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FÍSICA

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Sumário
1 Dinâmica ............................................... 4
1.1 Vetores ............................................................................................................................................................ 4
1.2 Primeira Lei de Newton ................................................................................................................................... 4
1.3 Segunda Lei de Newton .................................................................................................................................. 4
1.4 Terceira Lei de Newton ................................................................................................................................... 5
1.5 Forças ............................................................................................................................................................. 5
1.6 Quantidade de Movimento .............................................................................................................................. 6
1.7 Colisões ........................................................................................................................................................... 6
1.8 Mapa Mental.................................................................................................................................................... 7

2 Cinemática ............................................ 11
2.1 Introdução ..................................................................................................................................................... 11
2.2 Velocidade escalar média e aceleração ....................................................................................................... 12
2.3 Movimento Uniforme. .................................................................................................................................... 12
2.4 Movimento Uniformemente Variado .............................................................................................................. 13
2.5 Gráficos ......................................................................................................................................................... 13
2.6 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 14
2.7 Cinemática vetorial ........................................................................................................................................ 19
2.8 Movimento Circular Uniforme. ....................................................................................................................... 20
2.9 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 21
2.10 Lançamento vertical e queda livre ................................................................................................................ 24
2.11 Composição de movimentos ......................................................................................................................... 24
2.12 Lançamento oblíquo ...................................................................................................................................... 24
2.13 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 25

3 Trabalho .............................................. 28
3.1 Definição ....................................................................................................................................................... 28
3.2 Trabalho Motor e Trabalho Resistente .......................................................................................................... 28
3.3 Trabalho de uma Força ................................................................................................................................. 29
3.4 Trabalho da força peso ................................................................................................................................. 30
3.5 Trabalho de uma força variável ..................................................................................................................... 30
3.6 A questão do percurso .................................................................................................................................. 30
3.7 Exemplos....................................................................................................................................................... 30
3.8 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 31

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4 Energias .............................................. 35
4.1 Definição ....................................................................................................................................................... 35
4.2 Energia Cinética ............................................................................................................................................ 35
4.3 Energia Potencial Gravitacional .................................................................................................................... 35
4.4 Energia Potencial Elástica ............................................................................................................................ 36
4.5 Energia Mecânica ......................................................................................................................................... 36
4.6 Exemplos....................................................................................................................................................... 36
4.7 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 37

5 Estática .............................................. 41
5.1 Definição ....................................................................................................................................................... 41
5.2 Equilíbrio de um ponto material .................................................................................................................... 41
5.3 Equilíbrio de corpos rígidos ........................................................................................................................... 41
5.4 Centro de Massa ........................................................................................................................................... 41
5.5 Momento de uma força ................................................................................................................................. 43
5.6 Aplicação ....................................................................................................................................................... 43
5.7 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 44

6 Eletrostática ......................................... 48
6.1 Carga Elétrica................................................................................................................................................ 48
6.2 Processos de eletrização. ............................................................................................................................. 48
6.3 Força Elétrica. ............................................................................................................................................... 49
6.4 Campo Elétrico. ............................................................................................................................................. 50
6.5 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 51

7 Eletrodinâmica ........................................ 54
7.1 Introdução. .................................................................................................................................................... 54
7.2 Corrente Elétrica. .......................................................................................................................................... 54
7.3 Tensão ........................................................................................................................................................... 54
7.4 Resistores. .................................................................................................................................................... 55
7.5 A Primeira Lei de Ohm. ................................................................................................................................. 55
7.6 Associação de resistores. ............................................................................................................................. 56
7.7 Amperímetro e Voltímetro. ............................................................................................................................ 56
7.8 Geradores e Associações ............................................................................................................................. 57
7.9 2ª Lei de Ohm ............................................................................................................................................... 58
7.10 Potência elétrica e consumo de energia ....................................................................................................... 59
7.11 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 60

8 Termologia ............................................ 67
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8.1 Termometria .................................................................................................................................................. 67
8.2 Calorimetria ................................................................................................................................................... 67
8.3 Mapa mental.................................................................................................................................................. 69
8.4 Termodinâmica .............................................................................................................................................. 69
8.5 Mapa Mental.................................................................................................................................................. 71

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1 DINÂMICA
A Dinâmica estuda o efeito das forças nos

1.1 Vetores
Mas afinal o que são vetores? Nós usamos esse
termo, que representamos por setas ( → ), para
representar uma grandeza. Mas tá aí outra palavra
difícil. Na natureza existem dois tipos de grandezas,
as grandezas escalares e as grandezas vetoriais. As
grandezas escalares podemos medir apenas com
um número específico (o seu módulo), por exemplo,
se alguém te pergunta as horas, você vai responder
que são 10 horas para a esquerda? Acho que não… Para a componente x, usamos a fórmula: 𝐹𝑥 =
Por isso é uma grandeza escalar. Agora se 𝐹. 𝑐𝑜𝑠𝜃
pensarmos na velocidade, podemos dizer que um
carro está a 100 Km/h sentido leste em uma rodovia. Para a componente y, usamos a fórmula:𝐹𝑥 =
𝐹. 𝑠𝑒𝑛𝜃
E é aqui que o vetor entra, definimos ele por um
módulo (sua “intensidade”), um sentido (o destino) e Para não esquecer a fórmula, lembre-se que o Fx
uma direção (o caminho). Para te ajudar a está com o ângulo teta, e o Fy está seno do ângulo
compreender bem vetores, criamos um vídeo
theta.
animado para assistir e pausar quantas vezes
quiser: Vetores
1.2 Primeira Lei de Newton
● Decomposição de vetores O grande físico Isaac Newton, no século XVI,
publicou as três grandes leis que descrevem a
Os vetores podem estar em diferentes direções dinâmica dos corpos. A primeira lei, Lei da Inércia,
(horizontal, vertical, diagonal). E, muitas vezes, nos diz o seguinte: “Todo corpo continua em seu
vamos precisar decompor eles para termos uma estado de repouso ou de movimento uniforme
parte do vetor atuando na vertical e uma parte na em uma linha reta, a menos que seja forçado a
horizontal. Imagine que você amarrou uma corda mudar aquele estado por forças aplicadas sobre
em uma caixa, e resolveu carregar o seu cachorro ele.” Em outras palavras, um corpo que está parado
pela casa na caixa. Para puxá-lo, você irá fazer uma só entrará em movimento se existir uma força sobre
força para cima e para a frente, fazendo com que a ele, assim como um corpo em movimento só
corda fique na diagonal, mas para usarmos essa mudará a sua velocidade se uma força externa for
força nos cálculos, teremos uma componente da aplicada.
força no eixo x (horizontal) e uma componente no
eixo y(vertical). Iremos usar a geometria dos 1.3 Segunda Lei de Newton
triângulos para fazermos isso, mas calma que como A segunda Lei nós chamamos de “Princípio
tudo na física temos alguns macetes para facilitar na fundamental da dinâmica”, ela nos diz que, o
hora da prova. módulo de uma força, ou seja, a sua intensidade
(Medida em Newtons [N]) é igual a massa o corpo
multiplicado pela aceleração que ele sofre.

𝐹 = 𝑚. 𝑎
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Atrito: Essa força diz respeito a uma dificuldade que
1.4 Terceira Lei de Newton o corpo tem de se movimentar, de acordo com o meio
A terceira Lei, conhecida como “Lei da Ação e em que está. O chão tem atrito, por isso quando
Reação”, nos diz que: “A toda ação há sempre “empurramos” ele, ele nos empurra de volta e assim
uma reação oposta e de igual intensidade: as conseguimos andar. A fórmula do atrito é a força que
ações mútuas de dois corpos um sobre o outro a superfície faz em nós (Normal) vezes o coeficiente
são sempre iguais e dirigidas em sentidos de atrito (μ), que depende de cada meio/superfície:
opostos”. Ou seja, sempre que aplicarmos uma 𝐹𝑎𝑡 = 𝜇. 𝑁
força sobre um corpo, uma força de mesma
intensidade será aplicada de volta, no sentido
oposto e mesma direção.

***Importante lembrar que o par ação e reação serão


SEMPRE em corpos diferentes”***

● Atrito estático: O atrito pode se dividir em duas


categorias, o estático e o cinético. O estático se
Perceba que caracteriza sobre os corpos que ainda não
estão em movimento, dificultando o início do
Há 2 vetores, um na bola, indicando a
mesmo.
força que o pé exerce sobre ela, e o
outro no pé, indicando a força que a ● Atrito cinético: Já o cinético caracteriza o atrito
bola exerce sobre ele. quando o corpo está em movimento.

Os coeficientes de atrito (cinético e estático) serão


dados nos exercícios, por isso não é necessário o
1.5 Forças conhecimento de cada superfície.
As forças estão presentes em todos os momentos no
nosso corpo, sendo elas de diferentes origens e são

capazes de mudar o movimento dele, ou de mantê-


lo em repouso. As principais forças que estudaremos
agora serão: Peso, Normal, Atrito, Elástica e de
Tensão.

Peso: Força causada pela ação da gravidade, o


cálculo dela é bem simples: 𝑃 = 𝑚. 𝑔
Tração: Essa força está relacionada apenas quando
o corpo está ligado a algum tipo de corda rígida. O
sentido da força de tração é sempre no sentido que
a corda está puxando.

Perceba que os vetores de tração


e peso são do mesmo tamanho, ou
seja, tem o mesmo módulo, por
Normal: Força que a isso a bolinha não cai, eles estão
superfície exerce sobre o em equilíbrio.
corpo, ela está sempre a
90° com a superfície

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Elástica: A força elástica é bem parecida com a perda de energia durante o choque. Nesse caso,
Tração, mas as cordas que vamos ver agora tem um cada corpo sai exatamente com a mesma
material elástico. As molas podem sofrer uma velocidade que tinha entrado. *(e=1)
deformação de acordo com a força que aplicamos
sobre elas ou puxando-as. Para calcularmos a força
elástica faremos essa deformação vezes a constante
elástica da mola (K), que vai variar de mola para
mola: 𝐹𝑒𝑙 = 𝑥. 𝐾
● Parcialmente elástico :Ocorre quando há perda
de energia, mas não perda total. Nesse caso, a
velocidade dos corpos irá sofrer alterações.
(0<e<1)

● Perfeitamente Inelástico: Ocorre quando a perda


de energia de um corpo é total, fazendo com que
um corpo fique “grudado” no outro. (e=0)
1.6 Quantidade de Movimento
A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial,
definida pelo produto entre a massa e a velocidade
de um corpo, tendo como unidade [Kg.m/s]. Usamos
esse conceito para calcularmos e compararmos
colisões entre corpos, já que em uma situação sem
● *Coeficiente de restituição (e): Para calcularmos
forças externas, a quantidade de movimento não se
o coeficiente de restituição, utilizamos a seguinte
altera no sistema. 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑓𝑎𝑠𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
fórmula: 𝑒 =
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎çã𝑜
➔ 𝑄 = 𝑚. 𝑣
Essa fórmula relaciona a velocidade dos corpos antes
1.7 Colisões do choque acontecer e após, caracterizando se houve
Vamos classificar as colisões entre dois corpos de perda de energia ou não.
acordo com a energia conservada durante o choque.

● Perfeitamente elástico: Dizemos que uma colisão


é perfeitamente inelástica se não houver qualquer

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1.8 Mapa Mental

EXERCÍCIOS
Questão 1 Questão 2
(MACKENZIE- SP - 2013) Na experiência ilustrada (UNESP- SP - 2008) Dois corpos, A e B, atados por
acima, paramos de aumentar a massa do corpo A em um cabo, com massas m, = 1 kg em, = 2,5 kg,
920 g, momento em que o corpo B de 1 kg está na respectivamente, deslizam sem atrito no solo
iminência de movimento de subida. Esse fato ocorre, horizontal sob ação de uma força, também
porque o coeficiente de atrito estático entre a horizontal, de 12 N aplicada em B. Sobre este corpo,
superfície de apoio do bloco e a superfície do plano há um terceiro corpo, C, com massa m, = 0,5 kg, que
inclinado vale: se desloca com B, sem deslizar sobre ele. A figura
ilustra a situação descrita. Calcule a força exercida
sobre o corpo C

a) 0,7
b) 0,6
c) 0,5
d) 0,4
e) 0,3

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Questão 3 Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale
(USP- SP - 2006) Uma esfera de massa mo está θ, que senθ = 0,6, cosθ = 0,8 e g = 10 m/s, a
pendurada por um fio, ligado em sua outra intensidade da força de resistência do ar que atua
extremidade a um caixote, de massa M = 3 mo, sobre sobre o recipiente vale, em N:
uma mesa horizontal. Quando o fio entre eles
a) 500
permanece não esticado e a esfera é largada, após
b) 1250
percorrer uma distância Ho, ela atingirá uma
velocidade Vo, sem que o caixote se mova. Na c) 1.500
situação em que o fio entre eles estiver esticado, a d) 1 750
esfera, puxando o caixote, após percorrer a mesma e) 2 000
distância Ho, atingirá uma velocidade V igual a

Questão 5
(MACKENZIE- SP - 2012) Um corpo de 5 kg está em
movimento devido à ação da força F, de intensidade
50 N, como mostra a figura ao lado. O coeficiente de
atrito cinético entre a superfície de apoio horizontal e
o bloco é 0,6 e a aceleração da gravidade no local
tem módulo igual a 10 m/s”. A aceleração com a qual
o corpo está se deslocando tem intensidade
a) ¼ Vo
b) ⅓ Vo
c) ½ Vo
d) 2 Vo
e) 3 Vo

Questão 4 a) 2,4 m/𝑠 2


(UNESP- SP - 2012) Em uma operação de resgate, b) 3,6 m/𝑠 2
um helicóptero sobrevoa horizontalmente uma c) 4,2 m/𝑠 2
região levando pendurado um recipiente de 200 kg d) 5,6 m/𝑠 2
com mantimentos e materiais de primeiros socorros. e) 6,2 m/𝑠 2
O recipiente é transportado em movimento retilíneo
e uniforme, sujeito às forças peso (P), de resistência
Questão 6
do ar horizontal (F) e tração (T), exercida pelo cabo
(UNESP- SP - 2009) Uma bola de pequeno diâmetro
inextensível que o prende ao helicóptero.
deve ser elevada, lentamente e com velocidade
constante, à altura h. Considere duas opções: erguê-
la mediante o uso de uma corda e uma polia ideais
(esquema 1) ou empurrá-la ao longo do plano
inclinado (esquema II).

