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Assistências de

Enfermagem nos
Distúrbios
Respiratórios

PROF. LUCIANA NOGUEIRA


Funções do Sistema Respiratório

✓Filtração;
✓Troca gasosa;
✓Fonação;
✓Reserva sanguínea;
✓Equilíbrio ácido-básico.
Rinite SINUSITE
Infecção aguda ou crônica das membranas Infecção aguda ou crônica dos seios da
mucosas do nariz, alérgica ou irritativa; face, em geral comprometendo o seio
maxilar;

Causas: Virótica, rinite alérgica (IgE -


histamina), ácaros, mofos, animais
domésticos e tabaco;
Causas: infecções previas (S. pneumoniae /
H. influenzae), gripes e rinites.
Sintomas: coriza, rinorréia, congestão e
obstrução nasal, desconforto, “saudação Fatores predisponentes: viroses, tabaco,
alérgica”, “fungar frequente”; desvio de septo, infecções dentais...;
Sintomas: coriza, obstrução nasal, tosse,
Tratamento: Controle ambiental e de dor sobre o seio maxilar e cefaléia;
alergenos, vaporização,
descongestionantes, mucolíticos, anti- Tratamento: Antibioticoterapia,
histamínicos, crticóides orais e sprays; antitérmico, anti-inflamatório e
fluidificante
Complicações: Otites, sinusites, olheiras, Complicações: Celulite periorbitária,
etc. meningites.
Processo de Enfermagem

Histórico:
Busca por sinais e sintomas, desconforto, alergias, hiperemia nasal.

Diagnósticos:

Problemas interdependentes / complicações:


Sepse, otite e sinusite.

Metas:
Manter vias aéreas pérveis, alivio da dor
Pneumonia
Infecção envolvendo o parênquima pulmonar (bronquíolos, alvéolos ou
interstício) em geral causadas por agentes infecciosos ou mesmo agentes
externos.

Fatores de Risco: Gripes persistentes

, desnutrição, hospitalização, imunossupressão, idade avançada, etc.

Sintomas: Febre, taquipnéia e ortopnéia, diaforese, dor pleurítica


ventilatória, tosse seca / purulenta / hemoptóica , expectoração, mialgia,
atralgia e estertoração em 80% dos casos, consolidação ao raio x;

Comorbidades: DPOC, ICC, Tabaco, DM, IR, neuropatias;


Como os patógenos atingem o pulmão?

MECANISMO DE CONTAMINAÇÃO
Aspiração de flora normal da naso ou orofaringe

Inalação de microorganismos presentes no ar (Mycoplasma pneumoniae e


pneumonias fúngicas)

Disseminação hematológica (a partir de uma infecção primária e outra parte do corpo)


Staphylococcus aureus.
TIPO DE PNEUMONIA
TIPO CARACTERÍSTICAS
Pneumonia Adquirida na Comunidade Tem início na comunidade ou até as 48h
(PAC) primeiras de internação

Pneumonia Adquirida no Hospital (PAH) Tem início após as primeiras 48h de


internação

Pneumonia Associada a Ventilação Tem início após 48h da intubação


Mecânica (PAV) traqueal
Exames Diagnósticos
Raio x de tórax;
Hemograma;
PCR;
Gasometria arterial;
Hemocultura;
Secreção traqueal para cultura;
Toracocentese, broncoscopia e tomografia;
QUADRO CLÍNICO
•Febre
•Calafrios
•Falta de Ar
•Tosse produtiva com secreção purulenta
•Dor pleurítica
•Sinais de hipoxemia
•Estertores crepitantes e subcrepitantes
• Sinais de consolidação (FTV↑ e macicez à percussão)
•Frêmito toraco vocal
Tratamento
▪Antibioticoterapia apropriada
▪Terapia Medicamentosa: amoxacilina, claritromicina, eritromicina,
clavulin, ertapenem, levofloxacin, bactrim;
▪Antipiréticos
▪ Analgésicos
▪ Intervenções de Enfermagem e fisioterapia
Processo de Enfermagem
Histórico
Buscar por sinais e sintomas comuns, nível de gravidade, desorientação.

Diagnósticos

Problemas interdependentes / Complicações


Hipotensão e choque, IRpA, derrame pleural.

