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FEMINISMO PERIFÉRICO: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

EMANCIPATÓRIA

BELTRAME, Priscilla Braga1


ALBERNAZ, Lady Selma2
HENRIQUE, Elisângela Pereira3

Resumo: O relato de experiência a seguir narra o projeto de ensino realizado durante o período de 1
ano (2013-2014) com parceria entre o Coletivo Feminista Flor do Mangue e a pró-reitoria de
extensão da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) por meio da coordenadora do projeto drª
Lady Selma Ferreira Albernaz (Programa de Pós-Graduação de Antropologia/UFPE). A experiência
foi realizada na cidade de Recife-PE e teve como objetivo contribuir para o fortalecimento dos
processos emancipatórios entre as mulheres participantes. Tendo como foco a formação feminista
articulada com as ideias acerca de uma educação como possibilidade de transformação social tendo-
se em vista relações mais igualitárias na sociedade, e no caso, especificamente, no que diz respeito
as relações entre os gêneros.

Palavras-Chave: feminismo; processo ensino-aprendizagem emancipatória; diálogo acadêmia


-comunidade.

1 Priscilla Braga Beltrame é graduada em ciências sociais pela Universidade Federal de Pernambuco, atualmente está
cursando o mestrado em antropologia pela mesma instituição, estuda gênero e direitos reprodutivos, e é integrante do
Coletivo Flor do Mangue. E-mail: pripryy@ig.com.br

2 Drª Lady Selma Ferreira Albernaz Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco
(1991), graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1989), mestrado em
Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1996) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade
Estadual de Campinas (2004). Pós-Doutorado no Instituto Superior de Ciência do Trabalho e da Empresa,
Departamento de Antropologia (2010 - 2011). Atualmente é professora adjunto 4 da Universidade Federal de
Pernambuco, Departamento de Antropologia e Museologia (texto informado pela professora no lattes). E Coordenadora
do Projeto de Extensão Feminismo Periférico.

3 Elisângela Pereira Henrique: Estudante de Graduação do Bacharelado em Ciências Sociais- Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE-Recife-PE-Brasil, e é integrante do Coletivo Flor do Mangue
Introdução

A experiência de ensino a ser relatada foi realizada pelo Coletivo Flor do Mangue em parceria com
a UFPE, enquanto atividade de extensão, com coordenação da profª drª Lady Selma Ferreira
Albernaz (PPGA/UFPE).

O Coletivo se identifica enquanto um grupo feminista composto por mulheres estudantes e recém
egressas das graduações e pós-graduações da UFPE. Nele são desenvolvidas ações em uma
perspectiva interdisciplinar, com base na pedagogia, no teatro, nas ciências sociais e na
antropologia.

As ações do Coletivo são voltadas prioritariamente ao combate a violência doméstica, ao debate a


respeito dos direitos reprodutivos, e a respeito da divisão sexual do trabalho; debates esses
permeados pelas inter-relações entre classe social/relações raciais e gênero; e com o objetivo de
contribuir para processos emancipatórios das mulheres participantes.

O Projeto a ser apresentado “Feminismo Periférico” se constituiu em uma experiência de ensino


realizada, organizada e documentada pelo grupo, desenvolvida entre junho de 2013 e junho de
2014. Objetivou a formação feminista a partir de uma perspectiva freyriana, no sentido de se pensar
em uma educação dialógica comprometida com a transformação social, no caso, das relações
desiguais entre os gêneros. Nesse sentido, estabelecemos um diálogo entre os saberes relacionados
a Universidade e os saberes da comunidade - na qual a ação foi desenvolvida - articulando assim os
Estudos Feministas com a Educação Popular. A ação foi realizada em dois campos distintos: na
UFPE (Centro de Educação) e na comunidade da Saramandaia/Chão de Estrelas/Recife/PE (Escola
Pública Professora Jandira). Esta última foi escolhida por ser uma localidade na qual há uma maior
predisposição das mulheres a vivenciarem situações de vulnerabilidade social devido a questões
econômicas. As atividades foram divulgadas na universidade e na comunidade onde qualquer
mulher interessada e maior de idade poderia se inscrever gratuitamente para a formação de 1 ano.