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Se desprezarmos o atrito, a bola é erguida com a Questão 8
aplicação da menor força, quando (PUC-MG) De acordo com a terceira lei de Newton,
a toda força corresponde outra igual e oposta,
a) Se eleva a bola na vertical, utilizando a polia
chamada de reação. A razão por que essas forças
b) Se eleva a bola utilizando qualquer uma das
não se cancelam é:
opções sugeridas
c) Se empurra a bola ao longo do plano inclinado a) elas agem em objetos diferentes.
com ângulo α igual a 60°
b) elas não estão sempre na mesma direção.
d) Se empurra a bola ao longo do plano inclinado
com o ângulo α igual a 45° c) elas atuam por um longo período de tempo.
e) Se empurra a bola ao longo do plano inclinado d) elas não estão sempre em sentidos opostos.
com ângulo α igual a 30°

Questão 7 Questão 9
(USP- SP - 2010) Na Cidade Universitária (USP), um 02-(UFPel) Considere que um caminhão-tanque, ao
jovem, em um carrinho de rolimã, desce a rua do abastecer um posto de gasolina, se encontra em
Matão, cujo perfil está representado na figura abaixo, repouso, apoiado sobre um piso plano e horizontal,
em um sistema de coordenadas em que o eixo Ox sem atrito.
tem a direção horizontal.

É correto afirmar que a menor força capaz de


No instante t = 0, o carrinho passa em movimento deslocar esse caminhão é
pela posição y=yoex=0. Dentre os gráficos das
a) uma força que depende da natureza das
figuras abaixo, os que melhor poderiam descrever a
superfícies de contato.
posição x e a velocidade v do carrinho em função do
tempo t são, respectivamente, b) uma força que está relacionada com a área de
contato entre as suas superfícies.

c) igual à força de atrito estático máxima.

d) uma força proporcional à reação normal de apoio.

e) qualquer força, por menor que seja, desde que


haja uma componente horizontal.

a) I e II
b) I e III Questão 10
c) II e IV (ITA-SP) A figura mostra uma pista de corrida A, B,
d) III e II C, D, E e F, com seus trechos retilíneos e circulares
percorridos por um atleta desde o ponto A, de onde
e) IV e III
parte do repouso, até a chegada em F, onde pára.
Os trechos BC, CD e DE são percorridos com a
mesma velocidade de módulo constante.

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III. O componente do par ação/reação
correspondente à força ù é outra força que atua
sobre a caixa, horizontalmente, com a mesma
intensidade de ù, porém de sentido da direita para a
esquerda.

Está correto o contido em:

a) I, apenas.

b) III, apenas.
Considere as seguintes afirmações:
c) I e II, apenas.
I. O movimento do atleta é acelerado nos trechos AB,
BC, DE e EF. d) II e III, apenas.

II. O sentido da aceleração vetorial média do e) I, II e III.


movimento do atleta é o mesmo nos trechos AB e EF.

III. O sentido da aceleração vetorial média do Questão 12


movimento do atleta é para sudeste no trecho BC, e,
(UNIRIO-RJ) Um objeto está suspenso ao teto de
para sudoeste, no DE. Então, está(ao) correta(s)
uma sala por meio de dois fios como mostra a figura.
a) apenas a I

b) apenas a I e II

c) apenas a I e III

d) apenas a II e III
A força resultante que age sobre o objeto é
e) todas
representada por:

Questão 11
(FGV-SP) Uma caixa encontra-se sobre um plano
horizontal e sobre ela uma força constante de
a) d)
intensidade ù atua horizontalmente da esquerda
para a direita, garantindo-lhe um movimento retilíneo
e uniforme. Com base nas leis de Newton, analise:

b) e)

I. Uma pessoa, dentro da caixa e impedida de ver o


exterior, teria dificuldade em afirmar que a caixa
possui movimento relativamente ao plano horizontal.

II. A força resultante sobre a caixa é um vetor


horizontal, que possui sentido da esquerda para a c)
direita e intensidade igual a ù.

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2 CINEMÁTICA
É o estudo que descreve os movimentos através da matemática, sem se preocupar com destino e
apenas analisando sua posição, velocidade e aceleração.

não varia o valor posição (S) com relação à


2.1 Introdução referência, portanto, é possível que ele esteja em
Para compreendermos melhor a situação que será repouso e movimento ao mesmo tempo.
analisada, é importante saber as características que
Movimento: como exemplificado anteriormente,
alteram o desenrolar do problema e o que cada uma
quando escolhermos o ponto referencial que será
delas representa. Nesta introdução apresentamos
utilizado, dizemos que o objeto está em movimento
conceitos básicos para que possamos calcular e
quando há variação da distância entre o objeto e
mensurar a velocidade do movimento.
o referencial escolhido.

A posição de um objeto é caracterizada na


Variação da posição (𝛥𝑺)
matemática pela letra S, que utilizamos quando
queremos indicar algum local, pode ser onde o Assumimos que há uma variação da posição
objeto está, o local de chegada ou a sua posição em quando há uma diferença entre a posição do objeto
um determinado tempo. Mais à frente será mais entre dois instantes diferentes de análise. Utilizamos
claro de compreender a sua aplicação. o símbolo ( 𝑺𝟎 ) para representar a sua posição
Você consegue explicar em palavras o que é, ou inicial.
melhor, a diferença entre repouso e o movimento? 𝛥𝑺 = 𝑺 − 𝑺𝟎
Conceitos como estes que parecem estar muito
claros no seu significado podem ser complicados de
exemplificar em termos físicos e relativizá-los em
Distância total percorrida (d)
diversas situações. É devido a essa relativização
que sempre mencionamos que é necessário Chamamos de distância total percorrida a soma de
escolher um referencial, um ponto de partida de todos os movimentos e deslocamentos feitos pelo
como o problema será analisado. objeto na sua trajetória.

Repouso: o que podemos chamar de repouso?


Quando eu estou sentado em um veículo, eu estou
em repouso? Ou até mesmo sentado em meu sofá,
eu estou em repouso? Pois é, a resposta para todas
essas perguntas é depende. Utilizamos o
referencial para responder a essa questão. Por
exemplo, se eu estou sentado em um veículo, e este
está em movimento em uma rodovia, eu posso
afirmar que estou em repouso com relação ao carro,
mas estou em movimento com relação a rodovia. Se
estou sentada em meu sofá, estou em repouso com
relação ao giro no eixo do planeta terra, mas estou ∆𝑺 = 𝑺𝟓 − 𝑺𝟎 𝒆 𝒅𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒅𝟏 + 𝒅𝟐 + 𝒅𝟑 + 𝒅𝟒 + 𝒅𝟓 + ⋯
em movimento com relação ao sol. Dizemos que o
objeto de estudo está em repouso quando ele

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Equação horária

Podemos relacionar a posição de um corpo com o


tempo. Se eu determino um tempo inicial em uma
posição inicial, posso contar o tempo necessário
para o objeto sair da posição 𝑆1 para 𝑆2 . Esta é
uma função matemática que chamamos de
A aceleração escalar média é o dimensionamento
equação horária em que a posição S é uma
da variação na mudança da velocidade de um corpo
função dependente do tempo, 𝑺 = 𝑺(𝒕) . Esta
em movimento, utilizamos a variação da velocidade
função não fornece a trajetória, somente sua com o intervalo de tempo do movimento.
posição em um determinado tempo. Podemos
utilizá-la em diversas situações em que são 𝛥𝑉
solicitadas por exemplo um cruzamento entre 𝐴𝑚 =
corpos ou uma relação entre objetos em movimento.
𝛥𝑡
Se há um encontro entre dois objetos, A unidade no sistema internacional é em 𝒎/𝒔𝟐 .
consequentemente podemos afirmar que o objeto A
e B estão nestas condições: É possível classificarmos o movimento conforme
apresentada a situação. Podemos classificar com
𝑆𝐴 = 𝑆𝐵 𝑒 𝑡𝐴 = 𝑡𝐵 relação a velocidade e sua aceleração. Primeiro
traçamos um início e fim com uma contagem
2.2 Velocidade escalar progressiva, como no exemplo abaixo:
média e aceleração
A velocidade também é um termo muito conhecido,
mas pouco exemplificado no dia a dia. Essa
característica do movimento é a grandeza que
define em quanto tempo um percurso foi percorrido,
o deslocamento entre dois pontos pode ocorrer em
intervalos de tempo diferentes.
A velocidade escalar média, calcula a velocidade
de um corpo conforme a distância total e o tempo
necessário para o movimento independentemente
da variação da velocidade durante o trajeto.
Para calcular a 𝑉𝑚 utilizamos o deslocamento
escalar entre os instantes inicial e final do
movimento.
𝛥𝑆
𝑉𝑚 =
𝛥𝑡

● Dicas: a velocidade média no sistema


internacional utiliza a unidade de m/s, porém
ainda é muito comum termos conversões entre 2.3 Movimento Uniforme.
este e a unidade de km/h: No movimento uniforme (MU) a velocidade média
em qualquer ponto da trajetória será constante,
podemos então considerar que a Vm será igual a
velocidade instantânea entre dois instantes
quaisquer. Para chegarmos à fórmula utilizamos
então:

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𝑆 − 𝑆0 2.5 Gráficos
𝑉 = 𝑉𝑚 ⇔ 𝑉=
𝑡 − 𝑡0 A representação gráfica pode descrever os
movimentos por meio das grandezas como posição,
Para a posição 𝑆0 temos 𝑡0 = 0:
velocidade e aceleração.
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑡 Gráficos do MU

2.4 Movimento Uniformemente O gráfico do movimento uniforme é formado por sua


equação horária, portanto, por uma equação do
Variado
primeiro grau do espaço com relação ao tempo e
No tópico anterior vimos que a velocidade é sua representação será uma reta.
constante durante o movimento, mas e quando
temos a aceleração como componente? O
movimento uniformemente variado representa a
variação da velocidade com uma aceleração
constante, ou seja, apesar de a velocidade variar
com o tempo, ela varia sempre da mesma maneira,
aumentando ou diminuindo-a.

Equações horárias do MUV.

Já vimos como funciona a aceleração escalar


constante, deste modo podemos concluir que:
A inclinação da reta nos resulta a velocidade média
𝑉− 𝑉0
𝐴𝑚 = 𝑡 − 𝑡 do movimento.
0

com o instante inicial igual a zero, portanto:

𝑽 = 𝑽𝟎 + 𝒂 ⋅ 𝒕
Através do método por integração obtemos o
resultado da seguinte fórmula:

𝑎
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 ⋅ 𝑡 + 𝑡 2
2
● Dicas: o MUV possui duas equações auxiliares Podemos observar que a inclinação da reta da
derivadas das equações horárias. Uma é a. velocidade média no MU é zero, pois a velocidade
Equação de Torricelli, que fornece variação em todo o trajeto é constante, portanto, a=0.
de espaço sem a necessidade do tempo
Gráficos do MUV
𝟐
𝑽𝟐 = 𝑽𝟎 + 𝟐 ⋅ 𝒂 ⋅ 𝜟𝑺 Como a equação horária do MUV é do segundo
grau, o gráfico da função posição com relação ao
E da Equação de Torricelli, obtemos a equação
tempo será uma parábola e sua inclinação será
da velocidade média no MUV.
representada pela velocidade. Não esqueça que a
aceleração neste movimento é sempre constante.
𝛥𝑆 𝑉0 + 𝑉
=
𝛥𝑡 2

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Fonte:”https://sosvestibablog.wordpress.com/2017/01/29/movimento-uniformemente-variado-m-u-v/”

2.6 Mapa Mental

O mapa
mental é
apenas um
resumo
inicial para
realizar suas
anotações,
não deixe de
realizá-las!

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EXERCÍCIOS
Questão 1 Questão 4
(FEI) Um carro faz uma viagem de 200km a uma (Fuvest) Um automóvel e um ônibus trafegam em
velocidade média de 40km/h. Um segundo carro, uma estrada plana, mantendo velocidades
partindo 1 hora mais tarde, faz a mesma viagem e constantes em torno de 100km/h e 75km/h,
chega ao ponto de destino no mesmo instante que respectivamente. Os dois veículos passam lado a
o primeiro. Qual é a velocidade média do segundo lado em um posto de pedágio. Quarenta minutos (⅔
carro? de hora) depois, nessa mesma estrada, o motorista
do ônibus vê o automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe,
a) 45km/h
então, que o automóvel deve ter realizado, nesse
b) 50km/h
período, uma parada com duração aproximada de:
c) 55km/h
d) 60km/h a) 4 minutos
e) 80km/h b) 7 minutos
c) 10 minutos
d) 15 minutos
Questão 2 e) 25 minutos
(Fatec) Um atleta percorre 600m com velocidade
constante 4m/s e, em seguida, mais 800m em 4 min
e 10s. Calcule a velocidade escalar média do atleta Questão 5
nesse percurso de 1400m. (FEI) Dois ciclistas, I e II, partem no mesmo instante,
de dois pontos P e Q, situados sobre uma estrada
a) 5,0m/s
retilínea. Os ciclistas percorrem a estrada em
b) 4,5m/s
movimento retilíneo uniforme. O ciclista I parte de P
c) 4,0m/s
rumo a Q e o ciclista II parte de Q rumo a P. Num
d) 3,5m/s
ponto O, situado entre P e Q, eles se cruzam. O
e) 3,0m/s
ciclista I atinge P 49 segundos após o cruzamento.
A relação entre as velocidades vI=velocidade do
ciclista I e vII=velocidade do ciclista II é igual a:
Questão 3
(Fuvest) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por a) 35/49
uma autoestrada plana, um motorista estima seu b) 49/36
tempo de viagem, considerando que consiga c) 6/7
manter uma velocidade média de 90km/h. Ao ser d) 7/6
surpreendido pela chuva, decide reduzir sua e) 12/13
velocidade média para 60km/h, permanecendo
assim até a chuva parar, quinze minutos mais tarde,
quando retorna sua velocidade média inicial. Essa Questão 6
redução temporária aumenta seu tempo de viagem,
(Mack) Um dos movimentos mais estudados no
com relação à estimativa inicial em:
curso de Física do ensino médio é o M.R.U.
a) 5 minutos (movimento retilíneo uniforme). No nosso dia-a-dia
b) 7,5 minutos não é tão comum nos depararmos com movimentos
c) 10 minutos deste tipo, porém não é de todo impossível. Nesse
d) 15 minutos movimento a partícula descreve uma trajetória
e) 30 minutos retilínea e:

