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Resumo
Os refugiados venezuelanos têm buscado refúgio em diversos países, especialmente os países latino-americanos. O
presente artigo discutiu o tema referente aos conflitos que surgem diante dos processos de refúgio dos venezuelanos que
têm chegado ao Brasil e se concentrado nas cidades fronteiriças, sem receber a devida atenção do Estado, levando ao
surgimento de conflitos entre refugiados e a população local. Trata-se de um estudo exploratório que apresenta uma
pesquisa bibliográfica com vistas a conhecer as ideias e pensamentos de alguns autores que se dedicam ao estudo do
instituto do refúgio. Concluiu-se que os problemas referentes à integração local de refugiados no Brasil não são novos,
mas tendem a ser ampliados. Nesse sentido, é necessário difundir e expandir essas experiências mediadoras para além
dos casos em que ela já vem sendo aplicada, incorporando-as em outros ambientes para que se construa uma nova visão
de respeito à integridade do outro, transformando os conflitos existentes em possibilidade de reconhecimento dos
direitos humanos e dos próprios sujeitos de direito.
Palavras-chave: Direitos Humanos. Refugiados. Brasil
Abstract
Venezuelan refugees have sought refuge in various countries, especially Latin American countries. The present article
discussed the issue of conflicts arising from the process of refuge of Venezuelans who have arrived in Brazil and
concentrated in the border cities, without receiving the proper attention of the State, leading to the emergence of
conflicts between refugees and the local population. This is an exploratory study that presents a bibliographic research
in order to know the ideas and thoughts of some authors dedicated to the study of the refuge institute. It was concluded
that the problems regarding local refugee integration in Brazil are not new but tend to be magnified. In this sense, it is
necessary to disseminate and expand these mediating experiences beyond the cases in which it is already being applied,
incorporating them in other environments in order to build a new vision of respect for the integrity of the other,
transforming existing conflicts into possibilities for recognition of human rights and the subjects themselves.
Keywords: Human rights. Refugees. Brazil
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema a violação dos direitos humanos dos refugiados venezuelanos
em solo brasileiro. No panorama nacional este assunto vem recebendo destaque uma vez que frente
à insustentável crise econômica vivenciada pela Venezuela, estes têm buscado refúgio em diversos
países, especialmente os países latino-americanos. No Brasil, atualmente são 85.000 refugiados
1 Graduado em Direito, Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, SP, Brasil, lepp@rc.unesp.br
2 Doutora em Comunicação e Semiótica, Universidade de Mogi das Cruzes, SP, Brasil, luci.bonini@umc.br
3 Doutor em Educação Escolar, Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, SP, Brasil, renansilva@umc.br
4 Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação, Unicarioca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, fcas@id.uff.br
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Um ponto de partida comum na maioria das pesquisas sobre o tema das migrações
humanas é o crescimento irrefreável desse fenômeno no contexto atual. No presente século, os
Estados e as sociedades, nas diferentes regiões do mundo, vivenciam uma realidade de
integração e interdependência jamais antes vista, tornando imprescindíveis os seguintes
fluxos: de capitais, bens, serviços, informações e, sobretudo, de pessoas. Com efeito, o
acelerado processo de globalização vem provocando uma mudança substancial na
caracterização dos fluxos migratórios, ampliando não apenas a quantidade de migrantes, como
também os seus destinos, origens e, ainda, as razões que os levam a migrar (CASTLES;
HAAS; MILLER, 2014).
Habitualmente, o termo “migrante” é atribuído às pessoas que saem de seu país de
origem por livre e espontânea vontade, em busca de melhores oportunidades de vida em
outras regiões ou países. Analisando as definições apresentadas atualmente, é possível extrair
5 elementos característicos dos movimentos migratórios: (1) realização ou não da
transposição de fronteira internacional pelo indivíduo (migração interna ou internacional); (2)
condição legal da pessoa (migração legal ou ilegal); (3) grau de escolha da pessoa (migração
voluntária ou forçada); (4) causas do deslocamento; (5) duração do deslocamento (migração
temporária ou permanente). Contudo, assevera-se que os elementos não são excludentes,
podendo combinar-se mutuamente e originar vários grupos de migrantes.
