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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I
ALUNO (A): RAYANNE MAIARA DE A. DIÓGENES – 117110337
PROFESSOR (A): LÍBIA DE SOUSA CONRADO OLIVEIRA
TURMA: 03
DATA DE ENTREGA: 17/12/2018

LEI DE BOYLE - MARIOTTE

CAMPINA GRANDE – PB
DEZEMBRO, 2018
1. MATERIAIS E MÉTODOS

1.1. Materiais

Os materiais utilizados para o desenvolvimento do experimento foram:


 Seringa,
 Medidor de Pressão;
 Termômetro.

1.2. Métodos

Inicialmente, o volume inicial da seringa foi ajustado em 100 mL – e foi


verificado se existia vazamento –. Em seguida, o medidor de pressão foi
acoplado à seringa e o volume foi variado em 2 mL, comprimindo o sistema até
este alcançar um determinado volume.
Durante o procedimento experimental, enquanto um operador alterava o
volume do sistema, o outro registrava o valor de pressão apresentado no
medidor de pressão para cada variação de volume.
O procedimento foi repetido três vezes, com três duplas de operadores
diferentes, e os volumes alcançados após a compressão variaram para os três
casos – sendo estes 74 mL, 60 mL e 72 mL, respectivamente –.
2. PROCEDIMENTO DE CÁLCULO

2.1. Tabelas

Os valores de pressão obtidos para cada volume alcançado – 74


mL, 60 mL e 72 mL –, estão dispostos nas tabelas 1, 2 e 3,
respectivamente.

Tabela 1 – Valores de pressão obtido para o volume de 74 mL.


Volume (L) Pressão (Pa)
0,100 95630
0,098 96980
0.096 98670
0,094 101160
0,092 103180
0,090 104920
0,088 107730
0,086 111080
0,084 113740
0,082 114720
0,080 117460
0,078 120540
0,076 123640
0,074 130630
Fonte: Elaborada pelo Autor.

Tabela 2 – Valores de pressão obtido para o volume de 60 mL.


Volume (mL) Pressão (Pa)
0,100 95280
0,098 96510
0,096 98550
0,094 100670
0,092 102720
0,090 105310
0,088 107520
0,086 109720
0,084 112130
0,082 115060
0,080 117610
0,078 120800
0,076 123940
0,074 125660
0,072 130160
0,070 134040
0,068 137790
0,066 141540
0,064 146040
0,062 151450
0,060 155620
Fonte: Elaborada pelo Autor.

Tabela 3 – Valores de pressão obtido para o volume de 72 mL.


Volume (mL) Pressão (Pa)
0,100 95520
0,098 96630
0,096 98630
0,094 100780
0,092 103040
0,090 105160
0,088 107260
0,086 109360
0,084 111120
0,082 113970
0,080 116070
0,078 118630
0,076 118950
0,074 120000
0,072 121050
Fonte: Elaborada pelo Autor.

Na tabela 4, serão apresentados os valores com a média dos valores


medidos pelas três duplas de operadores, e o cálculo da média será feito
até o décimo quarto ponto, pois a média deve ser obitda com o mesmo
número de pontos para as três medições.
Tabela 4 – Valores das pressões médias obtidas.
Volume (mL) Pressão (Pa)
0,100 95476,67
0,098 96706,67
0,096 98616,67
0,094 100870
0,092 102980
0,090 105130
0,088 107503,33
0,086 11053,33
0,084 112330
0,082 114583,33
0,080 117046,67
0,078 119990
0,076 122070
0,074 125430
Fonte: Elaborada pelo Autor.

2.2. Equações

Para o cálculo do número de mols, utiliza – se a equação 1.


P .V =n . R . T (1)

Sendo:
P – Pressão (atm);
V – Volume (L);
R – Constante dos Gases Ideais;
T – Temperatura (K).

Com a linearização da equação, tem – se que a equação (1) pode


ser definida como:

( ∂∂VP )
−1
T ,n
=nRT (2)
Sendo a quantidade “n” de gás no sistema conhecida.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na figura 1 é apresentado o gráfico do volume, em litros, em função


da pressão, em Pascal, para o volume de 60 mL.
Os valores de pressão foram convertidos em atm para a plotagem dos
gráficos e, para, desse modo, facilitar o procedimento de cálculo.
Gráfico Volume vs Pressão
1.6

1.4

1.2
Pressão (atm)

0.8

0.6

0.4
0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11
Volume(L)

Figura 1 – Gráfico que Relaciona a Pressão em Função do Volume.

