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Material Teórico
Laticínios e Ovos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Laticínios e Ovos
• Introdução;
• Leite;
• Ovo.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer os laticínios e os ovos, seus valores nutricionais, classificações, variedades,
derivados, além de suas características individuais e diferenças que afetam a utilização
em Técnica Dietética, que afetam ou melhor se adaptam a determinadas preparações.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Laticínios e Ovos
Introdução
Na Disciplina de Técnica Dietética, iremos abordar os temas leite e ovos.
Para isso, é essencial sua compreensão de todo conteúdo explorado até aqui.
Por isso, leia com atenção todos os Materiais Complementares, assista aos vídeos
indicados e busque conhecer as Referências Bibliográficas que fazem parte dessa
Matéria e irão contribuir para sua formação e melhor desempenho na disciplina.
Leite
Conceito
De acordo com o Decreto-Lei n° 15.642, de 09/02/1946, o leite é definido
como um produto integral obtido da ordenha completa de vacas sadias, bem ali-
mentadas e bem tratadas. É o produto da secreção das glândulas mamárias oriun-
das das fêmeas de espécie mamíferas (PHILIPPI, 2015).
Explor
Valor Nutritivo
Sua composição nutricional varia de acordo com a raça do animal e pode ser
influenciada pela alimentação do mamífero, além de fatores ambientais. Mas, basi-
camente, é composto por 86% de água com acréscimos de alguns nutrientes como
lactose, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas. As proteínas caseína, alfalacto-
albumina e betalactoglobulina são consideradas como os principais nutrientes do
leite, sendo compostas por aminoácidos essenciais e não essenciais além de prote-
ínas de alto valor biológico (PHILIPPI, 2015; ORNELLAS, 2013).
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A caseína é representada por cerca de 80% a 85% do conteúdo proteico, a alfa-
lactoalbumina com 18% e a betalactoglobulina 2%, essas são as proteínas do soro
do leite, porém estáveis na presença de ácidos e muito sensíveis ao aquecimento.
A lactose é o carboidrato mais abundante no leite, que contém em sua composição gli-
cose e a galactose.
A lactose favorece o aproveitamento do cálcio e do fósforo, mas tem baixo teor ado-
çante (13%) quando comparada à glicose que possui 67% de teor adoçante. A quantidade
de gordura no leite pode variar de acordo com a raça do animal e o seu estado nutricional.
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UNIDADE Laticínios e Ovos
Classificação
O leite pode ser classificado de acordo com sua espécie de origem (vaca, cabra,
ovelha), seu teor de gordura (integral, semidesnatado ou desnatado) o tipo de ordenha
(A, B ou C), de acordo com sua finalidade (consumo ou industrial) e o tratamento
térmico que recebe (pasteurização ou UHT).
Teor de Gordura
• Leite integral: é considerado uma excelente fonte de cálcio e proteínas, pois
contém teor de gordura original com no mínimo 3%. A adição de vitaminas A
e D são opcionais;
• Leite semidesnatado: teor de gordura parcialmente retirado e este tipo de
leite contêm 0,5-1,5 ou 2% de gorduras lácteas. O leite com baixo teor de gor-
dura é chamado de light e contém apenas 1%;
• Leite desnatado: quase isento de gordura, pois, contém menos que 0,5% de
gorduras do leite. Esse leite é indicado para pessoas que desejam ingerir menos
gordura para diminuição de peso corporal ou por problemas como colesterol
alto no sangue (PHILIPPI, 2015).
Tipo de Ordenha
• Tipo A: a produção é feita em granja leiteira, seu gado passa por inspeção
veterinária permanente e a ordenha é mecânica, realizada em sala apropriada.
Com isso, a pasteurização ocorre logo após a ordenha e a distribuição do lei-
te pronto para consumo ocorre em até 12 horas após a ordenha (PHILIPPI,
2015);
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• Tipo B: o transporte é refrigerado a 10ºC até a Usina de Beneficiamento, che-
gando em no máximo 9 horas após a ordenha e a pasteurização no máximo 2
horas após a chegada à usina em temperatura de 5ºC (PHILIPPI, 2015);
• Tipo C: a ordenha é manual e ocorre no próprio estábulo. O transporte refri-
gerado não é obrigatório até a usina de beneficiamento, chegando no máximo
12 horas após a ordenha. Por isso, a pasteurização ocorre em no máximo 5
horas após a chegada à Usina e a distribuição para consumo em até 24 horas
após a chegada à Usina. Esse é um tipo de leite com maior proliferação bacte-
riana, menos dias de validade.