Os migrantes forçados são pessoas que decidem migrar por razões alheias a sua
vontade, normalmente ligadas à necessidade de sobrevivência, o que significa dizer que neste
deslocamento está presente o elemento da força externa. Como sustenta Moreira (2017), a
força-coerção constitui o principal elemento distintivo do “deslocamento voluntário” do
“deslocamento involuntário”. Os migrantes voluntários, por sua vez, são pessoas que decidem
por livre vontade deixar seu local de origem ou residencial habitual, não havendo, assim, o
elemento da força externa advinda de uma situação de atentado a direitos humanos.
Com relação aos refugiados, a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, de
1951 estabelece que o refugiado é aquele cidadão que se encontra fora de seu país de origem
em virtude de fundados temores de perseguição decorrentes de sua raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas (art. 1º, “A”, nº. 2), e que, em função desses
temores, não pode retornar ao seu Estado. Ao refugiado, diferentemente do que acontece no
caso do imigrante, uma vez preenchidos os requisitos, lhe é garantido o direito fundamental
de não ser devolvido ao país no qual sofre a perseguição, nos termos do princípio do non-
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refoulement5 (art. 33, n. 2). Feita esta diferenciação, surge a discussão sobre se os
venezuelanos são migrantes ou refugiados, já que a condição que caracteriza o refúgio é a
fuga do país de origem em razão de perseguição e conflitos armados, impedindo que a pessoa
retorne a sua nação.
Haitianos e senegalenses, quando chegam ao Brasil, não estão fugindo de uma ameaça
direta de perseguição ou morte, ou seja, podem retornar a seu país quando quiserem; vêm para
o Brasil fugindo da pobreza extrema e em busca de melhores condições de vida, trabalho e
educação, já que em seus países de origem levavam uma vida miserável e sem perspectivas.
Assim, mesmo solicitem refúgio no Brasil não se classificam como refugiados segundo as
normas internacionais.
Já os venezuelanos, segundo Fogliatto (2018), estes podem ter status de refugiados já
que a condição política e econômica do país produziu um cenário de miserabilidade
generalizada e grandes violações aos direitos humanos e falta de acesso a direitos básicos de
subsistência, a exemplo de água, luz, medicamentos e alimentos.
Por receberem o status de refugiados, contam com auxílio não apenas do Governo,
mas também da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na ocorrência de problemas a serem resolvidos pela comunidade internacional,
normalmente, são adotados dois caminhos. O primeiro seria a solução pacífica mediante o
consenso, discutindo-se qual a melhor solução a ser tomada. Na segunda hipótese, não
existindo consenso, opta-se pelo uso da força. Verifica-se, pois, que num extremo, há
cooperação e em outro, conflito nas relações internacionais (ANNONI, 2018)
A OIR foi o primeiro organismo internacional a lidar de forma integral com a
problemática enfrentada pelos refugiados. Suas funções eram bem definidas e consistiam no
repatriamento, identificação, registro e classificação, cuidados e assistência, proteção jurídica
e política, transporte, reinstalação e reintegração dos refugiados. No entanto, foi extinta em
decorrência da bipolarização de poderes e linhas ideológicas havidas entre EUA e URSS.
Diversos impasse resultou em um compromisso, que levou à criação, em dezembro de
1950, do ACNUR, por 36 votos a favor, contra 5 e 11 abstenções. O novo órgão passava a ser
subsidiário da Assembleia Geral nos termos do artigo 22º da Carta das Nações Unidas, e tem
como principal missão a garantia da proteção internacional e a procura por soluções
permanentes para os problemas dos refugiados (ANNONI, 2018).
