Aspectos linguísticos:
Tipos de Frases:
Frases interrogativas: Entonação de pergunta. Geralmente, é finalizada com
ponto de interrogação (?).
Exemplo: Que dia você volta?
Frases exclamativas: Entonação expressiva, reação mais exaltada.
Geralmente, finalizada com ponto de exclamação ou reticências (! …).
Exemplo: Que horror!
Frases declarativas: Não são marcadas pela entonação expressiva ou
intencional. Geralmente apresentam declarações afirmativas ou negativas e
são finalizadas com o ponto final (.).
Exemplo: Amanhã não poderei levantar.
Frases imperativas: Enunciado que traz um verbo no modo imperativo.
Geralmente sugere uma ordem e é finalizado pelos pontos de exclamação e
final (! .).
Exemplo: Fale mais baixo!
A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja
estrutura caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na
verdade, a oração é caracterizada, sintaticamente, pela presença de um
predicado, o qual é introduzido na língua portuguesa pela presença de um
verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos essenciais,
integrantes ou acessórios.
Ex: “Corra!”, “ Esses doces parecem muito gostosos.”
O período é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado construído por
uma ou mais orações e possui sentido completo. Na fala, o início e o final do
período são marcados pela entonação e, na escrita, são marcados pela letra
maiúscula inicial e a pontuação específica que delimita sua extensão. Os
períodos podem ser simples ou compostos. Vejamos cada um deles:
1. Período simples: Os períodos simples são aqueles constituídos por
uma oração, ou seja, um enunciado com apenas um verbo e sentido
completo. Exemplo: Os dias de verão são muito longos! (verbo ser)
2. Período composto: Os períodos compostos são aqueles constituídos
por mais de uma oração, ou seja, dois ou mais verbos. Exemplo:
Mariana me ligou para dizer que não virá mais tarde. (Período composto
por três orações: verbos ligar, dizer e vir.)
Exemplos:
a) Esqueceram de trancar a porta.
b) Precisa-se de vendedores.
Observe que, no primeiro exemplo, sabemos que alguém esqueceu de trancar
a porta, mas não exatamente quem. Já na segunda frase, identificamos que
alguém ou algum lugar precisa de vendedores, mas não compreendemos
quem ou que lugar.
6. Sujeito inexistente (oração sem sujeito)
O sujeito inexistente ocorre no que chamamos de oração sem sujeito, e é
acompanhado por um verbo impessoal. Os verbos impessoais não são
acompanhados por sujeitos e podem indicar: fenômenos da natureza (chover,
nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo decorrido (ser, fazer, etc.) e existência
ou acontecimento de algo (haver).
Exemplos:
a) Nevou o dia todo.
b) Faz três anos que estudo nesta escola.
c) Há muita gente na praia.
d) Na minha família houve um caso parecido.
Predicado:
O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre a
ação do sujeito, concordando em número e pessoa com ele.
Exemplo:
a) Lúcia correu no final da semana passada.
Tipos de Predicado
De acordo com seu núcleo significativo, os predicados são classificados em
três tipos:
a) Predicado Verbal
Indica uma ação, sendo constituído por um núcleo, que é um verbo nocional
(verbo que indica uma ação). Nesse caso, não há presença de predicativo do
sujeito, por exemplo:
Nós caminhamos muito hoje. (núcleo: caminhamos)
Cheguei hoje de viagem. (núcleo: cheguei)
O cliente perdeu os documentos. (núcleo: perdeu)
b) Predicado Nominal
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por um verbo de ligação (verbo
que indica estado) e o predicativo do sujeito (complementa o sujeito atribuindo-
lhe uma qualidade). Há somente um núcleo, caracterizado por um nome
(substantivo ou adjetivo), por exemplo:
Alan está feliz. (núcleo: feliz)
Fiquei exausta. (núcleo: exausta)
Ele continua atencioso comigo. (núcleo: atencioso)
Transitividade Verbal: A transitividade verbal indica a relação entre os verbos
transitivos e os seus complementos. Isso porque, sozinho, o verbo transitivo
não tem sentido completo, o que significa que ele tem que transitar para um
elemento que o complete.
Exemplos:
a) Entregaram a encomenda.
b) Vendo quadros.
c) Segure isto, por favor!
De acordo com o tipo de complemento os verbos são classificados da seguinte
forma:
Verbo transitivo direto (VTD)
Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento,
geralmente introduzido sem preposição, que conclua o quê ou quem. Esse
complemento é chamado de objeto direto.
Exemplos:
a) A mesa 3 pediu a carne bem passada. (Pediu o quê? A carne.)
b) Terminei a análise. (Terminei o quê? A análise)
c) Agora sim, entendo meus pais. (Entende quem? Meus pais)
Adjunto adverbial:
Adjunto adverbial é o termo que tem a função de advérbio nas orações. Ele
indica circunstâncias, como tempo, modo e finalidade.
Exemplos:
a) Estudarei AMANHÃ;
b) Estudo COM CONCENTRAÇÃO;
c) Estudei PARA A PROVA.
Adjunto adverbial de tempo
Os adjuntos adverbiais de tempo fornecem à oração uma ideia temporal, tal
como: hoje, amanhã, ontem, cedo, tarde, ainda, agora, no inverno.
Exemplos:
a) Ontem jantamos juntos.
b) Ele ainda está aqui?
c) Costuma ficar doente no inverno.
Adjunto adverbial de modo
Os adjuntos adverbiais de modo fornecem à oração a ideia de modo, maneira,
tal como: bem, mal, melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente, e quase
todos os adjuntos terminados em "mente".
Exemplos:
a) Felizmente, a criança chegou.
b) Fomos depressa.
c) Ela canta bem.
Adjunto adverbial de finalidade
Os adjuntos adverbiais de finalidade fornecem à oração a ideia de finalidade,
tal como: a fim de, para, por.
Exemplos:
a) Eu me esforcei para a prova.
b) Estudei a fim de ser alguém na vida.
c) Faço tudo por você.
Adjunto adverbial de intensidade
Os adjuntos adverbiais de intensidade fornecem à oração a ideia de
intensidade, força, tal como: muito, pouco, mais, menos, bastante,
extremamente, intensamente.
Exemplos:
a) Gostamos muito da apresentação.
b) A palestra foi bastante motivadora.
c) Eles são tão complicados!