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UNIDADE Laticínios e Ovos
Tratamento Térmico
Pasteurização: com o objetivo de destruir a flora microbiana sem que haja alte-
ração nas características do produto. Esse processamento pode ser feito de forma
lenta e rápida. Na lenta, são utilizadas temperaturas entre 63ºC e 65ºC mais agita-
ção por um período de 30 minutos.
Por conta do tratamento térmico a que foi submetido, esse leite não precisa de
refrigeração para ser armazenado antes da abertura da embalagem; depois de aberto
deve ser mantido refrigerado e ser consumido em até 48 horas (ORNELLAS, 2013).
Características Sensoriais
Sabor e Odor
O leite fresco, produzido sob condições ideais, apresenta sabor levemente ado-
cicado, não é ácido ou amargo. Sabores e odores demonstrados no leite fresco
deve-se, usualmente, ser influenciado pela alimentação que o animal recebeu e pelo
ambiente de ordenha.
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Cor
A cor branca do leite resulta da dispersão da luz refletida pelos glóbulos de gor-
dura e pelas partículas de caseína e de fosfato de cálcio. A homogeneização torna
o leite mais branco, pela maior dispersão da luz. A cor amarelada provém do pig-
mento caroteno, que é lipossolúvel (PHILIPPI, 2015; ORNELLAS, 2013).
A cor branca do leite resulta da dispersão da luz refletida pelos glóbulos de gordura e
pelas partículas de caseína e de fosfato de cálcio. Colorações anormais no leite podem
resultar do desenvolvimento de microrganismos, como a cor vermelha causada pela bac-
téria Serratia marcescens e a cor azul, pela bactéria do gênero Pseudomonas.
Acidez
O leite, logo após a ordenha, apresenta reação ácida, mesmo sem que nenhu-
ma acidez, como ácido lático, tenha sido produzida por fermentações. A acidez do
leite fresco deve-se à composição como a presença de caseína, albumina e citratos
(PHILIPPI, 2015 & ORNELLAS, 2013).
A acidez natural do leite varia entre 0,13 e 0,17%, expressa como ácido lático.
A elevação da acidez é determinada pela transformação da lactose por enzimas mi-
crobianas, com formação de ácido lático, caracterizando a acidez desenvolvida do lei-
te. Tanto a acidez natural quanto a acidez desenvolvida são quantificadas, simultane-
amente, em titulações por soluções alcalinas (PHILIPPI, 2015; ORNELLAS, 2013).
Ph
Para o leite proveniente de diversas fontes, após misturado, o pH varia entre 6,6
e 6,8, com média de 6,7 a 20°C ou 6,6 a 25°C. No caso da secreção do leite após
o parto, o pH varia de 6,25 no primeiro dia a 6,46 no terceiro. O leite proveniente
de animais com mastite é levemente alcalino, podendo atingir pH 7,5 (PHILIPPI,
2015; ORNELLAS, 2013).
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Modificações
Algumas modificações podem ocorrer com o leite sob a ação de calor, ácidos e sal.
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Ação do Calor
À temperatura de 60 a 65°C, há formação de uma película fina sobre a superfí-
cie do leite, conhecida como nata, complexo formado a partir da caseína e do cál-
cio, resultante da evaporação da água na superfície, que causa a concentração de
proteínas. Durante a fervura, pode-se evitar a formação da película tampando o re-
cipiente ou mexendo o leite frequentemente (PHILIPPI, 2015; ORNELLAS, 2013).
Importante! Importante!
drato redutor, obtendo-se produtos que dão sabor, odor e cor aos alimentos, como o aspecto
dourado dos alimentos após assado.
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O sal, quando presente em alta concentração, provoca a precipitação das pro-
teínas do leite. Por exemplo, a preparação de bacalhau com leite, na qual deve ser
acrescentado leite frio aos poucos, durante o período de cocção no forno.
