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SEGMENTARES DA MAXILA
OSTEOTOMIAS UNITÁRIAS
Cirurgia de um único fragmento, realizadas por exemplo em
casos de implantes o qual o paciente precisa de osso na
região e muda-se a região do osso.
MANDIBULA
Le fort I: osteotomia horizontal que se inicia na porção
A primeira técnica que foi bastante utilizada:
lateral da abertura piriforme, rompe o pilar canino, caminha
posteriormente para pilar o zigomático maxilar rompendo
OSTEOTOMIA VERTICAL DO RAMO DA
esse pilar e termina na tuberosidade em direção a fissura
pterigomaxilar.
MANDÍBULA
A mandíbula pode ser separada em um corte vertical no
Le fort II: ruptura piramidal da maxila (rompe a inserção da
ramo ascendente da mandíbula entre o ramo da porção
maxila com o osso frontal, com a órbita e com o osso
condilar e da porção coronoíde. Divindindo o ramo
zigomático.
ascendente em 2 partes: uma com o ramo condilar e o outro
Le fort III: ruptura total do terço médio da face e do crânio. coronoíde, dando a liberdade de movimento da mandíbula
Rompe a sutura fronto zigomático bilateral, arco zigomático para que ela pudesse ser alinhada.
bilateral, sutura frontal maxilar e do nariz. (Disjunção crânio
facial).
OSTEOTOMIA LE FORT I
A osteotomia mais realizada é a osteotomia Le Fort I. Pois,
Considerações gerais
utilizamos do mesmo conceito utilizado lá em fraturas pelo
prof René Le Fort. - Histórico: As primeiras osteotomias eram apenas no
condilo. Pois o trauma mais comum na região da mandíbula
Sorriso gengival é uma das principais indicações para Le
é a fratura de côndilo, por isso as primeiras eram no côndilo,
Fort I. Tira-se uma faixa de osso e intrui a maxila para
pois nas osteotomias tenta se seguir aonde acontecem as
diminuir o sorriso gengival.
fraturas, pois com isso saberiam aonde a mandíbula se
Após a osteotomia, você reposiciona o fragmento osso e une soltava.
com placas e parafusos (4 placas de titânios e 16 parafusos -
Essa técnica só pode ser aplicada para o tratamento de
uma em cada pilar) e fixa-se a maxila em pilares, pois os
prognatismo mandibular, pois o único movimento que ela
pilares são as regiões de força da maxila é onde você tem
permite é de recuo.
um fragmento ósseo mais sólido e mais resistente para
segurar as placas. Usamos normalmente os pilares caninos “Diástase é a separação de fragmentos ósseos que
bilaterais e pilares zigomáticos bilateral. Placa em L. permanecem sem contato.”
Sutura nesses casos estética, aumentar o volume de Sem contato ósseo, não há consolidação de uma osteotomia.
“vermelhão” do lábio, usa-se sutura V e Y. Usa-se um Se avançar o osso nesse caso, vai haver uma diástase é não
gancho que puxa bem na linha média formando a letra V na haverá sua consolidação óssea.
mucosa, e pega na base do V faz a sutura unindo a base, E o
V passa-se a ser um Y. -> Aumentar o volume de lábio. - Considerações anatômicas:
Depois faz-se uma sutura no fundo de vestíbulo.
A osteotomia tem que ser posterior a entrada do canal
mandibular, cuidado para não lesar o plexo alveolar inferior.
A entrada do canal mandibular é mais anterior que posterior, acesso ao campo grande, não necessitando de um anestesia
então quando você faz a osteotomia vertical o plexo dos geral.
nervos fica a frente, junto com o coronoíde e os dentes.
Afastador G1: conseguiu dar acesso e afastamento para a
- Indicação: cirurgia.
Toda vez que eu quiser jogar a mandíbula para trás, ou seja, Formato: aço inoxidável, formato do afastador de
correção do prognatismo mandibular é indicação da minessota com canaleta interna e um pino guia que
osteotomia vertical do ramo. Se eu jogar pra frente para se posicionava na incisura sigmoide. O tecido
corrigir o prognatismo, vai ter uma diástase e não é o que ficaria por tunelização, descolaria e observaria todo
queremos. o ramo ascendente de modo a fazer a osteotomia
com o mínimo de risco possível com menor
Essa osteotomia é um corte vertical separando o coronóide manipulação possível.
do côndilo, separando os dois fragmentos e quando você Posicionamento: incisão de hisdom, posicionava o
fizer o movimento de recuo, os fragmentos vão se sobrepor afastador até que ele caísse na incisura/chanfradura
conferindo um posicionamento para fora do côndilo, o sigmoide. Observaria o ramo ascendente e fazia um
côndilo então se lateraliza. corte do plano guia até a base da mandíbula.
Vantagens:
Instrumental: serra oscilatória lateral – cirurgia intra-oral.
Afastamento tecidual;
Cirurgia extra-oral: incisão de Hisdom – serra oscilatória Proteção tecidual;
vertical. Mínima manipulação (menos estímulo pra dor e
maior controle do anestésico);
Essa técnica foi preconizada a ser feita em ambiente Excelente visualização do campo;
hospitalar, com anestesia geral. Baixo custo;
Permite uso de motores de corte convencionais
No acesso extra-oral, observar a glândula parótida e os
(ponta reta);
ramos do nervo facial, para não lesioná-los, para não perder
a motricidade. Fazer a incisão de Hisdom. Redução da equipe cirúrgica;
Simplificação do instrumental cirúrgico e
NÃO é indicado fazer fixação interna rígida, pois você acessórios.
força o côndilo a ficar fora da sua posição fisiológica e gera
uma DTM no paciente. Técnica cirúrgica para osteotomia vertical do ramo da
mandíbula – MODFICAÇÃO HÉLIO::
Osteotomia vertical do ramo da mandíbula –
MODIFICAÇÃO DE HÉLIO COUTINHO Incisão de Hisdom (posição A) – largura
suficiente para o afastador;
Considerações Gerais: Divulsão;
Deslocamento;
- Histórico Osteotomia reta vertical da incisura
sigmoide até a base da mandíbula;
- Aspectos sócio-econômicos: Hélio Coutinho oferecia Reposicionamento e bloqueio mandibular
oportunidades para pessoas carentes (segmento proximal, o que tem o côndilo,
se sobrepõe (no recuo) ao segmento distal,
Anestesia Local:
o que tem o coronoíde) -> cavalgados; em
- Vantagens e Desvantagens intra-oral reposicionar em classe I.
