles dos Santos

Belo Horizonte
Abril/2008
Émerson Rodrigues Barbosa
Samuel Rodrigues Leite
Tatiana Helena Salles dos Santos

Terceiro Trabalho Prático de Eletrônica de Potência IV

Trabalho apresentado à disciplina


Eletrônica de Potência IV
Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais.

Professor: Sady

2
Belo Horizonte
Abril 2008
Índice de figuras

Figura 1 – Indicação da polaridade do capacitor C após carregar através de Ta................................4


Figura 2 – Indicação da troca de polaridade do capacitor após o primeiro semi-ciclo
de ressonância.....................................................................................................................................5
Figura 3 – Indica que o capacitor volta a carga original após o desligamento de Tp........................5
Figura 4 – Simulação do circuito.......................................................................................................6
Figura 5 - Formas de onda do software de simulação........................................................................6
Figura 6 - Gráfico da ressonância.......................................................................................................7
Figura 7 – Diagrama da montagem do circuito..................................................................................7
Figura 8 – Tensão média no capacitor com o Ta acionado.................................................................8
Figura 9 – Tensão média no capacitor após o disparo de Tp.............................................................8
Figura 10 – Inversão da polaridade do capacitor após o 2º acionamento de Ta.................................9
Figura 11 – Diagrama de ligação (M09)...........................................................................................10
Figura 12 - Forma de onda em Ta e Tp para freqüência mínima......................................................10
Figura 13 - Forma de onda em Ta e Tp para freqüência máxima......................................................11
Figura 14 – Forma de onda em RL....................................................................................................12
Figura 15 – Tempo disponível para a comutação de Tp...................................................................13

Índice Geral

Objetivos, módulos, equipamentos e princípio de funcionamento.....................................................4


Simulação do circuito..........................................................................................................................6
Procedimento de simulação.................................................................................................................6
Montagem............................................................................................................................................7
Procedimento.......................................................................................................................................7
Conclusões..........................................................................................................................................13

3
Comutação Forçada por Ressonância Auxiliar
Objetivos
· Analisar o processo de comutação forçada por ressonância auxiliar.
· Observar o fenômeno da inversão de polaridade de um capacitor por ressonância.
· Aplicar o comando para Chopper (M09) para disparar os tiristores.
Módulos
· Tiristores (01)
· Cargas (03)
· Diodos (06)
· Fonte DC (08)
· Comando para Chopper (09)
· Indutores e Capacitores (10)
Equipamentos
· Microcomputador
· Osciloscópio
Princípio de Funcionamento
Este circuito possibilita a carga de um capacitor com polaridade adequada para se conseguir a
comutação forçada do tiristor TP, controlando uma carga de corrente contínua. Um ciclo completo
de funcionamento pode ser descrito em 03 etapas:
· 1a etapa: Aplica-se um pulso no gatilho de Ta, que passa a conduzir, carregando o capacitor C,
através de RL . Após ter adquirido a carga total , a corrente em Ta cai a zero, desligando-o por
comutação natural, enquanto que C fica carregado com a polaridade mostrada na figura a seguir:

Figura 1 – Indicação da polaridade do capacitor C após carregar através de Ta


· 2a etapa: Aplica-se um pulso no gatilho de TP, que passa a conduzir. Inicialmente passa por
ele a corrente de carga, IL , mais a corrente de ressonância de L e C, devido ao fato de que o indutor
ficou em paralelo com C, através de TP e D, que estão conduzindo. Após o primeiro semi-ciclo de
ressonância do circuito LC, ocorre a troca de polaridade da carga de C, e inversão do sentido da
corrente neste ramo, o que leva o diodo D para o estado de corte. Isto mantém o capacitor com a

4
carga mostrada na figura a seguir:

Figura 2 – Indicação da troca de polaridade do capacitor após o primeiro semi-ciclo de


ressonância
· 3a etapa: Na condição em que se encontra o capacitor C, aplica-se um pulso no gatilho de Ta ; Ta
em condução provoca a descarga de C sobre TP , com uma corrente contrária à corrente da carga,
mantendo-o reversamente polarizado por um intervalo de tempo superior ao seu tempo de
desligamento, tOFF. Após o desligamento de TP , o capacitor volta a adquirir a carga original (1a
etapa), completando o ciclo. Esta etapa está ilustrada na figura a seguir:

Figura 3 – Indica que o capacitor volta a carga original após o desligamento de Tp

5
Simulação do Circuito
Figura 4 – Simulação do circuito

Procedimento de Simulação

Figura 5 - Formas de onda do software de simulação nos diversos componentes do circuito


conforme legenda na parte superior direita da figura.

6
Figura 6–Gráfico da ressonância: Representa a troca de energia entre o indutor e capacitor.
Montagem do circuito

Figura 7 – Diagrama da montagem do circuito


Procedimento
1. Deixar o osciloscópio ligado em paralelo com o capacitor, com a entrada vertical ajustada para
DC.
2. Usando um cabo de ligação (ligado a uma das extremidades do resistor de 200 W), aplicar um
pulso de corrente no gatilho de Ta. Observar a carga adquirida por C. Anotar o valor da tensão sobre
C após sua carga. Obs: Caso decorra um longo período de tempo na leitura desta tensão, o
capacitor irá perder carga através do próprio osciloscópio. Neste caso, será necessário aplicar

7
um outro pulso no gatilho de Ta, a fim de recarregar C, antes de passar para a próxima etapa.