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Queijo
Conceito
É o produto fresco, maturado, sólido ou cremoso, obtido pela coagulação do lei-
te pasteurizado por meio de ação isolada ou combinada do coalho, ou outro agente
coagulante seguido pela drenagem do soro, presente no leite.
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O queijo pode ser feito a partir do leite de diversos animais: vaca, cabra, ovelha
e búfala. A grande variedade de queijos depende de vários fatores, como os tipos
de leite, os processos de fabricação, os tipos de fermentos adicionados, a utilização
de derivados de leite e a maturação.
Classificação
Os queijos podem ser classificados como fresco, quando está pronto para o
consumo logo após a fabricação, denominado como queijo maturado, quando é
submetido ao processo de cura.
Cura: consiste em retirar os líquidos como água, soro e gordura de um queijo fresco, de modo
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Conservação
De forma geral, os queijos brancos como, fresco, requeijão e ricota, devem ser
conservados sob refrigeração pois sofrem constante ação dos microrganismos.
Camembert e roquefort são queijos de massa muito delicada e não podem ser
guardados sob refrigeração, pois o frio retarda a ação dos microrganismos.
em: https://bit.ly/33esrA7
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UNIDADE Laticínios e Ovos
para facilitar a penetração do bacilo que produz o mofo característico desse quei-
jo; tem sabor picante e odor acentuado. Usado em canapés, molhos e pizzas.
• Gouda: tem sabor delicado e buracos pequenos. Usado para gratinar;
• Estepe: com sabor entre suave e picante, esse queijo macio e “esburacado”
pode ser usado em sanduíches, para acompanhar aperitivos ou em suflês;
• Brie: de origem francesa, preparado com leite integral de vaca, misturado com
leite parcialmente desnatado. É macio e ligeiramente oleoso, de cor amarela
forte. Sua crosta rugosa é coberta por um bolor esbranquiçado, produzido por
fungo. Muito usado em tábuas de queijo para acompanhar vinho. Depois de
cortado, deve ser consumido rapidamente, pois se deteriora com facilidade;
• Camembert: é produzido com leite de vaca semidesnatado. Tem massa cre-
mosa, amarelada e sabor picante. Pode ser servido com pão, biscoitos e torra-
das. Serve também de base para canapés. Deve ser retirado da geladeira antes
de ser consumido;
• Emmental: apresenta massa compacta e elástica, cor leve e sabor delicado.
Usa-se como base para fondues, sopas e suflês;
• Gruyère: é mais macio que o emmental, mas de sabor mais forte e picante.
Tem buracos pequenos e espaçados. Servido como aperitivo, utilizado em pre-
parações de forno ou para fondues;
• Queijinhos fundidos: têm consistência cremosa e sabor suave. Ótimos para
lanches ou refeições rápidas. Podem ser de sabor natural ou acrescidos de
sabores como azeitona, ervas, pimentão, camarão e outros;
• Edam: feito com leite de vaca, a consistência e o sabor variam de acordo com
o estágio de maturação. Quando fresco, é macio, tem poucos buracos e cor
amarela clara. Envelhecido, fica mais duro e a cor mais forte. Sua casca é re-
coberta por uma camada de parafina vermelha ou amarela;
• Cottage: queijo branco que lembra a ricota. Pode ser consumido puro, em
tortas, sanduíches ou acompanhando massas e saladas;
• Tilsit: possui consistência firme e sabor suavemente picante. Consumido com
torradas, pão e biscoitos. Quando envelhecido, é servido em fatias;
• Cheddar: tem sabor levemente picante, é indicado no preparo de massas,
carnes ou arroz de forno. Utilizado fatiado, em spray, ou pastoso em recheios;
• Roquefort: feito com leite cru de ovelha e amadurecido dentro de velhas ca-
vernas, o roquefort fica coberto de um mofo esverdeado, de aparência não
muito comum. É servido com torradas, usado em molhos e recheio de massas
ou como acompanhamento.
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Você Sabia? Importante!
Iogurte
Conceito
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foi introduzido.