Material de apoio | 15
FÍSICA
a) sua velocidade aumenta uniformemente Questão 9
durante o tempo. (ENEM) Um motorista que atende a uma chamada
b) sua velocidade diminui uniformemente durante de celular é levado à desatenção, aumentando a
o tempo. possibilidade de acidentes ocorrerem em razão do
c) sua velocidade aumenta ou diminui aumento de seu tempo de reação. Considere dois
uniformemente durante o tempo. motoristas, o primeiro atento e o segundo utilizando
d) sua aceleração é nula. o celular enquanto dirige. Eles aceleram seus carros
e) sua aceleração é constante, mas não nula. inicialmente a 1,00 m/s2. Em resposta a uma
emergência, freiam com uma desaceleração igual a
5,00 m/s2. O motorista atento aciona o freio à
Questão 7 velocidade de 14,0 m/s, enquanto o desatento, em
(PUC) Dois carros percorrem em sentidos opostos situação análoga, leva 1,00 segundo a mais para
uma longa estrada retilínea, com velocidade iniciar a frenagem. Que distância o motorista
praticamente constantes e iguais a 60km/h e 90 desatento percorre a mais do que o motorista
km/h. A intercomunicação entre os dois é feita pelo atento, até a parada total dos carros?
rádio cujo alcance é de 450km. Contando os tempos
a) 2,90 m
a partir do instante em que se cruzam, a
b) 14,0 m
comunicação é possível durante quantas horas?
c) 14,5 m
a) 6 horas d) 15,0 m
b) 5 horas e) 17,4 m
c) 4 horas
d) 3 horas
e) 2 horas

Questão 10
Questão 8 (Fatec) Uma partícula passa pelo ponto A da
(ENEM) Uma empresa de transportes precisa trajetória esquematizada abaixo, no instante t = 0
efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve com velocidade de 8m/s. No instante t = 3s, a
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o partícula passa pelo ponto B com velocidade de
trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela 20m/s.
verifica que o trajeto apresenta dois trechos de
distâncias diferentes e velocidades máximas
permitidas diferentes. No primeiro trecho, a
velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a
distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo
Sabendo-se que seu movimento é uniformemente
trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade
variado, a posição do ponto B, em metros, vale:
máxima permitida é 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam a) 25
favoráveis para que o veículo da empresa ande b) 30
continuamente na velocidade máxima permitida, c) 45
qual será o tempo necessário, em horas, para a d) 50
realização da entrega? e) 55

a) 0,7
b) 1,4
c) 1,5
d) 2,0
e) 3,0

Material de apoio | 16
FÍSICA
Questão 11 eles mudem para a cor verde quando o veículo
(Mack) Em uma pista retilínea, um atleta A com estiver a 100 m de cruzá-los, para que ele não tenha
velocidade escalar constante de 4m/s passa por que reduzir a velocidade em nenhum momento.
outro B, que se encontra parado. Após 6,0 s desse
Considerando essas condições, aproximadamente
instante, o atleta B parte em perseguição ao atleta
quanto tempo depois da abertura do semáforo O os
A, com aceleração escalar constante e o alcança em
semáforos A, B e C devem abrir, respectivamente?
4,0 s. A aceleração escalar do atleta B tem o valor
de: a) 20 s, 45 s e 70 s.
b) 25 s, 50 s e 75 s.
a) 5,0m/s²
b) 4,0m/s² c) 28 s, 42 s e 53 s.
c) 3,5m/s² d) 30 s, 55 s e 80 s.
d) 3,0m/s² e) 35 s, 60 s e 85 s.
e) 2,5m/s²

Questão 14
Questão 12 (ENEM) Um motorista que atende a uma chamada
de celular é levado à desatenção, aumentando a
(Unifesp) Uma ambulância desloca-se a 108km/h
possibilidade de acidentes ocorrerem em razão do
num trecho plano de uma rodovia quando um carro,
aumento de seu tempo de reação. Considere dois
a 72km/h, no mesmo sentido da ambulância, entra
motoristas, o primeiro atento e o segundo utilizando
na sua frente a 100m de distância, mantendo sua
o celular enquanto dirige. Eles aceleram seus carros
velocidade constante. A mínima aceleração, em
inicialmente a 1,00 m/s2. Em resposta a uma
m/s2, que a ambulância deve imprimir para não se
emergência, freiam com uma desaceleração igual a
chocar com o carro é, em módulo, pouco maior que:
5,00 m/s2. O motorista atento aciona o freio à
a) 0,5 velocidade de 14,0 m/s, enquanto o desatento, em
b) 1,0 situação análoga, leva 1,00 segundo a mais para
c) 2,5 iniciar a frenagem. Que distância o motorista
d) 4,5 desatento percorre a mais do que o motorista
e) 6,0 atento, até a parada total dos carros?

a) 2,90 m

Questão 13 b) 14,0 m
c) 14,5 m
(ENEM) Você foi contratado para sincronizar os
quatro semáforos de uma avenida, indicados pelas d) 15,0 m
letras O, A, B e C, conforme a figura. e) 17,4 m

Questão 15
(ENEM) Dois veículos que trafegam com velocidade
Os semáforos estão separados por uma distância constante em uma estrada, na mesma direção e
de 500 m. Segundo os dados estatísticos da sentido, devem manter entre si uma distância
companhia controladora de trânsito, um veículo, que mínima. Isso porque o movimento de um veículo,
está inicialmente parado no semáforo O, até que ele pare totalmente, ocorre em duas etapas,
tipicamente parte com aceleração constante de 1 m a partir do momento em que o motorista detecta um
s-2 até atingir a velocidade de 72 km h-1 e, a partir problema que exige uma freada brusca. A primeira
daí, prossegue com velocidade constante. Você etapa é associada à distância que o veículo percorre
deve ajustar os semáforos A, B e C de modo que entre o intervalo de tempo da detecção do problema

Material de apoio | 17
FÍSICA
e o acionamento dos freios. Já a segunda se Questão 16
relaciona com a distância que o automóvel percorre (FEI) O gráfico abaixo representa o espaço
enquanto os freios agem com desaceleração percorrido, em função do tempo, por um móvel em
constante. Considerando a situação descrita, qual MRUV.
esboço gráfico representa a velocidade do
automóvel em relação à distância percorrida até
parar totalmente?

Pode-se afirmar que a posição do móvel para t = 0,5


s e a função horária da velocidade desse móvel são,
respectivamente:

a) 18,750 m; v = 10 – 10t
b) 19,875 m; v = 15 – 5t
c) 17,500 m; v = 15 – 10t
d) 17,500 m; v = 10 – 10t
e) 18,000 m; v = 10 – 5t

Material de apoio | 18
FÍSICA
2.7 Cinemática vetorial representa o sentido e podendo ser a favor, contra
ou indiferente a velocidade.
Na cinemática escalar, focamos em calcular e
analisar as características em forma de grandeza
dos movimentos, se o corpo acelera, em quanto
tempo ocorre o movimento, entre outros. Nesta aula
vamos entender como a cinemática atua nas três
dimensões, como as forças atuam na cinemática do
corpo e como elas determinam a forma do trajeto
analisado.

Para iniciarmos o entendimento sobre a cinemática


escalar, é necessário definirmos como a posição do
objeto vai ser estudado neste novo espaço. O vetor
posição (𝑆 → )determina através de um vetor a Aceleração tangencial
posição do corpo através de um plano cartesiano,
A aceleração tangencial é responsável pela variação
onde sua origem surge em O e se estende até a sua
no módulo do vetor velocidade.
posição (extremidade da flecha) chamada por
exemplo de P. Conforme estudamos, a posição
pode ser relacionada conforme a mudança do
tempo, portanto, a extremidade P pode alterar seus
pontos de localização conforme os instantes
analisados. Mais à frente ficará mais claro como
funcionam as mudanças vetoriais.

Esta aceleração está necessariamente na mesma


direção do vetor velocidade, se no mesmo sentido
está acelerando, se no sentido oposto está
retardando.

Aceleração centrípeta

A aceleração centrípeta é responsável pela variação


na direção do vetor velocidade, pois ocasiona
movimentos curvos na trajetória. Este vetor será
sempre perpendicular ao vetor de aceleração
O vetor deslocamento é análogo a variação da
tangencial.
posição escalar, ele representa, em termo de
vetores, o deslocamento efetivo o objeto de estudo.
Por exemplo, o vetor deslocamento da figura acima
seria todo o eixo x representado.

Vetor velocidade e aceleração

O vetor velocidade representa o sentido da força do


movimento no plano cartesiano, podendo ser
composta com o vetor aceleração, que também

Material de apoio | 19
FÍSICA
Para calcularmos o módulo da aceleração normal Período e frequência
utilizamos a fórmula:
O movimento circular é baseado em movimentos
𝟐 periódicos e isso faz com que possamos definir
| 𝒂→ 𝒏 | = 𝒗 matematicamente estas repetições.
𝑹
Ambas as acelerações podem ser relacionadas Período (T) é o tempo em que o movimento leva
através do teorema de Pitágoras. para cumprir uma volta completa.

Frequência (f) é o número de vezes que o


movimento se repete em uma unidade de tempo.
2.8 Movimento Circular
Uniforme. 1
𝑓=
Este movimento é estudado em trajetórias
𝑇
circulares, com o valor da velocidade constante e o Com essas informações podemos relacioná-las e
vetor aceleração se altera, definindo a direção obter as seguintes equações:
conforme o raio.
2𝜋𝑅
𝑣= = 2𝜋𝑅𝑓
𝑇
2𝜋
𝜔= = 2𝜋𝑓
𝑇
𝑣 =𝜔⋅𝑓
Polias

Existem dois tipos famosos de movimentos


As referências neste estudo de trajetória circular são circulares e ambos possuem características
o ângulo interno (𝛥𝛩) e o comprimento de arco (𝛥𝑆) marcantes no seu funcionamento.
que se relacionam pela fórmula:

∆𝑆
∆𝜃 =
𝑅
Como nos estudos anteriores, a grandeza de
velocidade também é presente, entretanto, devido
ao movimento circular ela deve ser analisada de
outra forma, através da velocidade angular média
(𝜔𝑚 ), calculada em radianos por segundo.:

∆𝜃
𝜔𝑚 =
∆𝑡
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔𝑡
Sabemos que a velocidade será sempre a mesma
no movimento uniforme, portanto podemos fazer
analogia ao M.U estudado conforme a equação
acima.

Material de apoio | 20
FÍSICA
2.9 Mapa Mental

EXERCÍCIOS
Questão 17 reentrada tivesse acontecido alguns minutos depois,
(Mack) Em um experimento verificamos que certo teríamos uma tragédia, pois a queda seria na área
corpúsculo descreve um movimento circular urbana do Rio de Janeiro e não no oceano.
uniforme de raio 6m, percorrendo 96 m em 4 s. O
período do movimento desse corpúsculo é
aproximadamente:

a) 0,8 s
b) 1,0 s
c) 1,2 s
d) 1,6 s
e) 2,4 s

Questão 18
(ENEM) Na madrugada de 11 de março de 1978,
partes de um foguete soviético reentraram na
atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e
caíram no Oceano Atlântico. Foi um belo
espetáculo, os inúmeros fragmentos entrando em
ignição devido ao atrito com a atmosfera brilharam
intensamente, enquanto “cortavam o céu”. Mas se a

Material de apoio | 21
FÍSICA
De acordo com os fatos relatados, a velocidade Questão 21
angular do foguete em relação à Terra no ponto de (Fuvest) Em uma estrada, dois carros, A e B, entram
reentrada era: simultaneamente em curvas paralelas, com raios RA
e RB. Os velocímetros de ambos os carros indicam,
a) igual à da Terra e no mesmo sentido.
ao longo de todo o trecho curvo, valores constantes
b) superior à da Terra e no mesmo sentido.
vA e vB. Se os carros saem das curvas ao mesmo
c) inferior à da Terra e no sentido oposto.
tempo, a relação entre vA e vB é:
d) igual à da Terra e no sentido oposto.
e) superior à da Terra e no sentido oposto.

Questão 19
(Unifesp) Pai e filho passeiam de bicicleta e andam
lado a lado com a mesma velocidade. Sabe-se que
o diâmetro das rodas da bicicleta do pai é o dobro
do diâmetro das rodas da bicicleta do filho. Pode-se
afirmar que as rodas da bicicleta do pai giram com:

a) a mesma frequência das rodas da bicicleta do


filho, mas com o dobro da velocidade angular. a) vA = vB
b) o dobro da frequência e da velocidade angular b) vA/ vB = RA/RB
com que giram as rodas da bicicleta do filho. c) vA / vB = (RA/RB)^2
c) a mesma frequência das rodas da bicicleta do d) vA / vB = RB/RA
filho, mas com metade da velocidade angular. e) vA / vB = (RB/RA)^2
d) a metade da frequência e da velocidade
angular com que giram as rodas da bicicleta do
filho. Questão 22
e) a mesma frequência e velocidade angular com (FEI) Um dispositivo mecânico apresenta três polias
que giram as rodas da bicicleta do filho. (1), (2) e (3) de Raios R1 = 6 cm, R2 = 8 cm e R3 =
2 cm, respectivamente, pelas quais passa uma fita
que se movimenta, sem escorregamento. Se a polia
Questão 20 (1) efetua 40 rpm, qual é, em segundos, o período
(Vunesp) Sejam ω1 e ω2 as velocidades angulares do movimento da polia (3)?
dos ponteiros das horas de um relógio da torre de
uma igreja e de um relógio de pulso,
respectivamente, e v1 e v2 as velocidades escalares
das extremidades desses ponteiros. Se os dois
relógios fornecem a hora certa, podemos afirmar
que:

a) ω1 = ω2 e v1 = v2
b) ω1 = ω2 e v1 > v2
a) 0,5
c) ω1 > ω2 e v1 = v2
d) ω1 > ω2 e v1 > v2
b) 1,2
e) ω1 < ω2 e v1 < v2 c) 2,0
d) 2,5
e) 3,2

Material de apoio | 22
FÍSICA
Questão 23
(Unifesp) Três corpos estão em repouso em relação
ao solo, situados em três cidades: Macapá,
localizada na linha do Equador, São Paulo, no
trópico de Capricórnio, e Selekhard, na Rússia,
localizada no círclo polar Ártico. Pode-se afirmar
que esses três corpos giram em torno do eixo da
Terra descrevendo movimentos circulares
uniformes, com:

a) as mesmas frequências e velocidade angular,


mas o corpo localizado em Macapá tem a maior
velocidade tangencial.
b) as mesma frequência e velocidade angular,
mas o corpo localizado em São Paulo tem a A frequência de giro do ponteiro, em RPM, é:
maior velocidade tangencial.
c) as mesma frequências e velocidade angular, a) 1.
mas o corpo localizado em Selekhard tem a b) 2.
maior velocidade tangencial.
d) as mesma frequências, velocidade angular e c) 4.
velocidade tangencial, em qualquer cidade. d) 81.
e) frequência, velocidade angular e velocidade
e) 162.
tangencial diferentes entre si, em cada cidade.

