Você está na página 1de 7

AULA 3 – CIRURGIA AVANÇADA OSTEOTOMIAS

SEGMENTARES DA MAXILA
OSTEOTOMIAS UNITÁRIAS
Cirurgia de um único fragmento, realizadas por exemplo em
casos de implantes o qual o paciente precisa de osso na
região e muda-se a região do osso.

TÉCNICAS CIRÚRGICAS CONTEMPORÂNEAS OSTEOTOMIA SEGMENTAR ANTERIOR


Ás vezes a osteotomia não estará apenas em um fragmento,
Divisão das técnicas cirúrgicas: mas sim em um segmento tanto anterior como posterior.
Principalmente em casos de mordida aberta, em casos de
Maxila: paciente adultos, que não conseguem mais corrigir com
ortodontia.
Começaremos sempre a operar pela maxila, por ser um
segmento fixo. Os movimentos na maxila sofrem menos Osteotomia depois do pilar canino de um lado e depois do
variação e consegue estabilizar primeiro a maxila, para pilar canino do outro, osteotomia na abertura piriforme
depois estabilizar a mandíbula. lateralmente e soltar o segmento anterior (incisivos e
caninos) que é de distal de canino até distal de canino. Não
Osteotomia: corte ósseo se mexe em mucosa palatina, apenas por mucosa vestibular.

A maxila pode ser osteotomizada de várias formas: em


OSTEOTOMIA SEGMENTAR POSTERIOR
segmentos ou totais.
São mais comuns, porque é muito comum que o paciente
 Osteotomias Segmentares extraia/perca os molares inferiores e não faz a
 Osteotomias unitárias: apenas um pedaço prótese/implante. Os dentes superiores começam a extruir e
 Osteotomias segmentar anterior: região anterior de começa a tocar na gengiva inferior. Nesses casos, temos
canino algumas soluções: extrair os dentes que extruíram (+
 Osteotomias segmentar posterior: região de trás radical),aparelho para intrusão ortodôntica (mini-pilares),
 Osteotomias totais: seguimos os trajetos da desgaste desses dentes extruidos e coroa (+multilador),
fratura Le Fort opção cirúrgica: fazer osteotomia na região extruída, tirar
 Osteotomia Lefort I: a maioria das osteotomias é uma faixa de osso superior do tanto que eu quero de intrusão
Le Fort I (+ de 95% dos casos) e reposicionar fragmento de dente e osso ganhando espaço
 Osteotomia Lefort II (de forma piramidal) protético inferior (intrusão imediata cirúrgica)
 Osteotomia Lefort III: soltando todo segmento,
sofrendo uma disjunção o crânio e a face Para fixar as osteotomias são utilizadas placas de titânio, que
são biocompatíveis, e alinha-se os dentes com os dentes
Mandibula: remanescentes, restabelecendo o espaço funcional/a oclusão.

 Osteotomia vertical do ramo


 Osteotomia sagital do ramo
 Osteotomia subapical OSTEOTOMIAS TOTAIS DA
MAXILA
Mento: Os casos de retrognatismo mandibular, prognatismo maxilar,
assimetria maxilar, etc., para ser solucionados precisa de
 Mentoplastia uma técnica cirúrgica de osteotomia total.

Preservando a integridade da mucosa palatina, a nutrição


dessa mucosa pela artéria palatina descendente é suficiente
para manter todos os tecidos vascularizados, por isso é
possível realizar todas as osteotomias. Por isso deve-se fazer
as osteotomias por vestibular e não por palatina, porque se
não todo o osso necrosará!
Depois dessa sutura V e Y, faz a sutura na região dos
molares: fundo de vestíbulo, com pontos contínuos
festonados. (reposicionamento da maxila; 4 cavidas visíveis,
assoalho do seio maxilar e teto do seio maxilar D e E,
assoalho da fossa nasal e teto da fossa nasal).

Não vamos falar das osteotomias Le Fort II e III, pois


são muito raras!