Metas
Permeabilidade das VA, repouso abs, nutrição adequada
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Estado de doença pulmonar crônica caracterizada por um aumento da


resistência ao fluxo de ar como resultado de uma obstrução das vias
aéreas, estreitamento destas e resposta inflamatória anormal. As doenças
que constituem este grupo são bronquite crônica e enfisema pulmonar.
FOCO DOS PROBELMAS DE
ENFERMAGEM
Causas
Tabagismo (deprime mecanismo
ciliar de limpeza e produz muco)
como causa comum;

Outras :Genéticas, tabagismo,


resposta inflamatória crônica,
infecções , poluição do ar,
exposição ocupacional e
envelhecimento.

Fatores de risco
Poluição, fumaças, alergenos, BK,
pneumoconioses, ICC, TEP;
BRONQUITE CRÔNICA

Sinais e Sintomas

Tosse recorrente;
Dispnéia;
Aumento do trabalho respiratório;
Emagrecimento
EFISEMA
tórax em tonel ou barril;
Uso de musculatura acessória e lábios franzidos;
Tratamento
•Interrupção do tabagismo;
• Broncodilatadores (agonistas Beta 2 adrenérgicos, agentes anticolinérgicos e
teofilinas);
• Corticosteróides (orais na exacerbação e inaláveis na manutenção);
• Imunização para influenza ;
• Redução cirúrgica do volume pulmonar; Complicações: IRpA e
• Transplante de pulmão; infecções.

• Intervenções de Enfermagem;
Exames diagnósticos
• Intervenções fisioterapêuticas;
•Raio x de tórax; TC; Teste de função pulmonar
• Intervenções nutricionais. (gravidade); Gasometria arterial; Hemograma.
•Hidratação;
Processo de Enfermagem
Histórico
Buscar por sinais e sintomas comuns, classificar tempo de tabagismo, tipo de
tórax.

Diagnósticos

Problemas interdependentes / Complicações


IRpA, atelectasia, pneumotórax e hipertensão pulmonar.

Metas
Cessação do tabagismo, melhorar troca gasosa, aderência ao tratamento,
nutrição adequada.
Qual a Dinâmica dos Diagnósticos de Enfermagem
Respiratórios?

Avaliação do DE que mantem maior


relacionamento com a causa básica
Condução do Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem
Fatores Relacionados
Metas e Intervenções
Suporte ventilatório Não
Invasivo (VNI)
OBJETIVO DA RESPIRAÇÃO

Prover O² aos tecidos e celulas;


Remover CO² dos tecidos ecelulas.

Por meio de 4 funções principais:


1. Ventilação Pulmonar, influxo e efluxo de ar atm Vs alvéolos;
2. Difusão de O² e CO² entre alvéolos e sangue;
3. Transporte de O² e CO² no sangue e líquidos corporais;
4. Regulação da ventilação e outros aspectos da respiração.
HEMATOSE
CAUSAS HIPOXEMIA

•Queda da FiO2: Altitudes elevadas; inalação de gás com pouco ou


sem O2

•Hipoventilação: Queda da ventilação alveolar e aumento do PaCO2.


Causas: Depressão do Centro Respiratório,
Fraqueza/fadiga/paralisia de musculatura respiratória.
•TTO: Ventilaçãoartificial + oxigênio.

•Hipodifusão: Doença ou injúria na membrana alvéolo-capilar que


dificulta a passagem do O2. Causas: Fibrose intersticial, Enfisema
Pulmonar, Câncer, LES.
•TTO:O2.
CAUSAS HIPOXEMIA

•Hipoperfusão (↑Espaço Morto): Não há adequada perfusão alveolar


prejudicando a troca gasosa. Causas: Embolia Pulmonar,
Vasoconstricção Pulmonar, Hipovolemia. TTO:Corrigira perfusão

•Shunt: O sangue perfunde um alvéolo não ventilado. Causas:


Pneumonia, Edema, Pneumotórax. TTO: Ventilação e O2
(oxigenoterapia compensaoshuntnosalvéolosfuncionantes)
SINAIS DEALERTA
HIPOXEMIA
•Alterações noestado mental: agitação, desorientação, confusão,
letargia e coma;

