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Material Da Disciplina - Educação Empreendedora
Material Da Disciplina - Educação Empreendedora
Avenida Governador Jorge Teixeira 3146 Setor - Industrial, Porto Velho - RO,
76821-002 | https://cursos.ead.ifro.edu.br/
UNIDADE 1: CONTEXTOS EMPREENDEDORES.
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS E CARREIRAS
EMPREENDEDORAS.
Prezado(a) estudante,
Nesta primeira unidade temática, estudaremos alguns conceitos iniciais de
educação empreendedora, contextos empreendedores, desenvolvimento de negócios
e carreiras empreendedoras. O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
1) Conhecer os contextos empreendedores;
2) Explicar o desenvolvimento de negócios e carreiras empreendedoras.
Para que você se situe, nesta unidade vamos abordar de forma didática como o
conceito de empreendedorismo está relacionado a correr riscos. Você vai perceber
que ser empreendedor não necessariamente é algo nato, mas aprendido; ou seja,
qualquer pessoa com dedicação pode se tornar um empreendedor de sucesso. Vamos
estudar também as contribuições do empreendedor para a sociedade. Para começar,
convido você a assistir ao vídeo que explica a importância de empreender. Vamos lá?
https://www.youtube.com/watch?v=ULDoRzc6mjI
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1.1 Contextos empreendedores
A palavra empreendedor tem origem francesa (entrepreneur) e quer dizer
aquele que assume riscos e começa algo novo. O primeiro exemplo de definição de
empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma
rota comercial para o Oriente. Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado
para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. No século XVII,
Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por
muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo. No século XVIII, o
capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido
ao início da industrialização que ocorria no mundo. No final do século XIX e início do
século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes
ou administradores (o que ocorre até os dias atuais).
Para Barreto (1998, p. 190), “empreendedorismo é habilidade de criar e
constituir algo a partir de muito pouco ou de quase nada”. É o desenvolver de uma
organização em oposição a observá-la, analisá-la ou descrevê-la. Segundo Dornelas
(2005), empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para
capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de
empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao
empreendedor:
1) Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
2) Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente
social e econômico onde vive;
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3) Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
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empreendedorismo que concentra renda, conhecimento e poder”. Para o autor, o
empreendedorismo no Brasil não é como o da Suécia ou de outros contextos, é
peculiar.
A revolução do empreendedor
“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do
que a Revolução Industrial foi para o século XX”.
(Jeffry Timmons, 1990)
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1.2 Empreendedorismo no Brasil
O empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990,
quando foram criadas entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae) e a Sociedade Brasileira para Exportação de Software
(Softex).
Os ambientes político e econômico não eram propícios, e o empreendedor não
encontrava informações para auxiliá-lo. Foi após a criação de programas junto a
incubadoras de empresas e a universidades/cursos de ciências da
computação/informática que o tema despertou na sociedade.
O Brasil entra no novo milênio com potencial para desenvolver programas de
ensino de empreendedorismo compatível apenas com o dos Estados Unidos, o maior
na atualidade. Ações históricas e algumas mais recentes desenvolvidas começam a
apontar para essa direção; alguns exemplos:
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• Os programas Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software,
Informação e Serviços), criados em 1990 para apoiar atividades de
empreendedorismo;
• O programa Brasil Empreendedor, do governo federal, que foi dirigido à
capacitação de mais de seis milhões de empreendedores em todo o país,
vigorou de 1999 até 2002;
• Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas Empretec
e Jovem Empreendedor do Sebrae;
• A explosão do movimento de criação de empresas pontocom no país nos anos
de 1999 e 2000, motivando o surgimento de várias empresas start-up de
internet, desenvolvidas por jovens empreendedores.
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1.1), ligeiramente superior à do ano anterior, sendo a segunda mais alta da série
histórica e revelando mais uma vez o quanto o empreendedorismo é presente e
sentido no cotidiano de grande parte dos brasileiros.
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milhões de novos empreendedores ingressando anualmente no ambiente de negócios
brasileiro. Esses números reforçam a importância de que as políticas e os programas
voltados ao empreendedorismo sejam suficientemente abrangentes, de modo a
abarcar os mais diversos perfis de aspirações e expectativas ligadas ao tema.
Em 2019, a metodologia GEM apresentou uma inovação ao avaliar a motivação
para empreender, não mais restringindo as opções de respostas às categorias “por
necessidade” e “por oportunidade”, ampliando a gama de possibilidades avaliadas
(tabela 1.2). Nessa nova abordagem, foram apresentadas quatro afirmações aos
empreendedores, para que esses se manifestassem positiva ou negativamente em
relação a cada uma delas.
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melhor) foi um dos motivos que os levaram a empreender. Em contraposição, um
terço dos empreendedores confirmaram que a ambição de construir uma grande
riqueza ou obter renda muito alta está presente no espectro das motivações que os
levaram a iniciar um novo negócio. E, por fim, um quarto dos empreendedores se
envolvem em novos negócios para dar continuidade a uma tradição familiar,
evidenciando, dessa forma, que o comportamento das famílias em relação ao
empreendedorismo exerce uma influência direta ou indireta nas aspirações de carreira
e futuro de uma parcela significativa da população.
A tabela 3.1 revela que, para os brasileiros em geral, independentemente de
eles já serem ou não empreendedores, o sonho de possuir um negócio próprio é maior
do que o sonho de desenvolver uma carreira profissional em uma empresa privada ou
pública, indicando que a sociedade brasileira enxerga na alternativa do
empreendedorismo a melhor e mais compensadora forma de atuação profissional.
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Para conhecer mais sobre o contexto do empreendedorismo no Brasil,
deixo como sugestão de leitura o relatório GEM de 2019 na sua íntegra, no link a
seguir:
https://ibqp.org.br/PDF%20GEM/Relat%c3%b3rio%20Executivo%20Empreendedorism
o%20no%20Brasil%202019.pdf
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uma pintura medíocre, dependendo das mãos que o utilizam, uma ideia depende de
um bom empreendedor para se transformar em um negócio de sucesso.
Os empreendedores ficam imersos na criação dos novos negócios, passam
horas pensando, planejando, estudando o ambiente para, a partir de toda análise,
poderem começar o negócio. O processo de identificação de oportunidades começa
nesse estudo, que vai mostrar em qual ambiente a nova empresa irá focar.
Fonte: Pixabay
Para saber se sua ideia pode se tornar um negócio de sucesso, tente responder
às seguintes perguntas:
• Quais são os clientes que comprarão o produto ou serviço de sua empresa?
• Qual o tamanho atual do mercado em reais e em números de clientes?
• O mercado está em crescimento, estável ou estagnado?
• Quem atende esses clientes atualmente, ou seja, quem são os concorrentes?
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Se você e seu sócio não conseguirem responder a essas perguntas básicas
iniciais com dados concretos, você tem apenas uma ideia, e não uma oportunidade de
mercado.
Existe ainda um roteiro básico conhecido como 3M’s e que serve para auxiliar o
empreendedor a analisar o potencial da oportunidade. Os 3M’s são definidos como
“demanda de mercado”, “tamanho de mercado” e “análise de margem” (DORNELAS,
2005).
Ao analisar o primeiro “M”, demanda de mercado, o empreendedor deve
procurar responder às seguintes questões:
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1. Qual a audiência-alvo?
2. Qual a durabilidade do produto/serviço no mercado?
3. Os clientes estão acessíveis?
4. Como os clientes veem o relacionamento com a minha empresa?
5. O potencial de crescimento deste mercado é alto?
6. O custo de captação do cliente é recuperável no curto prazo?
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5. Para isso, procure saber como seu produto/serviço chega até o cliente final.
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Inovação, criatividade e flexibilidade
Segundo Drucker (2005), inovar é aproveitar oportunidades para atender às
necessidades das pessoas, o que pode ser feito transformando algo que já existe ou
criando algo novo. “Corresponde à colocação no mercado de um processo, produto ou
ideia recentemente inventado, com o propósito da sua exploração comercial”
(SCHUMPETER, 1949).
Fonte: Pixabay
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Tipos de inovação
Todos são capazes de criar? É claro que sim, todas as pessoas nascem com a
habilidade de criar. No entanto, essa fase criativa é mais intensa na infância, pois o
mundo ainda é restrito à vida familiar; quando a criança cresce, essa habilidade tende
a ir se deteriorando com a socialização.
O empreendedor precisa ter em mente que a criatividade pode ser aprendida,
e essa aprendizagem ele deve buscar continuamente. “Existem técnicas e exercícios
para desenvolver um comportamento criativo. Parece que este advém do hábito de
tentar encontrar novas ideias, novas formas de apresentar ideias antigas, de identificar
problemas e inconsistência nos produtos e serviços oferecidos” (DOLABELA, 1999, p.