Questão 24
(ENEM) A invenção e o acoplamento entre
engrenagens revolucionaram a ciência na época e
propiciaram a invenção de várias tecnologias, como
os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro,
um relojoeiro usa o sistema de engrenagens
mostrado. De acordo com a figura, um motor é
ligado ao eixo e movimenta as engrenagens
fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de
18 RPM, e o número de dentes das engrenagens
está apresentado no quadro.

Material de apoio | 23
FÍSICA
2.10 Lançamento vertical e geral, é necessário que seja de acordo com o
mesmo referencial para que sua conclusão seja
queda livre exata.
Como estudado anteriormente, corpos estão
sujeitos a ação de acelerações. Uma amplamente Entretanto, quando um corpo se encontra sob ação
conhecida é a aceleração da gravidade, que quando simultânea de vários movimentos, cada um deles se
desprezada a resistência do ar, na superfície resolve como se os demais não existissem. Estes
terrestre ela é constante independente da massa do movimentos são conhecidos como lançamentos de
corpo. Numericamente nomeamos a aceleração da um corpo numa direção diferente da vertical.
gravidade como 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠^2 ou 2.12 Lançamento oblíquo
simplificadamente 𝑔 = 10 𝑚/𝑠^2.
Para esclarecer o conceito anterior, podemos dividir
Lembrando que quando há a existência de uma o lançamento em dois movimentos, em uniforme na
aceleração, estamos tratando de situação do M.U.V, sua trajetória horizontal e variado na sua trajetória
além de que, devido a isso, as orientações são de vertical.
extrema importância para a solução dos problemas
A velocidade horizontal não apresenta interferência
apresentados.
de nenhuma aceleração, por isso a velocidade neste
eixo pode ser nomeada como 𝑽𝟎 𝒙 = 𝑽𝟎 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝜽.

A velocidade vertical possui a interferência da


aceleração da gravidade, devido a este fato,
utilizamos as equações do movimento variado para
identificar o momento e posição em que o
movimento está. A velocidade está relacionada de
forma 𝑽𝟎 𝒚 = 𝑽𝟎 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜽 com relação a velocidade
vetorial inicial.

Fonte:” https://querobolsa.com.br/enem/fisica/queda-
livre-e-lancamento-vertical”

O lançamento se diferencia pela queda livre


unicamente pela orientação adotada e sua
velocidade inicial. Em um lançamento o movimento
é iniciado através de uma força inicial, ou seja,
através de uma velocidade inicial diferente de zero,
uma vez que na situação de queda livre, o objeto é
liberado de uma situação onde o seu potencial é Fonte:” https://vamosestudarfisica.com/lancamento-o-que-e-
elevado e sua velocidade é acrescida, porém, a lancamento-obliquo/”
partir de uma situação com velocidade inicial igual a A altura máxima é dada quando a aceleração
zero. consegue inibir a velocidade na direção inicial e
começa a inverter o movimento. A distância máxima
é dada pelo tempo total da trajetória até que o objeto
2.11 Composição de atinja o chão.
movimentos
Sabemos que os referenciais na cinemática são
importantes e que o estudo de um movimento em

Material de apoio | 24
FÍSICA
2.13 Mapa Mental

EXERCÍCIOS
Questão 25
(ENEM) Nos desenhos animados, com frequência
se vê um personagem correndo na direção de um
abismo, mas, ao invés de cair, ele continua andando
no vazio e só quando percebe que não há nada sob
seus pés é que ele para de andar e cai
verticalmente. No entanto, para observar uma b)
trajetória de queda num experimento real, pode-se
lançar uma bolinha, com velocidade constante (V0),
sobre a superfície de uma mesa e verificar o seu
movimento de queda até o chão.
Qual figura melhor representa a trajetória de queda
da bolinha? c)

d)
a)

Material de apoio | 25
FÍSICA
a) Zero.
b) 1,5
c) 3,0
d) 4,5
e) Impossível de ser calculado

e) Questão 28
(PUC)
Questão 26
(ENEM) Na Antiguidade, algumas pessoas
acreditavam que, no lançamento oblíquo de um
objeto, a resultante das forças que atuavam sobre
ele tinha o mesmo sentido da velocidade em todos
os instantes do movimento. Isso não está de acordo
com as interpretações científicas atualmente
Suponha que cebolinha, para vencer a distância que
utilizadas para explicar esse fenômeno.
o separa da outra margem e livrar-se da ira de
Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e
Mônica, tenha conseguido que sua velocidade de
o sentido do vetor força resultante que atua sobre o
lançamento, de valor 10m/s, fizesse um ângulo a
objeto no ponto mais alto da trajetória?
com a horizontal, cujo a = 0,6 e cos a = 0,8.
a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a Desprezando-se a resistência do ar, marque a
velocidade vertical nesse ponto. opção que corresponde ao intervalo de tempo
b) Vertical para baixo, pois somente o peso está decorrido entre o instante em que cebolinha salta e
presente durante o movimento. o instante em que ele atinge o alcance máximo do
c) Horizontal no sentido do movimento, pois outro lado é:
devido à inércia o objeto mantém seu
movimento. a) 2,0s
d) Inclinado na direção do lançamento, pois a b) 1,8s
força inicial que atua sobre o objeto é c) 1,6s
constante. d) 1,2s
e) Inclinado para baixo e no sentido do
e) 0,8s
movimento, pois aponta para o ponto onde o
objeto cairá.
Questão 29
Questão 27 (Mack) Um corpo A, é lançado obliquamente para
cima de um ponto P do solo horizontal, com
(Vunesp) A trajetória de uma partícula,
velociade que forma 60 ° com o solo. No mesmo
representada na figura, é um arco de circunferência
instante, outro corpo, B, apoiado ao solo, passa por
de raio r = 2,0 m, percorrido com velocidade de
P com velociade constante de 10 m/s. Despreze
módulo constante, v = 3,0 m/s.
todas as forças resistivas e adote g=10 m/s². Para
que o corpo A se encontre novamente com o B, a
sua velocidade inicial deve ter módulo igual a:

a) 20m/s
b) 15 m/s
c) 10 m/s
O módulo da aceleração vetorial dessa partícula d) 8 m/s
nesse trecho, em m/s2, é
e) 5 m/s

Material de apoio | 26
FÍSICA
Questão 30 b) 𝑡𝐵 = 𝑡𝐴 𝑒 𝑉𝐴 = 2𝑉𝐵
(Fatec) Um rio tem largura de 800m, e admite-se c) 𝑡𝐵 = 𝑡𝐴 𝑒 2𝑉𝐴 = 𝑉𝐵
constante a velocidade da correnteza: 3,0 m/s. Um d) 2𝑡𝐵 = 𝑡𝐴 𝑒 𝑉𝐴 = 𝑉𝐵
barco a motor, tendo velocidade constante de 4,0 e) 𝑡𝐵 = 2𝑡𝐴 𝑒 𝑉𝐴 = 2𝑉𝐵
m/s em relação a água, atravessa o rio, apontando
sua proa sempre perpendicularmente a margem Questão 32
oposta. Nessas condições, o barco chegará ao outro
(FEI) Um barco tem velocidade de 14,4km/h em águas
lado a certa distância d rio abaixo. A distância d vale:
paradas. Com esse barco deseja-se atravessar um rio
a) 200 m cuja correnteza tem velocidade de 2m/s, constante,
b) 400 m indo de um ponto de uma margem até o ponto
diametralmente oposto, na outra margem. O ângulo
c) 600 m
que o eixo longitudinal do barco deve formar com a
d) 800 m
normal da correnteza é:
e) 1000 m
a) 120 graus
b) 90 graus
Questão 31
c) 30 graus
(FGV) Dois blocos A e B são lançados,
d) 60 graus
sucessivamente, na horizontal de uma plataforma
e) 45 graus
de altura h com velocidades vA e vB , atingindo o
solo nos pontos A e B, como indica a figura. Os
tempos decorridos desde que cada bloco abandona
a plataforma até atingir o solo são tA e tB. Pode-se
afirmar que:

a) 𝑡𝐵 = 𝑡𝐴 𝑒 𝑉𝐴 = 𝑉𝐵
BIBLIOGRAFIA
- Editora Núcleo, Vários autores ISBN 978-85-7263-481-6; ETAPA Extensivo: Volume 1/2/3/4/5/6/7. 1º Edição,
2016, p. disciplina de física.

Material de apoio | 27
FÍSICA
3 TRABALHO
3.1 Definição
Todos nós sabemos que, quando fazemos qualquer
tipo de esforço físico, ficamos cansados. Esse
cansaço se deve ao fato de estarmos gastando
energia. Esse gasto de energia que, para nós fica
bem óbvio, acontece quase* sempre que temos um
corpo se movendo. (*Se o movimento for em inércia,
isso não acontece).

Em física, damos um nome a esse gasto de energia:


Trabalho. Uma definição mais formal seria a
seguinte:

“Trabalho é a grandeza física que representa a


variação de energia de um corpo” Você deve estar pensando: “Bem, se terminamos
com menos energia, quer dizer que a energia final
Opa, mas se é uma variação, quando um corpo
vai ser menor que a inicial, logo a variação vai ficar
ganha energia também houve trabalho? Sim! Por
negativa!” Isso estaria correto SE estivéssemos
mais que, normalmente, a primeira coisa que
estudando o que acontece no nosso corpo…, mas a
relacionamos ao trabalho seja o gasto de energia,
verdade é que o que mais importa nesse caso é a
quando ganhamos energia também realizamos
variação de energia da caixa! Por analogia, se nós
trabalho. A esses “dois tipos” de trabalho damos
perdemos energia ao realizar um esforço físico, ao
nomes diferentes: Trabalho Motor e Trabalho
empurrar uma caixa, por exemplo, não é estranho
Resistente.
pensar que a caixa ganha energia. Quando um
3.2 Trabalho Motor e corpo ganha energia, sua variação de energia
(trabalho) é positiva. Quando temos um trabalho
Trabalho Resistente com valor positivo, chamamos de Trabalho Motor.
Como vimos pela definição, trabalho consiste em
uma variação de energia. (Nós vamos estudar A parte legal disso é que o caminho inverso também
energia no próximo capítulo, então não se funciona, só recebe um nome diferente: quando um
preocupem, por hora vamos focar na parte da corpo perde energia, temos um trabalho negativo
variação.) (ou seja, variação de energia negativa, já que a
energia final é menor do que a inicial). Quando
Quando temos qualquer variação, já sabemos que temos um trabalho com valor negativo, chamamos
temos que observar o valor final e inicial da de Trabalho Resistente.
grandeza e subtrair um do outro. Agora vamos
pensar nisso com um olhar para o trabalho: Por A definição mais formal sobre Trabalho Motor e
exemplo, quando empurramos uma caixa muito Trabalho Resiste é essa:
pesada. Isso requer um esforço físico nosso, isso “É chamado de Trabalho Motor, todo trabalho que é
cansa. Se isso cansa, podemos dizer que estamos realizado no sentido do movimento do corpo, e
gastando energia. Agora, se estamos gastando Trabalho Resiste todo trabalho realizado no sentido
energia, quer dizer que vamos terminar de empurrar oposto ao movimento.”
a caixa com menos energia do que começamos.

Material de apoio | 28
FÍSICA
“Espera, mas você não disse nada sobre o sentido fique assustado, não vamos precisar de nenhuma
do movimento!!!” Calma, agora vamos ver melhor conta difícil envolvendo vetores, para calcular o
como calculamos o trabalho e porque a direção do trabalho!
movimento é relevante.
A grande sacada aqui é que:

Só existe trabalho na direção do deslocamento


3.3 Trabalho de uma Força do corpo!

Quando falamos sobre trabalho, já vimos que o Agora, lembrando que as coisas que influenciam no
objeto de estudo é relevante. Em outras palavras, trabalho são vetores, então quer dizer que os
trabalho é uma grandeza que SEMPRE estará vetores precisam estar na mesma direção, ou seja,
ligada a mais alguma coisa, no caso, uma força. E eles têm que ser paralelos! Isso quer dizer que:
antes que vocês comecem a ficar preocupados com
● Se a força e o deslocamento estiverem paralelos
o exemplo de arrastar a caixa, a pessoa é só uma
-> temos trabalho
analogia para a força que empurra a caixa. Isso
● Se a força e o deslocamento estiverem
significa que quem realiza (ou não realiza) trabalho
perpendiculares -> não temos trabalho
é a força. E isso é um conceito que muitas vezes
● Se a força e o deslocamento estiverem em
deixamos de lado e é amplamente cobrado nas
qualquer outro ângulo -> só a componente
provas de vestibulares. Sempre que formos analisar
paralela vai influenciar no trabalho
trabalho, temos que pensar qual força está
realizando esse trabalho, ou até, se a força Dessa forma, se escrevermos a fórmula levando
realmente realiza esse trabalho! isso em conta e, usando os termos e símbolos da
física, ela fica desse jeito:
Agora só falta mais um detalhe para podermos
colocar números e fórmulas nessa coisa chamada
"trabalho'', e esse detalhe é a distância. É bem fácil
perceber que, o desgaste causado por empurrar a
caixa pesada, vai ser maior, dependendo do quão
longe você a levar.

Então, o trabalho depende diretamente e


proporcionalmente à distância.

Agora podemos começar a escrever uma fórmula


para o trabalho, considerando que, tanto a força
que realiza o trabalho, quanto a distância, são
diretamente proporcionais ao trabalho:
A unidade de Trabalho é o Joule, representado pela
Trabalho = Força x Distância letra [J].