E, na figura 2, é apresentado o gráfico de volume, em litros, em


função da pressão, em Pascal, para a média das três medições realizadas
pelas três duplas de operadores.

Gráfico da Média do Volume vs a Média da Pressão


1.3
1.2
1.1
1
Pressão (atm)

0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11
Volume (L)

Figura 2 – Gráfico que Relaciona a Média da Pressão em Função da Média do Volume.

Para a determinação da constante dos gases ideais, linearizou-se os


pontos obtidos e construiu-se os gráficos da pressão em função do inverso
do volume.
Assim, para o volume de 60 mL medido pela segunda dupla de
operadores, obtem – se o gráfico apresentado na figura 3.
Gráfico da Média do Inverso do Volume vs a Média da
Pressão
1.8
1.6
1.4 f(x) = 0.09 x
R² = 1
1.2
Pressão (am)

1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
1 / Volume (L^-1)

Figura 3 – Gráfico que Relaciona a Pressão em Função do Inverso do Volume.

E, para a média dos valores, tem – se o gráfico apresentado na figura


4.

Gráfico do Inverso da Média do Inverso do Volume vs a


Média da Pressão
1.3
1.2 f(x) = 0.09 x
1.1 R² = 1
1
Pressão (atm)

0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
1 / Volume ( L^-1)

Figura 4 – Gráfico que Relaciona a Média da Pressão em Função do Inverso do Volume.

Agora, a partir da equação 1, calcula – se o número de mols para as


duas situações – o volume de 60 mL e a média –.
Os valores de pressão e volume utilizados serão os iniciais, e o valor
de temperatura será o valor medido durante o experimento que foi de 297,7
K. Além disso, para os fins desse cálculo, utiliza – se o valor teórico para a
constante dos gases, que é de 0,082 atm.L/Mol.K .
Assim, para o volume de 60 mL, tem – se:

P .V =n . R . T
0,9403 . 0,1=n . 0,082 .297,7
n=3,85189 .10−3 mols

E, para a média dos valores:

P .V =n . R . T
0,9423 . 0,1=n . 0,082 .297,7
−3
n=3,86008 .10 mols

Outrossim, com a linearização dos gráficos e com os valores dos


coeficientes lineares, calcula – se o valor de R, a partir da equação 2.

Primeiramente, para o volume de 60 mL:

∂P

R=
( )
∂V −1 T,n
n.T

0,0 928
R=
3,85189 . 10−3 .297,7

R=0,08092734 atmL/molK

Agora, para a média dos valores:

∂P

R=
( )
∂V −1 T,n
n.T
0,0 93
R=
3,86008 . 10−3 .297,7

R=0,0 8110175 atmL/molK

Por fim, serão realizados os cálculos dos erros com experimentais


com relação aos valores de R, sendo o valor teórico de 0,082 atm.L/Mol.K,
encontrado em Introdução à Termodinâmica da Engenharia Química - J.
Smith / H. Van Ness (7ª Ed).

% Erro=¿ ValorTeórico−Valor Experimental ∨ ¿ . 100 ¿


Valor Teórico

% Erro=¿ 0,082−0,0809273∨ ¿ .100 ¿


0,082

% Erro=1,31%

E, para os valores médios, o erro será:

% Erro=¿ ValorTeórico−Valor Experimental ∨ ¿ . 100 ¿


Valor Teórico

% Erro=¿ 0,082−0,08110175∨ ¿ . 100¿


0,082

% Erro=1 ,09 %
4. CONCLUSÕES

Através da prática experimental foi possível comprovar o comportamento


da pressão frente a variação de volume, e encontrar o valor da constante
universal dos gases ideais. Os valores encontrados para R, tanto no volume de
60 mL, quanto na média das três medições obtiveram um erro
consideravelmente pequeno, podendo ser atribuído à erros de leitura do
equipamento e erros dos operadores. O experimento foi elaborado de forma
que pudemos observar que em diferentes momentos, porém com um passo
constante de leitura dos resultados, pode-se validar a lei de Boyle e Mariotte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Introdução à Termodinâmica da Engenharia Química - J. Smith / H. Van


Ness (7ª Ed).

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