No que tange às convenções, a Convenção de Genebra (1951) apresenta a condição de
refugiado como:
5Não-devolução.
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Anos depois, no âmbito dos sistemas regionais de proteção de direitos humanos, foram
adotados a Convenção da Organização da Unidade Africana (OUA, 1969), a fim de regular as
especificidades dos problemas envolvendo os refugiados na África adicionou às condições
que conceituam um refugiado a característica das “violações maciças” dos direitos humanos, e
em seguida, a Declaração de Cartagena da Organização dos Estados Americanos (OEA,
1984), que se constitui no marco de proteção dos refugiados e de uma nova definição para os
seus direitos
Inicialmente, importa citar, o que diz a legislação brasileira sobre os direitos dos
refugiados.
O caput do artigo 5º da Constituição de Federal de 1988 garante que “todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, inclusive aos estrangeiros residentes no
Brasil. A Constituição de 1988 dispõe, ainda, no seu artigo 5º, inciso XV, que “é livre a
locomoção no território nacional em tempos de paz, podendo qualquer pessoa nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”, repetindo no art. 22, inciso XV, a
competência da União para legislar sobre “emigração e imigração, entrada, extradição e
expulsão de estrangeiros”.
A mais recente política migratória brasileira, a lei 13.445/2017, corrigiu a falsa
percepção de que os estrangeiros em trânsito ou turistas não teriam direitos fundamentais
constitucionalmente garantidos. Declara, no seu art. 4º, um rol extenso de direitos individuais,
sociais e coletivos ali reproduzidos, em consonância com os direitos previstos na Constituição
de 1988. A principiologia dessa política migratória muda drasticamente de “interesse e
soberania nacional” para direitos humanos. No entanto, não foi capaz de garantir a inclusão
política do estrangeiro em solos brasileiros. A única exceção clássica continua sendo o caso
dos portugueses, em razão os Estatuto da Igualdade (art. 12, §1º, da CF/88).
Os refugiados não migram porque desejam, mas porque são obrigados a isso; saem
porque sua nação passa a não mais ser um abrigo seguro e os dissabores não param por aí, o
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fato de migrarem para outro país não significa que lá terão proteção e vida digna. Não há na
verdade proteção aos refugiados, mas esparsas e frágeis tentativas de proteção. Nesse cenário
despontam organizações do terceiro setor que se empenham a acolher as demandas dos
refugiados dando-lhes um pouco de alento e ajuda humanitária, no entanto não possuem o
dever nem meios para substituir a ação do Estado (WALDELY, 2014).
Não obstante, não se pode negar a grande importância que essas organizações sociais
possuem. Em âmbito internacional, a ACNUR e a única organização que possui mandato
específico reconhecido mundialmente para atuar em defesa dos refugiados. No entanto, sua
ação não seria possível sem as parcerias que firma com outras organizações sociais
(WALDELY, 2014)
No Brasil, esta missão fica a cargo da Cáritas Brasileira que possui frentes em vários
estados brasileiros. A Cáritas Brasileira é uma organização subordinada à Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com sede em Brasília. Possui 178 entidades-membro,
12 regionais e se constitui em uma verdadeira “rede solidária” composta por mais de 15.000
agentes, sendo a maioria deles voluntários. Integra a Caritas Internationalis e realiza ações
que visam o desenvolvimento local, solidário e sustentável. Dentre os projetos apoiados está o
Centro de Referência para Refugiados, que apoia pessoas que chegam ao Brasil em busca de
proteção e refúgio (ANNONI, 2018).
A concessão do refúgio é dada pelo Governo Brasileiro. A decisão acerca da validade
da condição de refugiado cabe ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Integram
o CONARE: órgãos do governo federal, Organizações da sociedade civil que se dedicam a
atividades assistenciais, de integração local e de proteção aos refugiados no Brasil, além do
ACNUR e a Defensoria Pública da União, embora estas últimas não tenham direito a voto.