92). Essa busca contínua pela inovação leva o empreendedor a aceitar e a acreditar na
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intuição como fonte de ideias. A intuição o leva a apostar em um projeto e a investir
em pô-lo em prática sempre no sentido de criar um diferencial para determinado
nicho de mercado (CRUZ, 2008).
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Fonte: Pixabay
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REFERÊNCIAS
DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
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UNIDADE 2: LIDERANÇA, ATITUDES E CARACTERÍSTICAS
DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR. TIPOS DE
EMPREENDEDORISMO. EMPREENDEDORISMO SOCIAL.
Prezado(a) estudante,
Nesta segunda unidade temática, estudaremos liderança, atitudes e
características do comportamento empreendedor, tipos de empreendedorismo e
empreendedorismo social. O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
• Conhecer os três principais tipos de empreendedor;
• Identificar liderança, atitudes e características do comportamento
empreendedor;
• Conhecer o empreendedorismo social;
• Explicar os tipos de empreendedorismo.
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com Tarabishy et al. (2005), a liderança empreendedora impacta na postura
estratégica da empresa e deve ser considerada para a eficácia das organizações, uma
vez que pode ser um fator que influencia na motivação e no comportamento do grupo
de trabalho. Lembrando que liderança é o processo de exercer influência sobre os
indivíduos, concentrando os esforços para a realização dos objetivos (HERSEY;
BLANCHARD, 1996). O líder é percebido pelo grupo como sendo capaz de defender
objetivos que são legitimados e aceitos pelo grupo (TALES, 1981).
Atualmente, ouvimos muito falar no termo “capital intelectual”, que nada mais
é do que conhecimento, experiência, especialização – tipos de ferramentas ou
estratégias utilizadas para se alcançar o sucesso e ser competitivo no mercado de
trabalho. Desta forma, o perfil do empreendedor de sucesso que lidera suas
concepções e suas atitudes está em pessoas que conseguem associar esforços
individuais ou coletivos e que elaboram algum produto novo e criativo. Vejamos
algumas das características do empreendedor:
• Visão: capacidade mental de projetar o futuro considerando ideias, riscos,
expectativas e oportunidades;
• Criatividade: capacidade de criar novos produtos, novos modelos e método de
trabalho;
• Autoconhecimento: analisar quais são seus pontos fortes e fracos para buscar
alternativas;
• Persistência: após realizar todo processo de viabilidade do negócio, agir
continuamente para realizar o sonho;
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• Energia: constantemente buscar meios, recursos e parcerias para atingir os
objetivos;
• Comprometimento: dedicação e disposição constante para concretização do
empreendimento;
• Liderança: é a capacidade de liderar outras pessoas, trazê-las para seu redor e
fazer com que elas acreditem e contribuam para o sucesso do seu negócio;
• Riscos: o empreendedor está disposto a assumir riscos, que podem ser
inesperados ou calculados, mas, sobretudo, o empreendedor sabe que, para
concretizar seu sonho, precisa administrar os riscos.
Além das características apresentadas acima, ainda existem diversas outras que
o empreendedor irá conhecer durante o seu caminho em busca de conhecimento para
implantação do seu empreendimento.
Processo empreendedor
Dornelas (2011), afirma que o processo é cíclico. As ideias são analisadas pelo
empreendedor antes de se definirem quais levam a oportunidades com maior
potencial de retorno econômico. As fases do processo empreendedor, segundo o
autor, consistem em:
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1. Identificar e avaliar a oportunidade: o conhecimento, a percepção, o feeling, do
empreendedor tornam-se fundamentos essenciais desse processo;
2. Desenvolver o plano de negócios: é um documento usado para descrever um
empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e
ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios
(DORNELAS, 2005). Sua estrutura básica contém os seguintes pontos: sumário
executivo, conceito do negócio, mercado e competidores, equipe de gestão,
produtos e serviços, estrutura e operações, marketing e vendas, estratégia de
crescimento, finanças e anexos. Abaixo, apresentamos uma figura com a
estrutura do plano de negócios; futuramente, estudaremos mais sobre ele.
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3. Determinar e captar os recursos necessários: a captação de recursos pode ser
realizada de várias formas e por meio de fontes distintas, que podem ser
recorrer desde a bancos e a economias pessoais até aos familiares e amigos;
4. Gerenciar a empresa criada: em alguns casos, o empreendedor identifica uma
excelente oportunidade, elabora um ótimo plano de negócios e consegue
captar investidores que acreditam em suas ideias e concordam em financiar o
novo empreendimento. Mas na abertura do negócio, podem surgir problemas:
os clientes não aceitam os produtos como esperado, surge um concorrente
forte, uma máquina quebra e não pode ser substituída, um funcionário
essencial pede demissão – e assim por diante.
Administrador x empreendedor
A administração é um conjunto de ações que tem a função de organizar os
fatores de produção e controlar sua eficiência, com o objetivo de atingir o resultado. O
administrador é mais técnico que o empreendedor. As principais funções do
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administrador, hoje, são: conhecer os problemas, criar objetivos e atingi-los, tomar
decisões, liderar sua equipe, cuidar dos recursos financeiros e das pessoas.
Já o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, que cria algo novo
com valor; é aquele que tem a visão do negócio como um todo, direciona e dedica
todos os seus esforços na busca de recursos para transformá-lo em um negócio
lucrativo e competitivo.
Portanto, existem algumas diferenças entre o administrador e o
empreendedor. Vamos conhecer?
3) Quanto à orientação estratégica: o empreendedor tem a percepção de
oportunidade, já o administrador guia-se pelos critérios de desempenho;
4) Quanto à análise de oportunidades: o empreendedor toma decisões rápidas, já
o administrador vê mais a redução dos riscos;
5) Quanto à alocação dos recursos financeiros e de mão de obra: o empreendedor
prioriza a eficiência, o administrador vai pelo planejamento formal;
6) Quanto ao controle dos recursos: o empreendedor é flexível, o administrador
valoriza o poder, o status e a recompensa;
7) Quanto à estrutura gerencial: o empreendedor é informal, o administrador é
formal e segue a cultura organizacional.
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Existem diferentes tipos de empreendedor, mas agora vamos estudar apenas
alguns:
• Empreendedor corporativo ou intraempreendedor (ou empreendedor interno):
é o funcionário de uma empresa que atua como um empreendedor nas
diversas questões da empresa e trata o negócio como se fosse seu, assumindo
responsabilidades por suas decisões na empresa (FILLION; DOLABELA, 1999). O
intraempreendedor é um empreendedor em um contexto organizacional. O
termo é usado para designar o funcionário/colaborador que tem um espírito
empreendedor e traz a possibilidade de inovações e novos negócios para a
empresa. A empresa de informática Google tem tanta vontade de desenvolver
este “espírito” em seus funcionários que eles elegem um dia por semana para
que cada funcionário tente desenvolver alguma ação empreendedora interna.
Daí saiu, por exemplo, o Google Maps, ferramenta que a princípio não tinha
nada a ver com o negócio principal da empresa.
• Empreendedor por necessidade: é o sujeito que é demitido ou não trabalha
formalmente e vai à luta, por necessidade e pela falta de oportunidade real de
arranjar um emprego. Ele pode ser temporário (enquanto o emprego não
aparece) ou permanente. Estão nesta categoria todos os vendedores
ambulantes (sacolé, biscoitos, quinquilharias chinesas, guloseimas domésticas,
loterias etc.), em suas diversas formas (inclusive on-line); os prestadores de
serviços de várias naturezas (cuidador de cachorro e de veículos, corretor
imobiliário individual, quem aluga quartos na própria residência etc.) e os
pequenos fabricantes domésticos (de novo, guloseimas, roupas, panos,
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artesanatos etc.). Você sabe a diferença e a relação entre empreendedor por
oportunidade e empreendedor por necessidade? Elas têm a ver com o modo
como as pessoas se comportam, se motivam para empreender, para abrir um
negócio. Essas duas classificações são muito importantes para o
desenvolvimento dos países, e são medidas anualmente pelas organizações
que tratam de inovação e empreendedorismo, como o Sebrae. Os dados
históricos podem ser vistos no site da Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
• Empreendedor independente: é a pessoa que aproveita oportunidades e cria o
próprio negócio. O empreendedor independente pode apresentar
diferenciadas motivações para iniciar o negócio próprio; podem ser pessoas
que têm um sonho, uma obstinação para empreender e de melhorar de vida
(FILLION; DOLABELA, 1999).
• Empreendedor social: é a pessoa comprometida com as causas humanitárias,
participando ativamente de projetos ou atividades sociais. O empreendedor
social está preocupado também em resolver os problemas da sociedade.
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Mitos sobre os empreendedores
Dornelas (2005) afirma que existem vários mitos sobre os empreendedores,
mas ele destaca três que considera mais importantes.
Mito 1: empreendedores são natos, nascem para o sucesso.