Osteossíntese (próximo ao ângulo da
Técnica Cirúrgica mandíbula com fios de aço);
Síntese dos planos (sutura com ponto
- Instrumental Específico (Afastador G1) simples no tecido).
Hélio pensou em minimizar o campo cirúrgico, fazer um A grande limitação da osteotomia sagital do ramo é que não
bom bloqueio do nervo mandibular sob anestesia local, e o funciona para paciente portadores de retrognatismo, só para
paciente consegue ir pra casa no mesmo dia (não utilizar o pacientes prognatas. Ela é uma técnica de uma única
ambiente hospitalar e nem anestesia geral, diminuindo os indicação, e sua versatilidade é reduzida. A outra técnica
custos de internação hospitalar). Foi assim, que ele para conseguir corrigir deformidades ósseas mandibulares é
desenvolveu uma maneira menos invasiva do que a técnica, a OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO.
criou assim um instrumental especifico que é o Afastador G.
Ele possuía 3 tamanhos, G1, G2 e G3. Com o uso, criou um OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO
espaço para o ramo ascendente sem necessitar criar um
“ A osteotomia sagital do ramo é certamente o sem precisar ir até atrás, pois na depressão ele fraturaria
procedimento cirúrgico mais utilizado em cirurgia naturalmente.
ortognática” Antenor Araújo, 1999. -> mais de 95% dos
casos, cirurgia PREFERENCIAL. Epker, 1977
É um procedimento cirúrgico de finalidades múltiplas sendo Sugeriu que a osteossíntese como fio de aço fosse realizada
usado nas deficiências mandibulares sejam elas de excesso, com o fragmento proximal abaixo do distal.
falta (prognatismo/retrognatismo) ou mesmo nas
assimetrias.
Com uma broca 702 ou serra reciprocante, à osteotomia é Tratamento pós-lesão: Complexo B (citoneurin) associado á
dirigida anterior e inferiormente, paralelo á linha oblíqua Laserterapia.
externa geralmente até a região entre o primeiro e segundo
molar. (formato de Z invertido). - Fraturas Indesejáveis da mandíbula: Incidência
variando de 0 até 20%.
A seguir, a cortical da borda inferior da mandíbula é
completamente seccionada (vai em direção a base da Normalmente ocorre quando não faz a exo de 3° molar
mandíbula), na parte mais inferior da osteotomia lateral. A antes da cirurgia ortognática. NÃO pode ter 3° molares
certeza de que a borda inferior foi seccionada faz com que a durante a osteotomia.
separação dos fragmentos ocorra ao longo da borda inferior
Quando a fratura ocorrer, o melhor é completar à osteotomia
e não junto a face lingual.
sagital e depois fixar os fragmentos, no caso de fragmentos
- Reposicionamento mandibular: O reposicionamento grandes, com uso de parafusos, placas ou fios de aço, ou no
obedece o estipulado predectivo/planejamento virtual e pela caso de fragmentos muito pequenos avaliar a possibilidade
cirurgia de modelos, para tantos faz-se goteiras de removê-los.
confeccionadas previamente
- Posição do segmento proximal: Maior desafio que
- Fixação rígida: Após a fixação da goteira com fios de aço encontramos nas osteotomias sagitais do ramo, é garantir
ou elásticos ortodônticos 3//16, o segmento proximal é que a gente consiga estabiliar o fragmento em uma posição
levemente manipulado com uma pinça para o sentido mais favorável, não tirar o côndilo da sua posição gnática
póstero-superior. O côndilo assim é passivamente (natural).
posicionado. Utiliza-se transbucal (trocater) quando não é
É discutido hoje na literatura as formas de se posicionar
possível fixar por meio intra-oral parafusos e placas de
passivamente o côndilo em virtude de poder haver uma
titânio.
força exercida nas corticais que possa levar ao deslocamento
A fixação pode ser feita com uso de placas e parafusos ou dos segmentos podendo abrir a mordida posteriormente
apenas de parafusos de titânio, desde que sejam obedecidos sendo algumas vezes indetectável.
princípios fundamentais de fixação.
OSTEOTOMIA SUBAPICAL
- Sutura: A sutura é feita com fio reabsorvível ou de seda e
pode ser executada tanto com pontos simples quanto Na mandíbula também podemos fazer osteotomias
contínuo festonado, sendo o segundo mais indicado em segmentares, como na maxila. Só não podemos fazer
virtude da facilidade e agilidade devido o acesso a área. osteotomia segmentar na parte posterior da mandíbula,
devido a presença do nervo alveolar inferior.
- Bloqueio: O paciente pode ser mantido bloqueado por pelo Provavelmente, se fizer uma osteotomia nessa região,
menos 2 semanas para evitar deslocamentos via edema e causará uma lesão nesse nervo.
para melhor conformação muscular frente a nova posição
das bases ósseas. Iremos fazer apenas na região anterior, pois não temos
nenhuma estrutura nobre nessa região.
Conclusão