MANDIBULA
Le fort I: osteotomia horizontal que se inicia na porção
A primeira técnica que foi bastante utilizada:
lateral da abertura piriforme, rompe o pilar canino, caminha
posteriormente para pilar o zigomático maxilar rompendo
OSTEOTOMIA VERTICAL DO RAMO DA
esse pilar e termina na tuberosidade em direção a fissura
pterigomaxilar.
MANDÍBULA
A mandíbula pode ser separada em um corte vertical no
Le fort II: ruptura piramidal da maxila (rompe a inserção da
ramo ascendente da mandíbula entre o ramo da porção
maxila com o osso frontal, com a órbita e com o osso
condilar e da porção coronoíde. Divindindo o ramo
zigomático.
ascendente em 2 partes: uma com o ramo condilar e o outro
Le fort III: ruptura total do terço médio da face e do crânio. coronoíde, dando a liberdade de movimento da mandíbula
Rompe a sutura fronto zigomático bilateral, arco zigomático para que ela pudesse ser alinhada.
bilateral, sutura frontal maxilar e do nariz. (Disjunção crânio
facial).

Essas cirurgias, principalmente a Le Fort III, são feitas em


pacientes com síndrome, como a síndrome de Crouzon (filha
do Roberto Justus – sínfises ósseas se calcificam
precocemente e o ossos não se desenvolvem).

OSTEOTOMIA LE FORT I
A osteotomia mais realizada é a osteotomia Le Fort I. Pois,
 Considerações gerais
utilizamos do mesmo conceito utilizado lá em fraturas pelo
prof René Le Fort. - Histórico: As primeiras osteotomias eram apenas no
condilo. Pois o trauma mais comum na região da mandíbula
Sorriso gengival é uma das principais indicações para Le
é a fratura de côndilo, por isso as primeiras eram no côndilo,
Fort I. Tira-se uma faixa de osso e intrui a maxila para
pois nas osteotomias tenta se seguir aonde acontecem as
diminuir o sorriso gengival.
fraturas, pois com isso saberiam aonde a mandíbula se
Após a osteotomia, você reposiciona o fragmento osso e une soltava.
com placas e parafusos (4 placas de titânios e 16 parafusos -
Essa técnica só pode ser aplicada para o tratamento de
uma em cada pilar) e fixa-se a maxila em pilares, pois os
prognatismo mandibular, pois o único movimento que ela
pilares são as regiões de força da maxila é onde você tem
permite é de recuo.
um fragmento ósseo mais sólido e mais resistente para
segurar as placas. Usamos normalmente os pilares caninos “Diástase é a separação de fragmentos ósseos que
bilaterais e pilares zigomáticos bilateral. Placa em L. permanecem sem contato.”
Sutura nesses casos estética, aumentar o volume de Sem contato ósseo, não há consolidação de uma osteotomia.
“vermelhão” do lábio, usa-se sutura V e Y. Usa-se um Se avançar o osso nesse caso, vai haver uma diástase é não
gancho que puxa bem na linha média formando a letra V na haverá sua consolidação óssea.
mucosa, e pega na base do V faz a sutura unindo a base, E o
V passa-se a ser um Y. -> Aumentar o volume de lábio. - Considerações anatômicas:
Depois faz-se uma sutura no fundo de vestíbulo.
A osteotomia tem que ser posterior a entrada do canal
mandibular, cuidado para não lesar o plexo alveolar inferior.
A entrada do canal mandibular é mais anterior que posterior, acesso ao campo grande, não necessitando de um anestesia
então quando você faz a osteotomia vertical o plexo dos geral.
nervos fica a frente, junto com o coronoíde e os dentes.
Afastador G1: conseguiu dar acesso e afastamento para a
- Indicação: cirurgia.