Realidade:
8) Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com certo nível de inteligência,
empreendedores de sucesso acumulam habilidades relevantes, experiências e
contatos com o passar dos anos;
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9) A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo.
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externas e uma definição centrada na missão e na atividade da empresa, diante das
necessidades da comunidade. Não é uma profissão, pois não é legalmente constituída,
não havendo formação universitária ou técnica, nem conselho regulador e código de
ética profissional legalizado. Não é também uma organização social que produz e gera
receitas a partir da venda de produtos e serviços, e muito menos é representado por
um empresário que investe no campo social – o que está mais próximo da
responsabilidade social empresarial, ou, quando muito, da filantropia e da caridade
empresarial, que já se mostraram inadequadas, não somente para os “ajudados”, mas
também para os negócios e para a sociedade. Como enfatiza Demo (2002, p. 40), “ a
solidariedade que produz ajuda assistencialista representa fantástico processo de
imbecilização”.
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Oliveira (2004), no artigo “Empreendedorismo social no Brasil: atual
configuração, perspectivas e desafios – notas introdutórias”, cita o exemplo de um
empreendedorismo social brasileiro que relatamos a seguir:
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aplicado em vários lugares e alcançar, a um baixo custo, resultados significativos de
inclusão não só digital, mas também social e de exercício da cidadania.
REFERÊNCIAS
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios.
2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição
para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
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Para conhecer mais, leia o material complementar: “Tipos de
empreendedorismo” e “Empreendedorismo social no Brasil”.
Prezado(a) estudante,
Nesta terceira unidade temática, estudaremos educação, trabalho e
empreendedorismo, além de mercado, inovação e empreendedorismo por meio de
experimentação. O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
• Conhecer a relação existente entre educação, trabalho e empreendedorismo;
• Discutir a importância da educação empreendedora;
• Explicar o mercado, a inovação e o empreendedorismo por meio da
experimentação.
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lugar de destaque no campo social e econômico, pois ele estimula o desenvolvimento
de competências duráveis e a possibilidade de inserção no mundo do trabalho.
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trabalho de forma proativa. Não é porque tudo está feito que não há mais nada
a se fazer;
• Participação: para promover a mudança é preciso sair do lugar e buscar novas
experiências. Não se movimentar leva a pessoa à mesmice;
• Disposição: o processo de mudança se efetiva a partir da disposição da pessoa
em fazer diferente. Acordar cedo, trabalhar e/ou estudar com disposição é um
mecanismo importante para a mudança;
• Coragem: é preciso deixar de lado os medos e se lançar às experiências, com o
intuito de aprender coisas novas, conhecer novas pessoas e assumir novas
responsabilidades;
• Atitude: a pessoa tem que se conscientizar de que, para mudar, é preciso não
se influenciar por aqueles que não têm interesse. É preciso ter vontade e
atitude para alterar sua situação.
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Fonte: Manual do estudante - PRONATEC
Empresa
Você já viu os variados tipos de empreendedores e as características que são
fundamentais para eles fazerem sucesso. Viu também que o empreendedor pode-se
dedicar a desenvolver seu trabalho em muitas áreas. Essas áreas de atuação do
empreendedor são as empresas e suas especificidades. O que é uma empresa? E quais
tipos de empresas existem? É isso que vamos conhecer.
Existem vários conceitos formulados sobre o que é empresa e todos apontam
para algumas características similares. Assim, formulamos um conceito: a empresa é
um espaço em que se articulam vários recursos – humanos (pessoas), financeiros
(dinheiro), materiais (equipamentos) – e conhecimentos técnicos (sistemas e
procedimentos) para oferecer atendimento à população através de promoção das
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vendas de produtos ou prestação de serviços, a fim de gerar lucro para empresa e
renda para quem nela trabalha (CHIAVENATO, 2007).
Como vimos, as empresas podem oferecer produtos ou serviços. Você vai
conhecer a diferença entre duas atividades que caracterizam a razão de existência da
empresa no mercado (CHIAVENATO, 2007):
17) Produtos: possuem atributos tangíveis, quer dizer, podem ser tocados,
experimentados, testados antes de serem comprados. Por exemplo, o test-
drive de um carro, a prova de uma roupa na loja. Entretanto, vale ressaltar que,
nas lojas virtuais, os produtos continuam sendo tangíveis, como se estivessem
numa vitrine onde você pode ver todas as informações a seu respeito, mas sem
poder tocá-los; porém, conseguirá vê-los em 3D, com riquezas de detalhes;
18) Serviços: possuem características intangíveis, ou seja, não podem ser sentidos,
tocados, cheirados e a avaliação da sua qualidade só poderá ser feita após sua
compra. Por exemplo, o serviço de transporte, serviço de saúde ou
manutenção de um carro.
Tipos de empresas
As empresas fazem parte de nossa vida: um restaurante, um supermercado,
um shopping, uma lanchonete, uma escola ou o nosso trabalho. O tempo todo você
está fazendo uso do espaço, do produto ou do serviço de uma empresa.
Conheceremos alguns tipos de empresas:
19) Empresas industriais - são as que produzem grandes quantidades de produtos
para consumo que podem ser vendidos diretamente para o consumidor final
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(como indústria de artesanatos regionais) e as que fazem produtos gerados
pela transformação de matéria-prima, os quais são repassados para outras
empresas para que elas os revendam para o consumidor final (como os carros,
que são montados pelas indústrias e depois repassados às concessionárias,
onde o consumidor final pode comprá-los) (CHIAVENATO, 2007);
20) Empresas comerciais - são empresas que vendem mercadorias ou produtos
acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou aquelas que
compram do produtor para vender ao varejista (comércio atacadista);
21) Empresas prestadoras de serviço - são empresas que fornecem atividades e
trabalhos especializados em áreas como saúde, educação, transporte, lazer,
consultoria financeira, entre outros. São empresas prestadoras de serviço, por
exemplo, a academia, o transporte, a escola, as universidades, as clínicas de
estéticas, os órgãos públicos, entre outros (CHIAVENATO, 2007);
22) Empresas sociais - essas empresas podem oferecer tanto produtos quanto
serviços, semelhantes às que vimos anteriormente. Seu diferencial é que elas
não visam somente ao lucro, visam principalmente ao benefício social. A
empresa social procura promover atividades ou projetos sociais que auxiliam
na solução de alguns problemas da sociedade (BOVO, 2009);
23) Empresas virtuais – podem ser sociais, comerciais ou de serviços, porém
diferem das demais por disponibilizarem seus produtos e serviços pela
internet, sendo consideradas eficazes quando conseguem “transformar seus
visitantes em compradores” (FILIPINI, 2012, p. 17).
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3.2 Mercado, inovação e empreendedorismo por meio de experimentação
Em todos os contextos históricos setoriais, verificam-se demissões e a
diminuição de empregos fixos devido à automatização e robotização de sistemas que
dispensam a mão de obra humana. À medida que esse processo foi evoluindo, a
posição de governos, empresas e pessoas também se modificou, focando-se no
estímulo à atitude empreendedora e às inovações. Todos os governos estão
estimulando e incentivando a criação de micro, pequenas e médias empresas como
forma de possibilitar a criação de novos produtos, serviços e processos.
A década de 1970, com a crise do petróleo, é um exemplo específico quando se
nota essa mudança radical nas atitudes dos indivíduos. Os que foram dispensados de
seus empregos fixos passam a criar e desenvolver pequenas e médias empresas,
assumindo os próprios riscos de ter seus próprios negócios e gerir suas atividades. Ao
mesmo tempo, os que permaneceram empregados assumiram uma nova postura
empreendedora em seus setores.
Como assumir riscos na inovação? Uma das maiores dificuldades no processo
de empreender é a forma como nos defrontamos com o risco (medo de errar). Todos
os processos empreendedores possibilitam a criação de bifurcações, ou seja, o
surgimento de atalhos e caminhos diferentes dos planejados.
Cultura de experimentação
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(Murilo Campos)
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Um exemplo de empresa que implantou a cultura de experimentação é o
Airbnb. Will Moss, um dos integrantes da equipe, usa seu blog de engenharia de dados
para contar um pouco sobre seus projetos de melhoria contínua. “Estamos sempre
tentando aprender mais sobre nossos usuários e melhorar a experiência no site. Muito
desse aprendizado e aprimoramento vem da implementação de experimentos
controlados”, explica. Para ele, a experimentação se resume a dois pontos: 1) executar
experimentos controlados é a melhor maneira de aprender sobre seus usuários; e 2)
existem muitas armadilhas ao executar experimentos. Por isso, tenha uma ferramenta
para facilitar a execução de experimentos, automatizando o trabalho analítico.
