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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE .....

,
ESTADO DO .....

AUTOS Nº .....

....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG
n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º .....,
Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e
bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório
profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos em que
colide com ....., à presença de Vossa Excelência apresentar

APELAÇÃO

Da r. sentença de fls ....., nos termos que seguem.

Requerendo, para tanto, que o recurso seja recebido no duplo efeito,


determinando-se a sua remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do estado de ....,
para que dela conheça e profira nova decisão.

Junta comprovação de pagamento de custas recursais.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ....

ORIGEM: Autos sob n.º .... - ....ª Vara de Família da Comarca de ....
Apelante: ....
Apelados: .... e outros

....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG
n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º .....,
Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e
bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório
profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos em que
colide com ....., à presença de Vossa Excelência apresentar

APELAÇÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.


RAZÕES DE APELAÇÃO

Colenda Corte
Eméritos julgadores

DOS FATOS

Trata-se de ação de Reconhecimento de Concubinato c/c Partilha de Bens proposta


por ............, em face de seu convivente ..............., alegando, a autora, ora
apelada, ter convivido com o réu, em união estável, por cerca de onze anos,
desde ...... de ......... de ..... até .......... de ......., período durante o qual teria o
casal formado um patrimônio, conforme bens especificados às fls. .... da inicial.
Que, dessa união, resultou o nascimento dos menores, ........ e ..........

Regularmente citado, o réu ofereceu contestação, na qual admite tenha mantido


relacionamento íntimo com a autora embora negando a convivência "more uxorio"
durante o período mencionado na inicial. Contesta, também, a contribuição da
autora para a formação do patrimônio mencionado na inicial. Requer, em síntese, a
improcedência do pedido, considerando a fidelidade pressuposto para a
caracterização de uma união séria. Com a contestação foram juntados os
documentos de fls. ......... 

Impossibilitada a conciliação, foram produzidas pelas partes provas testemunhais e


documentais, através das quais entendeu o MM. Julgador que devia ser julgada,
parcialmente, procedente a pretensão autoral, nos seguintes termos: 

"Consiste a sociedade concubinatária numa convivência duradoura, pública, a qual


confere as partes os mesmos direitos conferidos as pessoas casadas. Não há união
estável se não ocorre convivência more uxória. A dissolução de sociedade de fato
só pode ocorrer diante da prévia existência da sociedade. Por mais que tente o réu
macular a conduta da autora e com isto tentar ilidir o reconhecimento da sociedade
de fato, insta acentuar, que a mesma restou comprovada nos documentos
constantes dos autos, bem como nos depoimentos de fls. Faz-se mister informar
que o autor em sua contestação não comprovou que a união concubinatária não
ocorrera de ........... até ........, prevalecendo por conseguinte as alegações
autorais. Pelo que se infere dos autos, vê-se que, apesar da autora não ter
contribuído efetivamente com dinheiro em espécie, exerceu outra espécie de
contribuição, a dedicação o seu trabalho, ao lar, a criação dos filhos do casal e o
auxílio que prestou na criação dos filhos do réu.

0 imóvel situado a rua ......., nº ....., no bairro ......., recibos fls. ......, foi adquirido
antes da sociedade concubinatária, e, portanto, não faz juz a requerente a partilha
do mesmo. Por outro lado, a transferência do ........ ocorreu em ......,, data anterior
a sociedade concubinatária. Face ao exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE o
pedido, reconhecendo a sociedade concubinatária, existente entre as partes no
período de ........... até .........., bem como, o direito da autora a meação dos bens
adquiridos no período compreendido entre ........ até ......; o imóvel situado a
rua ............. em zona urbana do 1º Distrito, barco de pesca conforme recibo
acostado às fls. 45, direito a linha celular ......., titulo de sócio proprietário
do .........l, No tocante ao veículo ........ e o telefone ...........,, a autora não faz jus,
pois sequer, comprovou ser o réu proprietário do mesmo.Presentes os pressupostos
processuais e as condições para o legítimo exercício do direito de agir." 

A sentença de fls. merece reforma, data venia.

Preliminarmente, cumpre ressaltar que o Poder Judiciário não pode, pela relevância
de sua missão constitucional como guardião do direito infraconstitucional, se deixar
impressionar por alegações emocionais por parte de uma mulher, que possui filhos
menores, vindo a proceder a um julgamento injusto, principalmente, sem atentar
para os argumento da parte contrária e sem atentar para as provas produzidas no
feito.