Toda vez que eu quiser jogar a mandíbula para trás, ou seja,  Formato: aço inoxidável, formato do afastador de
correção do prognatismo mandibular é indicação da minessota com canaleta interna e um pino guia que
osteotomia vertical do ramo. Se eu jogar pra frente para se posicionava na incisura sigmoide. O tecido
corrigir o prognatismo, vai ter uma diástase e não é o que ficaria por tunelização, descolaria e observaria todo
queremos. o ramo ascendente de modo a fazer a osteotomia
com o mínimo de risco possível com menor
Essa osteotomia é um corte vertical separando o coronóide manipulação possível.
do côndilo, separando os dois fragmentos e quando você  Posicionamento: incisão de hisdom, posicionava o
fizer o movimento de recuo, os fragmentos vão se sobrepor afastador até que ele caísse na incisura/chanfradura
conferindo um posicionamento para fora do côndilo, o sigmoide. Observaria o ramo ascendente e fazia um
côndilo então se lateraliza. corte do plano guia até a base da mandíbula.
 Vantagens:
Instrumental: serra oscilatória lateral – cirurgia intra-oral.
 Afastamento tecidual;
Cirurgia extra-oral: incisão de Hisdom – serra oscilatória  Proteção tecidual;
vertical.  Mínima manipulação (menos estímulo pra dor e
maior controle do anestésico);
Essa técnica foi preconizada a ser feita em ambiente  Excelente visualização do campo;
hospitalar, com anestesia geral.  Baixo custo;
 Permite uso de motores de corte convencionais
No acesso extra-oral, observar a glândula parótida e os
(ponta reta);
ramos do nervo facial, para não lesioná-los, para não perder
a motricidade. Fazer a incisão de Hisdom.  Redução da equipe cirúrgica;
 Simplificação do instrumental cirúrgico e
NÃO é indicado fazer fixação interna rígida, pois você acessórios.
força o côndilo a ficar fora da sua posição fisiológica e gera
uma DTM no paciente. Técnica cirúrgica para osteotomia vertical do ramo da
mandíbula – MODFICAÇÃO HÉLIO::
Osteotomia vertical do ramo da mandíbula –
MODIFICAÇÃO DE HÉLIO COUTINHO  Incisão de Hisdom (posição A) – largura
suficiente para o afastador;
 Considerações Gerais:  Divulsão;
 Deslocamento;
- Histórico  Osteotomia reta vertical da incisura
sigmoide até a base da mandíbula;
- Aspectos sócio-econômicos: Hélio Coutinho oferecia  Reposicionamento e bloqueio mandibular
oportunidades para pessoas carentes (segmento proximal, o que tem o côndilo,
se sobrepõe (no recuo) ao segmento distal,
 Anestesia Local:
o que tem o coronoíde) -> cavalgados; em
- Vantagens e Desvantagens intra-oral reposicionar em classe I.
 Osteossíntese (próximo ao ângulo da
 Técnica Cirúrgica mandíbula com fios de aço);
 Síntese dos planos (sutura com ponto
- Instrumental Específico (Afastador G1) simples no tecido).

Hélio pensou em minimizar o campo cirúrgico, fazer um A grande limitação da osteotomia sagital do ramo é que não
bom bloqueio do nervo mandibular sob anestesia local, e o funciona para paciente portadores de retrognatismo, só para
paciente consegue ir pra casa no mesmo dia (não utilizar o pacientes prognatas. Ela é uma técnica de uma única
ambiente hospitalar e nem anestesia geral, diminuindo os indicação, e sua versatilidade é reduzida. A outra técnica
custos de internação hospitalar). Foi assim, que ele para conseguir corrigir deformidades ósseas mandibulares é
desenvolveu uma maneira menos invasiva do que a técnica, a OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO.
criou assim um instrumental especifico que é o Afastador G.
Ele possuía 3 tamanhos, G1, G2 e G3. Com o uso, criou um OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO
espaço para o ramo ascendente sem necessitar criar um
“ A osteotomia sagital do ramo é certamente o sem precisar ir até atrás, pois na depressão ele fraturaria
procedimento cirúrgico mais utilizado em cirurgia naturalmente.
ortognática” Antenor Araújo, 1999. -> mais de 95% dos
casos, cirurgia PREFERENCIAL. Epker, 1977

É um procedimento cirúrgico de finalidades múltiplas sendo Sugeriu que a osteossíntese como fio de aço fosse realizada
usado nas deficiências mandibulares sejam elas de excesso, com o fragmento proximal abaixo do distal.
falta (prognatismo/retrognatismo) ou mesmo nas
assimetrias.