Metodologia
O projeto “Feminismo Periférico” se baseou nas ideias de Paulo Freire (1967; 2002) e de Simone
Beauvoir (1980), com o objetivo de em diálogo com as comunidades atingidas pela ação, construir
e realizar o projeto no decorrer de 1 ano (2013-2014), de forma que, pensando em uma pedagogia
freiriana, de uma educação como prática da liberdade, propomos o diálogo a respeito dos principais
temas trabalhados no feminismo: violência doméstica, direitos reprodutivos, divisão sexual do
trabalho. Todos esses temas foram trabalhados objetivando o fortalecimento de autonomia e
empoderamento das mulheres em vias de uma transformação social no sentido de uma sociedade
com mais liberdade para as mulheres, liberdade que é palavra tão cara aos pensadores a partir dos
quais todo esse projeto foi pensado: Freire (1967; 2002) e Beauvoir (1980).

Adotamos como aporte teórico, para esta ação, as ideias de Freire e de Beauvoir, no sentido de que
ambos trabalham a desigualdade, e veem como possibilidade de transformação social, em via de
uma sociedade mais igualitária, a educação. O primeiro em uma perspectiva mais próxima da
desigualdade de classes sociais; e a segunda em uma perspectiva mais voltada para a redução da
desigualdade entre homens e mulheres.

O projeto de extensão realizado pelo Coletivo Flor do Mangue “Feminismo Periférico” pensa na
educação dialógica enquanto possibilitadora do fortalecimento, do empoderamento, e da autonomia
das mulheres, visando o combate a desigualdade entre os gêneros.

Em Freire (1967; 2002) observamos a perpsectiva de luta contra as desigualdades sociais a partir da
alfabetização, falando especificamente do contexto brasileiro a partir da década de 1960. Nas
palavras de Pierre Furter no prefácio do livro “Educação como prática de liberdade” de Freire fica
bem clara está perpsectiva do autor sobre a importância da educação como prática da liberdade para
a transformação da sociedade:“Só então a palavra em vez de ser o veículo das ideologias alienantes
e/ou de uma cultura ociosa torna-se-á geradora, isto é, o instrumento do homem e da sociedade.”
(Furter, P.; 1967) E nas próprias palavras de Freire:

“E acima visão educacional não pode deixar de ser ao mesmo tempo uma crítica
da opresssão real em que vivem os homens e uma expressão de sua luta por
libertar-se. […] a ideias da liberdade só adquire plena significação quando
comunga com a luta concreta dos homens por libertar-se.” (Freire, P.; 1967; p.9)

A obra e o trabalho de Freire são caracterizados enquanto de luta pela transformação da sociedade a
partir do questionamento do status quo, nesse sentido, concordamos com Ruth Pavan (2008), no
sentido de que Freire sempre teria lutado por uma sociedade mais igualitária, e isso em vários
aspectos nos quais podemos observar a desigualdade social, seja democrático, político, social,
racial, sexual e todos estes baseados numa perpsectiva educacional. O próprio Freire no livro
“Pedagogia como autonomia” (1967) deixa bem claro este aspecto em sua proposta: “A ética de que
falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero e de classe. É por
esta ética inseparável da prática educativa […] que devemos lutar.” (Freire, P.; 1967; p.9).

Para Freire (1967) a liberdade é essencial sendo uma das bases fundamentais de sua proposta
pedagógica para a educação popular. Ele parte de uma filiação existêncial cristã e compreende a
liberdade como um diálogo eterno do ser humano com o ser humano e dele com o seu criador. A
liberdade seria entendida, então, enquanto um aspecto fundamental da constituição dos seres
humanos, e além disso é só por meio dela que é possível a transformação social para uma
sociedade mais igualitária.