Com estas informações, já podemos começar a Juntando a ideia de que trabalho motor e trabalho
calcular o trabalho e fazer os exercícios? Ainda resistente depende do sentido, conseguimos saber
não, faltam mais alguns detalhes que não podemos se o trabalho será negativo ou positivo, basta ver
esquecer. Como já vimos, a força é uma grandeza se a força e o deslocamento estão no mesmo
vetorial. Trabalhar só com seu valor absoluto pode sentido (trabalho positivo) ou em sentidos opostos
gerar erros, então temos que considerar isso. E (trabalho negativo).
como vocês se lembram, a distância, ou melhor, o
Do mesmo modo que estudamos forças diferentes,
deslocamento, também é uma grandeza vetorial.
podemos estudar o trabalho dessas forças de
Isso significa que a direção e o sentido do
maneira individual, como por exemplo a força peso.
movimento, vão influenciar no trabalho. Mas não

Material de apoio | 29
FÍSICA
3.4 Trabalho da força peso Esse método também funciona para forças que não
são variáveis. Apenas lembre-se de verificar que a
A força peso só realizará trabalho se o corpo estiver
força e o deslocamento estão paralelos. Vale a pena
se movendo no sentido vertical, ou seja, subindo ou
notar que, usando o gráfico, a força pode ficar
descendo. Em ambos os casos, podemos calcular
negativa. Isso não está errado, apenas indica que a
da mesma maneira, só trocando o sinal:
força e o deslocamento estão em sentidos opostos!
T = F x d -> T = P x h

Obs.: Como o ângulo entre a força e o deslocamento


é 0°, seu cosseno é 0 3.6 A questão do percurso
Um erro muito comum quando se começa a estudar
Se usarmos a fórmula do peso, chegamos na
trabalho é ficar preso demais ao trajeto que o corpo
seguinte fórmula:
faz. Como sabemos, o deslocamento é importante,
T = m.g.h mas só existe trabalho quando a força está paralela
ao deslocamento. Também vale lembrar, que a
princípio, trabalho é a variação de energia. Sendo
uma variação, os únicos pontos importantes são o
3.5 Trabalho de uma força inicial e o final. Ou seja:
variável
O caminho não importa !!
Até aqui, sempre estamos considerando que a força
não muda durante todo o trajeto, mas nem sempre Muitas questões de vestibular costumam descrever
será assim. Para calcular o trabalho de uma força o trajeto completo do corpo e o aluno acaba
variável, é necessário utilizar conceitos mais esquecendo desse detalhe, então não esqueça: O
avançados de matemática, o que pode ser um importante é o ponto inicial e o ponto final do
pouco difícil. Mas, para a nossa sorte, existe um jeito movimento.
muito mais simples e prático: gráficos!

Usando as variáveis que utilizamos para calcular o


trabalho, podemos criar um gráfico entre força e 3.7 Exemplos
distância. 1) Uma força de 50N é aplicada em um corpo
de massa de 10kg, que está sobre repouso no chão
para a direita. Depois de se mover por 3 metros na
direção da aplicação da força, qual o trabalho da
força aplicada?

Usando a fórmula do trabalho: T=F.d (como o


movimento está na direção da força, o ângulo é 0,
logo o cosseno é 1)

T=50.3=150 J

2) Um homem empurra uma caixa de 50kg em


A área embaixo da curva desse gráfico é cima de uma rampa, por 4 metros, com uma força
numericamente igual ao trabalho da força. Assim, de 400N. Qual o trabalho da força que faz a caixa
transformamos um problema matemático avançado, subir?
em uma questão simples de cálculo de áreas
geométricas!

Material de apoio | 30
FÍSICA
Sabendo a resultante paralela ao movimento,
podemos aplicar a fórmula do trabalho e achar a
resposta:

T=F.d = 150.4 = 600J

3) Qual o trabalho da força peso que age sobre


uma bola de 1kg, que cai de uma altura de 10 m?

Usando a fórmula do trabalho da força peso temos:


A primeira coisa que temos que notar é que, a força
que o homem faz não é a única agindo sobre a T= m.g.h = 1.10.10 = 100J
caixa, temos que considerar a força peso também.
Como vimos, a força que fará com que a caixa suba
será a resultante. Logo, precisamos fazer um 4) Uma força constante, de módulo 40N age
diagrama de forças para descobrir a força que será sobre um corpo, formando um ângulo de 30° com a
paralela ao movimento. Como sabemos que a direção do deslocamento. Calcule o trabalho da
inclinação da rampa é de 60°, quando calculamos a força depois do corpo percorrer 4,5 metros
componente paralela à rampa, temos: Px = P.cos 60
= m.g.cos60 Sabemos que só a componente paralela ao
deslocamento irá realizar trabalho. Nesse caso,
1
Assim: Px = 50.10. = 250N vamos usar o cosseno para achar a componente
2
(como na fórmula geral)
Como a força que o homem faz e, a componente da
T = F . d. cosθ = 40 . 4,5 .cos 30°
força peso têm sentidos opostos, basta subtrairmos
uma da outra para achar a resultante: √3
T = 40 . 4,5 . = 90√𝟑
Fr = F - Px = 400-250 = 150N 2

3.8 Mapa Mental

Material de apoio | 31
FÍSICA
EXERCÍCIOS

Questão 1 Questão 3
(UNIFESP-2006) A figura representa o gráfico do (Unitau-1995) Considere que a Lua descreve uma
módulo F de uma força que atua sobre um corpo em trajetória circular em torno da Terra, sendo o raio
função do seu deslocamento x. Sabe-se que a força desta circunferência igual a 3,84 × 105 m. A força
atua sempre na mesma direção e sentido do que a Terra exerce sobre a Lua é dirigida sempre
deslocamento. para a direção do centro da circunferência. Assinale
a opção correta:

a) O trabalho realizado sobre a Lua pela força


gravitacional da Terra é sempre nulo.

b) Deve existir, além da força atrativa da Terra, outra


força para manter o movimento circular da Lua.

c) Devido à força de atração, a Lua deverá "cair na


Terra".

d) A velocidade tangencial da Lua não é constante.

e) A aceleração tangencial e a aceleração centrípeta


da Lua são positivas.
Pode-se afirmar que o trabalho dessa força no
trecho representado pelo gráfico é, em joules,
Questão 4
a) 0.
(UFSCar-2001) O bloco da figura desce
b) 2,5. espontaneamente o plano inclinado com velocidade
constante, em trajetória retilínea.
c) 5,0.

d) 7,5.

e) 10.

Questão 2
(PUC-RJ-2001) Durante a Olimpíada 2000, em
Sidney, um atleta de salto em altura, de 60 kg,
atingiu a altura máxima de 2,10 m, aterrissando a Desprezando-se qualquer ação do ar, durante esse
3m do seu ponto inicial. Qual o trabalho realizado movimento, atuam sobre o bloco
pelo peso durante a sua descida? (g = 10 m/s²)
a) duas forças, e ambas realizam trabalho.
a) 1800 J
b) duas forças, mas só uma realiza trabalho.
b) 1260 J
c) três forças, e todas realizam trabalho.
c) 300 J
d) três forças, mas só duas realizam trabalho.
d) 180 J
e) três forças, mas só uma realiza trabalho.
e) 21 J

Material de apoio | 32
FÍSICA
Questão 5 Questão 7
(Mack-1997) O bloco de peso 100N, da figura, sobe (Fuvest-1981) Quando uma pessoa de 70 kg sobe
o plano inclinado com velocidade constante, sob a 2 m numa escada, ela realiza um trabalho cuja
ação da força F paralela ao plano e de intensidade ordem de grandeza é (adote g =10 m/s2) :
71N. Devido ao atrito, a quantidade de calor liberada
a) 10 J
no trajeto de A para B é: (Dado: 1 cal = 4,2 J)
b) 102 J

c) 103 J

d) 104 J

e) 105 J

Questão 8
(UFPE-1996) Um bloco de massa M desliza uma
distância L ao longo de uma prancha inclinada por
a) 700 cal um ângulo em relação à horizontal. Se a aceleração
da gravidade vale g, podemos afirmar que durante a
b) 420 cal
descida do bloco o trabalho realizado por sua força
c) 210 cal peso vale:

d) 100 cal

e) 10 cal.

Questão 6
(PUC-PR-2002) O corpo representado está sendo
deslocado por uma força de direção e sentido
constante e módulo variável, conforme o diagrama
abaixo.
a) M g L

b) M g L tg 𝜃

c) M g L sen 𝜃

d) M g L cos 𝜃

e) M g L sec 𝜃

O trabalho realizado por essa força ao deslocar o


Questão 9
corpo da posição 5 m à posição 20 m é:
(UFAC-1997) Um carro sem combustível é
a) 350 J empurrado por um motorista até um posto mais
b) 600 J próximo. Nos primeiros 20 metros do trajeto, o
motorista empurra o carro por trás e, nos 20 metros
c) 300 J seguintes, ele empurra o carro de lado, formando
um ângulo de 60° com a direção do deslocamento.
d) 100 J
Qual o trabalho total realizado pelo motorista,
e) 450 J supondo que a intensidade da força aplicada seja de
700 N? (dados: cos 60° = 0,5; sen 0° = 0)

Material de apoio | 33
FÍSICA
a) 21.000 J a) 20 . 106 Joules
b) 200 . 106 Joules
b) 14.000 J
c) 50 Joules
c) 28.000 J d) 500 Joules
e) 2 . 106 Joules
d) 7.000 J

e) 3.500 J Questão 12
Questão 10 (PUC-Camp-1998) Um operário leva um bloco de
(UEL-1994) O gráfico representa o valor algébrico massa 50 kg até uma altura de 6,0 m, por meio de
da força resultante F que age sobre um corpo de um plano inclinado sem atrito, de comprimento 10
massa 5,0 kg, inicialmente em repouso, em função m, como mostra a figura.
da abscissa x

Sabendo que a aceleração da gravidade é g =


10m/s2 e que o bloco sobe com velocidade
constante, a intensidade da força exercida pelo
operário, em newtons, e o trabalho que ele realiza
O trabalho realizado por F, no deslocamento de x = nessa operação, em joules, valem,
0 até x = 4,0m, em joules, vale: respectivamente,
a) zero. a) 3,0 × 102 e 3,0 × 103
b) 10
c) 20 b) 3,0 × 102 e 4,0 × 103
d) 30
c) 4,0 × 102 e 4,0 × 103
e) 40
d) 5,0 × 102 e 4,0 × 103
Questão 11
e) 5,0 × 102 e 5,0 × 103
(Faap-1996) Um trator utilizado para lavrar a terra
arrasta um arado com uma força horizontal de
10.000N. Que trabalho se realiza neste caso num
percurso de 200m?

Material de apoio | 34
FÍSICA
4 ENERGIAS
4.1 Definição É interessante notar que a ideia de que a energia é
proporcional a massa e a velocidade está na
Já vimos que trabalho é a variação de energia. Mas,
fórmula, já que são diretamente proporcionais.
o que é energia? Infelizmente não existe uma
Também é legal notar que, como a velocidade está
definição concreta sobre energia. Oque podemos
elevada ao quadrado, ela impacta muito mais do
dizer é que energia é uma grandeza física e é
que a massa no cálculo da energia cinética.
geralmente associada a capacidade de realizar uma
ação ou produzir trabalho. Ela se manifesta de 4.3 Energia Potencial
várias maneiras diferentes. Nós vamos estudar
algumas das principais maneiras.
Gravitacional
Mais uma vez, o nome da energia já mostra bem
Antes de começarmos a ver cada tipo de energia,
sobre o que ela se trata: gravidade. Essa é a energia
existe uma característica fundamental que
que vai depender diretamente da força gravitacional.
precisamos comentar. Segundo o Princípio de
Lavoisier, energia não pode ser produzida do nada, “Ok, gravitacional é fácil de entender, mas o que
nem destruída, ela apenas se transforma. Temos a significa ser potencial? “Sempre que temos a
frase famosa que descreve exatamente isso: expressão potencial em física, ela vai representar
uma possibilidade, algo que pode acontecer, mas
“Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo
ainda não aconteceu. No caso da energia potencial
se transforma”
gravitacional, é a possibilidade de cair. Quanto mais
Isso é excelente para nós, porque, se conseguirmos alto um corpo está, maior vai ser a sua “chance” de
isolar uma situação de qualquer influência externa, cair. Porém, existe mais uma parte que temos que
a quantidade de energia total nunca vai mudar. De levar em conta quando falamos sobre potencial: a
uma maneira mais formal, essa propriedade é referência! Do mesmo modo que, um mesmo objeto
chamada de conservação de energia. pode estar em diferentes velocidades dependendo
do referencial, seu potencial também vai mudar. No
nosso caso, sempre será uma comparação de “até
onde o objeto vai cair”. Sempre que formos falar de
4.2 Energia Cinética energia potencial gravitacional, precisamos saber
Como o nome sugere, é a energia relacionada ao onde está o nosso referencial. A fórmula da energia
movimento. Sempre que temos um corpo se potencial gravitacional é escrita dessa forma:
movendo, ele tem energia cinética. E não é estranho
imaginar que, quanto mais rápido o corpo se move, 𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔 = 𝑚. 𝑔. ℎ
mais energia ele terá. Outro fator importante é a
Perceba que a fórmula da energia potencial é
massa do corpo. Recordando a Primeira Lei de
idêntica a fórmula do trabalho da força peso, e isso
Newton, a lei da inercia, quanto mais massa um
faz todo o sentido. Lembre-se, trabalho é a variação
corpo tem, maior a inercia dele. Quando o assunto
de energia. Se um corpo que inicialmente não tinha
é energia, a lógica é a mesma: Quanto mais massa,
energia, ganha energia (independentemente de
mais energia. A equação que calcula a quantidade
como ele ganhou essa energia), ele teve uma
de energia cinética fica assim:
variação que vai ser exatamente igual a quantidade
𝑚. 𝑣 2 ganhada. Vale a pena relembrar que o referencial é
𝐸𝑐𝑖𝑛 = extremamente importante aqui, então sempre se
2
certifique que está usando a altura em relação ao
A unidade de energia no S.I. é o Joule [J] seu referencial.

