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Como adaptar sua loja

PÓS COVID-19
Um guia de insights

VERSÃO 3.1
Edição revisada e ampliada
para restaurantes
Atualizado em 02/06/2020
PREFÁCIO_ Tudo vai mudar? Não, tudo já mudou.
Por Luiz Antonio Secco
O varejo está sofrendo uma mega ruptura por conta do Covid-19.

Interessante observar que a grande maioria das mudanças no


mindset do consumidor e das empresas são uma aceleração do que
já vinha transformando o mundo nos últimos 20 anos, por conta da
invasão da tecnologia em nossas vidas.

Muitos afirmam que tudo vai mudar.

Na minha opinião, tudo já mudou.

As empresas que não haviam investido em TI, estão correndo atrás


do tempo perdido.
Dois campos serão especialmente mudados:

PREFÁCIO_ 1. Aceleração de tudo o que diz respeito a compras virtuais: um


enorme crescimento da participação do omnichannel, com todas suas
vertentes [ecommerce, BOPIS, showroom].
Por Luiz Antonio Secco
2. Uma mudança radical no layout, instalações e práticas do varejo
físico.

É sobre este 2º aspecto que gostaria de introduzir os pensamentos


conceituais e ideias aplicáveis imediatamente na prática da
arquitetura e visual merchandising da Kube, explicitadas por sua sócia
e arquiteta líder, Juliana Neves.

O e-book a seguir é uma excelente provocação do que pode – e deve


– ser imediatamente formatado e implementado pelo varejo nacional,
por todas as marcas que estarão, em poucas semanas, reabrindo
suas portas e equipes para voltarmos ao varejo nosso de cada dia.

Desejo a todos muita garra e foco nesta luta que ainda está em seu
início,

Luiz Antonio Secco


luiz@azov.com.br
CARTA ABERTA AO
VAREJISTA_
A crise sanitária global provocada pelo novo coronavírus traz
muitas incertezas sobre o futuro, mas já sabemos que muita coisa
vai mudar. Quando voltarmos à rotina, nossos hábitos estarão
completamente alterados e isso se refletirá na maneira como
consumimos.

Para o varejo, será necessário, mais do que nunca, promover uma


experiência prazerosa e humana aos clientes. Nesse sentido, a
loja física terá como maior diferencial a possibilidade de ser palco
para uma conexão completa e profunda entre público e marca. Ela
possui um trunfo que a internet jamais terá: a loja é uma mídia
imersiva; o cliente literalmente entra dentro dela. Portanto, o uso
dos sentidos para criar vínculos emocionais é ainda mais relevante
neste novo varejo pós-covid.
CARTA ABERTA AO
VAREJISTA_
A geração de engajamento real e o estreitamento de laços marca-
consumidor será um dos pilares do varejo do futuro e a loja física
sempre terá um papel relevante nessa relação.

Para produzirmos essa conexão, é necessário que o espaço físico


impacte o cliente não apenas visualmente, mas em todos os seus
sentidos e crie uma atmosfera que reflita o lifestyle da marca.

Para conseguir isso, você, varejista, poderá sempre contar com a


Kube Arquitetura ao seu lado. Somos um escritório especializado
em projetos comerciais com foco na arquitetura sensorial e no
design & emoção e nosso time está atento a todas as mudanças
que o mercado têm passado nos últimos meses para garantir a
você os melhores resultados quando tudo isso passar.

Vamos juntos nessa jornada!


O
PANORAMA_
Entender que o mundo ao nosso redor estará diferente
pós-pandemia é passo fundamental para compreender
como essas mudanças afetarão o varejo daqui para
frente. Os consumidores estão aprendendo novos
costumes, e mudanças que em situações normais
levariam meses ou anos para acontecer estão sendo
implantadas no susto por muitas empresas. Esse foi o
caso da Ri-happy, que transformou todos os
colaboradores em revendedores online, tirando do
papel um projeto previsto para o meio desse ano.
Podemos afirmar com convicção que o isolamento social consolidou a
importância do a-commerce e do e-commerce, uma vez que é a única
forma de nos mantermos conectados aos nossos clientes. Colocou
também sob perspectiva as expectativas do cliente sobre uma marca.
O consumidor espera agora mais do que um propósito,
responsabilidade social e mais do que teoria, a prática. Essas
mudanças não voltarão atrás.

