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Introdução

Aula 3 - Continuidade e Derivadas Parciais

Prof. MS. Jadiel Carlos

UEMA
Universidade Estadual do Maranhão

13 de janeiro de 2021

Prof. MS. Jadiel Carlos Aula 3 - Continuidade e Derivadas Parciais


Introdução

Introdução

Nesta aula, vamos definir e exemplificar a continuidade de funções de duas variáveis.


As proposições apresentadas podem ser consideradas como uma extensão das
proposições referentes à continuidade de funções de uma variável. Apresentaremos
definições, proposições, exemplos e visualizações geométricas, importantes num estudo
inicial de derivadas parciais.

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Continuidade

Definição (Continuidade)
Sejam f : A ⊂ R2 → R e (x0 , y0 ) ∈ A um ponto de acumulação de A. Dizemos que f
é continua em (x0 , y0 ) se

lim f (x, y) = f (x0 , y0 ).


(x,y)→(x0 ,y0 )

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Exemplo (1)
Verificar se  2xy
p se (x, y) 6= (0, 0);
f (x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0).

é contı́nua em (0, 0) .

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Exemplo (2)
Verificar se
 2xy

se (x, y) 6= (0, 0);
f (x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0).
é contı́nua em (0, 0) .

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Exemplo (3)
Discutir a continuidade da função
(
x2 + y 2 + 1 se x2 + y 2 ≤ 4;
f (x, y) =
0 se x2 + y 2 > 4.

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Exemplo (4)
Mostrar que
 p 2xy

se (x, y) 6= (0, 0);
f (x, y) = 2x2 + 2y 2
0 se (x, y) = (0, 0).

é contı́nua na origem .

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Proposição

Sejam f e g duas funções contı́nuas no ponto (x0 , y0 ). Então


(a) f + g é contı́nua em (x0 , y0 );
(b) f − g é contı́nua em (x0 , y0 );
(c) f g é contı́nua em (x0 , y0 ) e
f
(d) é contı́nua em (x0 , y0 ) desde que g(x0 , y0 ) 6= 0.
g

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Observação
Usando a proposição, podemos afirmar que :
uma função polinomial de duas variáveis é contı́nua em R2 ;
uma função racional de duas variáveis é contı́nua em todos pontos os pontos do
seu domı́nio.

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Proposição

Proposição
Seja y = f (u) e z = g(x, y). Suponhamos que gé contı́nua em (x0 , y0 ) e f é contı́nua
em g(x0 , y0 ).Então, a função composta f ◦ g é contı́nua em (x0 , y0 ).

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Exemplo
Discutir a continuidade das seguintes funções:

(a) f (x, y) = 2x2 y 2 + 5xy − 2

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x+y−1
(b) g(x, y) =
x2 y + x2 − 3xy − 3x + 2y + 2

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(c) h(x, y) = ln(x2 + y 2 + 4)

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Derivadas Parciais

Definição (Derivada Parciais)


Sejam f : A ⊂ R2 → R

z = f (x, y)

uma função de duas variáveis e (x0 , y0 ) ∈ A. Fixado y = y0 , podemos considerar a


função g(x) = f (x, y0 ). A derivada de g no ponto x = x0 , denominada derivada

parcial de f em relação a x no ponto (x0 , y0 ), denotada por ∂x f (x0 , y0 ), é definida
´por

∂ g(x) − g(x0 )
∂x f (x0 , y0 ) = lim
x→x0 x − x0
ou

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∂ f (x, y0 ) − f (x0 , y0 )
∂x f (x0 , y0 ) = lim
x − x0
(1)
(x,y)→(x0 ,y0 )

se o limite existir.
Analogamente, definimos a derivada parcial de f em relação a y no ponto (x0 , y0 )
por

∂ f (x0 , y) − f (x0 , y0 )
∂y f (x0 , y0 ) = lim
y − y0
(2)
(x,y)→(x0 ,y0 )

se o limite existir.

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Observamos que fazendo x − x0 = 4x e y − y0 = 4y, (1) e(2) podem ser reescritas,


respectivamente, por

∂ f (x0 + 4x, y0 ) − f (x0 , y0 )


∂x f (x0 , y0 ) = lim (3)
4x→0 4x

∂ f (x0 , y0 + 4y) − f (x0 , y0 )


∂y f (x0 , y0 ) = lim (4)
4y→0 4y

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Consideremos os seguintes enunciados :


(1º) Dado o parabolóide z = 16 − x2 − y 2 e o plano y = 2, cuja a visualização no
primeiro octante é obtida através da Figura, vamos denotar por C a curva
resultante da intersecção dessas superfı́cies, isto é,
C =: z = 12 − x2
y=2
Dada um ponto P dessa curva, por exemplo, P (1, 2, 11), como vamos calcular a
inclinação da reta tangente à curva C em P ?

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Figura: Parabolóide .

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Exemplo (1)
Consideremos a questão do 1º enunciado, temos que no plano y = 2 a curva C
resultante da interseção entre

f (x, y) = 16 − x2 − y 2
e
y=2

é dada pela equação g(x) = 16 − x2 = f (x, 2).

Portanto, estamos diante de uma função em x, e a inclinação da reta tangente à curva


C no ponto (1, 2) é dada por g 0 (1) ou ∂y

f (1, 2).

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2°) Na Figura seguinte, temos as curvas de nı́vel da temperatura T = T (t, h), medidas
em graus onde t é o tempo, medido em horas, e h a altitude, medida em metros, de
uma região.
(a) Como vai variar a temperatura em relação ao tempo no instante t0 , num
ponto de altitude h = h0 ?
(b) Como vai variar a temperatura em relação à altitude para h = h0 , no tempo
t = t0 ?

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Figura: Curvas de nı́vel da temperatura .


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Exemplo (2)
No 2º) enunciado, temos duas questões para serem analisadas. Supondo que
5 10 1
T (t, h) = − t2 + t − h + 10 e h0 = 100 metros, podemos escrever a função
36 3 100
5 2 10
g(t) = T (t, 100) = − t + t + 9.
36 3

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Definição
Sejam f : A ⊆ R2 → R

z = f (x, y)

uma função de duas variáveis e B ⊆ A o conjunto formado por todos os pontos (x, y)

tais que ∂x existe. Definimos a função parcial de 1º ordem de f em relação a x como

a função que a cada (x, y) ∈ B associa ∂x dado por

∂ f (x + 4x, y) − f (x, y)
∂x f (x, y) = lim (5)
4x→0 4x

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Analogamente, definimos a função derivada parcial de 1º ordem de f em relação a y,


como

∂ f (x, y + 4y) − f (x, y)


∂y f (x, y) = lim . (6)
4y→0 4y

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Na prática, podemos obter as as derivadas parciais mais facilmente, usando as regras



de derivação das funções de uma variável. Nesse caso, para calcular ∂x mantemos y

constante e, para calcular ∂y , x é mantido constante. Os exemplos que seguem
ilustram esse procedimento.

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Exemplos

Exemplo (1)
(a) f (x, y) = 2x2 y + 3xy 2 − 4x

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p
(b) g(x, y) = x2 + y 2 − 2

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p
(b) g(x, y) = x2 + y 2 − 2

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(c) z = sin(2x + y)

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Exemplo (2)
Seja
2xy

 se (x, y) 6= (0, 0);
f (x, y) = 2x2 + 5y 2
0 se (x, y) = (0, 0).
∂ ∂
Calcular ∂x e ∂y

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Exemplo (3)
∂z ∂z
Verificar se a função z = ln(xy) + x + y satisfaz a equação x ∂x − y ∂y = x − y.

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