Tema da atualidade, a questão da "união estável" tem chamado a atenção da


sociedade, em especial, a atenção do legislador, pois tais relações produzem efeitos
na ordem jurídica, refletem direitos de ordem patrimonial e de sucessão, e em
relação aos filhos do casal, quando houver. 

DO DIREITO

Aduz a constituição Federal :

"os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente


pelo homem e pela mulher." 

Quanto a proteção da "união estável" é importante destacar que a Constituição


Federal, no seu art. 226, parágrafo 3º dispõe: 

"Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e


a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento". 

A Lei nº 8.971/94 teve o grande mérito de autorizar a concessão de alimentos aos


companheiros desde que solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos e
desde que, também, a convivência tivesse pelo menos cinco anos. E,
posteriormente, em 10 de Maio de 1996, foi editada a Lei nº 9.278, valendo, no
caso, destacar o art. 8º que assim dispõe: 

"Os conviventes poderão, de comum acordo e a qualquer tempo, requerer a


conversão da união estável em casamento, por requerimento ao Oficial de Registro
Civil da circunscrição de seu domicílio." 

Assim, em função do disposto na Lei nº 8.971/94 e na Lei nº 9.278/96, pode-se


afirmar que, atualmente, as relações entre homem e mulher, não casados entre si,
desde que solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos - a chamada
"união estável" - os conviventes tem deveres entre si; passou a existir reflexo
patrimonial, nessas relações, independentemente de prazo do período da chamada
"união estável"; os conviventes poderão, por contrato, estabelecer disposições
quanto aos bens móveis ou imóveis; o patrimônio comum é administrado por
ambos, em conjunto; os conviventes poderão pedir alimentos um ao outro; fica
garantido o usufruto dos bens do casal, dentro dos limites da lei; defere-se a
herança ao convivente supérstite, da mesma forma que o art. 1.603, do Código
Civil, defere a herança ao cônjuge sobrevivente, não havendo herdeiros
necessários.

Dúvida não há de que a "união estável", mais ou menos prolongada, como se


casados fossem companheiro e companheira, irradia direitos e obrigações - é um
fato jurídico - que, como tal, desafia a proteção estatal, e não obstante ser
considerada entidade familiar, como dito, não é reconhecida senão para dispensar
proteção aos seus partícipes, razão pela qual, a jurisprudência à vista dessa
consideração, tão-só, percebeu a possibilidade de, sem juridicizar o concubinato,
apresentar solução ao problema, o que veio de ocorrer, primeiramente, através o
entendimento de que desse podia resultar uma sociedade de fato, quando presente
a participação da mulher na aquisição do patrimônio do companheiro pois que a
união, ainda que more uxório, não presumia, nem autorizava a suposição de uma
sociedade fática (STF-2ª T., RÉ 98.800-/SP, DJU de 22.06.84, p. 10.134 e STF-
Pleno, RÉ 85.391/RJ, RTJ 100/226). 

Pois bem, a Súmula 380, do Supremo Tribunal Federal, desafia seu entendimento,
quanto a imperiosa necessidade de a concubina provar a sociedade de fato e,
também, de haver contribuído com "recursos" para a consecução do patrimônio
disputado, o que pode ser conferido nas decisões do RTJs 75/936, 78/619, 79/229,
80/260 e 112/332. 

Deve-se reconhecer, no entanto, que existe uma tendência dos Tribunais no sentido
de reconhecer que a prova da contribuição não pode ser considerada apenas a
direta, ou seja, aquela em que a mulher contribui decisivamente para a formação
do patrimônio amealhado, mas, também, a indireta pois já se admite, hoje em dia,
que essa colaboração possa decorrer do próprio trabalho doméstico, nos casos em
que, graças à administração do lar pela mulher, se façam, ou se ampliem
economias, graças as quais se forma o patrimônio comum (RSTJ 25/335). 

Mas, de qualquer forma, relativamente a tanto, relevo se mostra o entendimento


do acórdão proferido na já mencionada AC nº 145.071-1, da 2ª Câm. Cív. do TJSP,
que, abriu de forma excepcional a compreensão do que se deve entender com a
expressão colaboração indireta: "afeto, apoio, inspiração, compreensão,
cumplicidade e segurança psicológica enquanto persistir a correspondência afetiva,
de sorte que, é a mulher, enquanto presença, estímulo, amparo e refúgio, que na
aventura da parceria, possibilita, ou facilita, todas as outras aquisições, inclusive as
de ordem patrimonial''. (REVISTA JURÍDICA, 185/77). 

Assim, vislumbram-se dois aspectos relevantes, no caso dos presentes autos, que
merecem uma análise mais profunda. 