Considerando que o varejo sentirá o impacto da crise e não poderá


fazer grandes investimentos nessa retomada, reunimos neste ebook
alguns insights para o pós-pandemia que tenham como objetivo trazer
o cliente até a loja física. Um novo desafio que exigirá ainda mais
atrativos, prazer e cuidados com a segurança do consumidor.

Loja Amazon Go, a primeira da categoria a funcionar sem atendentes


Passaremos por um período em que os consumidores estarão
desconfiados e todos os cuidados serão necessários. Por isso, tão
importante quanto a exposição do produto será a clareza com que
comunicaremos aos nossos clientes que nos preocupamos e
estamos agindo para tornar a loja um espaço seguro. O número de
pessoas em loja será controlado e é importante sinalizar se a loja
pode ou não receber mais pessoas de acordo com o padrão que
será adotado. Para as lojas de rua, ocupar os espaços públicos pode
ser uma alternativa para atendimento e espera.

Medidas extremas de higiene também serão bem vistas. Por isso,


será necessário disponibilizar EPIs e adotar medidas para
desinfecção.

A Lush, loja de produtos de banho, cria campanha social estampada na


vitrine que atrai o cliente para dentro da loja.
Ao reabrir as portas, assumiremos o compromisso de evitar a
propagação do vírus, que ainda existirá. Manter o distanciamento
social seguro será fundamental e, para isso, precisaremos revisar os
layouts de nossas lojas, prevendo corredores mais generosos,
produtos mais espalhados e setorizados.

Restaurantes e praças de alimentação estão revendo o


distanciamento entre suas mesas, reduzindo significativamente o
número de assentos disponíveis. Restaurantes fantasmas (aquele
em que só a cozinha funciona para delivery) e pontos de grab and go
devem aumentar por trazer uma resposta eficaz à necessidade de
distanciamento.
NOVAS MEDIDAS DE
HIGIENE_
Mais do que nunca é necessário criar uma
relação de confiança com o consumidor e ser
transparente nas medidas de prevenção e
cuidado. É importante que as medidas de
higiene recomendadas por especialistas
listadas abaixo sejam seguidas à risca e que
sejam feitas na frente do cliente quando
possível.
• O álcool em gel é o melhor método de higienizar
as mãos e evitar a contaminação pelo vírus
quando não se pode lavar as mãos com sabão.
Assim, devemos prever a disponibilização de
álcool em vários pontos da loja e shoppings, com
destaque para área do balcão e a entrada da loja.

• É recomendado que as máquinas de cartão sejam


envoltas com plástico filme e higienizadas com
álcool 70 após seu uso. O plástico também deve
ser trocado pelo menos uma vez ao dia. Quando
possível, dê preferência para métodos de
pagamento que evitem qualquer tipo de contato,
como pagamento por aproximação ou QR code.

• As superfícies devem ser limpas todos os dias,


antes e depois do expediente, com álcool 70 ou
água sanitária diluída em água em proporção de
1:4. Superfícies como maçanetas, balcões,
torneiras, cadeiras e mesas devem ser limpas com
mais frequência (recomendação de 4 em 4 horas).
• O uso e distribuição de máscaras também pode
fazer o cliente se sentir mais seguro ao ser
atendido. As máscaras devem ser trocadas a cada
4 horas e podem ser personalizadas pela própria
marca para que não crie com seu uso um visual
médico e frio.

• Ainda não se sabe sobre processos de


higienização para tecidos que não os agrida. Por
isso, o ideal é priorizar a exposição de produtos
em manequins e campanhas que mostrem o
produto em uso para desencorajar a prova.