Sua atuação é focada na defesa dos direitos fundamentais e sua integração na sociedade
brasileira, colaborando para que possam resgatar sua autoestima e desenvolver suas próprias
habilidades podendo, dessa forma, tornarem-se independentes.
2018 (em junho, mais de 56.000 solicitaram asilo) (LLOYD; SILVA, 2018). Isso representa
um problema significativo para o pequeno estado fronteiriço brasileiro de Roraima.
A maioria dos venezuelanos recém-chegados ao Brasil fica acampada no estado de
Roraima, na fronteira com o Brasil, que possui 13 abrigos com espaço para apenas 5.500
pessoas. Muitos deles estão vivendo nas ruas, expostos à desnutrição, doenças, prostituição e
violência. O governo federal brasileiro, até dezembro de 2018tinha interiorizado e reassentado
apenas 3.170 venezuelanos de áreas fronteiriças remotas para outras cidades de 12 estados
brasileiros (RELIEF WEB, 2018).
Atualmente, a legislação brasileira sobre refugiados permite que os requerentes de
asilo tenham acesso a autorizações de trabalho enquanto esperam que seu status seja
determinado, mas essas permissões podem levar meses para serem emitidas
3.2 MEDIAÇÕES
No contexto de prolongada (ou até mesmo definitiva) situação de refúgio, a mediação
tem sido proposta como ferramenta de resolução de conflitos, seja entre os próprios
refugiados (tendo em vista os conflitos étnicos, religiosos ou de outra ordem que muitas vezes
persistem nos territórios dos campos), ou destes com a sociedade de acolhida, como, por
exemplo, na disputa pelo acesso a bens e serviços públicos já escassos. Igualmente, a
mediação ameniza o impacto do retorno ao país de origem, considerando a situação de ainda
frágil estabilidade, propensa à multiplicação de conflitos. Em todos estes casos, a mediação
vem sendo proposta como uma ferramenta de soluções duradouras em programas de fomento
à paz.
Um dos exemplos da mediação como estratégia de integração local se encontra no
“PEP – Peace Education Programme”, programa interagências da ONU liderado pelo
ACNUR desde 1997, inicialmente no continente africano e, posteriormente, também no
Oriente Médio (SAGY, 2008). O PEP trata-se de um programa das Nações Unidas que, por
meio do ACNUR, da UNESCO e da INEE6, tem como meta a educação em capacidades e
valores associados à convivência e comportamento pacíficos. Assim, o programa foi
desenhado para encorajar pessoas a pensarem construtivamente sobre temas e para
desenvolverem atitudes construtivas tendo em vista a convivência e a solução de conflitos que
se desenvolvem em suas comunidades sempre a partir de meios pacíficos (INEE, 2005).
Os refugiados são taxados como não qualificados e pela necessidade de conseguirem
qualquer trabalho, há uma crescente tensão no mercado que força com que os salários de
6 INEE, ou a Inter-Agency Network for Education in Emergencies, é uma rede aberta das agências da ONU, de
ONGs, de financiadores, agentes de campo, pesquisadores e indivíduos provenientes de comunidades afetadas
que trabalham em conjunto para garantir o direito à educação em contextos de emergências e na construção pós-
crises (www.ineesite.org) (INEE, 2005).
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todos, inclusive da população de Boa Vista, sofram uma diminuição. Face ao exposto, sugere-
se quatro recomendações básicas: (i) a implementação de programas para a redução da
pobreza tanto para as comunidades de venezuelanos quanto para as comunidades das cidades
fronteiriças de Roraima; (ii) a necessidade de se investir nas municipalidades e instituições
locais (vez que há uma relação entre o fortalecimento do papel da instituição local e a
materialização de métodos colaborativos de resolução de conflito); (iii) o estímulo para o
engajamento social dos venezuelanos tão bem como para o aumento da participação dos
refugiados nos assuntos e instituições locais e; (iv) a implementação de campanhas
comunitárias que promovam a inclusão social dos refugiados venezuelanos.