Moss aponta algumas dicas importantes para quem deseja, como eles,
implementar um framework de experimentação. Resumimos aqui:
• Certifique-se de que os dados que serão usados estejam corretos;
• Garanta que tudo esteja registrado de forma confiável;
• Faça alterações experimentais no mesmo processo de revisão;
• Faça a análise automaticamente para que o impedimento de realizar (e
aprender) uma experiência seja o mais baixo possível.
REFERÊNCIAS
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DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição
para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
Prezado(a) estudante,
Nesta unidade temática, estudaremos o planejamento, modelo e o plano de
negócio. O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga:
24) Relacionar a importância do planejamento, do modelo e do plano de negócios;
25) Conhecer as várias seções do plano de negócio;
26) Desenvolver argumentos sobre a importância do plano de negócios.
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Antes de começar a leitura dos tópicos desta unidade, convido você a
assistir ao vídeo a seguir. Vamos lá?
https://www.youtube.com/watch?v=Vo58KINaPaA
4.1 Planejamento
Segundo Dornelas (2005), 70% ou mais das micro e pequenas empresa (MPE)
brasileiras fecham nos primeiros anos de existência. Uma das principais causas é a
falha ou falta de planejamento adequado do negócio. Até mesmo nos Estados Unidos,
país que é referência em empreendedorismo e criação de pequenas empresas de
sucesso, o índice chega a mais de 50% em algumas áreas de negócios. Lá, as principais
causas desse fracasso, segundo a Small Business Administration (SBA), são:
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principal causa para o insucesso, seguida de má gestão, políticas de apoio
insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais. Essas falhas podem acontecer
devido a armadilhas no gerenciamento do dia a dia de pequenas empresas, tais como:
27) Falta de experiência;
28) Falta de dinheiro;
29) Atitudes erradas;
30) Localização errada;
31) Expansão inexplicada;
32) Gerenciamento de inventário impróprio;
33) Excesso de capital em ativos fixos;
34) Difícil obtenção de crédito;
35) Usar grande parte dos recursos do dono.
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alcançar as metas e, por fim, planejamento é o ato de se determinar as metas e definir
os meios para alcançá-las.
Segundo Daft (2005), as metas são importantes porque as organizações
existem para um propósito e elas definem e declaram este propósito. Um plano é um
esboço para a realização da meta e especifica as alocações de recursos, programações,
tarefas e outras ações necessárias. Para o autor, as metas especificam os fins futuros;
os planos especificam os meios de hoje. A palavra planejamento geralmente incorpora
ambas as ideias; ela significa determinar as metas da organização e definir os meios
para alcançá-las.
Para Montana (1998), o planejamento proporciona aos gestores uma reflexão
sobre aonde se pretende chegar e quais podem ser os possíveis problemas, levando-os
a uma solução e prevendo soluções para direcionar as decisões e superar os problemas
do dia a dia das empresas.
Existem três tipos de planejamento, os quais são determinados pelo tempo de
execução: o estratégico, o tático e o operacional. Veremos cada um a seguir.
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1) Planejamento estratégico - o planejamento estratégico tem o dever de
pensar no futuro da organização, considerando os negócios em que a organização está
inserida, o mercado e suas tendências, dentre outras importantes características da
economia, para assim poder definir suas metas e objetivos. O planejamento
estratégico consiste em definir objetivos desejados pela empresa, que possam levá-la
a uma situação confortável, próspera e lucrativa; deve-se considerar também as
ameaças e as oportunidades presentes no ambiente externo da empresa.
O prazo de um planejamento estratégico varia de acordo com as características
da empresa. Se ela for de pequeno porte, ou esteja iniciando suas atividades, este
planejamento pode ter de dois a três anos. Se a empresa for de médio porte ou
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estabelecida há mais tempo, o prazo médio por ser de cinco a dez anos. Mas há
situações em que o prazo é superior a dez anos, como na gestão pública.
Os objetivos definidos no planejamento estratégico podem ser: ampliação dos
negócios, aumento de faturamento, busca de novos mercados consumidores, corte de
custos, reposicionamento da marca, colocação de novos produtos ou serviços,
alteração no processo de produção, tecnologias ou processos logísticos.
Planejamento tático - de acordo com Oliveira (2006, p. 48), “[...] o
planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a
empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos,
estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico [...]”.
Ao contrário do planejamento estratégico, que considera a empresa como um
todo, o planejamento tático foca nos objetivos de médio prazo e nas estratégias e
ações que afetam somente parte da empresa, ou seja, é o planejamento
desenvolvido pelos níveis intermediários dentro da empresa, que tem como objetivo
principal a utilização dos recursos disponíveis, da maneira mais eficiente possível na
execução dos objetivos fixados previamente, de acordo com uma estratégia já
determinada.
No planejamento tático, tem-se um nível menor de incertezas, porque as
análises e as interpretações dos ambientes internos e externos são feitas no
planejamento estratégico. As decisões no planejamento tático apresentam uma
facilidade maior de serem revistas, pois sua abrangência é mais restrita e de impacto
menos profundo quando comparadas às do planejamento estratégico.
Planejamento operacional – o planejamento operacional pode ser
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considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos,
das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta
situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais (OLIVEIRA,
2006, p. 49)
O planejamento operacional pode ser definido como a materialização prática
para a realização dos objetivos definidos no planejamento estratégico. Nele, são
estabelecidas as responsabilidades, os recursos humanos, os recursos financeiros, os
recursos materiais e o cronograma de trabalho. É nesta etapa que a empresa
organiza, identifica e escolhe as alternativas operacionais viáveis à execução das
metas estabelecidas no planejamento estratégico. Estas alternativas operacionais são
os recursos, os procedimentos, os produtos, os prazos e os responsáveis pela
execução do plano.
Normalmente, o planejamento operacional é elaborado pelos níveis inferiores
da empresa, focando basicamente nas atividades do dia a dia; corresponde à
formalização das metodologias de desenvolvimento e implementação já
estabelecidas, criando as condições adequadas para sua execução. O planejamento
operacional corresponde ainda a um conjunto de partes do planejamento tático.
Segundo Maximiano (2004, p. 146), o processo de planejamento operacional
compreende as seguintes etapas:
• Identificação e análise dos objetivos;
• Elaboração de cronogramas;
• Elaboração de orçamentos;
• Identificação e avaliação de riscos.
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4.2 Plano de negócio – conceitos
O plano de negócios é, sem dúvida, a mais importante das ferramentas de
planejamento a ser utilizada pelo empreendedor, um documento usado para
descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento e, ainda,
permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios (DORNELAS, 2005).
Ele é elaborado pelo empreendedor com o objetivo de minimizar riscos e de servir
como guia no caminho a ser percorrido rumo ao sucesso do seu empreendimento; o
plano serve para:
36) Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio;
37) Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas;
38) Monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário;
39) Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae,
investidores, capitalistas de risco etc.;
40) Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a
empresa;
41) Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público
externo.
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plano de negócios inclui ainda o plano financeiro do empreendimento, onde serão
calculados o valor do investimento, custos e receita, além, é claro, das estimativas de
lucro (ou prejuízo). Esse documento servirá como base para que o próprio
empreendedor tome suas decisões, mas poderá ser utilizado, também, para atrair
possíveis sócios, novos investidores ou ter acesso a linhas de financiamento, entre
outros.
O plano de negócios deve ser visto como mais uma ferramenta de auxílio ao
empreendedor. Sua elaboração deve servir para minimizar os riscos, quando se trata
de novos empreendimentos. O plano servirá como roteiro para que o empreendedor
possa acompanhar, passo a passo, todas as ações envolvidas nesse processo.
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Estrutura do plano de negócio
O plano irá ajudá-lo a concluir se sua ideia é viável e a buscar informações mais
detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que irá oferecer, seus clientes,
concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu
negócio.
Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder à seguinte pergunta: “Vale a pena
abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”. Lembre-se de que a preparação de um
plano de negócio não é uma tarefa fácil, pois exige persistência, comprometimento,
pesquisa, trabalho duro e muita criatividade.
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4.3 Sumário executivo e plano operacional
O sumário executivo é um extrato competente e motivante do plano de
negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que
fatia desse mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em quanto
tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de
nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso – sem ser explicado em
detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta – é o que deve conter no
sumário executivo (SALIM et al., 2005, p. 41).
Como você pode observar, o sumário executivo do plano de negócios tem a
função de despertar o interesse do leitor pelas informações contidas no restante do
documento, sem muitos detalhes, com clareza e objetividade. O sumário executivo
deve ser a última seção a ser escrita pelo empreendedor, embora apareça no início do
plano.