• Para acessórios, o ideal é realizar a higienização


antes e depois da prova do cliente e na sua frente.
É o momento de sermos o mais transparente
possível.
• Segundo especialistas, a melhor forma de evitar o
vírus é lavando as mãos com sabão. Pensando
nessa medida, podemos pensar em incluir
lavatórios nas praças de alimentação e
restaurantes self-service.

• Para a indústria alimentícia, é altamente indicado


o uso de luvas e máscaras ao manipular os
alimentos pelos funcionários.

• É recomendado que no funcionamento da volta


seja adotado o sistema de reservas para evitar
aglomerações na porta.

• Nos restaurantes self-service, devemos dar


atenção especial ao controle do fluxo de pessoas
e ser especialmente transparente com as
medidas de higiene, como já vem sendo feito no
sul do país.

• Para locais fechados, como shoppings, em que


toda a ventilação é mecânica, o ideal é que sejam
instalados filtros especiais para o controle da
qualidade do ar.
RECOMENDAÇÕES
GERAIS_

O varejo não pode ser frio e distante. É


necessário que o contato do cliente com a
marca seja a melhor experiência possível. As
empresas devem investir em ações que
aumentem a sensação de segurança e bem-
estar dos seus clientes e isso impactará
diretamente na configuração do espaço
físico.

Para mais informações sobre como tornar a


sua empresa mais segura, acessa a cartilha
da ABIESV Loja + Segura.
• Em lojas de rua, devemos explorar a frente dos
estabelecimentos e, quando possível, expandir os
serviços para a área externa, com criação de
decks, por exemplo.

• Com limite de pessoas no interior das lojas e


restaurantes, será preciso pensar em como
aproveitar o tempo de espera do lado de fora e
usá-lo para fazer o cliente conhecer o seu
produto, se fidelizar e criar boas memórias
atreladas à marca.

• Shoppings e restaurantes devem aumentar o


espaço entre as mesas. Nos shoppings, podemos
repensar a forma de setorização e espalhar
mesas pelo mall para que não haja déficit de
lugares nos horários de pico.

• Precisaremos garantir a distância de pelo menos


1,5 m entre pessoas. O rodízio de vendedores no
espaço de venda pode ajudar a evitar
aglomerações indesejadas. Também é necessária
a marcação do distanciamento em fila para
garantir a distância mínima.

Casa do Médico, Ipanema, Projeto Kube Arquitetura


• Dentro do layout existente, cada setor terá sua
adaptação particular a fazer. Será necessário
abrir mão de um expositor ou dois no meio de
loja para que as áreas de circulação sejam
maiores.

• Em lojas de roupa, o ideal é usarmos o máximo


de manequins possível e expor mais peças de
frente já que, como falado anteriormente, a prova
é indesejada*.

• Para calçados, é importante afastar os assentos


de experimentação, intercalando com produtos e
VM.

• O atendimento agendado e personalizado será


cada vez mais comum e é provável que os
vendedores precisem de maior treinamento para
responder propriamente a essa nova demanda.

*Para mais informações veja o artigo “Is the vírus on my Clothes? My shoes? My hair? My
Pop Up Anna Vic, Shopping Rio Design Leblon, Projeto Kube Arquitetura newspaper?” do The New York Times
• Segundo a WGSN, uma das maiores agências de
cool hunting do mundo, as empresas devem
investir em estratégias para engajar os clientes
de modo profundo, criando locais que tragam
conforto e segurança como a sensação de estar
em casa.

• Em todos os setores, será necessário aumentar o


espaço de respiro entre exposições de produto.
Precisaremos investir em mais storytelling, VM e
comunicação, não só pelo aumento de área livre
disponível, mas pela demanda de clientes mais
conscientes que buscarão conhecer o propósito e
impacto ambiental e social da sua marca. Assim,
espaço extra será bem-vindo para engrandecer a
experiência e estreitar os laços com o cliente.

Detalhe Outer.Shoes, Shopping Rio Sul, cliente Kube Arquitetura


• Com as novas medidas de proteção, mais lixo
será gerado pela demanda de descartáveis
usados em proteção. Precisamos mais do que
nunca pensar em medidas para amortizar nosso
impacto no ambiente enquanto empresa.