O primeiro é quanto a não configuração, na hipótese, da "união estável", por não


haver, entre os litigantes, comprovadamente, o sentido de fidelidade, da dedicação
monogâmica, de afeto, de apoio, de inspiração, de compreensão, de cumplicidade e
segurança psicológica, conforme incontestavelmente demonstrado pela prova
testemunhal. 

Certamente, por isto, é que se pronunciou desta forma o TJMG, ao referir que: "O
intérprete, ao contrário do legislador, não manipula ilusões. Vive realidades e deve
buscar, no exame dessas realidades, o equilíbrio da ordem jurídica afetada. A
ordem ética deve sempre ser observada e o exegeta não pode esquecer que as
relações, causas e efeitos são constantes e inelutáveis. Por isto, faz sentido o
ensinamento deixado por SÉRGIO G. PEREIRA de que o amor, o afeto, a
convivência efetiva, a dedicação mútua, o real companheirismo, são os verdadeiros
valores fundantes do casamento, o que nele há de principal e essencial, não há
sentido em manter uma comunhão de bens quando não mais existe no casal a
comunhão espiritual e amorosa. Pensar contrariamente seria como que colocar em
plano principal o que é secundário, acessório, ou seja, querer que o aspecto
material, patrimonial, monetário, prevaleça sobre a faceta eletiva, pois, não mais
presente esta, se entende ainda vinculado o casal para efeitos meramente
patrimoniais, se está asseverando - ainda que não se pretenda tal resultado
esdrúxulo - nada mais nada menos do que o fato de ter permanecido o casal em
união conjugal exclusivamente por causa de um vínculo de dinheiro. É difícil
encontrar uma ética capaz de sustentar esta tese".

TERESA ARRUDA ALVIM PINTO diz que a ratio essendi das regras relativas à
comunhão de bens entre cônjuges é a existência real e concreta de vida em
comum. Carece de sentido, quer jurídico, quer moral, aplicar-se um regime de
comunhão a um casal que nem mais casal é, ou era, por ausência absoluta de
affectio maritalis, de identidade de espíritos, vontades, planos, trabalho e bem
comum. 

Ao símile do casamento, "as pessoas que vivem em concubinato pretendem iniciar


uma vida em comum, de forma a viverem como se casados fossem, assimilando
todas as obrigações e responsabilidades do casamento'' (RICARDO GALBIATI, RT
678/65-70). Exige-se, assim, dos concubinos, a mesma lealdade, fidelidade,
companheirismo e colaboração com a administração e as despesas domésticas que
se espera dos cônjuges, tudo dirigido ao fundo comum, que é a convivência
harmoniosa dos pais e suas relações com os filhos. 

Deve repugnar, portanto, ao direito e à moral que a ausência absoluta de affectio


maritalis, que a ausência de fidelidade, de companheirismo, de afeto, de dedicação
mútua, como se caracteriza na hipótese dos autos, possa se projetar no plano do
direito de família e na esteira das novidades nele introduzidas, no irreversível
caminho da natural geração de efeitos liberatórios tão próprios e justos, quando
decorrentes de uma efetiva separação judicial.

Em segundo lugar, indemonstrada restou, nos presentes autos, a participação da


autora na aquisição do patrimônio em nome do réu, pelo que deveria se considerar
inviável o pedido de sua participação nos bens de ............ É preciso demonstrar a
"medida'' da contribuição de cada um mas, em especial, da contribuição da ora
apelada, sob pena de injustiça. 

Na hipótese dos autos, destaca o apelante que resultou comprovado que a autora,
ora apelada, nunca contribuiu, de qualquer modo ou forma, para a aquisição dos
bens enquanto conviviam as partes como se casados fossem, ressaltando que todos
os bens foram adquiridos com recursos próprios do ora apelante, adquiridos antes
do período de convivência entre as partes contendoras. 
De fato, analisando-se as evidências colhidas nos autos, em especial as provas
documentais e testemunhais, deduz-se que não tem cabimento se reconhecer a
contribuição da autora, ora apelada, para a aquisição do imóvel nº ....., da
rua .........., situado no .............. (fls. 15/21), notadamente quando se constata
que o imóvel pertencente ao réu, localizado na rua .........,
Bairro ........., ........., ....., fora vendido em ........ de ........ (fls. 39/40), e os
valores investidos deste aquela data e mais o levantamento do FGTS (do apelante)
conseguiu, o ora apelante, complementar o preço total e passou a ser possível e
viável a aquisição do novo imóvel, situado no nº ......, da rua ..........., situado
no ........, ......, sem qualquer ajuda ou participação da ora apelada, direta ou
indiretamente. 