•Dispnéia;

•Aumentoda pressãoarterial;

•Alterações na freqüência cardíaca;

•Disritmias;

•Cianose central (sinaltardio);

•Sudorese e membrosfrios
TIPOS

Baixofluxo:cateternasal,de 1 a 6LO²/min, elevamematé 40% a PO²;

Médio fluxo: mascaradeHudsonoufacial simples,de 5 a 10L O²/min, elevam de


40 a 60% a PO²;

Alto fluxo: mascara de venturi, de 2 a 14 L O²/ min,


elevamde 40 a 60% a PO²;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
PACIENTES SUBMETIDO A CIRURGIA
TORÁCICA
Cirurgias Torácicas

▪ A Cirurgia Torácica é a especialidade que trata de afecções dos :


pulmões, brônquios, traquéia, diafragma, parede torácica, esôfago e
mediastino.

▪ Podem ser feitas aberta (toracotomias) ou por vídeo


Tipos de cirurgias torácicas
Broncoscopia;
Mediastinoscopia;
Toracotomia;
Lobectomia;
Pneumonectomia;
Ressecções;
Biopsia pulmonar, transplantes;
Drenagens.
Diagnósticos de enfermagem
• Troca gasosa prejudicada;

• Risco de infecção;

• Ansiedade;

•Risco para integridade da pele


prejudicada;
Cuidados pré operatórios
• Coletar histórico;
• Ensinar e incentivar exercícios respiratórios
• Avaliar padrão respiratório;
• Observar e avaliar sinais e sintomas;
• Avaliar padrão circulatório;
• Garantir perveidade das vias aéreas;
• Aspirar secreções;
• Informar detalhes do pós operatório;
• Confirmar exames pré operatórios.
Cuidados trans operatória
Coletar sangue arterial para gasometria;
Instalar monitorização hemodinâmica;
Avaliar necessidade de manta térmica;
Possibilitar integridade cutânea;
Garantir segurança microbiológica;
Avaliar débito urinário e BH;
Atentar para sinais de instabilidade cardiopulmonar.
Cuidados pós operatórios
• Atentar para as funções cardiorespiratórias;
• Coletar sangue arterial para gasometria;
• Instalar monitorização hemodinâmica;
• Avaliar necessidade de manta térmica;
• Instaurar cuidados com a ventilação mecânica;
• Instaurar cuidados com a drenagem torácica.
Drenagem torácica
• Objetiva o restabelecimento da pressão negativa no espaço intrapleural
• Remover excessos de ar, líquidos ou até sangue;
• Dreno localizado no espaço pleural fixado por suturas a pele do cliente.
Drenagem

• Mecanismo de pressão expiratória (+), gravidade e aspiração;

• Drenos conectados ao sistema subaquático ou gravitacional estéril;

• Sistemas de 1, 2 ou 3 frascos (+ seguras);

• Peça Y em casos de + de um frasco coletor;


INDICAÇÃO PARA DRENO TORÁCICO
Pneumotórax hipertensivo Hemotórax
Atenção
• Manter conexões bem fixadas;

•Manter sempre abaixo da linha média do cliente;

• Remoção de 5 a 7 dias;

• Curativos diários e avaliação do óstio dos drenos;

• Trocar soluções a cada 24, 12 ou 06h


intrapleural

Fonte: Meeker
Cuidados de enfermagem
• Observar a oscilação dos frascos de drenagem;

• Avaliar selo d´água;

• Atentar para pressão de sucção (drenagem ativa);

• Observar a quantidade de secreção drenada e características;


Cuidados de enfermagem
• Trocar o frasco a cada 24h;

• Encorajar expirações profundas e tosse;

• Ordenhar o circuito de drenagem quando necessário;

• Observar para os sinais de pneumotórax;

• Atentar para volume de drenagens maiores que 150 ml / h.


Bibliografia
• LEWIS. TRATADO DE ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA 8ª EDIÇÃO 2013 .

• SMELTZER, S. C.; BRUNNER.; B. G. tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10°


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

HUDAK, Carolyn M; GALLO, Barbara M. Cuidados intensivos de enfermagem: uma


abordagem holistica. 8ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

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