Beauvoir (1980) também fala sobre desigualdade, e também se refere à educação - embora em um
sentido mais amplo, abarcando também a socialização dos indivíduos - como veículos para que o
ser humano possa exercer a sua liberdade. Nesse sentido, Freire e Beauvoir percebem a liberdade do
ser humano como essencial para a tranasformação da sociedade em vista da redução das
desigualdades. Beauvoir parte de uma perspectiva da moral existêncialista e entende que só por
meio do exercício da liberdade é que os sujeitos podem - a partir do desenvolvimento de seus
projetos - se superar e transcender. E se esta transcendência lhe é inflingida trata-se de opresão
social, o que para a autora é bem claro no caso da desigualdade entre os gêneros.

Esta foi a base teórica que norteou a escrita inicial, e todas as etapas do projeto “Feminismo
Periférico”. É a partir desta adoção da teoria femnista, tal como desenvolvida por Beauvoir,
conjuntamente com a perspectiva de Freire, podemos dizer que adotamos uma visão filosófica-
pedagógica que buscou colocar em diálogo com as comunidades, alguns dos principais temas do
feminismo, com base no método de ensino proposto por Freire no sentido de uma educação como
prática da liberdade. Com vistas nisto organizamos o projeto da seguinte forma:

A experiência de ensino “Feminismo Periférico” foi realizada pelo coletivo feminista Flor do
Mangue em parceria com a UFPE por meio da PROEXT (Pró-reitoria de extensão) integrante da
linha “direitos individuais e coletivos”. O projeto foi constutído por uma equipe executora de seis
pessoas: a coordenadora profª drª Lady Selma Ferreira Albernaz (PPGA/UFPE); e as ministrantes
Cybelle Montenegro Souza (graduada em pedagogia e mestranda em educação pela UFPE),
Elisângela Pereira Henrique (graduada em turismo e graduanda em ciências sociais pela UFPE),
Luciana Rodrigues dos Santos (graduanda em pedagogia pela UFPE), Mayza Allani da Silva Toledo
(graduada em pedagogia e graduanda em teatro pela UFPE) e Priscilla Braga Beltrame (graduada
em ciências sociais e mestranda em antropologia pela UFPE).

Partindo da perspectiva da importância da relação dialógica entre os saberes desenvolvidos nas


universidades e os saberes desenvolvidos nas comunidades que as cercam, a ação do projeto foi
realizada tanto na UFPE, especificamente no Centro de Educação, quanto na comunidade da
Saramandaia (Recife PE). O período em que ocorreu o projeto foi de junho do ano de 2013 ao
mesmo mês do ano de 2014. O público-alvo da ação foram de estudantes da graduação da
comunidade acadêmica da UFPE e mulheres residentes na comunidade da Saramandaia maiores de
idade.

A proposta do projeto foi a realização de formação político-feminista dentro e fora da universidade,


tendo como objetivo o fortalecimento do debate feminista e consequente empoderamento das
mulheres, no sentido de se tornarem multiplicadoras das práticas desenvolvidas pelo coletivo e
estendendo as ações ao movimento feminista local, atuando em grupos comunitários e universitário.

As principais atividades realizadas no decorrer do projeto foram: os cine debates, as formações