Faz-se necessário, no caso da existência de uma "união estável", provar, por todos
os meios, se realmente as partes colocaram recursos e esforços em comum para a
obtenção do patrimônio e se houve a intenção de participarem dos lucros e perdas,
pois a simples vida sob o mesmo teto é insuficiente para configurar uma
participação direta ou indireta da mulher. 

Reitere-se que a Súmula 380, do Supremo Tribunal Federal, desafia seu


entendimento, quanto a imperiosa necessidade de a concubina provar a sociedade
de fato e, também, de provar haver contribuído com "recursos" para a consecução
do patrimônio disputado, o que pode ser conferido nas decisões do RTJs 75/936,
78/619, 79/229, 80/260 e 112/332. 

O ilustre Desembargador BARBOSA MOREIRA, no entanto, foi quem melhor


apropriou o tema "união estável". Depurou-o, tornando desnecessária qualquer
outra elocubração exegética em relação ao mesmo. Assim: "Para que se reconheça
a existência da sociedade de fato entre concubinos, continua a ser necessária a
prova da conjugação de esforços economicamente relevantes, no sentido da
formação de patrimônio comum. O art. 226, § 3º, da CF/88, não eliminou a
diferença entre o casamento e a união estável, não formalizada entre homem e
mulher, nem submeteu esta última, para todos os efeitos, à disciplina do direito de
família. Depois de estatuir, no caput do art. 226, que a 'família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado', reza a CF no § 3º, do mesmo dispositivo: 'Para
efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento'. . 

Também a jurisprudência é no mesmo sentido:

CIVIL - DECLARATÓRIA DE SOCIEDADE DE FATO CUMULADA COM PARTILHA DE


BENS - CONCUBINATO - ESFORÇO COMUM NÃO DEMONSTRADO - IMPROCEDÊNCIA
DO PEDIDO - 1) Para que a concubina faça jus a partilha dos bens havidos pelo
companheiro na constância do concubinato, mister que demonstre haver a
aquisição resultado do esforço comum do casal. Omissa a autora em provar, seja a
aquisição dos bens durante a relação, seja o esforço comum, incensurável a
sentença que julga improcedente a pretensão de partilha. 2) improvimento do
recurso. (TJAP - AC 051798 - CU - Santana - Rel. Juiz Raimundo Vales - DJAP
10.12.1998)
Por último, ainda que se reconheça que faz jus, a ora apelada, a uma participação
no patrimônio do ora apelante - só para argumentar - a partilha dos bens pode não
ser, obrigatoriamente, de meio a meio mas há de considerar a maior ou menor
colaboração da "mulher". 

Ou seja, o Recurso Especial nº 4.599, da 4ª Turma. (REVISTA JURÍDICA 166/109),


e os RE números 3.715 e 1.412, também da 4ª Turma, mostram de forma clara
que a partilha não deve ser, obrigatoriamente, meio a meio, conquanto, é o que
assinalam, não se há perder de vista a maior ou menor colaboração apresentada
pela mulher, o que representa uma variante que vai de 50% a 1/4. 

Este arrazoado, é uma tentativa de mostrar que o legislador, que a doutrina e os


Tribunais vem procurando buscar, no tempo e no fato, em concreto, as fronteiras
justas e reais, de uma sociedade conjugal, que, ao ser encerrada pela intervenção
do Judiciário, procura atribuir valor e efeito jurídico à antecipada volição dos
cônjuges envolvidos nesta mesma sociedade, porquanto, eles sim, não os outros,
são os reais senhores da certeza e exatidão temporal em que a sua sociedade e
seus interesses verdadeiramente se dissolveram.

E, para finalizar, destaca o apelante, que uma suposta "união estável" destituída de
existência real e concreta de uma vida em comum, de uma comunhão de vida, ou
seja, de amor, de afeto, de convivência efetiva, de dedicação mútua, de real
companheirismo, que são os verdadeiros valores fundamentais do casamento, lhe
retira o sentido e a razão da conjunção de interesses materiais. Destarte, verter
para dentro desse tipo de "sociedade conjugal" bens não amealhados no período de
convivência e, principalmente, bens adquiridos sem a participação efetiva da
mulher, implicaria, certamente, em judicializar o próprio e sempre condenado
princípio do enriquecimento sem causa. 

DOS PEDIDOS

Isto posto, pede e requer que seja acolhido e dado provimento ao presente recurso
para julgar improcedente a presente ação, por ser de Direito e merecida Justiça. 

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

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