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Material Teórico
Introdução e Conceitos a Técnica Dietética
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Introdução e Conceitos
a Técnica Dietética
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender os principais conceitos da disciplina Técnica Dietética;
• Abordar metodologia para pesos e medidas, indicadores de qualidade de alimentos e
técnicas básicas de manipulação de insumos alimentícios.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Introdução e Conceitos a Técnica Dietética
Importante! Importante!
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• Econômico: consiste no planejamento técnico a serem aplicadas na prepara-
ção dos cardápios. Levando em consideração custos, compras, safra, disponi-
bilidade no Mercado, avaliação periódica das quantidades per capita, armaze-
namento correto, pré-preparo sem desperdício, aplicação de técnicas culinárias
que preservem o valor nutritivo do alimento, reaproveitamento seguro das so-
bras de alimentos, economia de recursos (humanos, materiais e financeiros)
nas diversas operações de preparo dos alimentos (aquisição, recebimento, ar-
mazenamento, pré-preparo, preparo, distribuição, controle de sobras e gestão
dos resíduos), mantendo sempre a qualidade e o valor nutritivo dos alimentos,
realizado dentro do planejado.
Leis da Alimentação
Na Técnica Dietética, devemos considerar as 4 Leis da Alimentação:
• Quantidade: a dieta deve suprir as calorias e fornecer todos os nutrientes ne-
cessários para manter a saúde do indivíduo em quantidade suficiente;
• Qualidade: a dieta fornece todos os nutrientes necessários para o pleno fun-
cionamento do organismo;
• Harmonia: a dieta deve ter proporções adequadas entre os nutrientes:
Por exemplo:
• Carboidrato= 55-75%;
• Proteínas= 10-15%;
• Lipídeos= 15-30%.
• Adequação: a dieta deve se adequar às situações e às necessidades biológi-
cas (peso, estatura, idade, sexo), condições sociais, culturais e econômicas de
cada indivíduo.
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Caso esses utensílios graduados não estejam disponíveis, é possível utilizar medi-
das caseiras como copos, colheres e xícaras; porém, muitas vezes, esses utensílios
apresentam variedade de tamanho, podendo influenciar no resultado final.
Um recipiente medidor deverá ser, primeiramente, pesado e ter seu peso des-
contado. Isso se chama “TARA”, na balança.
Importante! Importante!
TARA quando o peso do utensilio medidor é salvo como negativo na balança e, assim,
descontado no momento da pesagem, sendo considerado apenas a quantidade do in-
sumo alimentar.
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Em seguida, o ingrediente deverá ser colocado nesse recipiente e pesado. Para a
obtenção do peso da amostra, é necessário observar se realmente foi subtraído o peso
do recipiente e anotar o resultado (que será correspondente apenas ao do alimento).
Ingredientes Secos
Os alimentos secos, como farinha, açúcar, aveia ou grãos não devem ser pressio-
nados ou comprimidos no processo de pesagem e necessitam de uma colher para
desmanchar os grumos e os encaroçados (PHILLIPPI, 2015).
Ingredientes Líquidos
Os ingredientes líquidos devem seguir algumas regras para não haver erros
na medição.
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Importante! Importante!
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O homem é o principal “meio de transporte” da bactéria até o alimento. Isso
acontece quando não possui bons hábitos de higiene, seja com cuidados pessoais,
seja do ambiente, seja do próprio alimento.
Micro-organismos: são seres vivos, assim como os homens e os animais, mas a maioria é
Explor
invisível a olho nu e só pode ser visto com microscópio. As bactérias, os fungos e os vírus são
exemplos de micro-organismos.
Higiene Pessoal
Os cuidados de higiene pessoal devem ser tomados, especialmente, pelos ma-
nipuladores de alimentos, isto é, pelos indivíduos que trabalham com o preparo
de alimentos.
Importante! Importante!
Mas isso não significa que as demais pessoas não tenham de se preocupar com esse as-
sunto. Pelo contrário! São atitudes que devem fazer parte do dia a dia de todos nós, para
preservar a saúde e prevenir doenças.
Higiene Ambiental
Para manter o ambiente em condições adequadas de higiene para a manipula-
ção de alimentos é necessário limpar equipamentos e utensílios logo após o uso,
limpar as superfícies usadas no preparo dos alimentos e o piso depois de preparar
cada refeição, manter as áreas da cozinha livre de restos de alimentos e conservar
as latas de lixo tampadas, limpas e afastadas dos alimentos, para evitar o acesso
de insetos.
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Por isso é importante, lavar muito bem as verduras, os legumes e as frutas com
solução clorada, repassar e armazenar. Não comprar alimentos perecíveis como,
ovos, carnes e leite de origem clandestina e cozinhar bem os alimentos, até que o
centro do alimento atinja a temperatura de 74ºC que destrói os microrganismos e
elimina a maior parte das DTA.
DTA: são Doenças Transmitidas por Alimentos causadas pela ingestão de alimentos e/ou
Explor
água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA e a maioria são infecções causadas
por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas.
Importante! Importante!
Não é permitido o uso de tábuas de madeira e colheres de pau, pois esse material retém
água e nutrientes dos alimentos, causando a proliferação de micro-organismos.
É permitido o uso de tábuas de polietileno ou vidro e colheres de plástico resistente.
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Técnicas Básicas de
Manipulação de Alimentos
O preparo dos alimentos em TD deve assegurar o valor nutricional adequado, a
aceitação da preparação, a digestibilidade e a apresentação do prato, favorecendo
a aceitação do consumidor.
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trigo, o centeio e a cevada. Quando misturado à água, o glúten incha, formando uma rede
bem fininha, ou seja, é exatamente essa rede que dará elasticidade às massas de pães.