Pop Up Everlane, Nova Iorque, Projeto Imprint Projects


NO
VAREJO_
Separamos alguns exemplos do que
acreditamos ser, mais do que o varejo pós-
pandemia, o varejo do futuro. Apostamos em
relações calorosas e em conhecer seu cliente
pelo nome. Em defender um estilo de vida e
tornar o espaço físico da loja um HUB dessa
comunidade. Mesmo que devamos estar
fisicamente mais distante, os elos deverão ser
mais estreitos que nunca.

A flagship da Adidas em Nova York possui uma


área de produtos exclusivos, tipo shop in shop,
com uma curadoria de itens que só podem ser
encontrados nesta loja, feitos localmente e que
refletem a cultura local. Colocam neste corner
a foto dos colaboradores que deram a ideia,
reforçando o pertencimento à comunidade e
transparência.
Na Holanda, uma rede de supermercados instalou um sistema de
contador de pessoas que sinaliza, através de uma tela na entrada,
se a loja pode receber novos clientes ou se é necessário aguardar do
lado de fora. Essa sinalização clara logo na entrada comunica mais
que o número de pessoas em loja, mostra para o cliente que as
medidas de prevenção contra a propagação do vírus estão sendo
tomadas, criando um laço de confiança e credibilidade.

Algumas prefeituras no estado de São Paulo estão montando


túneis em locais públicos estratégicos para a desinfecção dos
pedestres. A medida pode ser exemplo a ser seguido para que as
pessoas voltem a frequentar shoppings com mais tranquilidade e
segurança.
A loja de vinhos Tilda, de Los
Angeles, repensou as paredes
que separavam o estoque da
área de vendas tornando
possível, através do telefone, que
o atendimento seja feito sem
contato direto com o cliente.
Estações de retirada de produtos comprados online, como as da
Amazon, podem ser um modelo simples de implementação pois
ficam espalhadas. Podem ser lojas independentes ou se localizar
dentro de shoppings ou mercados. Esse é um bom modelo para
pensarmos em pontos coletivos de retirada de mercadoria, em que
mais de uma marca pode usá-lo.

Esse formato também pode ser instalado dentro das lojas físicas,
como esse corner dentro da loja da Nike em Nova York. Um
atrativo para a loja física, sem estender demais o tempo de
permanência do cliente.
Atrair o cliente para a loja física
sem causar aglomerações será o
novo desafio quando pensarmos
o espaço. Por isso, possibilitar a
compra sem entrar na loja pode
ser uma solução, como na ação
feita pela Kate Spade, em que
suas vitrines foram convertidas
em window shops, abrindo a
possibilidade de compra das
peças expostas na vitrine,
mesmo com a loja fechada.
Outra atitude para evitar
aglomerações dentro da loja é o
formato da M.M. Lafleur, marca
americana que recebe clientes
com hora marcada para
consultoria. A oferta de
atendimento personalizado
também deve aumentar como
uma forma de atração do cliente
para o PDV.
Simplificar a experiência de
compra é uma das apostas da
WGSN para o futuro do varejo.
Não só pelo o uso da tecnologia,
mas também pela curadoria de
produtos. Segundo a agência,
uma oferta maior de produtos
pode fazer as pessoas desistirem
de comprar.
Uma vez que precisaremos
repensar a exposição de
produtos, aumentando o espaço
entre eles, disponibilizar uma
quantidade menor de SKUs é
mais uma aposta de futuro que
pode ser acelerada pelo vírus.
A Arket é uma loja de
departamentos europeia com
menor oferta de produtos.
Apostando no minimalismo, a
Arket é um case completo.
Ao voltar para o convívio social, o
medo ainda estará presente nas
tomadas de decisão dos clientes.
É necessário planejar ambientes
para que transpareçam
segurança e conforto e que
propiciem uma criação de laços
com a marca através da
experiência.