Considera-se que a mediação avança na construção da paz, seja nos países de acolhida,
no processo de integração local, ou de origem, no momento da repatriação voluntária, na
medida em que implica numa estratégia humanitária que ultrapassa a garantia apenas de
assistência humanitária via doação de alimentos, roupas, abrigos e medicamentos. Sobretudo,
tendo em vista as situações de prolongado refúgio em grandes números de refugiados em
países em desenvolvimento, é de grande importância estratégica para se abordar os inevitáveis
conflitos advindos das situações, dentre outras, aqui mencionadas, no contexto do instituto do
refúgio.
CONCLUSÃO
comunidade internacional não se vê a proteção aos direitos humanos dos refugiados como
uma obrigação, mas sim como uma faculdade, algo que podem não assumir ou assumir.
Entendem-se obrigados apenas com os cidadãos de sua nação e nesse contexto, não agem no
sentido assegurar os direitos humanos dos refugiados, mas quando muito, dispensam-lhes a
ajuda humanitária na medida do possível.
No Brasil, referente aos venezuelanos, percebe-se que a maioria dos refugiados
vem para o Brasil fugindo da miséria e das graves violações aos direitos humanos que perdura
nesse país por muito tempo. Essas pessoas quando chegam ao Brasil, na maioria das vezes,
não possuem dinheiro, local para morar e, ainda, se deparam com a violência, barreira da
intolerância, xenofobia e falta de oportunidades.
Para que o refugiado obtenha êxito na nova localidade, precisa se sentir parte
integrante dela. É o que se denomina de direito de pertença, traduzido no direito de ser tratado
dignamente e em condições de igualdade. Nesse contexto, ainda há muito a ser superado. O
preconceito, a falta de informações, as discriminações, as burocracias no atendimento dessas
pessoas e as parcas ações públicas direcionadas aos refugiados contribuem para que milhares
deles permaneçam marginalizados.
Não se nega que a chegada em massa dos refugiados venezuelanos nas cidades
fronteiriças causa enormes problemas sociais para a população civil que ali reside. No caso
das cidades que têm abrigado os venezuelanos no Brasil, observam-se: disputa com os
nacionais pelas vagas de emprego existentes; aumento da violência, tendo em vista a situação
de miserabilidade em que se encontram essas pessoas; caos no sistema de saúde; retorno de
doenças já erradicadas no Brasil, entre outros problemas que poderiam ser mitigados com
uma política eficaz de interiorização aliada a investimentos em mediação de conflitos.
Com relação a esta última, foi visto neste estudo que a mediação se trata de um
ferramental peculiarmente flexível e apto a se adaptar a diferentes situações e contextos,
nacionais e internacionais, e o que se apresentou na presente dissertação é somente um, dentre
vários usos que se pode fazer.
Foi demonstrado que o uso da mediação já é uma realidade em países que acolhem
refugiados.Em um momento em que as guerras e violações de direitos humanos se agravam e,
a cada ano, são superados os números de pessoas forçadamente deslocadas para além das
fronteiras de seus países, a mediação representa uma das possíveis estratégias de construção
de paz. É necessário conhecer a ferramenta e inovar em seu uso, utilizando-se não apenas nos
programas que já vêm sendo testados, como também se abram possibilidades para que se
inove estrategicamente, seja com a ação direta de agentes do Estado como mediadores, seja
com o uso de organizações internacionais que trabalham nas áreas de conflito.
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REFERÊNCIAS
RELIEFWEB. How Brazil Can Do Better for Venezuela’s Refugees. 18 dec. 2018.
Disponível em: <https://reliefweb.int/report/brazil/how-brazil-can-do-better-venezuela-s-
refugees>. Acesso em: 26 mai. 2019.