Figura 8 – Tensão média no capacitor com o Ta acionado.


Vméd = 11,4V
3. Usando o mesmo cabo de ligação, aplique um pulso de corrente no gatilho de TP. Observe o
estado de condução de TP com o acendimento da lâmpada. Comprove a mudança de polaridade do
capacitor C, através da indicação do osciloscópio. Nesta situação, deve-se observar que C encontra
se com a polaridade adequada para desligar TP por comutação forçada.

Figura 9 – Tensão média no capacitor após o disparo de Tp


Vméd=-4.66V

8
4. Reaplicar o pulso no gatilho de Ta. Observar o desligamento de TP, e a nova troca de polaridade
de C

Figura 10 – Inversão da polaridade do capacitor após o 2º acionamento de Ta

Quando o Tp está acionado o capacitor descarrega sobre indutor, uma vez que o indutor é carregado
ele começa a alimentar o capacitor com corrente invertendo a polaridade do capacitor. Esse é o
fenômeno da ressonância que é a troca de energia entre o capacitor e o indutor.
5. Repetir as etapas 2, 3 e 4 várias vezes até compreender os fenômenos descritos.
6. Experimentar deixar passar um longo período de tempo entre a aplicação dos pulsos nos gatilhos
de Tp e Ta. Por exemplo: Aplicar pulso em Ta e esperar um longo período de tempo para aplicar em
TP. Analisar o que ocorre com a carga de C neste intervalo.
O capacitor descarrega através das pontas de prova do osciloscópio
7. Desligar a alimentação (Vcc); aguardar alguns segundos e ligar em seguida.
8. Aplicar o primeiro pulso no gatilho de Tp .
9. Aplicar o segundo pulso no gatilho de Ta. Observar e analisar o que ocorreu no circuito ao
executar estas duas últimas operações. Mesmo após aplicar o pulso no gatilho de Ta ele não
disparou, pois quando se dispara primeiro o Tp, o Ta fica polarizado reversamente.
10. Operação repetitiva comandada pelo M09: O disparo de TP e Ta pode ser agora feito por pulsos
em uma dada frequência e fase, conforme explicado na experiência 01 (M09). Ligar o M09 aos
tiristores TP e Ta conforme o diagrama dado na figura abaixo:

9
Figura 11 – Diagrama de ligação (M09)
11. Ajustar a frequência dos pulsos para um mínimo e observar a operação liga/desliga de TP e Ta.

Figura 12 - Forma de onda em Ta e Tp para freqüência mínima. Canal 1 = Ta , canal 2 = Tp


Frequência mínima= 47.7 hz para os canais 1 e 2.
Forma de onda no Ta: Quando o Ta conduz a tensão sobre ele é 0V. No momento em que o Ta está
bloqueado e o Tp está conduzindo, a tensão sobre Ta será a tensão de entrada menos a tensão no
capacitor. (Vi – Vc). Em um segundo momento, ainda com Ta bloqueado e Tp conduzindo, a tensão
sobre Ta passa a ser a tensão do capacitor mais a tensão em Tp uma vez que o indutor descarregou
sua tensão sobre o capacitor. Forma de onda no Tp: Quando a tensão é próxima de zero, significa
que ele está conduzindo, e quando a tensão sobre ele é máxima, ele está em corte.Esse pico
negativo em ambos os gráficos representa a comutação.

10
12. Aumentar a frequência dos pulsos, observar e anotar as formas de onda em TP , Ta e RL.

Figura 13 - Forma de onda em Ta e Tp para freqüência máxima. Formas de onda em


TP(canal 2) e TA ( canal 1). Frequência máxima = 159,2 hz para os dois canais.

11
Figura 14 – Forma de onda em RL, Vméd =4,9V, f=159hz.

12
13. Medir o tempo disponível para comutação de TP , ou seja, o tempo durante o qual TP fica
polarizado reversamente.

Figura 15 – Tempo disponível para a comutação de Tp

14. Variar TON / T de TP e observar a variação do valor médio da tensão na carga.


Para freqüência mínima, menor Vméd = 3,03V
Para freqüência máxima, maior Vméd = 3,66V

15. Conclusões em relação a:


· Processo de inversão de polaridade no capacitor de comutação.
Após o primeiro pulso no gatilho de Ta, o capacitor carrega com polaridade exemplificada
anteriormente, ao carregar com máxima tensão a corrente em Ta cai a um valor inferior à corrente

13
de manutenção, que o leva ao corte.
Num segundo momento é aplicado um pulso no gatilho de Tp, que o leva a conduzir. Primeiramente
ele recebe a corrente de carga e a corrente de ressonância, pois o indutor ficou em paralelo com o
capacitor , após Tp e o diodo entrarem em condução. Quando o indutor se encontra totalmente
carregado, ele inverte a polaridade da corrente e descarrega sobre o capacitor, invertendo a sua
polaridade, em seguida podemos disparar o Ta novamente, e o capacitor terá a polaridade invertida ,
adquirindo a carga original.

· Limitações para esta montagem.


Uma das limitações é que o tiristor Ta sempre deve ser o primeiro a ser disparado. Se eventualmente
o Tp for disparado antes de Ta, não se conseguirá disparar o Ta pois ele estará polarizado
reversamente através do capacitor.
· Aplicações para esta montagem.
Uma aplicação importante em conversores que utilizam comutação forçada é o controle
independente de potência ativa e reativa em ambas estações conversoras.

14

Você também pode gostar