A Ikea Planning Studio, é o novo


formato de lojas menores focada
em cozinha e quarto onde
profissionais que prestam
consultoria para concepção do
seu espaço com horário marcado.
O senso de coletividade tende a
aumentar em crises como a que
estamos vivendo. Colaboração e
empatia guiam nossas decisões
e isso se refletirá sobre as
marcas. Grandes marcas serão
chamadas a pensar mais
regionalmente, mostrando que
se importam com aquela
comunidade específica.
A Nordstrom Local é uma loja
voltada para a comunidade em
que está inserida e funciona não
só como loja, mas como centro
de conveniências, oferecendo
serviços como o de personal
stylist. A tendência para o futuro
próximo é que as lojas se
preocupem mais com a sua
influência regional e isso se
traduza não só na sua
arquitetura, como também em
seus produtos.
Os aplicativos serão grandes
aliados do varejo. O Shop Safe,
que funciona como um Waze de
pessoas, marca onde estão os
maiores tráfegos para que o
cliente possa decidir ainda em
casa e em segurança onde e que
horas é melhor ir às compras.
As filas também podem ser evitadas com medidas simples como o
uso de um QR code. Na China, a medida tem sido adotada com
sucesso. Os QR codes ficam estrategicamente posicionados na
loja, podendo inclusive ficar do lado de fora, e a finalização da
compra é feita diretamente pelo cliente. O comércio eletrônico,
startups e bancos têm se dedicado ao formato, por ser muito mais
barato que sistema tradicional e acessível a todos.

Assim, com uma simples intervenção em loja, como a adesivação


na parede ou na fachada, podemos evitar filas e diminuir o tempo
de checkout na loja.
Devemos considerar uma aproximação cada vez maior entre o
mundo digital e o mundo real. Tendências de conexão entre os
dois mundos que já existiam antes da pandemia se reinventarão e
ressurgirão mais amplas. A loja deve ser uma experiência que
incentive o compartilhamento online.

Além disso, pensar em espaços dentro da loja que possam receber


atividades para serem transmitidas online é uma estratégia que
vem sido explorada durante a quarentena e deve se manter forte.
Essas experiências podem e devem engajar os consumidores a se
identificarem e fidelizarem a marca de forma profunda e humana.

A Moose Knuckles, no SoHo em Nova Iorque, tem uma sala VIP


para isso, com atendimento personalizado com hora marcada.
Para acessar a sala, o cliente passa por dentro da copa dos
funcionários, percorre todo o estoque entre produtos e é
surpreendido por um ambiente privê, cuja cenografia e decoração
muda de acordo com a coleção. Com este percurso, o cliente se
aproxima da marca, se sente realmente especial e, compartilha
em suas redes sociais.
Outro exemplo de fusão entre o
mundo físico e digital é o uso do
espaço físico como condutor
para a experiência online.

Na loja virtual da Dior, você pode


fazer um tour pela loja da
Champs-Elysées, comprar
produtos e explorar campanhas.
Um grande atrativo e forte tendência para
o varejo a partir de agora é a oferta de
serviços. Cursos e consultorias dentro da
área de domínio da marca devem ser
recursos explorados. Para isso, é
necessário que a loja tenha um cantinho
voltado para as atividades.

O varejo colaborativo também vai crescer


e a junção de forças deve ter como
objetivo melhorar a experiência do cliente
para que ele tenha um momento
memorável em loja. A mistura de setores
é bem-vinda, como mostra o Birch Coffee,
café que fica dentro da flagship da Puma
em Nova York. Isso tudo respeitando as
regras de higiene e distanciamento
mencionadas anteriormente, claro!
NOS
RESTAURANTES_
Para os restaurantes, nosso maior desafio será
manter o nível da experiência, mesmo com a
capacidade da casa reduzida e as novas
regras de distanciamento. Criar uma relação
de confiança com o consumidor será
fundamental para atraí-los de volta para os
estabelecimentos.