Material de apoio | 35
FÍSICA
4.4 Energia Potencial energias, e que a energia cinética é relacionada com
a velocidade e a gravitacional com a altura,
Elástica podemos resolver (quase) todo exercício de
A última energia que vamos estudar é a energia cinemática que aparecer, SE nós soubermos que se
relacionada as molas. Como ela é uma energia trata de um sistema fechado.
potencial, significa que ela é a “possibilidade” que
uma mola vai ter de encolher ou esticar. A fórmula Sistema fechado nada mais é do que falar que o seu
da energia potencial elástica é essa: problema não vai ter gastos de energia. E como
sabemos que a energia não pode ser criada ou
𝑘𝑥 2 destruída, necessariamente a energia total do
𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑒 = problema é a mesma. Ou seja: a energia mecânica
2
do corpo não vai mudar. E se a energia mecânica
Onde temos:
não variar, quer dizer que se calcularmos a energia
k é a constante elástica da mola e x é a deformação gravitacional e a cinética do corpo e somarmos, ela
da mola (deformação pode ser encolher ou esticar) sempre vai dar o mesmo valor. Assim, se soubermos
o movimento que o corpo fez, por exemplo, basta
Vale a pena notar que, na fórmula da energia calcular a energia mecânica dele, e analisar onde
potencial elástica, não consideramos em nenhum tivermos mais informações. Pode parecer um pouco
momento o corpo que está deformando a mola. Isso confuso, mas vamos mostrar nos exemplos como
porque o potencial energético está sempre na mola, isso vai facilitar nossos problemas.
e depende apenas de quanto ela está deformada e
de suas características físicas (k). Vale a pena falar que, existem mais formas de
energia além da cinética e das potenciais
4.5 Energia Mecânica gravitacionais e elástica, mas seu estudo não é
Eu sei que pode parecer ser mais um tipo de necessário para os vestibulares
energia, mas a energia mecânica é um pouco
4.6 Exemplos
diferente. Quando falamos de energia mecânica,
estamos nos referindo a uma combinação entre 1) Considere um corpo de 5kg se movendo a
energia cinética e energia potencial de um uma velocidade constante de 8m/s. Se ele se
encontra a uma altura de 6 metros do solo,
determinado corpo. A ideia é considerar a energia
calcule sua energia mecânica na Terra. Se esse
total que diz respeito aos aspectos mecânicos do
mesmo corpo, com essas mesmas condições
corpo, ou seja, sua velocidade, sua massa, sua
estivesse em um campo gravitacional de 5m/s²
altura etc. Por conseguir englobar vários aspectos
qual seria sua energia mecânica?
físicos dos corpos, a energia mecânica acaba
podendo ser utilizada em muitos casos. E como Parece muita coisa, mas essa questão é na verdade
vamos ver, ela vai facilitar muito vários problemas bem simples. Primeira que temos que notar é que o
que envolvem cinemática, por exemplo. problema pede apenas a energia mecânica. Então
Normalmente, veremos a energia mecânica sendo a já sabemos que o que temos que calcular.
somatória da energia cinética com a potencial Lembrando da fórmula:
gravitacional. Isso não quer dizer que não podemos 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑐𝑖𝑛 + 𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔
usar a potencial elástica quando necessário.
Seguindo a maioria das questões de vestibular, a Então, temos que calcular a energia cinética e a
fórmula da energia mecânica fica assim: potencial gravitacional. Prestando um pouco mais
de atenção, vemos que o problema nos deu todas
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑐𝑖𝑛 + 𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔
as informações que precisamos para calcular essas
Sabendo disso, se juntarmos tudo que vimos até duas energias. Primeiro a cinética:
agora: Que a energia não se perde, se transforma, 𝑚𝑣 2 5. 82
que a energia mecânica é a somatória de outras 𝐸𝑐𝑖𝑛 = = = 160 J
2 2

Material de apoio | 36
FÍSICA
Agora a gravitacional: A primeira coisa que temos que perceber é que não
existem perdas de energia. Ou seja, podemos
𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔 = 𝑚. 𝑔. ℎ = 5.10.6 = 300 J
considerar que a energia mecânica no começo e no
Agora é só somar as duas: fim são iguais. Se analisarmos a primeira situação,
quando a bola ainda está no topo da rampa, como
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 160 + 300 = 𝟒𝟔𝟎 𝐉 ela tem uma altura, ela tem energia potencial
gravitacional. Mas ela está parada, ou seja, sua
Na segunda parte do problema, ele pede para
velocidade é 0, e do mesmo modo sua energia
calcularmos novamente a energia mecânica, mas
cinética é 0 também. Calculando a energia
mudando a gravidade da questão. Como a energia
mecânica nesse ponto temos:
cinética não leva em conta a gravidade, só
precisamos calcular a energia potencial 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑐𝑖𝑛 + 𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔 = 0 + 4.10.10 = 400 J
gravitacional nova: Já que a energia mecânica não muda, podemos
𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔 = 𝑚. 𝑔. ℎ = 5.5.6 = 150 J analisar a bola no fim da rampa. No fim da rampa, a
bola estará na altura do chão, ou seja, sua energia
Somando a energia cinética antiga e a potencial potencial gravitacional será 0. Sabendo a energia
nova, chegamos à energia mecânica nova: mecânica no fim da rampa e a gravitacional,
podemos encontrar a energia cinética, e por
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 160 + 150 = 𝟑𝟏𝟎 𝐉
consequência, a velocidade:
Perceba, que quando temos menos gravidade, 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑐𝑖𝑛 + 𝐸𝑝𝑜𝑡 𝑔 ⇒ 400 = 𝐸𝑐𝑖𝑛 + 0
temos menos energia potencial.
𝑚𝑣 2 4. 𝑣 2
𝐸𝑐𝑖𝑛 = 400 = =
2) Uma bola de boliche de massa 4kg está no 2 2
topo de uma rampa de 10 m. Calcule a velocidade Se isolarmos a velocidade, chegamos à resposta da
com que a bola chega no fim da rampa. Considere questão
que não existem perdas de energia. 4. 𝑣 2 = 800 ⇒ 𝑣 2 = 200 ⇒ 𝑣 = √200 = 𝟏𝟒, 𝟏𝟒 𝒎/𝒔

4.7 Mapa Mental

Material de apoio | 37
FÍSICA
EXERCICIOS
Questão 1
(FATEC) Um motorista conduzia seu automóvel de
massa 2000 kg que trafegava em linha reta, com
velocidade constante de 72 km/h, quando avistou
uma carreta atravessada na pista. Transcorreu 1 s
entre o momento em que o motorista avistou a A velocidade do bloco ao atingir o plano superior é
carreta e o momento em que acionou o sistema de de :
freios para iniciar a frenagem, com desaceleração
constante igual a 10 m/s2. Desprezando-se a massa a) 16 m/s
do motorista, assinale a alternativa que apresenta, b) 8,0 m/s
em joules, a variação da energia cinética desse
automóvel, do início da frenagem até o momento de c) 4,0 m/s
sua parada.
d) 10 m/s
a) + 4,0.105
e) N. R. A .
b) + 3,0.105

c) + 0,5.105
Questão 4
d) – 4,0.105 (UERJ) Duas goiabas de mesma massa, G1 e G2,
desprendem-se, num mesmo instante, de galhos
e) – 2,0.105
diferentes. A goiaba G1 cai de uma altura que
Questão 2 corresponde ao dobro daquela de que cai G2. Ao
Ec2
(UCB) Determinado atleta usa 25% da energia atingirem o solo, a razão , entre as energias
Ec1
cinética obtida na corrida para realizar um salto em
cinéticas de G2 e G1, terá o seguinte valor:
altura sem vara. Se ele atingiu a velocidade de 10
m/s, considerando g = 10 m/s2, a altura atingida em a) 1/4
razão da conversão de energia cinética em potencial
b) 1/2
gravitacional é a seguinte:
c) 2
a) 1,12 m.

b) 1,25 m. d) 4

e) 1
c) 2,5 m.

d) 3,75 m.
Questão 5
e) 5 m.
(Anhembi Morumbi SP) Considere um ônibus
Questão 3 espacial, de massa aproximada 1,0 x 105 kg, que,
(CESJF MG) Um bloco de massa 4,0 kg, da figura dois minutos após ser lançado, atingiu a velocidade
abaixo, movimenta-se com velocidade de 10 m/s e de 1,34 x 103 m/s e a altura de 4,5 x 104 m. Sabendo
sobe a rampa alcançando o plano horizontal que a aceleração gravitacional terrestre vale 10
superior. Durante a subida, da rampa, devido ao m/s2, é correto afirmar que, naquele momento, as
atrito, 20% da energia inicial do bloco é dissipada. energias cinética e potencial, aproximadas, em
joules, desse ônibus espacial, em relação ao solo,
Considere g = 10 m / s2
eram, respectivamente:

Material de apoio | 38
FÍSICA
a) 3,0 x 1010 e 9,0 x 1010 de massa da pessoa sofre o desnível vertical de 5
m mostrado na figura. Desprezando a resistência
b) 9,0 x 1010 e 4,5 x 1010
do ar e a massa da roldana, e adotando g=10 m/s²,
c) 9,0 x 1010 e 3,0 x 1010 pode-se afirmar que a pessoa atinge o ponto C
com uma velocidade, em m/s, de módulo igual a:
d) 3,0 x 1010 e 4,5 x 1010
a) 8
e) 4,5 x 1010 e 3,0 x 1010
b) 10
Questão 6
(UNIFOR CE) Considere as informações que c) 6
seguem. Um corpo de massa 8,0 kg move-se para d) 12
sul com velocidade de 3,0 m/s e, após certo tempo,
passa a mover-se para leste com velocidade de 4,0 e) 4
m/s. A variação da energia cinética do corpo, nesse
Questão 8
intervalo de tempo, em joules, é:
(UCB) Determinado atleta usa 25% da energia
a) 4,0 cinética obtida na corrida para realizar um salto em
altura sem vara. Se ele atingiu a velocidade de 10
b) 18
m/s, considerando g = 10 m/s2, a altura atingida em
c) 28 razão da conversão de energia cinética em potencial
gravitacional é a seguinte:
d) 36
a) 1,12 m.
e) 64
b) 1,25 m.
Questão 7
(UNESP – 2013) A figura ilustra um brinquedo c) 2,5 m.
oferecido por alguns parques, conhecido por d) 3,75 m.
tirolesa, no qual uma pessoa desce de determinada
altura segurando-se em uma roldana apoiada numa e) 5 m.
corda tensionada. Em determinado ponto do
Questão 9
percurso, a pessoa se solta e cai na água de um
(UFRGS) Para um dado observador, dois objetos A
lago.
e B, de massas iguais, movem-se com velocidades
constantes de 20 km/h e 30 km/h, respectivamente.
Para o mesmo observador, qual a razão EA/EB
entre as energias cinéticas desses objetos?

a) 1/3.

b) 4/9.

c) 2/3.

d) 3/2.
Considere que uma pessoa de 50 kg parta do
repouso no ponto A e desça até o ponto B e) 9/4.
segurando-se na roldana, e que nesse trajeto Questão 10
tenha havido perda de 36% da energia mecânica
(PUC-RJ) Determine a massa de um avião viajando
do sistema, devido ao atrito entre a roldana e a
a 720km/h, a uma altura de 3.000 m do solo, cuja
corda. No ponto B ela se solta, atingindo o ponto C
energia mecânica total é de 70,0.106 J
na superfície da água. Em seu movimento, o centro

Material de apoio | 39
FÍSICA
a) 6,4 m

b) 10 m

c) 2,5 m

d) 3,2 m

e) 8,2 m
Considere a energia potencial gravitacional como
zero no solo.(g=10m/s2) Questão 12
(PUC-RS) Um bloco de 4,0 kg de massa, e
a) 1000 kg velocidade de 10m/s, movendo-se sobre um plano
b) 1400 kg horizontal, choca-se contra uma mola, como mostra
a figura
c) 2800 kg

d) 5000 kg

e) 10000 kg

Sendo a constante elástica da mola igual a


Questão 11 10000N/m, o valor da deformação máxima que a
mola poderia atingir, em cm, é:
(PUC-MG) Os gatos conseguem sair ilesos de
muitas quedas. Suponha que a maior velocidade a) 1
que ele possa atingir o solo, sem se machucar, seja
de 29 km/h. Então, desprezando-se a resistência do b) 2
ar e considerando g = 10m/s2, a altura máxima de c) 4
queda para que um gato, partindo do repouso, nada
sofra é, aproximadamente, de: d) 20

e) 40

Material de apoio | 40
FÍSICA
5 ESTÁTICA
5.1 Definição 5.3 Equilíbrio de corpos
Quando estudamos dinâmica, estudávamos as
rígidos
forças agindo em um corpo, e depois de somá-las, Nem sempre, as dimensões podem ser
elas sempre tinham uma resultante, e por desconsideradas. Nesses casos, mesmo que a
consequência, uma aceleração. No estudo de resultante final das forças seja 0, dependendo da
estática, vamos analisar de maneira parecida as posição delas, ainda poderá existir movimento, por
forças que agem em um corpo, mas dessa vez, a exemplo:
resultante será nula, ou seja, o corpo está em inercia
(parado, ou com velocidade constante). Para
analisarmos situações desse jeito, vamos utilizar
principalmente o conceito da segunda lei de newton
que diz que: cada ação gera uma reação, de mesma
intensidade e direção e sentido oposto.

5.2 Equilíbrio de um ponto Nesse caso, as forças se anulam, logo a resultante


material é 0, mas, por que a dimensão do corpo é relevante,
nesse caso teríamos uma tendencia de rotação,
Muitas vezes, as dimensões do corpo que estamos
saindo assim do equilíbrio
estudando são muito pequenas, ou não são
relevantes para o estudo. Nesses casos, adotamos
o corpo como um único ponto. Nesse único ponto,
chamado de ponto material, passarão todas as
forças que agem sobre o corpo. Isso costuma
facilitar muito nossos cálculos, porque, como todas
as forças partem da origem, os cálculos para que o
corpo esteja em equilíbrio são mais simples. Um Essa tendencia de girar é chamada de momento da
exemplo de quando utilizamos ponto material é força. O equilibro em corpos rígidos só irá acontecer
quando estamos estudando trajetórias. quando a somatória de todas as forças for nula e
Para que tenhamos o equilíbrio em um ponto quando a somatória dos momentos das forças
material, vamos usar os conceitos da primeira lei de também for nula. Antes de podermos calcular o
newton: A somatória de todas as forças será nula. momento das forças, precisamos aprender sobre
uma coisa antes: o centro de massa
∑ 𝐹⃗ = 0
5.4 Centro de Massa
Como a maioria dos nossos estudos vai se limitar ao Centro de massa é um ponto, onde se concentra
plano cartesiano, podemos aplicar essa ideia nos toda a massa de um corpo. Isso parece uma ideia
eixos x e y separadamente: maluca, afinal, não podemos concentrar toda a
massa de um corpo num único ponto, mas a ideia
∑ ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑥 = 0 aqui é de tentar achar um ponto que possa
representar toda a massa que o corpo tem. Uma
∑ ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑦 = 0 outra maneira de entender o que é o centro de
massa é tentar imaginar um ponto no corpo que
seria onde a força da gravidade está passando.
Existem até casos em que o centro de massa não

Material de apoio | 41
FÍSICA
está dentro do corpo! Isso acontece porque a ● Figuras planas
localização do centro de massa vai depender da
No caso do corpo em análise ser uma figura plana,
distribuição de massa e da forma do corpo.
o centro de massa vai estar exatamente no centro
Dependendo da situação, vamos usar maneiras
geométrico do corpo. Se a figura plana tiver eixos de
diferentes para achar esse ponto.
simetria (linhas que dividem a figura em partes
iguais), o centro de gravidade estará no encontro de
● Sistema de partículas
todos os eixos de simetria.
Quando existirem diversas partículas, podemos
achar o centro de massa do conjunto de todas elas.
Para isso devemos definir um sistema de
coordenadas cartesianas e calcular a média
aritmética ponderada em relação a origem do nosso
sistema.