Por isso, os iogurtes são de fácil digestão, pois, durante esse processo, o açúcar
é diminuído em até 50%.
Conservação
O iogurte deve ser conservado sob refrigeração e, depois de aberto, consumido
em até 24 horas.
Variedades
Existem vários tipos de iogurte como natural integral, natural desnatado, com
sabor de frutas, com ou sem açúcar, com pedaços de frutas, com geleia, mel, frutas
secas e cereais.
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Iogurtes funcionais
Existem os chamados iogurtes funcionais, que contêm organismos probiótico,
microrganismos que sobrevivem à passagem pelo trato gastrintestinal, chegando
vivo e em grandes quantidades ao intestino, auxiliam na regulação e na aceleração
do trânsito intestinal.
Ovo
Conceito
O ovo é um corpo unicelular formado no ovário de animais, fecundado ou não,
de algumas espécies de animais, como aves e répteis, rico em nutrientes para o
desenvolvimento da espécie (ORNELAS, 2013).
Estrutura
O ovo é formado, principalmente, por casca, clara e gema e seus componentes,
como se pode ver na imagem a seguir:
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Valor nutritivo
O ovo de galinha pesa cerca de 50g, dos quais, 35g da clara e 15g da gema.
Os ovos são fontes de proteínas, vitaminas A, D, E, K e vitaminas do complexo B,
cálcio, ferro e enxofre;
Gema
Representa cerca de 32% do peso de um ovo e é composta em média por 34%
de gordura, 16% de proteína e 50% de água. Cerca de 5% da gordura é colesterol.
A presença da lecitina na gordura da gema, e as lipoproteínas confere à gema a
capacidade de atuar como emulsionante ou espessante de molhos e maionese; ela
contribui, ainda, para o metabolismo do colesterol. Sua cor varia devido à presença
de pigmentos carotenoides (xantofilas);
Clara
É composta por 10% de proteínas (ovalbumina, conoalbumina, ovomucoide,
lisozima, ovomucina, avidina e ovoglobulina, entre outras), quantidades mínimas de
gordura e 90% de água.
Casca
É composta por carbonato de cálcio e tem pequenos poros para a troca de gases.
Os poros estão cobertos por uma cutícula composta de cera que os protege contra
a perda de água e impede que microrganismos penetrem nele, por isso, só deve ser
lavado no momento da utilização e representa cerca de 11% do peso do ovo.
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Classificação
Os ovos podem ser classificados por seu tamanho, como podemos ver na Tabela
a seguir.
Funcionalidades do Ovo
A utilização dos ovos na culinária é das mais abrangentes, pois combinam fun-
cionalidade, características sensoriais e propriedades nutricionais.
Coagular
As proteínas da clara coagulam a 60°C e da gema a 65°C, e, até 70°C, a água
fica retida no ovo.
Os ovos não podem ser acrescentados às preparações quentes, pois eles talham
e comprometem o aspecto sensorial. Para adicioná-los, deve-se esperar esfriar ou
adicionar pequena quantidade da mistura aos ovos e colocar sobre o restante, dei-
xando a mistura homogênea;
Liga
Em massas o ovo pode ser utilizado para dar liga às preparações;
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Revestimento
A clara pode ser utilizada para revestir os alimentos, antes de ser frita, mantendo
a preparação à milanesa mais crocante;
Emulsificação
A gema tem excelentes propriedades emulsificadoras, estabiliza as emulsões,
como a maionese, fazendo com que os ingredientes sejam miscíveis entre si, unin-
do-os mesmo que tenham polaridades diferentes como água e óleo;
Engrossante
Possui a propriedade de engrossar os líquidos, contribuindo com o aumento do
valor nutritivo;
Agente corante
Pode ser utilizada para dar cor às preparações, como, por exemplo, em biscoitos
e doces, devido à presença dos pigmentos xantofila, caroteno e criptoxantina.
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Ao bater a clara do ovo, ocorre retenção de ar devido à viscosidade da ovalbu-
mina, conferindo esponjosidade e leveza às preparações, pois, com o aquecimento,
ocorre a expansão do ar retido. A clara em neve deve ser adicionada no final, deli-
cadamente, para que não se desprenda o ar incorporado com o batimento.