É necessário que a resposta aos novos


desafios venham alinhados com a identidade
da marca, como a solução proposta para o
distanciamento social nesse restaurante na
Tailândia. Os pandas de pelúcia ocupam
alguns dos lugares, evitando que as pessoas
se sentem muito próximas uma das outras.
Respondendo ao mesmo
problema do distanciamento, o
restaurante Inn at Little
Washington, detentor de três
estrelas Michelin e conhecido
por sua “irreverência reverente”,
posicionou manequins nas
mesas e evitou a aparência vazia
do salão.
Buscar por espaços extras ao ar
livre e reduzir as perdas de
lugares no salão foi uma
iniciativa tomada em Dallas,
Texas, ao liberar a montagem de
parklets.

A cidade licenciou as instalações


temporárias, que devem ser
desmontadas à noite,
aumentando a capacidade dos
restaurantes e promovendo o
distanciamento social.

A partir dessa demanda,


designers já vêm pensando em
como tornar a instalação externa
viável, prática e adaptável a cada
situação.
Para os restaurantes, é
necessário buscar, além da
alteração do layout do salão,
novas alternativas de oferta que
se encaixem na proposta de
restaurante. A franquia de
restaurantes Belcampo, Hudson
Yards, Nova York, oferece quatro
tipos de serviço: grab and go,
fast food, pick up in store e à la
carte. O grab and go é um
serviço rápido e que pode ser
pensado como autosserviço de
ponta a ponta, aumentando a
rotatividade e evitando as
indesejadas aglomerações.
Um novo modelo que tende a crescer entre os restaurantes por
conta da fortificação do delivery são as ghosts kitchens ou dark
kitchens. Nesse novo formato, a loja abriga uma grande cozinha
dividida entre vários restaurantes, de onde saem os pedidos feitos
por aplicativos de entrega.

A rede de supermercados russa Vkusvill está implantando vending


machines em condomínios residenciais de Moscou e São
Petersburgo. A empresa aceita inscrições online de moradores de
edifícios que possuem pelo menos 100 apartamentos. A
instalação será gratuita e as máquinas terão capacidade para
cerca de 70 produtos Vkusvill com vida útil curta, como
sanduíches, saladas e snacks.
Outros exemplos de operações
são as lojas de curta
permanência, como a Starbucks
Now. O modelo de loja é voltado
apenas para o delivery - com
espaço dedicado à coleta de
pedidos por motoboys, pick up in
store - pedidos feitos no
aplicativo e retirados na loja, e
ainda grab and go – produtos já
prontos para viagem. Os espaços
são menores e sem mesas, o
que reduz o tempo de
permanência e espera dos
clientes, aumentando a
rotatividade.
Outro exemplo de autosserviço é
o Gacha Gacha café em Tóquio.
As cápsulas são vendidas em
máquinas como as de chiclete, e
o cliente prepara seu próprio
café.

A escolha logística do
funcionamento do café se reflete
no tempo de permanência em
loja, que é agilizado, e na
experiência única que é
proporcionada ao cliente.
A colaboração entre marcas
também é uma resposta criativa
que pode ser explorada mesmo
entre setores diferentes, como
fez o Stadt Hotel, na Suécia.

Com seus quartos vazios e uma


nova demanda na configuração
do setor alimentício, o hotel está
com parcerias de 67
restaurantes diferentes para
servir refeições em suas
acomodações.
Outra tendência que poderá ser
um legado duradouro no período
pós-pandêmico é a dos
restaurantes “escapistas”, como
o Alchemist.

Segundo o trend report


desenvolvido pelo Studio Roar,
de Dubai, os estabelecimentos
que procuram proporcionar
distração e alívio de realidades
desagradáveis, especialmente na
forma de entretenimento ou
fantasia, ganharão muito espaço
daqui para frente.

Esta autenticidade pode ser


atingida através de projetos de
arquitetura que explorem seus
aspectos sensoriais.
Com a valorização da
transparência das empresas por
seus clientes, as cozinhas
abertas podem ser exploradas
como uma maneira de transmitir
esse propósito, além de trazer
entretenimento e aprendizado, e
consequentemente construir
memórias extremamente
positivas atreladas à marca.

Na foto, o restaurante zero-waste


londrino, Silo, que usa também
em sua arquitetura materiais
reciclados.
Filas e momentos de espera são
pontos que terão que ser revistos
nas operações. É indicado que
seja adotado o sistema de
reservas.