Exemplo: O “Delícias da Pesca” é um restaurante especializado em peixes e
frutos do mar, que irá atender uma clientela específica, composta por pessoas com
paladar exigente e ao mesmo tempo preocupadas com a saúde, uma vez que será a
mais saudável das opções entre os seus concorrentes, na Avenida Beira-Mar do
município de Peixolândia. Os sócios do empreendimento possuem experiência no
ramo, além de contar com uma ampla rede de relacionamentos que irá facilitar a
aquisição da matéria-prima da melhor qualidade, com os melhores preços do
mercado. Os ambientes diferenciados e a qualidade no atendimento também farão
parte do diferencial oferecido pelo “Delícias da Pesca”, no qual será investida a quantia
de R$ 60.794,00, dividida em partes iguais entre os sócios. Com receita estimada de R$
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27.000,00 nos 12 primeiros meses, a taxa de retorno do investimento será de
aproximadamente 34%, com previsão de aumento a partir do segundo ano de
funcionamento.
No plano operacional, veremos como descrever a localização do negócio, a
capacidade produtiva e/ou comercial e a necessidade de pessoal.
a) Localização do negócio: como o próprio nome já diz, nesse item o
empreendedor vai apontar a localização do empreendimento. Além do endereço, é
nesse item também que deve ser esclarecida a razão da escolha do local (vantagens
em relação à concorrência, proximidade dos principiais fornecedores, facilidade de
acesso para os clientes, etc.).
Exemplo: O “Delícias da Pesca” está localizado na Avenida Beira-Mar, nº 37,
esquina com a Rua Diego Bahia, um dos pontos mais movimentados da orla de
Peixolândia, onde as pessoas se reúnem nos finais de tarde e, principalmente, nos
finais de semana para passear e se divertir. A localização é estratégica também em
relação aos fornecedores: fica a poucas quadras da Colônia de Pescadores Z-09, e a
proximidade dos concorrentes não é considerada um fator negativo, uma vez que
nenhum deles é especializado em pescado.
b) Capacidade produtiva e/ou comercial: qual o volume de produtos que o
empreendedor pretende comercializar? E se houver um aumento na demanda, qual a
capacidade de produção do empreendimento, considerando a atual estrutura?
Exemplo: O restaurante foi projetado para atender, com eficiência e qualidade,
até 30 conjuntos de clientes ao mesmo tempo, estando prevista a ampliação dessa
meta a partir do segundo ano de funcionamento.
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c) Processo de produção e/ou comercialização: nesse item, deve ser descrito,
passo a passo, todo o processo de produção e/ou comercialização. Desde a aquisição
da matéria-prima (no caso de produtos) até a disponibilização ao consumidor final.
Exemplo: A matéria-prima fresca (peixes e frutos do mar) será entregue
diariamente pela Colônia de Pescadores Z-09, de acordo com planejamento semanal,
no qual serão definidas as quantidades e a variedade das espécies, de acordo com a
disponibilidade e os produtos em estoque. Os demais produtos serão adquiridos pelo
gerente, também responsável pelo controle de estoques, que será informatizado. Os
pratos serão confeccionados na hora, sob a administração da chefe de cozinha, que
contará com o auxílio de três colaboradores.
d) Necessidade de pessoal: quantas pessoas (e com qual perfil profissional) são
necessárias para manter o empreendimento funcionando?
Exemplo: Um gerente geral, um chefe de cozinha, um chefe de salão, duas
cozinheiras, dois auxiliares de cozinha e/ou serviços gerais, três garçons.
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pontos da Avenida Beira-mar do município de “Peixolândia”. A criação de pratos
exclusivos com as mais variadas espécies de pescado (de água doce e água salgada)
disponíveis no município, o ambiente acolhedor e a excelência no atendimento, além
de preços bastante competitivos, são a fórmula encontrada pelo “Delícias da Pesca”
para conquistar o paladar e fidelizar clientes que prezam a boa gastronomia.
b) Missão: a missão da organização deve traduzir, do ponto de vista do
mercado, e não do proprietário, a razão de ser do seu empreendimento. Ou seja, para
que ele foi criado?
Exemplo: Restaurante “Delícias da Pesca”. Missão: “Oferecer alimentos
saudáveis, com sabores exclusivos e excelência no atendimento”.
c) Pontos fortes e pontos fracos: esse item também consta do roteiro do plano
de marketing, estudado nas aulas anteriores, e deve conter os principais fatores
positivos e negativos internos do empreendimento.
Exemplo: Restaurante “Delícias da Pesca”
• Pontos fortes:
ü Ausência de outros restaurantes especializados em pescado no
município de “Peixolândia”;
ü Localização privilegiada, num dos pontos turísticos de maior movimento
e de fácil acesso.
• Pontos fracos:
ü Falta de experiência dos empreendedores na “gestão” do negócio;
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ü Matéria-prima: a sazonalidade com que algumas espécies de pescado
são capturadas na região pode dificultar a oferta desses produtos em
determinados períodos do ano.
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média de 300 clientes/mês, com perspectiva de aumento de 25% a partir do segundo
ano de funcionamento.
f) Perfil do(s) empreendedor(es): quem são os empreendedores envolvidos no
negócio? Qual o seu perfil? Possuem experiência no ramo?
Exemplos:
1. Alexandre Santos: gerente do “Delícias da Pesca”, é Técnico em Pesca e atuou
durante cinco anos como administrador do “Mercado de Peixe” do município;
possui uma ampla rede de relacionamentos na área e será responsável
também pela aquisição da matéria-prima junto aos fornecedores.
2. Ilana Figueiras: chefe de cozinha, possui experiência de mais de 15 anos em
restaurantes de grande porte na capital, além de cursos em nível nacional
voltados para cardápios à base de pescado. Ambos são nascidos em
“Peixolândia”.
g) Capital social: como capital social, deve constar o valor total de todos os
investimentos (financeiros, em obras e instalações, equipamentos, etc.) e qual a
parcela que cabe a cada um dos seus sócios. Esses valores são obtidos após a
elaboração do plano financeiro do empreendimento.
Observe que, no plano de negócios, alguns dos itens que compõem o plano de
marketing aparecem ao longo do roteiro, e não necessariamente na seção
denominada “plano de marketing”. Ao elaborar o plano de negócios de uma empresa
legalmente constituída, os dados do empreendimento devem incluir ainda o ramo de
atuação da empresa, a forma jurídica, o enquadramento tributário e CNPJ. Nesse caso,
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você deverá procurar ajuda especializada, em instituições como o Sebrae ou ainda
através de um contador.
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atendimento com qualidade. Segundo informações obtidas através de pesquisa de
mercado realizada com frequentadores da orla de “Peixolândia”, os principais fatores
que determinam a escolha de um restaurante por esses frequentadores é a variedade
dos pratos, o bom atendimento e o ambiente, que deve ser agradável, permitindo que
os clientes conversem durante a refeição.
c) Estudo dos fornecedores: nesse item, devem constar informações sobre os
fornecedores dos principais insumos para o seu empreendimento, quais os preços
praticados, prazos de entrega e condições de pagamento.
Exemplo: Em pesquisa de mercado realizada com 12 fornecedores em potencial
dos principais produtos a serem adquiridos pelo restaurante, optou-se pela avaliação
semanal dos estoques e consulta prévia a, pelo menos, quatro fornecedores,
aproveitando, dessa forma, os menores preços. Condições de pagamento também
deverão ser levadas em conta, nos primeiros meses de funcionamento. Para a
aquisição da principal matéria-prima (peixes e frutos do mar), o restaurante conta com
uma parceria com a Colônia de Pescadores Z-09, de Peixolândia, que fornecerá esses
produtos semanalmente.
d) Estudo da concorrência: nesse item, devem constar informações sobre os
produtos e/ou serviços oferecidos pela concorrência, seus pontos fracos e pontos
fortes, os preços praticados e estratégias de marketing utilizadas, além do nível de
satisfação dos proprietários em relação aos seus empreendimentos.
Exemplo:
• Churrascaria da Orla – especialidade: churrasco rodízio e buffet a quilo; à noite,
sistema à la carte
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ü R$ 35,00 o rodízio ou R$ 40,00 o quilo
ü Funciona de terça a domingo, das 11h às 23h
ü Shows com música ao vivo às sextas e sábados (couvert de R$ 5,00 por
pessoa)
• Restaurante O Relicário – pratos variados, sistema à la carte
ü R$ 42,00 (média do preço dos pratos para duas pessoas)
ü Atendimento personalizado, ambiente refinado
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O roteiro de um plano financeiro também pode variar, de acordo com os
objetivos e a complexidade do empreendimento. O exemplo utilizado nesta aula
contém os seguintes itens:
1) Investimentos
2) Estimativa de faturamento
3) Custos
4) Demonstrativo de resultados
5) Indicadores de viabilidade
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• Investimentos pré-operacionais (gastos com divulgação, com reformas e
adaptações do espaço físico, com treinamento de pessoal, legalização da
empresa, etc.).
