Você está na página 1de 3

Por que a gestão financeira ainda

assusta pequenos e médios


varejistas?
Entenda o que está por trás de um temor tão nocivo
à saúde dos negócios

Abrir uma empresa no Brasil não é fácil. Entre processos


burocráticos, negociações com fornecedores e pagamento de
tributos, o empreendedor leva dias, quando não semanas, para
realizar o sonho de ter seu próprio negócio. Contudo, mais difícil
do que criar é sobreviver diante das dificuldades que o mercado
impõe. O dia a dia revela-se desafiador para um pequeno e médio
empreendimento. Entre as tarefas "normais" de seu segmento, é
preciso dedicar atenção a outras áreas igualmente importantes,
como marketing e gestão financeira. Esta última, aliás, é fonte de
receio e temor até entre empresários mais experientes – mas basta
ter conhecimento, buscar o apoio de fintechs e se planejar para
conseguir superar esses obstáculos.

O assunto preocupa porque o mau controle das finanças e do


orçamento do negócio está entre os principais motivos para o
fechamento de empresas no Brasil. O país, aliás, não passa por um
momento propício em diversos segmentos – e a pandemia de covid-
19 apenas evidenciou essas dificuldades. Por aqui, pouco mais de
um terço das empresas (36,3%) sobreviveu entre 2013 e 2018, no
último levantamento do IBGE. Entre os pequenos
empreendimentos, mais da metade fecha as portas em dois anos, de
acordo com dados do Sebrae em 2016.

São números realmente preocupantes, mas o temor pela gestão


financeira também é proveniente de outros dois fatores. O primeiro
deles é o desconhecimento que a maioria dos pequenos empresários
tem sobre o tema – até mesmo em relação às finanças pessoais. São
poucos os que realmente se prepararam para esse desafio e
buscaram cursos, aulas e informações sobre como cuidar das
receitas e despesas do negócio. Muitos optam pela própria
experiência na área ou até mesmo pelo instinto de iniciativa e
aventura, o famoso "aprender na prática". A questão é que o
mercado está cada vez mais competitivo e com pouca margem para
erros.

A segunda dificuldade é justamente a rotina puxada com que os


pequenos e médios empresários precisam lidar em seus negócios.
São pessoas que dedicam 12, 14 ou até 16 horas do dia aos
problemas e desafios que surgem continuamente e que não
possuem grande capital para contratar profissionais especializados.
Assim, além de fazerem aquilo que planejaram (ou seja, atuar no
segmento que escolheram), precisam saber um pouco sobre vendas,
marketing, logística e, claro, finanças. Em resumo: lidam com uma
grande quantidade de informações a todo momento, o que aumenta
o risco de esquecer algo que, mais para frente, pode trazer graves
complicações à sobrevivência do empreendimento.

A boa notícia é que grande parte dos problemas relacionados à


gestão financeira dos pequenos e médios comerciantes já pode ser
resolvida com o apoio da tecnologia. A evolução das fintechs fez
surgir soluções que automatizam todos os processos relacionados a
esse assunto, como emissão de notas fiscais, acompanhamento de
pedidos e transações, fluxo de caixa, DRE (demonstrativo do
resultado do exercício) e as temidas conciliações bancárias e de
cartões. Com esses recursos, as chances de erros provocados por
falhas humanas caem consideravelmente, e o empreendedor ganha
um tempo precioso para se dedicar ao planejamento de seu negócio.

A gestão financeira é uma parte essencial para o surgimento, a


consolidação e o crescimento de qualquer negócio, evidentemente.
Entretanto, isso não significa que é algo que deva assustar os
empresários. Pelo contrário, com o apoio de plataformas de
tecnologia e o conhecimento necessário sobre o assunto, é possível
tirar de letra qualquer adversidade que possa existir. Com isso, não
importa o cenário macroeconômico ou até mesmo fatores globais,
como a pandemia de covid-19: a empresa estará pronta para crescer
e se consolidar em qualquer segmento de atuação.

* Henrique Carbonell é sócio-fundador da F360°, empresa


especializada em sistema de gestão financeira com conciliação
automática de vendas por cartão para o pequeno e médio varejo.

Você também pode gostar