Ela permite corrigir qualquer procedimento mandibular. O


único porém, é que ela sempre deve ser feita sobre anestesia Considerações anatômicas:
geral, devido ao acesso a região que necessita ser mais
extenso.  A mandíbula é o único osso móvel da cabeça; feixe
vasculonervoso alveolar inferior (plexo alveolar
É um procedimento muito versátil: inferior) que atravessa toda sua estrutura;
 Formato em “U” composto por duas articulações
 Design oferece uma ampla área de contato entre os
complexas;
segmentos ósseos (secção óssea é obliqua tendo um
fragmento interno e externo, e eles deslizam entre  Osteotomia sagital separa a mandíbula em 3
si); segmentos móveis: 2 contendo articulações e um
 Melhor cicatrização óssea (devido ao contato não menos importante contendo os dentes (guia do
ósseo); resultado final);
 Maior estabilidade entre os fragmentos ósseos;
Na mandíbula, após os dentes há uma depressão chamada de
(menor risco de DTM pós operatória)
depressão pós lingular, a língula é a depressão aonde entra o
 Permite a aplicação de fixação rígida de forma
nervo alveolar inferior, e ela nos mostra o local onde não
precisa e adequada. (O paciente, então, não
devemos mexer para não lesionar o alveolar inferior.
precisará ficar “bloqueado” com um pós operatório
mais confortável). Lesão ao nervo alveolar inferior: A técnica foi desenvolvida
com o intuito de não lesionar o alveolar inferior porém ele
sofre deslocamento, e por estar próximo ao nervo vai gerar
parestesia, que todo paciente de cirurgia ortognática vai
sentir, porém como não há um rompimento do nervo a
sensibilidade irá voltar, ou seja, é reversível.

Vou usar essa técnica para recuo e avanço da


mandíbula.

Histórico e Evolução: Técnica cirúrgica:

Trauner e Obwegeser, 1957 - Incisão: Ao longo da linha oblíqua, do ramo


ascendente até o primeiro molar, sobre a mucosa,
Corte oblíquo pela cortical lateral da mandíbula, da região músculo e periósteo sucessivamente, com cada plano
distal ao segundo molar até o ângulo goniaco, um corte sendo incisado e afastado individualmente. (incisão +
horizontal pela cortical, acima da língua e uma separação vestibularizada que de 3° molar)
sagital entre estes dois cortes, incluindo a borda inferior da
mandíbula. -> corte difícil, complexo. - Divulsão e descolamento: O deslocamento para a
região medial do ramo deve ser muito cuidadosa em
Dal pont, 1961 virtude do feixe vásculo nervoso ali presente (na
lingual). O feixe alveolar inferior geralmente penetra
Osteotomia lateral para a região retromolar. -> mais no forame mandibular abaixo ao plano oclusal ou na
difundida porção central do ramo, no sentido vertical, por isso é
mais facilmente atingindo quando fazemos um
Hunsuck, 1968
movimento intempestivo ou involuntário.
O corte lateral por ambas as corticais. -> mostrou que não
havia necessidade de chegar até a distal do ramo ascendente,
- Osteotomias: a osteotomia horizontal medial é realizada Momentos em que podemos lesionar o nervo: osteotomia,
com uma broca 702 ou serra reciprocante, paralela ao plano separação dos fragmentos ósseos ou durante a fixação dos
oclusal mandibular, em sentido posterior à língula. parafusos.