3) Custos: nesta seção, devem ser descritos todos os custos envolvidos para
manter o empreendimento funcionando, incluindo custos fixos (contas a serem pagas
independentemente do volume de vendas) e custos variáveis (custos que variam de
acordo com a quantidade produzida).
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a) Estimativa dos custos variáveis
• Custos com materiais e/ou mercadorias vendidas: cada vez que o restaurante
comercializa um determinado prato ou vende uma bebida, esses produtos
saem do seu estoque e, portanto, representam um custo. Por exemplo: ao
comercializar um refrigerante por R$ 2,00, o estabelecimento recebe R$ 2,00
do cliente e, ao mesmo tempo, precisa repor R$ 1,20 ao fornecedor de bebidas;
• Custos com comercialização: a partir do momento que a empresa é legalizada,
ela passa a pagar impostos, portanto, a cada produto comercializado, um
percentual da receita deve ser destinado ao pagamento desses impostos.
Nesse item devem ser acrescentados também valores pagos a título de
comissões (quando for o caso) e para a divulgação do empreendimento.
b) Custos fixos: esse item vai incluir todos os custos com os quais o
empreendedor deverá arcar, mensalmente, independentemente da quantidade de
produtos comercializados. Além de contas como aluguel, água, luz e telefone, inserem-
se na categoria de custos fixos os custos com depreciação, despesas com pessoal e
pró-labore.
• Custos com depreciação: imagine que cada equipamento utilizado pela
empresa possui um tempo de vida útil, após o qual o mesmo deverá ser
substituído. O cálculo da taxa de depreciação consiste no cálculo do valor
mensal a ser poupado pelo empreendedor para que, ao final da vida útil do
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equipamento, o mesmo possa ser substituído. Para calcular esse valor, utiliza-
se a seguinte fórmula:
• Despesas com pessoal: esse item inclui as despesas com salários e encargos, no
caso de o empreendimento depender da contratação de funcionários.
Exemplo:
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O demonstrativo de resultados é o quadro-resumo onde são incluídos os
valores de receitas e custos para o cálculo do lucro ou prejuízo do empreendimento.
Exemplo:
REFERÊNCIAS
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios.
2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
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MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição
para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
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• Apontar as questões legais para a constituição de empresas.
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Investidor anjo - os investidores anjos são pessoas físicas que destinam
recursos para empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Eles ainda oferecem
mentoria e proporcionam networking para o empreendedor. Um exemplo de
plataforma que conecta investidores anjos com empreendedores é o Anjos do Brasil.
Investimento coletivo - poucas pessoas conhecem, mas o investimento coletivo
permite a captação de recursos por meio de plataformas on-line. Nesse caso, podem
ser plataformas que conectam empreendedores com investidores ou até mesmo
plataformas que captam recursos de pessoas físicas interessados em ajudar o negócio.
No último caso, por exemplo, a empresa pode solicitar recursos para os seus clientes.
Normalmente, são projetos inovadores e que proporcionam benefícios para
determinado público.
Linhas de crédito - o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) tem o papel de fomentar o empreendedorismo nacional. Sendo assim,
oferece um financiamento de longo prazo. Além disso, suas taxas são menores do que
as praticadas por bancos tradicionais. Se a empresa enfrenta problemas quanto ao
fluxo de caixa, as linhas de crédito adequadas são as de capital de giro. Entre outras
opções, também é possível utilizar antecipação dos recebíveis e conta garantida.
Já os negócios que promovem a inovação ou lidam com a pesquisa básica ou
aplicada devem estar atentos aos editais de entidades como o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep), além das agências de fomento estaduais. Atividades produtivas de
pequeno porte podem contar também com o Programa Nacional de Microcrédito
Produtivo Orientado (PNMPO). Negócios em busca da modernização ou do
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crescimento contam, por sua vez, com o Programa de Geração de Emprego e Renda
(Proger).
Sócio investidor - o sócio investe no negócio e, em troca, recebe determinada
quantidade de participação no lucro. Lembrando que, nesse caso, é necessário
formalizar a sociedade perante à lei.
Subvenções – geralmente, são divulgadas por meio de editais e não exigem
retorno do capital investido. São destinadas às empresas inovadores e que
proporcionam soluções de problemas sociais. Além das fontes tradicionais de recursos
para financiamentos, nos últimos anos surgiram as fintechs, que passaram a ofertar
recursos para financiamentos tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas.
Essas empresas atuam basicamente no ambiente eletrônico e são mais ágeis e com
custos menores que a rede tradicional bancária, por exemplo.
Por fim, vale ressaltar que, ao definir uma das fontes de investimento para
empresa, o empreendedor deverá realizar uma boa gestão dos recursos. Diante disso,
cuidar da gestão financeira da empresa é fundamental. Um dos passos é, por exemplo,
contar com a ajuda de um contador.
Fonte:
https://www.google.com/search?as_st=y&tbm=isch&as_q=Arranjo+produtivo+local&as_epq=&as_oq=&as_eq=&imgsz
=&imgar=&imgc=&imgcolor=&imgtype=&cr=&as_sitesearch=&safe=images&as_filetype=&as_rights=#imgrc=Oq4WD_A
jMI3tDM:
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Arranjo produtivo local é uma aglomeração de empresas, localizadas em um
mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de
articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C2GCEU_pt-
BRBR836BR836&biw=944&bih=916&tbm=isch&sa=1&ei=zMtqXP2xJ6Cd5OUP9Ni6oA0&q=lojas+sete+de+setembro+em+porto+velho&oq
=lojas+sete+de+setembro+em+porto+velho&gs_l=img.3...44797.45523..45866...0.0..0.151.699.0j5......1....1..gws-wiz-img.3XJysCw3tcU#imgrc=B_zefYBBbVo1mM:
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Aprendizagem e Inovação – esses aspectos se manifestam pela existência de
iniciativas, ações, atividades e projetos realizados em conjunto, entre as empresas,
entre empresas e suas associações, entre empresas e instituições técnicas e
financeiras, entre empresas e poder público e outras possíveis combinações entre os
atores presentes no APL. Podem ocorrer por meio de:
• Intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e
mercadológicas (com clientes, fornecedores, concorrentes e outros);
• Interação envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas
comuns de treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários,
entre outros;
• Integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos,
incluindo desde melhoria de produtos e processos até pesquisa e
desenvolvimento propriamente ditos, entre empresas e dessas com outras
instituições;
• Troca de experiências, formando uma rede de aprendizagem e de difusão de
inovações.
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diferenciados, entre os agentes. Em um arranjo produtivo local, identificam-se dois
diferentes tipos de cooperação:
• A primeira é a cooperação produtiva, visando à obtenção de economias de
escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e
produtividade;
• A segunda, a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos,
custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o
potencial inovativo do APL.
Fonte: http://tcc.bu.ufsc.br/Economia295529
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Com relação ao grau ou estágio de desenvolvimento, os arranjos podem ser
classificados em três níveis.
1) Arranjos incipientes - são os arranjos desarticulados, carentes de lideranças
legitimadas. Falta integração entre as empresas, o poder público e a iniciativa privada
e uma visão mais ampla para o empresariado.
Fonte: http://darleisimioni.blogspot.com/2011/12/post-1141-momento-humor-lideranca-ou.html
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2) Arranjos em desenvolvimento - preocupam-se com os demais elos da cadeia
produtiva, com impacto direto sobre a qualidade de seus produtos. As lideranças são
mais capacitadas e legitimadas, organizando-se em entidades de classe, defendendo
interesses regionais em vez de particulares.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C2GCEU_pt-
BRBR836BR836&biw=944&bih=916&tbm=isch&sa=1&ei=3_NqXIe0H4jX5OUPoPaX8AI&q=lider&oq=lider&gs_l=i
mg.3..0i67j0j0i67l2j0l6.152096.154149..154511...0.0..0.145.835.0j6......0....1..gws-wiz-
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3) Arranjos desenvolvidos (sistemas produtivos e inovativos locais) - são
aqueles arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos consistentes
resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando inovações de
produtos, processos e formatos organizacionais e gerando maior competitividade
empresarial e capacitação social.
São determinados por:
• Foco territorial;
• Estrangulamento nas demandas comerciais coletivas;
• Interação com a comunidade;
• Mercado estadual/nacional/internacional;
• Finanças de proximidade (relacionamento comercial estreito entre bancos e
empresas) mais avançadas;
• Base institucional local diversificada e abrangente;
• Estrutura produtiva ampla e complexa.
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fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a
pesquisa no país.
3) FINEP – a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) é uma empresa pública
vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Foi criada em 24 de julho de
1967, para institucionalizar o Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e
Programas, criado em 1965.
4) GTP – APL - as atividades desse Grupo de Trabalho foram focalizadas,
inicialmente, em 11 APL pilotos, distribuídos nas cinco regiões do país, com o
propósito de testar a metodologia de atuação integrada.