Tendo as coordenadas e massas de cada ponto,


No caso do triangulo retângulo, o centro de
fazemos o seguinte cálculo:
gravidade é achado de maneira um pouco diferente:

Note que aqui separamos as contas do eixo x e do


eixo y. O resultado são as coordenadas do centro de
massa, em relação aos eixos que definimos.
Perceba que se a origem do nosso plano cartesiano
fosse outra, por mais que as coordenadas achadas ● Figuras Compostas
fossem diferentes, elas estariam no mesmo ponto
Muitas vezes, precisaremos encontrar o centro
do espaço. A referência escolhida é muito
massa de figuras mais complexas. Quando isso
importante por isso.
acontecer, uma boa maneira de resolver o problema
Sistemas de partículas são uma alternativa para é dividir essa figura em figuras geométricas mais
quando a distribuição de massa do corpo não é simples, e então achar os centros de massas
uniforme. dessas figuras:

Material de apoio | 42
FÍSICA
de grandezas vetoriais, apenas a componente da
força que é perpendicular a distância será usada no
cálculo. Assim temos:

𝑴 = 𝑭. 𝒅. 𝐬𝐢𝐧 𝜽

Como a maioria das vezes a força já estará


perpendicular a distância, podemos usar
simplesmente:
Depois de acharmos esses pontos, podemos
considerá-los como um sistema de partículas e usar
o mesmo método para achar o centro de massa,
considerando a massa de cada figura. Nesse 𝑴 = 𝑭. 𝒅
exemplo, as contas ficariam assim:

Usando esse conhecimento, conseguimos entender


o funcionamento das alavancas. Quando temos
uma alavanca, aplicamos uma força sobre um
braço, ou seja, isso gera um momento. Caso
precisemos de um momento maior, ao em vez de
aumentar a força, podemos aumentar a distância da
5.5 Momento de uma força aplicação, em outras palavras, o braço da alavanca.
Se, o outro lado da alavanca tiver um braço menor,
Agora que sabemos como achar o centro de massa
como o momento que age sobre ela é apenas um, a
de um corpo, podemos começar a calcular o
força do outro lado será muito maior.
momento das forças que agem sobre um corpo.
Momento é o nome dado ao giro, ou a tendencia de
5.6 Aplicação
giro de um corpo por causa de uma força. Ele é uma
grandeza vetorial, ou seja, tem modulo direção e “Tudo bem, mas para que vamos usar esses
sentido. Como o momento sempre será uma conceitos?” A pergunta de quando se trabalha com
rotação, o sentido pode ser horário ou anti-horário. estática é a seguinte: Qual é a força de reação que
O sinal para cada um desses sentidos pode mudar, vai manter o corpo em inercia? Quase todos os
mas por convenção adotamos o sentido horário exercícios serão de situações em que uma força
como positivo. Para calcularmos o momento, está sendo aplicada a um corpo e ele se mantem em
devemos saber o modulo da força e a distância entre equilíbrio, e nosso trabalho será de analisar e
o ponto de aplicação da força e o ponto de rotação calcular as forças que geram esse equilíbrio.
do corpo. No caso de corpos livres (que não estão Lembre-se, isso é uma aplicação direta da 2ª lei de
fisicamente presos em nada.) o ponto de rotação newton, então vão existir pares de ações e reações
será no centro de massa do corpo. nos exercícios. É importante prestar atenção qual
força está agindo sobre qual corpo para não se
O momento de uma força será o produto da força confundir.
pela distância entre o ponto de aplicação e o ponto
de rotação. É importante notar que, como se tratam

Material de apoio | 43
FÍSICA
5.7 Mapa Mental

EXERCICIOS
Questão 1
(ENEM)A Torre Eiffel, com seus 324 metros de
altura, feita com treliças de ferro, pesava 7 300
toneladas quando terminou de ser construída em
1889. Um arquiteto resolve construir um protótipo
dessa torre em escala 1:100, usando os mesmos
materiais (cada dimensão linear em escala de 1:100
do monumento real). Considere que a torre real
tenha uma massa Mtorre e exerça na fundação sobre
a qual foi erguida uma pressão Ptorre. O modelo Como a pressão exercida pela torre se compara
construído pelo arquiteto terá uma massa Mmodelo e com a pressão exercida pelo protótipo? Ou seja,
exercerá uma pressão Pmodelo. qual é a razão entre as pressões (Ptorre)/(Pmodelo)?

a) 100
b) 101
c) 102
d) 104
e) 106

Material de apoio | 44
FÍSICA
Questão 2 Questão 4
(ENEM) Retirar a roda de um carro é uma tarefa (ENEM)Em um experimento, um professor levou
facilitada por algumas características da ferramenta para a sala de aula um saco de arroz, um pedaço de
utilizada, habitualmente denominada chave de roda. madeira triangular e uma barra de ferro cilíndrica e
As figuras representam alguns modelos de chaves homogênea. Ele propôs que fizessem a medição da
de roda: massa da barra utilizando esses objetos. Para isso,
os alunos fizeram marcações na barra, dividindo-a
em oito partes iguais, e em seguida apoiaram-na
sobre a base triangular, com o saco de arroz
pendurado em uma de suas extremidades, até
atingir a situação de equilíbrio.

Em condições usuais, qual desses modelos permite


a retirada da roda com mais facilidade?

a) 1, em função de o momento da força ser


menor.
b) 1, em função da ação de um binário de forças.
c) 2, em função de o braço da força aplicada ser
maior.
d) 3, em função de o braço da força aplicada
poder variar.
e) 3, em função de o momento da força Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida
produzida ser maior. pelos alunos?

a) 3.00 kg
b) 3,75 kg
Questão 3
c) 5.00 kg
(ENEM)A figura mostra uma balança de braços
d) 6.00 kg
iguais, em equilíbrio, na Terra, onde foi colocada
uma massa m, e a indicação de uma balança de e) 15.00 kg
força na Lua, onde a aceleração da gravidade é
igual a 1,6 m/s2, sobre a qual foi colocada uma
Questão 5
massa M.
(ENEM)O mecanismo que permite articular uma
porta (de um móvel ou de acesso) é a dobradiça.
Normalmente, são necessárias duas ou mais
dobradiças para que a porta seja fixada no móvel ou
no portal, permanecendo em equilíbrio e podendo
ser articulada com facilidade. No plano, o diagrama
A razão das massas M/m é: vetorial das forças que as dobradiças exercem na
porta está representado em:
a) 4,0.

b) 2,5.

c) 0,4.

d) 1,0.

e) 0,25.

a)

Material de apoio | 45
FÍSICA
o Centro de Massa do sistema se encontra a uma
distância da massa m1 , em cm, igual a:

a) 5,7
b) 6,8
c) 7,3
d) 8,1
e) 9,5
b)
Questão 7
(INEP-2019-ENCCEJA) Alavancas são muito
utilizadas, e temos um tipo que faz parte do dia a dia
de muitas pessoas: o cortador de unhas.

c)

Podemos também verificar alavancas em tesouras,


varas de pescar, carrinhos de mão e abridores de
garrafas.

Entre as alavancas citadas, qual possui o mesmo


tipo de funcionamento do cortador de unhas?
d)
a) Tesoura.
b) Vara de pescar
c) Carrinho de mão
d) Abridor de garrafas
Questão 8
(Fuvest-SP) Na pesagem de um caminhão na
estrada, no posto fiscal de uma estrada, são
utilizadas três balanças. sobre cada balança são
e)
posicionadas todas as rodas de um mesmo eixo. As
balanças indicaram 30000 N, 20000 N e 10000 N.

Questão 6
(UNICENTRO)Considere três partículas de massas
m1 = 2,0kg, m2 = 3,0kg e m3 = 5,0kg, separadas
pelas distâncias indicadas, conforme mostra a
figura.

Após análise da figura e com base nos


conhecimentos de Mecânica, é correto afirmar que

Material de apoio | 46
FÍSICA
A partir desse procedimento, é possível concluir que Questão 10
o peso do caminhão é: (ENEM) Em sessões de fisioterapia, pesos e polias
a) 20.000N são usados quando um paciente necessita ser
b) 25.000N
submetido a uma força de tração na área lesionada.
c) 30.000N
Para cada tratamento a intensidade desta tração
d) 50.000N
deve ser calculada com precisão. A perna de um
e) 60.000N
paciente acidentado deve receber uma tração
horizontal de 100N e o fisioterapeuta escolhe o
Questão 9 sistema de polias abaixo, para o qual o ajuste da
(PUC - PR) figura representa uma barra rígida tração correta é feito pelo ângulo θ:
homogênea de peso 200 N e comprimento 5 m,
presa ao teto por um fio vertical. Na extremidade A,
está preso um corpo de peso 50 N.

O valor de X para que o sistema permaneça em Tendo disponível um bloco de 10 kg, para que
equilíbrio na horizontal é: ângulo θ o fisioterapeuta deve ajustar o arranjo?
a) 1,2m (Dados: g = 10 m/s²)
b) 2,5m
c) 1,8m
d) 2,0m
e) 1,0m a) 90°
b) 60°
c) 45°
d) 30°
e) 15°

Material de apoio | 47
FÍSICA
6 ELETROSTÁTICA
Estuda cargas elétricas em repouso e seus efeitos

6.1 Carga Elétrica. Para sabermos quanto um corpo está ou não


eletrizado, realizamos a análise da quantidade de
Para iniciarmos os estudos das propriedades
carga de um corpo (Q) dado pela fórmula:
elétricas, precisamos investigar a estrutura de uma
unidade de matéria, pois é nela que encontramos
respostas para os efeitos físicos vistos no dia a dia. 𝑄 =𝑛⋅𝑒
O átomo possui estruturas conhecidas e bem
definidas além de integrar outros componentes na Onde n é a quantidade de elétrons em excesso e 𝑒
sua formação, fazendo com que ele seja divisível. , a carga elétrica elementar do elétron.
Podemos observar no modelo atômico atual, a
Quando posicionamos os dois tipos de partículas
presença de partículas que possuem diferentes
lado a lado, observamos dois tipos de situação:
atuações na física.

Repulsão para partículas com cargas iguais e


atração entre as duas partículas opostas.
Fonte”http://www.explicatorium.com/cfq-9/evolucao-
6.2 Processos de
modelo-atomico.html”
O elétron é uma partícula que carrega consigo uma eletrização.
grandeza que chamamos de carga elétrica, Os corpos são propícios a perderem ou ganharem
responsável por processos de eletrização como a elétrons dependendo de suas características, e
transferência de alguns deles de um átomo para esses processos de eletrização podem ser divididos
outro. em categorias.

Sua carga elétrica é considerada como negativa, ao ● Eletrização por atrito:


contrário das partículas de próton, que são seu
oposto. Seu valor numérico equivale ao do próton se Quando dois corpos são atritados, um cede elétrons
diferenciando somente no sinal. Assim, um sistema para o outro fazendo com que ele se eletrize
elétrico (corpo) neutro, se dá pela igualdade da positivamente e o outro negativamente.
quantidade de cada partícula, se isso não ocorre, há
duas condições para o corpo estar conforme a
tabela abaixo

Material de apoio | 48
FÍSICA
● Eletrização por indução:

Esta eletrização utiliza a característica das


forças de atração e repulsão das cargas. Com
dois corpos neutros em contato, ao
aproximarmos um bastão eletrizado
negativamente, os elétrons são repelidos para
o outro corpo, fazendo com que o afastamento
do bastão eletrize positivamente a esfera.

Fonte:”https://www.todoestudo.com.br/fisica/processos-de-
eletrizacao”

Para determinarmos o que irá ocorrer com cada


material, existe uma tabela onde podemos observar
suas condições para que ocorra cada caso,
chamada de série triboelétrica.

● Eletrização por contato:

Quando colocamos dois corpos em contato com


cargas elétricas opostas, ocorre uma troca de
elétrons até que seja atingido o equilíbrio de carga
total de ambos.
Fonte:”https://www.todoestudo.com.br/fisica/proces
sos-de-eletrizacao”

6.3 Força Elétrica.


Conforme foi visto, as cargas elétricas podem sofrer
forças de atração e repulsão conforme suas
características. É possível aplicar este princípio
matematicamente para definir a direção, o sentido e
Fonte:” https://www.todoestudo.com.br/fisica/processos- a intensidade dessa força que atuam nas cargas. O
de-eletrizacao”
método é conhecido como Lei de Coulomb,
Se os corpos forem iguais, suas cargas atingem o descrita como a equação:
equilíbrio quando a quantidade de carga dos dois
corpos forem iguais.
𝑘 ⋅ |𝑄| ⋅ |𝑞|
𝐹𝑒𝑙 =
𝑟2

O fator k da equação é chamado de constante


eletrostática do meio que normalmente é fornecido
Fonte:”https://universoeletrico.wordpress.com/2016/08/3 pelo exercício. Os elementos Q e q são a carga de
0/processos-de-eletrizacao/” cada partícula e r a distância entre eles.