Aplicativos como o Get In


permitem que o usuário faça sua
reserva e entre em filas de
espera mesmo que ainda não
tenha saído de casa. O app
informa o tempo estimado de
espera, quantos minutos dura o
trajeto de carro até o restaurante
e quantas mesas estão na fila.
Excelente para evitar
aglomerações, pode funcionar
como ponto de partida para
pensarmos como adaptá-lo
também para filas de caixa, por
exemplo.
MANIFESTO DESIGN
PÓS COVID_
O “novo normal” exigirá muita criatividade para, sem grandes
recursos financeiros, resolvermos as questões impostas pelo
distanciamento social sem ferir a relação humana. Nosso dever
enquanto arquitetos e mediadores da relação marca-consumidor é
Motoboys em praça de alimentação, set 2019 – foto Caio Camargo evitar que os requisitos de segurança sanitária acabem com o
prazer de frequentar lojas e restaurantes.

Podemos ter uma aglomeração de motoboys na porta de nossos


restaurantes, inibindo o atendimento de clientes, ou podemos
repensar toda a experiência de compra e jornada do cliente, como
fez o Starbucks Now.

Starbucks Now
Podemos ter peças de acrílico protegendo os clientes em
isolamento individual ou podemos ter mesas em estufas
particulares às margens do rio a exemplo do restaurante do centro
cultural Mediamatic.

Todo esse repertório deve fazer parte da mala de ferramentas de


design do arquiteto especialista em varejo, que dedica boa parte
do seu tempo em estudos de consumo que ajudam na
orquestração da experiência e jornada do cliente final.

De nada adianta projetar uma loja linda que não ajude a marca a
Proteção individual em restaurante – foto Retail Store Tours
ter resultados. Mais do que nunca, contrate um escritório que viva
totalmente do varejo como você, varejista.

Chegou a hora de o varejo brasileiro entender a loja como um


ponto estratégico de engajamento, posicionamento e comunicação
imersiva de marca. Nosso objetivo pós-covid é reinventar o varejo e
potencializar todos os bons sentimentos envolvidos no prazer de ir
às compras.

Vamos juntos nessa missão?

Mesas particulares em restaurante


QUEM A Kube Arquitetura é um escritório especializado em Projetos Comerciais

SOMOS_ com foco na Arquitetura Sensorial e no Design & Emoção.

Com projetos por todo o Brasil, temos em nossa cartela de clientes marcas
como Hugo Boss, YSL, AquaRio, Sapatella, Euro Colchões, Alphabeto,
Paineiras-Corcovado, Casa do Médico, UVLine, FOM, Outer. Shoes e
Telecine, além da loja do Bikini Art Museum, na Alemanha.

Temos em nossa bagagem prêmios no A’ Design Award (Itália) com a Loja


do AquaRio (ouro), Restaurante Mirante Paineiras (prata) e Outer.Shoes
Nova América. Recebemos, também, o prêmio Prix Versailles (Paris),
promovido pela Unesco e pela União Internacional dos Arquitetos pelo
projeto da loja do AquaRio.

Em 2017, nossa arquiteta titular, Juliana Neves, publicou o livro Arquitetura


Sensorial: A Arte de Projetar para Todos os Sentidos, que aborda como os
sentidos podem influenciar a conexão emocional das pessoas e espaços
projetados.

A emoção nos move, move nossos projetos.

Nosso muito prazer,


Somos a Kube Arquitetura.
Nosso time está atento a todas as notícias, se aprofundando
no assunto e atualizando nossas redes com conteúdo relevante
e atualizado voltado para o varejo.

Curtiu?! Então entre em contato com a gente!

Arqta. Juliana Neves


juliana@kubearquitetura.com.br | (21) 98556-6252

Arquitetura e Visual Merchandising

/kubearquitetura @kubearquitetura /kubearquitetura

www.kubearquitetura.com.br
Praça Santos Dumont, 80 | Gávea | Rio de Janeiro/RJ

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