5) Sebrae - o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) é uma entidade privada sem fins lucrativos criada em 1972 e, atualmente,
tem como a missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos
pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo, para fortalecer a economia
nacional.
Tipos de empresas
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5.3.1 Porte das empresas
1) Empresário Individual - exerce em nome próprio uma atividade empresarial.
Atua individualmente, sem sociedade. Sua responsabilidade é ilimitada (responde com
seus bens pessoais pelas obrigações assumidas com a atividade empresarial).
2) Microempreendedor Individual (MEI) – é o empresário individual com receita
bruta anual de até R$ 60.000,00 e, a partir de 2018, R$ 81.000,00, optante pelo
Simples Nacional e SIMEI. O Simples Nacional estabelece valores fixos mensais para o
MEI, que não seja sócio, titular ou administrador de outra empresa, que possua no
máximo um empregado que receba exclusivamente o piso da categoria profissional,
não tenha mais de um estabelecimento (não ter filial), entre outros requisitos.
3) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) - atuação
individual, sem sócios. Responsabilidade do empresário é limitada ao capital social
(valor do investimento, em dinheiro ou bens). Obrigatoriedade de capital social
integralizado de no mínimo 100 salários mínimos.
4) Sociedade Empresária - neste tipo de empresa, é possível a atuação coletiva
entre dois ou mais sócios, sendo sua responsabilidade limitada ao capital social.
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Deverá adotar uma das espécies de sociedade existentes (Sociedade Anônima – S/A,
Sociedade Limitada – LTDA.). A espécie de sociedade empresária mais adotada no
Brasil é a Sociedade Limitada (LTDA.), por ser mais simples e pela proteção ao
patrimônio pessoal dos sócios (SEBRAE - SP, 2018).
5) Sociedade Simples - empresa com atuação coletiva, ou seja, dois ou mais
sócios. A responsabilidade dos sócios é ilimitada. Porém, poderá adotar a espécie
societária de Sociedade Limitada - Sociedade Simples Ltda., passando a
responsabilidade dos sócios a ser limitada ao capital social, não respondendo com seus
bens pessoais pelas obrigações da sociedade, exceto nas hipóteses mencionadas no
item anterior (sociedade empresária limitada).
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Outros documentos: dependendo da atividade a ser desenvolvida, haverá
necessidade, ainda, de requerer laudos de outros órgãos, tais como:
1. Secretaria de Meio Ambiente;
2. Secretaria de Desenvolvimento Urbano;
3. Corpo de Bombeiros;
4. Conselhos de Classe (Crea, Core, CRM etc.);
5. Secretaria de Vigilância Sanitária.
Para saber mais o passo a passo de como abrir uma empresa, convido
você para assistir ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=-iFwnO2J-Z4
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chocolate do Brasil. Atualmente, a marca já tem mais de 1.540 lojas em diversos
estados brasileiros.
3) Robinson Shibba, fundador da China in Box: teve a visão empreendedora
quando visitou os Estados Unidos, percebeu o sucesso dos deliveries de comida
chinesa por lá e percebeu que, no Brasil, este ramo era inexistente ou incipiente.
Ao enxergar a oportunidade, criou a rede China in Box, a maior franquia de delivery de
comida chinesa do Brasil. Atualmente, a empresa criada pelo empreendedor
paranaense Robinson Shibba já tem capital total avaliado em cerca de R$ 4 bilhões.
4) Abílio Diniz, fundador do Pão de Açúcar: a loja de Abílio teve muito sucesso.
Com quatro anos de existência, já era inaugurada a segunda unidade e, na década de
1990, o Pão de Açúcar englobou o grupo de supermercados Sirva-se. O grupo ainda
comprou a Ponto Frio, foi associado às Casas Bahia e hoje Abílio investe no ramo de
ações, tendo participação considerável na estrutura societária do Carrefour, além de
comandar a empresa de investimentos de sua família.
5) Silvio Santos, fundador do SBT e outras empresas: criou o SBT, o Baú da
Felicidade, o Banco Panamericano e outras empresas do chamado Grupo Silvio Santos.
O empresário teve um diferencial: soube muito bem lidar com crises. Ainda na
primeira década de 2000, o Panamericano teve um rombo bilionário, e Silvio soube
lidar com as adversidades, reconstruindo seu império em pouco tempo. Hoje, é dono
também dos cosméticos Jequiti.
REFERÊNCIAS
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios.
2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
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DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição
para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
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43) Explicar a pesquisa-ação;
44) Aplicar a ferramenta Canvas.
6.1 Canvas
O Canvas foi desenvolvido por Osterwalder e Pigneur em 2010, em seus livros
Business Moldel Canvas, com o objetivo de sintetizar as funções da empresa em um
único quadro. A ferramenta busca facilitar a visualização e a compreensão do negócio
por todos e também auxilia no processo de inovação, onde os empreendedores
podem desenvolver e testar novas possibilidades de proposta de valor.
(OSTERWALDER; PIGNEUR, 2010)
Segundo Vadovatto et al. (2015), “a ferramenta é capaz de representar todo o
seu modelo de negócios de forma visual em uma única imagem, funcionando de
maneira simples e objetiva para visualizar, avaliar e alterar modelos de negócios”. De
acordo com Teixeira e Lopes (2014), “a estrutura do Canvas, vem sendo aplicada na
identificação e análise de vários modelos de negócios, desde modelos de plataforma
em rede até os modelos tradicionais da indústria, inclusive de grandes
conglomerados”.
Entende-se então que a ferramenta Canvas facilita a visualização do negócio,
abrindo caminho para uma melhor compreensão do que se pretende fazer, ou mesmo
do que se está fazendo. O plano de negócio, por outro lado, possibilita ao
empreendedor uma análise mais detalhada da empresa, subsidiando o empresário
com uma gama maior de informações, auxiliando-o na tomada de importantes
decisões na preparação de seu caminho empreendedor. Portanto, o ideal é que o
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Canvas seja efetuado como etapa preliminar ao plano de negócio, que por ser um
processo longo e trabalhoso, será então preparado com boa certeza quanto ao sucesso
do empreendimento (CARRASCO et al., 2014).
Em seguida, será explicado cada um dos nove blocos (passos) que compõem o
Canvas, conforme Osterwalder e Pigneur (2010):
1) Segmento de clientes - devem ser identificados os segmentos de clientes-alvo,
os perfis, como serão agrupados e suas necessidades. Após definido o
segmento de cliente, se torna mais fácil definir o modelo de negócio. Orofino
(2011) evidencia que os agrupamentos podem ser realizados através de
segmentos como os de comportamentos, necessidades ou características que
possuem em comum, cabendo à organização escolher quais segmentos irá
ignorar ou atender. Após definido o segmento de cliente, se torna mais fácil
definir o modelo de negócio.
2) Proposta de valor - é descrita como os serviços e produtos geradores de valor
para o segmento de clientes, sendo ela um dos fatores que influenciam a
decisão do cliente em optar por uma ou outra empresa. Algumas
características podem nortear as propostas de valor para o cliente, como preço,
design, performance, marca, novidade, customização, redução de custos,
conveniência, acessibilidade, redução de riscos e o conceito de “realizar o meu
trabalho”;
3) Canais - são os meios pelos quais o cliente entrará em contato com seu
negócio. Pode ser por meios diretos, como lojas próprias, on-line, equipes de
vendas, e por meios indiretos também, como distribuidores, atacados, lojas
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parceiras. Essa etapa descreve como a organização comunicará sua proposta de
valor aos clientes através da sensibilização sobre seus serviços e produtos;
4) Relacionamento com clientes - é onde deve ser definido o modo no qual se
dará o relacionamento com o cliente, de forma a manter uma boa relação,
aumentar as vendas e fidelizá-lo. Podem ser criadas diversas ferramentas de
atendimento ao cliente, como um serviço de pós-vendas ou Serviço de
Atendimento ao Cliente (SAC);
5) Fontes de receita - são os meios pelos quais o serviço será monetizado, como o
cliente pagará pelo seu serviço. Orofino (2011 p. 123) diz que “compete à
organização questionar qual o valor que cada segmento de clientes está
disposto a pagar”, sabendo-se que cada segmento possui um mecanismo
próprio de precificação;
6) Recursos principais - deve definir os recursos (com caráter tangível ou
intangível) necessários ao negócio, sejam eles recursos financeiros, físicos,
humanos, intelectuais;
7) Atividades-chave - são as atividades consideradas imprescindíveis para que a
empresa possa operar e entregar a proposta de valor. Segundo Carrasco
(2014), “assim como os recursos chave, as atividades precisam oferecer uma
proposta de valor, alcançar mercados, manter o relacionamento com o
consumidor e gerar receita”, a realização das atividades evidenciadas pela
organização nessa etapa é o que dará andamento ao negócio;
8) Parcerias para o negócio - podem desenvolver novas propostas de valor, obter
recursos, reduzir riscos, otimizado o modelo de negócios como um todo. Os
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parceiros podem ser fornecedores, empresas, grandes distribuidoras, entre
outros. Lembrando sempre que a parceria deve beneficiar ambas as partes
para ser interessante;
9) Estrutura de custo - a definição dos recursos-chave é essencial para que se
possa trabalhar essa etapa com coerência. Devem ser analisados quais
recursos-chave, atividades e canais de relacionamento terão o maior custo para
que se possa realizar uma análise dos custos envolvidos no negócio, com o
objetivo de definir o direcionamento e enfoque do mesmo, se o foco será em
custos ou em valor.