Com uma broca 702 ou serra reciprocante, à osteotomia é Tratamento pós-lesão: Complexo B (citoneurin) associado á
dirigida anterior e inferiormente, paralelo á linha oblíqua Laserterapia.
externa geralmente até a região entre o primeiro e segundo
molar. (formato de Z invertido). - Fraturas Indesejáveis da mandíbula: Incidência
variando de 0 até 20%.
A seguir, a cortical da borda inferior da mandíbula é
completamente seccionada (vai em direção a base da Normalmente ocorre quando não faz a exo de 3° molar
mandíbula), na parte mais inferior da osteotomia lateral. A antes da cirurgia ortognática. NÃO pode ter 3° molares
certeza de que a borda inferior foi seccionada faz com que a durante a osteotomia.
separação dos fragmentos ocorra ao longo da borda inferior
Quando a fratura ocorrer, o melhor é completar à osteotomia
e não junto a face lingual.
sagital e depois fixar os fragmentos, no caso de fragmentos
- Reposicionamento mandibular: O reposicionamento grandes, com uso de parafusos, placas ou fios de aço, ou no
obedece o estipulado predectivo/planejamento virtual e pela caso de fragmentos muito pequenos avaliar a possibilidade
cirurgia de modelos, para tantos faz-se goteiras de removê-los.
confeccionadas previamente
- Posição do segmento proximal: Maior desafio que
- Fixação rígida: Após a fixação da goteira com fios de aço encontramos nas osteotomias sagitais do ramo, é garantir
ou elásticos ortodônticos 3//16, o segmento proximal é que a gente consiga estabiliar o fragmento em uma posição
levemente manipulado com uma pinça para o sentido mais favorável, não tirar o côndilo da sua posição gnática
póstero-superior. O côndilo assim é passivamente (natural).
posicionado. Utiliza-se transbucal (trocater) quando não é
É discutido hoje na literatura as formas de se posicionar
possível fixar por meio intra-oral parafusos e placas de
passivamente o côndilo em virtude de poder haver uma
titânio.
força exercida nas corticais que possa levar ao deslocamento
A fixação pode ser feita com uso de placas e parafusos ou dos segmentos podendo abrir a mordida posteriormente
apenas de parafusos de titânio, desde que sejam obedecidos sendo algumas vezes indetectável.
princípios fundamentais de fixação.
OSTEOTOMIA SUBAPICAL
- Sutura: A sutura é feita com fio reabsorvível ou de seda e
pode ser executada tanto com pontos simples quanto Na mandíbula também podemos fazer osteotomias
contínuo festonado, sendo o segundo mais indicado em segmentares, como na maxila. Só não podemos fazer
virtude da facilidade e agilidade devido o acesso a área. osteotomia segmentar na parte posterior da mandíbula,
devido a presença do nervo alveolar inferior.
- Bloqueio: O paciente pode ser mantido bloqueado por pelo Provavelmente, se fizer uma osteotomia nessa região,
menos 2 semanas para evitar deslocamentos via edema e causará uma lesão nesse nervo.
para melhor conformação muscular frente a nova posição
das bases ósseas. Iremos fazer apenas na região anterior, pois não temos
nenhuma estrutura nobre nessa região.

COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS: No segmento anterior, temos que tomar cuidado com:


É muito comum observar alterações neurológicas no nervo forame mentoniano.
alveolar inferior após esta cirurgia, pois é um nervo que está
Vou precisar reposicionar o segmento anterior, toda vez que
muito próximo. Essas lesões estão associadas as
eu tiver uma: extrusão, retrusão, um posicionamento errado
neoropraxias (o nervo foi manipulado, mas não foi
desse segmento como mordida aberta.
rompindo. Reversibilidade da dormência).

- Lesão ao nervo alveolar inferior:

Alterações neurológicas temporárias da região invervada


pelo nervo alveolar inferior são comuns após a realização da
osteotomia sagital.