políticas, os grupos de estudos e os work shops. No que diz respeito à realização dos cine debates
foram apresentados 4 produções de áudio visual referentes a temas fundamentais do feminismo,
seguidas por debate mediado pelas ministrantes do projeto. As produções apresentadas - tanto na
comunidade da Saramandaia (Recife-PE), quanto na UFPE - com o objetivo de facilitar o acesso
aos dois grupos – foram: “Loucas pelo direito de decidir”, produção da ONG Loucas de Pedra Lilás
que aborda o debate sobre a criminalização do aborto no país e o impacto desta para a saúde das
mulheres; “O aborto dos outros”, é um documentário de Carla Gallo que aborda a gravidez
indesejada ou precoce e o problema do abortamento seja ele legal ou ilegal; “Acorda Raimundo...
Acorda”, curta metragem de Alfredo Alves que aborda a diferença entre os papéis sociais de
homens e mulheres e suas consequências para as desigualdades entre os gêneros; e por fim,
“Moolaade”, filme de Ousmane Sembeue a respeito da mutilação genital feminina realizada em
alguns povos tribais do continente africano, debates a partir deste filme se referiram as
desigualdades entre os gêneros em diferentes culturais ou ainda, em uma na mesma cultura – no
caso, a ocidental – ao longo do tempo.
A outra atividade realizada no decorrer do projeto “Feminismo Periférico” foram as formações-
políticas feministas. As formações foram realizadas semanalmente, tanto na comunidade da
Saramandaia, quanto na UFPE. Estas formações foram estruturadas em rodas de diálogo, nas quais
as ministrantes iniciavam o debate abordando a temática a ser trabalhada no dia, e introduzindo o
debate a partir da visão das teorias feministas sobre o tema em específico, posteriomente, essas
ministrantes passavam a mediar o debate, com o objetivo da troca de saberes entre acadêmia-
comunidade em busca do empoderamento e autonomia das mulheres. Neste sentido, foram
trabalhados os seguintes temas: “feminismos e eu”, debatemos o impacto do movimento feminista
para as transformações sócio-culturais referentes as relações entre os gêneros; “feminismos e
periferia”, trabalhamos as relações entre as reivindicações dos movimentos feministas perpassadas
pelas relações de classe social; “feminismo negro”, abordamos o feminismo a partir da perspectiva
das relações étnico/raciais; “o que diz a lei Maria da Penha”, tratamos da lei e de que forma as
mulheres podem utilizá-la como apoio para sair de situações de violência doméstica; e por fim,
“violência é só física ?”, nos referimos aos tipos de violências praticados com as mulheres, como
identificar e se proteger dessas situações.

As outras duas atividades desenvolvidas pelo projeto “Feminismo Periférico” foram os grupos de
estudos e o work shop. O primeiro foi realizado semanalmente e tinha como principal objetivo a
formação interna do grupo, embora também fosse aberto às mulheres inscritas. Nestas reuniões
eram decididos assuntos burocráticos referêntes ao projeto, eram realizadas avaliações no decorrer
do projeto, tendo sido feitas modificações a partir de sugestões tanto da equipe executora, quanto
das participnates do projeto, mas a principal atividade realizada nesta atividade foi a a leitura de
textos feministas e a elaboração de trabalhos científicos. No que se refere aos textos trabalhados,
foram eles: Lady Selma Albernaz (2010), Hannah Arendt (2010), Homi Bhabha (1998), Aline
Bonetti e Soraya Fleischer (2007), Pierre Bourdieu (1989), Avtar Brah (2006), Judith Butler (2002),
Paulo Carmo (2011), Mary Castro (1991; 2011), Claúdia Costa (2002), Simone de Beauvoir (1949),
Paulo Freire (1967; 1996).

E por fim, realizamos a última atividade do projeto que foi o work shop, realizado tanto na UFPE,
quanto na comunidade da Saramandaia (Recife-PE), a respeito de o que fazer em caso de violência
doméstica, na qual participaram além das ministrantes uma convidada da área do direito com o
objetivo de orientação para mulheres a respeito do procedimento judicial correto no caso de
violência doméstica.

Resultados
# Integração acadêmica: articulação com o ensino e a pesquisa fortalecendo a tríade universitária e
assim contribuindo para o intercâmbio entre os conhecimentos do público interno e externo à
UFPE.

# Integração entre as áreas do conhecimento: aspectos da interdisciplinaridade e


multidisciplinaridade, dado que as ações realizadas no decorrer do projeto foram alimentadas pelas
matrizes disciplinares da antropologia, pedagogia, teatro e ciências sociais.

# Gerou publicações técnico-cinetíficas, como:

- O artigo apresentado no 18º Redor “Aborto: as contradições da feminilidade” (Beltrame, P.;


Toledo, M.; 2014).

- Apresentação na modalidade poster das ações do Projeto no evento “Universidade/ Sociedade em


Diálogo: Ensino, Pesquisa e Extensão |Indissociabilidade possível e necessária”, XIV Encontro de
Extensão/ Enext, realizado na Universidade Federal de Pernambuco, nos dias 26 e 27 de novembro
de 2014.