Quando a clara é batida por muito tempo, ela se divide em duas fases, pois o
ponto de aeração foi ultrapassado. Vamos entender melhor o que ocorre quando
adicionamos outros ingredientes como gema, açúcar, sal, água ou ácidos e as in-
fluências desses alimentos sobre o tempo de batimento, volume final obtido, rendi-
mento e estabilidade da clara em neve?
Cocção do Ovo
O ovo, quando cozido em água fervente, apresenta características que se diferen-
ciam de acordo com o tempo de cocção.
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UNIDADE Laticínios e Ovos
Importante! Importante!
Ovos Industrializados
Atualmente, podem ser encontrados ovos na forma líquida ou desidratados.
As vantagens desses produtos são praticidade, economia e segurança pois são
pasteurizados, além da facilidade de transporte e economia no espaço de armaze-
namento (ARAUJO, 2007).
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A duração do ovo líquido é de aproximadamente 7 dias, e do ovo em pó de 6
meses. Esse tipo de processamento industrial para os ovos está se disseminando e
vem sendo amplamente utilizado.
São ovos com menor teor de colesterol ou enriquecidos com ácidos graxos poli-
-insaturados, como ômega 3 e vitamina E.
Aquisição
O ovo fresco apresenta-se ácido pela presença do dióxido de carbono (CO2), que
se encontra solúvel na clara. Porém, durante o armazenamento, o pH do ovo eleva-
-se em razão da perda de CO2 por difusão por meio da casca.
O teste da luz e o teste da água são duas formas domésticas utilizadas para se
verificar se o ovo é fresco.
• Teste da luz: o ovo fresco, ao ser colocado contra a luz, parece denso e escuro
por igual; se houver uma parte oca, o ovo está estragado;
• Teste da água: ao ser colocado em um copo com água e sal, o ovo fresco
ficará parado no fundo (estável); se for velho, flutuará, pois, a bolsa de ar estará
maior.
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UNIDADE Laticínios e Ovos
Armazenamento
Explor
Ovos podem ser congelados sem a casca, inteiros, ou clara e gema separadas
(ARAUJO, 2007).
Importante! Importante!
Ovos não devem ser lavados antes do armazenamento para que a proteção natural per-
maneça ao redor da casca.
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Trocando ideias... Importante!
A casca do ovo também tem a função de proteger contra a entrada de microrganis-
mos. Ao selecionar os ovos para a utilização ou o consumo, é importante que ela es-
teja preservada. Ovos comercializados com a casca rachada podem ser consumidos?
Não é permitido o uso de ovos com as cascas rachadas ou sujas. Devem ser manipulados
de maneira que o conteúdo não entre em contato com a superfície externa da casca, com
o objetivo de evitar a contaminação cruzada pela bactéria Salmonella.
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UNIDADE Laticínios e Ovos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Decreto-Lei 15642
BRASIL. Decreto-Lei 15642, de 9 de fevereiro de 1946.
http://bit.ly/2Yxt3Ce
Portaria 2619/2011
BRASIL. Portaria 2619/2011.
http://bit.ly/2M7Xrwv
Dossiê técnico: fabricação de iogurtes
ROBERT, N. F. Dossiê técnico: fabricação de iogurtes. Serviço Brasileiro de Resposta
Técnica e Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro REDETEC. Julho, 2008.
http://bit.ly/2MPx1PB
Dossiê técnico: Fabricação de queijos especiais a partir do leite de vaca
ROBERT, N. F. Dossiê técnico: fabricação de queijos especiais a partir do leite de
vaca. REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, outubro 2007.
http://bit.ly/2yPsnZG
Resolução-RDC ANVISA nº 2, de 7 de janeiro de 2002
BRASIL. Resolução-RDC ANVISA nº 2, de 7 de janeiro de 2002. Aprova o
Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação
de Propriedades Funcional e ou de Saúde, e dá outras providências.
http://bit.ly/33km9yR
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Referências
ARAÚJO W. M. C.; MONTEBELLO N. P.; BOTELHO R. B. A.; BORGO L. A.
et al. Alquimia dos Alimentos. Brasília: SENAC, 2007.
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