A lesão ao nervo pode ocorrer durante várias fases do


processo cirúrgico, dentre elas destacamos a separação dos
fragmentos ósseos e o momento da fixação rígida.
O paciente nessa cirurgia tem que passar por anestesia geral, Muitas vezes na cirurgia ortognática, temos que fazer uma
porém, ainda sim é importante fazer infiltrativas, pois a osteotomia na região anterior do mento, uma osteotomia em
anestesia geral o paciente fica inconsciente mas ele ainda V para soltar a região anterior do mento, para trazer o mento
recebe os estímulos da dor, o que faz aumentar seus para frente ou pra trás (ganho horizontal), ou pra cima ou
batimentos cardíacos e a pressão arterial, e isso faz aumentar pra baixo (ganho vertical), corrigindo defeitos. Ao
o sangramento. A hemorragia para a cirurgia é ruim. movimentar o mento, gera um degrau e nesse degrau coloca-
se uma placa. Por ex: microgenia, faz a mentoplastia de
Incisão em fundo de vestíbulo labial no sentindo avanço.
perpendicular (90°).
A mentoplastia em casos de avanço, consegue definir
Abrir a mucosa até se deparar com o músculo quadrado do melhor o perfil do paciente (com um melhor contorno do
mento (feixe fibroso vermelho, intersecção tendinea no paciente olhando de perfil), além de esficar ou avançar os
meio). músculos dessa região: genioglosso, genihiodeo,
milohoideo, afim de aumentar o espaço respiratório do
Vou contar 5mm da incisão até o musculo e faço uma
paciente.
segunda incisão.
Cuidados que temos que ter nesse osteotomia: forame
Descolar o periósteo.
mentoniano. Ela não coincide com o forame mentoniado,
Marcar uma linha com pontilhados vertical e horizontal no passa abaixo.
osso entre caninos e pré-molares, formando um U, com uma
Teremos contato ósseo, o que facilita a consolidação.
broca bem delicada. (+5mm depois dos ápices).
Passo a passo da metoplastia para casos de avanço em
Unir esses pontos com uma serra ou brocas, para soltar esse
pacientes retrognatas:
fragmento de osso.
1. Osteotomia bilateral
Finalizar com cinzel se o fragmento tiver um pouco preso.
2. Guia em posição classe I
Alinhar os dentes em classe I, dos dentes inferiores com a 3. Avança o segmento distal mandibular
arcada superior. 4. Ajusta a oclusão em classe I
5. Coloca uma placa de estabilização na mandíbula
Fixar placas de titânio em L invertido. 6. Osteotomia em V abaixo do forame mentual vindo da
linha média do mento para base, rompendo
O GAP, ou seja, a diástase que fica entre os fragmentos completamente a base. (ter cuidado com o forame
ósseos, coloca-se um bio-material de preenchimento capaz mentual).
de formar a bioformação do osso. Bloco de hidroxiapatita, 7. Separa a mandíbula em 2 fragmentos, deixando o
ajustar e calçar ele entre os fragmentos ósseos, trazendo uma mento separado.
estabilidade total. 8. Desliza o mento para frente e estabiliza, deixando
com contato ósseo para facilitar a osteointegração.
Para sutura, usar fio reabsrovível, pois eles vão ficar
9. Sutura em dois planos: musculo-musculo (fio
internos, unindo musculo com musculo. (VYCRIL) ->
reabsorvível – vycril 4-0) e mucosa-mucosa (qualquer
suturas por plano: unir musculo com musculo, e mucosa
fio).
com mucosa. A sutura da mucosa, não precisa ser
reabsorvível, mas pode usar. OBS: Placa de Paulus: é uma placa de fixação no mento
que já vem pré-moldada com o tamanho do avanço que
MENTOPLASTIA você dar.
 Microgenia: mento pequeno Dificilmente a metoplastia é feita isolada, ela é feita
 Macro genia: mento grande normalmente em conjunto com outras cirurgias, por ex: Le
Fort I, sagital do ramo, etc.
A mentoplastia pode ser feita para melhorar a respiração
(aumento do espaço área posterior) ou por questões estéticas A Microgenia é muito mais comum, à cada 10 casos de
(composição de harmonia e proporcionalidade). mentoplastia, 9 são Microgenias e apenas 1 é macrogenia.

Deve-se fazer linhas marcadas para que o queixo do


paciente estejam alinhados com a face.

No pós operatório, o edema é muito alto e já aparece


rápido. Ele ocorre pois manipulamos muito. Toda cirurgia
óssea aparece edema. Se vemos isso em cirurgias de
terceiros molares, imagina nessas osteotomias.
Osteoctomia é feita na maioria das situações. Agora a
odontosecção é feita quando você não tem por onde sair.
Quando não tem movimento mecânico. É raro
odontosecção em terceiros molares superiores.

Próteses de silicone, de cirurgias plásticas, não são tão


eficientes quanto a ortognática.

Cirurgia ortognática é para harmonização facial. Essa é a


diferença de cirurgia plástica com ortognática. Serve para
equilibrar. Devolvo função respiratória, mastigatória e
selamento labial e estou ganhando na estética pois ocorre a
harmonização facial e proporcionalidade. Ela permite uma
combinação de movimentos muito grandes.

A ortognática e a ortodontia em parceria é fundamental. Para


que se corrija as más oclusões e anormalidades faciais.

Conclusão

“Nos últimos 30 anos, desenvolveram-se técnicas


cirúrgicas para permitir o posicionamento de todo o terço
médio da face, da mandíbula ou de segmentos
dentoalveolares para qualquer posição desejada. A
combinação de cirurgia e ortodontia para as deformidades
tornou-se parte fundamental da correção de maloclusões e
anormalidades faciais.” Myron Tucker, 2000.

Você também pode gostar