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Para conhecer melhor a ferramenta CANVAS, assista ao vídeo a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=8nfDnjDETcQ
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destacariam que “o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce
e se modifica à medida que interage com o meio ambiente”.
Nonaka e Takeushi (1997) observam que “o conhecimento, diferentemente da
informação, refere-se a crenças e compromisso”. Os autores classificaram o
conhecimento humano em dois tipos: conhecimento explícito e conhecimento tácito.
O conhecimento explícito é aquele articulado na linguagem formal, inclusive em
afirmações gramaticais, expressões matemáticas, especificações, manuais; facilmente
transmitido, sistematizado e comunicado (modo dominante de conhecimento na
tradição filosófica ocidental). O conhecimento tácito corresponde ao conhecimento
pessoal incorporado à experiência individual e envolve fatores intangíveis, como, por
exemplo, crenças pessoais, perspectivas, sistemas de valor, insights, intuições,
emoções, habilidades, dentre outras. Diferentemente do conhecimento explícito, o
tácito só pode ser avaliado por meio da ação direta (MELLO, 2016).
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um processo de aprendizagem recíproco, sistemático e estruturado” (RAMALHO,
1985).
Temos que considerar antes, entretanto, que, por um lado, o significado de
participação remonta ao poder, o acesso ao poder na tomada de decisões, na alocação
de recursos e no início e finalização de projetos (BROSE, 2010); por outro lado, temos
que considerar formas que se combinam, especialmente, com a implementação de
participação na esfera local, formas que surgiram e têm se desenvolvido no Brasil
desde os anos 1990 (MELLO, 2016).
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estimulam o rendimento e a reflexão sobre o trabalho em equipe. Pode ser definido
como o planejamento/a sistematização das fases de análise de uma
atividade/dinâmica proposta. A aplicação do CAV se volta, basicamente, para
atividades pedagógicas como dinâmicas de grupo, filmes, projetos aplicados em sala e
outras atividades diversificadas, sendo de extrema valia sua inclusão no portfólio de
conhecimentos do novo empreendedor e, sem sombra de dúvidas, no do professor.
De acordo com a apresentação institucional, a aprendizagem vivencial ocorre
quando uma pessoa se envolve numa atividade, analisa a atividade criticamente, extrai
algum insight útil dessa análise e aplica seus resultados. A aprendizagem indutiva
significa aprendizagem através da descoberta, na qual o que exatamente será
aprendido não pode ser especificado de antemão.
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O conjunto de atividades que compõem o Ciclo de Aprendizagem Vivencial é
assim composto, e individualmente identificado:
• Vivência: atividades realizadas individualmente ou em grupo, como
dramatização, competição ou fabricação de produtos e peças de arte;
• Relato: compartilhamento de observações e pontos de vista depois da
realização da atividade proposta;
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• Processamento: discussão sobre os padrões de comportamento ocorridos na
atividade por meio de relatos individuais;
• Generalizações: etapa em que se discute como as dinâmicas podem ser
aplicadas na vida cotidiana;
• Aplicação: momento no qual os participantes transferem as generalizações
para uma situação real e podem planejar comportamentos e ações a serem
seguidas.
Aprofundando os aspectos principais sobre cada estágio do ciclo, no primeiro
estágio, a vivência (ou o fazer) é onde ocorre a aplicação e participação da dinâmica. O
segundo estágio corresponde ao relato. Após vivenciarem uma atividade, os
participantes compartilham o que viram e/ou como se sentiram durante o evento,
externalizando em conjunto a experiência de cada indivíduo. Este estágio envolve a
descoberta do que aconteceu entre os indivíduos, tanto ao nível cognitivo quanto
afetivo, enquanto a atividade se desenvolve.
O terceiro estágio corresponde ao processamento. É a fase do ciclo conhecida
como dinâmica de grupo, na qual o facilitador deve, inicialmente, clarear para o grupo
que o que se passou foi artificialmente planejado pela atividade e, em seguida, os
participantes são levados a observar o que aconteceu em termos de dinâmica.
Reconstroem, então, os padrões de comportamento e as interações da atividade, a
partir de relatos individuais. Esta discussão em profundidade é a parte crítica do ciclo e
não pode ser ignorada.
O quarto estágio é o das generalizações. No estágio da generalização, os
participantes inferem princípios que podem ser aplicados em sua realidade, a partir da
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atividade. Este estágio pode ser aprofundado a partir de algumas estratégias
envolvendo fantasia, análise individual, palavras-chave (que sirvam de subsídios para
generalizações, por exemplo: “liderança”, “comunicação”, “sentimentos” etc.); e
recursos diversos, como a complementação de sentenças (completar frases, tipo: “a
eficiência de um trabalho de grupo depende de...”).
O quinto e último estágio do CAV consiste na aplicação. Traduz-se,
evidentemente, no estágio para o qual todo o processo é planejado. É o momento em
que os participantes transferem as generalizações para a situação real, na qual estão
envolvidos, e planejam comportamentos mais eficazes.
6.4 Pesquisa-ação
Segundo Mello (2016), a pesquisa é componente essencial para obtenção dos
dados, matéria-prima básica na geração de conhecimento, para constatar que o “fazer
pesquisa” é imprescindível no desenvolvimento da própria humanidade. De um modo
um pouco mais pragmático, pode ser considerada pesquisa social toda a atividade que
visa à busca de soluções de problemas com a intenção de descobrir conhecimento.
Fato é que, com a pesquisa social, não só a ciência e a tecnologia, mas o conhecimento
avança e se propaga. E quando se destaca a busca pela resolução de problemas, a
identificação da pesquisa-ação enquanto pesquisa social é absoluta. Dentro da
pesquisa social, há dois tipos básicos de pesquisa: a pesquisa quantitativa e a pesquisa
qualitativa (MELLO, 2016).
A pesquisa quantitativa tem ênfase nas medições, enquanto a qualitativa na
reflexão dos eventos, nas construções sociais. Os pesquisadores quantitativos
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geralmente usam gráficos, tabelas, estatísticas, ao passo que pesquisadores
qualitativos empregam narrativas, relatos em primeira pessoa, imagens, histórias.
(CRESWELL, 2007).
Segundo Minayo (1999), a abordagem qualitativa não deve ter a pretensão de
alcançar a verdade, classificando o que é certo ou errado, mas sim proporcionar a
compreensão da lógica que permeia a prática derivada da realidade. Podemos
destacar enquanto aspectos marcantes da pesquisa qualitativa:
• Propiciar a captação do ponto de vista do indivíduo;
• Propiciar a análise dos limites e possibilidades relacionados ao dia a dia;
• Buscar garantir a riqueza das descrições;
• Preocupar-se com um nível de realidade que não pode ser quantificado;
• Não pode ser reduzida à operacionalização de variáveis;
• Trabalhar com universo de valores, significados (conceito central),
crenças, atitudes, e outras qualidades subjetivas.
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Na pesquisa-ação, que também é pesquisa social, a essência se encontra na
busca pela resolução de problemas, contemplando em seu bojo a ênfase no que pode
se definir como participação qualificante. A definição de pesquisa-ação, conforme
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Thiollent (2011), corresponde a um tipo de pesquisa social com base empírica que é
concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um
problema coletivo, e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. O
componente “pesquisa” está ligado à ação concreta de um ator, ou de um conjunto de
atores, que tem por objetivos centrais a identificação de problemas e a busca por
soluções, além de visar à construção de conhecimentos aplicáveis e replicáveis,
produto da participação e da responsabilização compartilhada entre atores e
pesquisadores (MELLO 2016).
E por onde começa um processo de pesquisa-ação? Inicialmente,
pesquisadores e participantes decidem juntos o que podem fazer a cada etapa,
tornando o instrumento “roteiro” um ponto de partida, sem seguir necessariamente a
programação prévia de uma série de fases, rigidamente ordenadas (THIOLLENT, 2011).
REFERÊNCIAS
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios.
2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios: seu guia definitivo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
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DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira,
2005.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição
para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
SANTOS, Renato Lima; SOUZA, Lady Day Pereira. Empreendedorismo. Cuiabá: UFMT,
2013.
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