Preparo de Alimentos
O preparo compreende processo por meio de energia mecânica (divisão ou
união), energia térmica (calor ou frio) ou pela associação de ambas.
Cocção
Os principais objetivos da cocção são manter ou melhorar o valor nutricional,
aumentar a digestão, aumentar a aceitação por meio de alterações na coloração,
sabor, textura ou consistência dos alimentos, inibir o crescimento de micro-organis-
mos ou desenvolvimento de substâncias prejudiciais à saúde.
Valor Nutritivo
A preservação do valor nutricional dos alimentos, ao utilizar o calor da cocção,
também está diretamente ligada à quantidade de água utilizada, bem como ao tem-
po de duração desse processo.
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Você Sabia? Importante!
Sabor
Por meio da cocção, o alimento pode se manter agradável ao paladar e também
acentuar seu sabor natural.
Importante! Importante!
Quando o objetivo é manter o sabor original do alimento, o processo de cocção deve ser
o mais breve possível. Mas se o objetivo é obter uma superfície dourada no alimento,
então, o método de cocção deve ser por calor seco, como assar, grelhar ou fritar.
Quando os alimentos são cozidos juntos para haver um novo sabor final, o pro-
cesso de cocção, com frequência, é mais longo, de forma a permitir a combinação
desejada dos sabores.
Calor Úmido
A cocção por calor úmido pode acontecer por meio de líquido quente ou vapor,
processo lento, na qual o vapor hidrata o alimento e abranda as fibras.
Importante! Importante!
Quando são utilizados os métodos de cocção por calor úmido, pode haver perda de
componentes, alterando, assim, o valor nutricional do alimento. Dessa forma, reco-
menda-se menor quantidade de água e menor tempo de cocção do alimento, para
minimizar as perdas.
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Calor Seco
O calor seco ocorre quando, no método de cocção, existe a desidratação do alimento.
Os métodos são:
• Saltear: consiste em submeter o alimento em gordura bem quente, mantendo
a frigideira em constante movimento ao alto para que os alimentos não gru-
dem no fundo;
• Frigir: colocar os alimentos em pouca gordura em alta temperatura, sem mo-
vimentar o recipiente de cocção;
• Fritar com gordura: colocar os alimentos em gordura suficiente, em tempera-
tura elevada, sem imersão;
• Fritar por imersão: mergulhar completamente o alimento em grande quanti-
dade de gordura;
• Fritar em equipamentos elétricos com pouca gordura: utilizado para ter
bons resultados e melhorar o valor nutricional das preparações.
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Importante! Importante!
• Calor seco sem gordura: consiste na aplicação apenas de ar seco, sem a adi-
ção de gordura. A aplicação dessa forma de calor pode ser realizada por meio
indireto ou direto. Os métodos de cocção por calor seco sem gordura são:
• Assar no forno: aplicação de ar quente e calor indireto;
• Assar no espeto: aplicação de ar quente e de calor, indiretamente. É possível
utilizar o forno ou a churrasqueira, cuja fonte de calor é produzida por carvão,
lenha ou eletricidade;
• Grelhar: método consiste em preparar os alimentos por exposição na grelha,
em calor seco e forte. São utilizadas chapas aquecidas que transferem calor ao
alimento de forma direta.
Calor Misto
A cocção é realizada em duas etapas, inicialmente, com calor seco em gordura
e, posteriormente, o alimento é submetido ao calor úmido, adicionando-se peque-
nas quantidades de líquido.
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Cocção no Micro-Ondas
No micro-ondas a cocção ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. O aque-
cimento, nesse tipo de equipamento, ocorre à medida que as ondas penetram no
alimento, causando fricção entre as moléculas de água, e produz calor permitindo
a preservação do valor nutricional dos alimentos na cocção de vegetai, sem a pre-
sença de água.
Importante! Importante!
Algumas preparações devem ser adaptadas para serem realizadas no micro-ondas, devi-
do à composição do alimento. Por exemplo, ovo cozido, que deve ter a gema perfurada
para evitar o rompimento durante o processo.
Outro método de cocção utilizado é conhecido como Sous-Vide que, em francês, quer
dizer “sob vácuo”. O objetivo da técnica é manter a integridade do alimento, evitando
a perda de umidade e do sabor. A cocção dos alimentos é realizada por meio de sacolas
plásticas seladas a vácuo em baixas temperaturas, entre 40°C e 70°C.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Manual de Higiene para Manipuladores de Alimentos
HAZELWOOD, D., MCLEAN, AC. Manual de higiene para manipuladores de alimen-
tos. São Paulo: Livraria Varela, 1994.
Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Alimentos
SILVA JR., Eneo Alves. Manual de controle higiênico-sanitário em alimentos. 4.ed.
São Paulo: Livraria Varela, 1995.
Técnica Dietética: Seleção e Preparo de Alimentos – Manual de Laboratório
CAMARGO, E. B.; BOTELHO, R. A. Técnica Dietética: seleção e preparo de alimentos
– Manual de Laboratório. São Paulo: Atheneu, 2005.
Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em Medidas Caseiras
BENZECRY, E. H. et al. Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em Medidas
Caseiras. 5.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008.
Técnica Dietética – Teoria e Aplicações
DOMENE, S. M. A. Técnica Dietética – Teoria e Aplicações. 2.ed. São Paulo: Guana-
bara Koogan, 2018.
Vídeos
Dica – Xícaras e Colheres Medidoras
https://youtu.be/9DFXOVzuFX0
Leitura
Cartilha sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação
Resolução-RDC nº216/2004.
http://bit.ly/2KvO5qX
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Referências
AMARAL, F. P. Discriminação e mistificação em alimentação. 1. ed. São Paulo:
Editora Alfa-Omega. 1986
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