- E com este relato de experiência apresentando no I Fórum de Estudos Paulo Freire (Beltrame, ;
Albernaz, L.; P; Henrique, E.; 2016).

# Gerou capacitação das mulheres participantes no que diz respeito ao feminismo e a luta pela
igualdade entre os gêneros.

# Gerou impactos sociais para o público-alvo, tanto da comunidade de Saramandaia em Chão de


Estrelas, quanto na comunidade acadêmica na UFPE. Tivemos discussões que visibilizaram
algumas de muitas violências vivenciadas por todas as mulheres. Podemos perceber ao longo das
vivências algumas modificações em suas práticas, bem como a multiplicação dos conhecimentos
trabalhados durantes as ações, entre colegas, vizinhas e familiares. Outra questão relevante a ser
destacada é a partir de um maior empoderamento das mulheres passarem a ser mais frequentes os
questionamentos a respeito do padrão de gênero hegemonicamente presente em nossa sociedade.

# E por fim, outra questão que merece detaque foi a ação de combate a violência doméstica, que
abordou, desde as formas de identificação deste tipo de violência, os aspectos culturais envolvidos
nesta situação e as saídas jurídicas para esta violência. Percebemos que embora a lei Maria da
Penha tenha sido significativa, principalmente no sentido de ser 'uma carta da manga' para a mulher
em situação de violência; por outro lado, esta lei foi considerada incompleta, principalmente pelas
participantes da comunidade da saramandaia, dado que elas desejariam não se separar e processar
por violência doméstica o companheiro, mas alguma forma pela qual eles não mais as agredissem.
Elas consideram este aspecto do combate à violência doméstica seria para elas de extrema
importância. Nós da equipe executora, reconhecemos os avanços com a lei Maria da Penha, mas ao
mesmo tempo, pudemos constatar na experiência de ensino relatada o porquê do número de
denúncias ainda ser muito pequeno se comparado com as violências sofridas, acreditamos que isso
se deve a precariedade no sistema de acolhimento destas. Contribuindo para que muitas desistam e
voltem para o ciclo de violência.

Conclusões e Propostas

O projeto abrangeu o público da comunidade de Saramandaia em Chão de Estrelas e o público da


comunidade acadêmica da UFPE. Durante sua vigência vimos que a violência contra mulher ainda é
uma temática que precisa de muito espaço de discussão, formação política, considerando o alto
índice de violência vivenciado por elas, por diversos fatores que vão desde reprodução, como
desarranjos familiares, classe e raça. Devido a isso faz-se necessário que a universidade estreite
mais as discussões com tal temática no sentido de contribuir na desconstrução de muitas práticas
que ainda reproduzem modelos de dominação. E neste sentido fazemos as seguintes propostas:

# Aumento das discussões sobre a Lei Maria da Penhas destinadas a formação do público interno e
externo a universidade;

# Discussões sobre o Sistema de acolhimento das mulheres que sofrem violência;

# Fortalecimento dos grupos comunitários com o intuito de torná-los parceitos na luta contra a
violência de gênero;

# Realização de debates aprofundados sobre as problemáticas relacionadas as relações de gênero e


violência.

Com a consolidação destas propostas em combate a desigualdades entre os gêneros e consequente


possibilidade de combate a violência doméstica, realizado em conjunto com outras ações dos
governos Federal, Estadual e Municipal e com parcerias com instiuitções públicas e privadas, além
da organizações civis poderemos pensar efetivamente na desconstrução de muitas práticas que ainda
reproduzem modelos de dominação.

Referências Bibliográficas

BEAUVOIR, Simone de ([1949] 1980). O segundo sexo: fatos e mitos. 4ª Ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira.

BEAUVOIR, Simone de ([1949] 1980). O segundo sexo: a experiência vivida. 4ª Ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.

FREIRE, Paulo (2002). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários a prática educativa. 25ª
Ed. São Paulo: Paz e Terra.

FREIRE, Paulo (1967). Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra.

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