Material de apoio | 49
FÍSICA
6.4 Campo Elétrico.
Um campo elétrico é a região de atuação da
grandeza elétrica de uma carga, com ou sem a
presença de outra partícula. Por exemplo, é a região
onde uma partícula atua a força elétrica em outra.
Apesar de vermos o resultado da interação deste
campo elétrico, ele é invisível aos olhos e podemos
apenas medir seus efeitos e sua magnitude.
Um exemplo comum de campo magnético é o
Fonte:”https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-
campo gravitacional terrestre, que podemos eletrico.htm”
visualizar seus efeitos, porém não enxergamos os
atuantes. Para cargas iguais:

Suas representações didáticas, de cada tipo de


carga são como as figuras abaixo:

Fonte:” https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-
eletrico.htm”
Fonte:”
http://avidanaengenharia.blogspot.com/2013/06/campo- A relação da força elétrica com o campo é: sempre
eletrico.html” que surgir uma interação de força entre cargas, a
direção da força elétrica será tangente a uma linha
de força. Ela será do mesmo sentido do campo se
As linhas ao redor das cargas são chamadas de
for uma partícula positiva, ou do sentido contrário do
linhas de campo e dependendo da carga ser
campo se for uma partícula negativa. Aonde for mais
positiva ou negativa, seus sentidos se alteram (para
próximas as linhas de campo, maior será sua
fora se positiva, para dentro se negativa). Quanto
intensidade. Essas relações são dadas pelas
mais linhas de campo uma carga apresenta, mais
equações:
intenso seu campo elétrico. Conforme as
características de atração e repulsão das cargas, os 𝐹𝑒𝑙 = 𝑞 ⋅ 𝐸 →
campos elétricos se relacionam de tal forma para
cargas opostas: 𝑘 ⋅ |𝑄 |
𝐸=
𝑟2

Material de apoio | 50
FÍSICA
6.5 Mapa Mental

EXERCÍCIOS
Questão 1
(Faap) O desenho a seguir representa três esferas
Questão 2
metálicas idênticas A, B e C. Todas possuem, em
(Fuvest) Três esferas de isopor idênticas M, N, e P
módulo, a mesma quantidade de carga. Podemos
estão suspensas por fios isolantes. Quando se
afirmar que as esferas:
aproxima N de P, nota-se uma repulsão entre as
esferas; quando se aproxima N de M, verifica-se
atração. Das possibilidades apontadas na tabela,
quais são compatíveis com estas observações?

a) A, B e C possuem o mesmo tipo de carga;


b) A e C possuem o mesmo tipo de carga e B um
tipo diferente;
c) A, B e C possuem cargas diferentes;
d) A e B possuem o mesmo tipo de carga e C um
tipo diferente;
e) B e C possuem o mesmo tipo de carga e A um
tipo diferente; a) a 1º e a 3º

Material de apoio | 51
FÍSICA
b) a 2º e a 4º Questão 5
c) a 3º e a 5º (Fuvest) Um pequeno objeto, com carga elétrica
d) a 4º e a 5º positiva, é largado da parte superior de um plano
e) a 1º e a 2º inclinado, no ponto A, e desliza, sem ser desviado,
até atingir o ponto P. Sobre o plano, estão fixados
Questão 3
quatro pequenos discos com cargas elétricas de
(Fatec) Se um condutor eletrizado positivamente for
mesmo módulo. As figuras representam os discos e
aproximado de um condutor neutro, sem tocá-lo,
sinais das cargas, vendo-se o plano de cima. Das
pode-se afirmar que o condutor neutro:
configurações a seguir, a única compatível com a
a) conserva sua carga total nula, mas é atraído trajetória retilínea do objeto é:
pelo eletrizado.
b) eletriza-se negativamente e é atraído pelo
eletrizado.
c) eletriza-se positivamente e é repelido pelo
eletrizado.
d) conserva sua carga total nula e não é atraído
pelo eletrizado.
a)
e) fica com a metade da carga do condutor
eletrizado

Questão 4
(Mack) Três pequenas esferas de cobre, idênticas,
são utilizadas numa experiência de Eletrostática. A b)
primeira, denominada A, está inicialmente eletrizada
com carga QA = +2,40 nC; a segunda, denominada
B, não está eletrizada, e a terceira, denominada C,
está inicialmente eletrizada com carga QC = – 4,80
nC. Num dado instante, são colocadas em contato
entre si as esferas A e B. Após atingido o equilíbrio
eletrostático, A e B são separadas uma da outra e, c)
então, são postas em contato com as esferas B e C.
Ao se atingir o equilíbrio eletrostático entre B e C, a
esfera C:

a) perdeu a carga elétrica equivalente a d)


1,125x10^10 elétrons
b) perdeu a carga elétrica equivalente a
1,875x10^10 elétrons
c) ganhou a carga elétrica equivalente a
1,125x10^10 elétrons
d) ganhou a carga elétrica equivalente a
1,875x10^10 elétrons
e) manteve sua carga elétrica inalterada e)

Questão 6

Material de apoio | 52
FÍSICA
(Mack) Duas pequeníssimas esferas condutoras se o valor de carga q1 e a intensidade do campo
idênticas estão situadas sobre uma mesma reta elétrico devido á q1, no ponto onde se encontra q2,
vertical, conforme ilustra a figura ao lado. A esfera A, são, respectivamente?
suspensa por um fio isolante inextensível e de
a) 5,2 x 10^-5 C e 5 x 10^6 N/C
massa desprezível, tem massa 2,00 g e está
b) 5,0 x 10^-5 C e 5 x 10^6 N/C
eletrizada com carga QA = 4,0 mC. A esfera B, presa
c) 5,2 x 10^-5 C e 4 x 10^6 N/C
a uma haste rígida, isolante, está inicialmente
d) 5,0 x 10^-5 C e 3 x 10^6 N/C
neutra. Em seguida, eletriza-se a esfera B com uma
e) 5,1 x 10^-5 C e 3 x 10^6 N/C
carga elétrica QB = –1,0 nC. Após a eletrização da
esfera B, a intensidade da força tensora no fio
isolante: Questão 8
(ENEM) Em uma experiência didática, cinco esferas
de metal foram presas em um barbante, de forma
que a distância entre esferas consecutivas
aumentava em progressão aritmética. O barbante
foi suspenso e a primeira esfera ficou em contato
com o chão. Olhando o barbante de baixo para
cima, as distâncias entre as esferas ficavam cada
vez maiores. Quando o barbante foi solto, o som das
colisões entre duas esferas consecutivas e o solo foi
gerado em intervalos de tempo exatamente iguais.

A razão de os intervalos de tempo citados serem


iguais é que a:

a) duplicará a) velocidade de cada esfera é constante.


b) triplicará b) força resultante em cada esfera é
c) irá reduzir a ⅓ constante.
d) irá reduzir a ⅕ c) aceleração de cada esfera aumenta com o
e) permanecerá inalterada tempo.
d) tensão aplicada em cada esfera aumenta
Questão 7 com o tempo.
(Vunesp) Uma carga q1 exerce uma força de 100 N e) energia mecânica de cada esfera aumenta
sobre uma carga teste q2 = 2x10^-5 localizada a 0,3 com o tempo.
m de q1 . Considerando k = 9x10^9N.m^2/C^2, tem-

BIBLIOGRAFIA
- Editora Núcleo, Vários autores ISBN 978-85-7263-481-6; ETAPA Extensivo: Volume 1/2/3/4/5/6/7. 1º Edição,
2016, p. disciplina de física.

Material de apoio | 53
FÍSICA
7 ELETRODINÂMICA
Nesta imagem vemos uma pilha que é caracterizada
7.1 Introdução. por extremidades com diferentes potenciais
Como vimos anteriormente a carga elétrica é uma elétricos (ddp) ou dois polos. Conectando um fio aos
propriedade ou grandeza dos elétrons e prótons e dois polos vemos a formação de uma corrente
que é responsável por processos de eletrização. A elétrica devido ao fluxo ordenado de elétrons no fio,
eletrodinâmica é o ramo da Física que estuda o indo do polo negativo para o polo positivo. Nesta
movimento das cargas elétricas. Mas como este matéria a corrente elétrica é representada pela letra
movimento ocorre? (i) e é medida em Ampères (denominado pela letra
A)
7.2 Corrente Elétrica.
No capítulo anterior aprendemos que os objetos
7.3 Tensão
podem ser eletrizados tanto positivamente quanto A tensão também chamada de diferença de
negativamente. Imagine dois objetos separados, um potencial elétrico (ddp) é uma grandeza que indica
eletrizado positivamente e o outro eletrizado a diferença de potencial elétrico entre dois pontos.
negativamente. Caso estes objetos sejam Para que se possa entender a ddp devemos
conectados por um fio, os elétrons predominantes entender o que é potencial elétrico.
no objeto negativamente carregado irão ser atraídos
em direção ao objeto positivamente carregado, O potencial elétrico é uma grandeza física escalar
seguindo assim o princípio de atração entre polos (possui apenas módulo, não possui sentido) que
opostos que já aprendemos. Entretanto, vale indica a quantidade de energia necessária para
ressaltar que esta migração de elétrons ocorrerá por mover uma carga elétrica unitária entre dois pontos
meio do fio condutor, formando assim um fluxo distintos. Esta grandeza é medida em volts (V) e é
ordenado de partículas carregadas (elétrons) ao determinada pela eletrização do objeto.
longo do fio indo para o polo positivo. Este fluxo é Imagine que dois objetos A e B foram eletrizados
chamado de corrente elétrica. negativamente, porém o objeto A foi mais eletrizado
Portanto podemos entender que o movimento dos do que o objeto B, portanto há uma predominância
elétrons por meio do fio condutor gera uma corrente muito maior de elétrons no objeto A, enquanto que
elétrica. E este movimento só ocorre quando existe no objeto B há uma predominância de elétrons bem
um fio condutor conectando dois meios que tem menor.
uma diferença de potencial elétrico (ddp) formada Aproximando uma carga negativa ao objeto A
entre eles, isto é, dois meios com uma diferença no veremos que esta carga será submetida a uma força
número de elétrons (também pode-se entender muito grande já que há uma predominância elétrons
como dois meios polarizado). muito grande (“está muito negativo”), enquanto
Na figura abaixo há uma demonstração deste aproximando esta mesma carga negativa ao objeto
fenômeno: B, a carga será submetida à uma força pequena, já
que não há uma predominância de elétrons muito
grande (“está pouco negativo”).

Com base nos exemplos podemos entender que o


objeto A tinha um potencial elétrico muito maior que
o objeto B, já que sua quantidade de carga (Q) é
maior.

Já a tensão é o valor que indica a diferença de


potencial elétrico entre dois pontos, usando o
exemplo, a tensão entre A e B seria o valor da
diferença do potencial elétrico entre eles. Como se
Fonte: “corrente-eletrica.jpg (315×229) (enem.com.br)”
trata de uma diferença entre dois valores podemos

Material de apoio | 54
FÍSICA
concluir que o valor da tensão ou ddp, é medido em
volts (V) já que o potencial elétrico também é medido
em volts (V). Nesta matéria usaremos a letra “U”
para representar a tensão.

7.4 Resistores.
Chamamos de circuitos elétricos todo conjunto de
aparelhos ou componentes com os quais se Figura B
estabelece uma corrente elétrica. Na imagem
abaixo temos um exemplo de circuito elétrico: Fonte: resistores exercícios - Bing images

Nas figuras acima temos exemplos de resistores. A


figura A mostra um dos tipos de resistores utilizados
em circuitos elétricos e eletrônicos. Já na figura B há
uma representação de um resistor que é muito
utilizada em esquemas de circuitos elétricos que
aparecem em exercícios de vestibulares.

7.5 A Primeira Lei de Ohm.


Fonte: Circuito Elétrico: o que é, elementos, simples em Agora que você já sabe o que é tensão, o que é
série e em paralelo - Toda Matéria (todamateria.com.br) corrente elétrica e o que é a resistência elétrica
iremos relacionar estas grandezas por meio de uma
Um dos componentes utilizados em circuitos
lei chamada a Primeira Lei de Ohm.
elétricos são os resistores, eles têm a função de
transformar a energia elétrica do circuito em térmica
a fim de diminuir a intensidade da corrente pois
alguns componentes suportam uma determinada
quantidade de corrente passando por eles e caso
sejam submetidos à uma corrente maior que a
suportável, podem queimar e parar de funciona.

A principal propriedade dos resistores é uma Fonte: representaçao de um resistor mantido a temperatura
grandeza física denominada resistência elétrica, constante - Bing images
responsável pela dissipação da energia elétrica e é
com essa grandeza que iremos trabalhar mais à Na imagem acima temos um resistor R por onde
frente. passa uma corrente i e que está conectado aos
terminais A e B com uma ddp U. A primeira Lei de
Ohm nos diz que a ddp de um resistor é diretamente
proporcional a corrente que passa por ele

𝑈 = 𝑅. 𝑖
Sendo:
U: Tensão (ddp) [Volts: V]
R: Reistências - [Ohm:Ω]
Figura A
i: Corrente elétrica - [Ampére: A]
Fonte: resistores - Bing images

Material de apoio | 55
FÍSICA
7.6 Associação de resistores.
Os resistores podem ser ligados entre eles para que
se obtenha diferentes resistências, essa associação
pode ocorrer de duas formas:

• Associação em série:
Em uma associação em série, os resistores se
dispõem no sistema ligados diretamente em um Fonte: “https://www.todamateria.com.br/associacao-de-
único fio resistores/”

Como os resistores estão ligados aos mesmos


terminais, podemos dizer que a ddp se mantém a
mesma em todos os resistores. Também podemos
ver que existem bifurcações ao longo do caminho,
as quais a corrente irá se separar, não se mantendo
igual em todos os pontos do sistema, para sabermos
a corrente total, devemos somar todas as correntes
parciais:

Fonte: “https://www.todamateria.com.br/associacao-de-
resistores/”
𝑖 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3
Como os resistores estão ligados por um único fio,
a corrente que passa por ele se mantém a mesma
Para o cálculo da resistência equivalente, utilizamos
em todos os resistores. Já em relação a tensão, a
a fórmula:
diferença entre os terminais de cada resistor é
diferente, então a tensão do sistema não se mantém
a mesma. Para calcularmos a ddp total do sistema
nós somamos as ddps parciais de cada resistor: 1 1 1
𝑅𝑒𝑞 = + +
𝑈𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3 𝑅1 𝑅2 𝑅3

E em relação a resistência do sistema, também será 7.7 Amperímetro e Voltímetro.


calculada pela soma de todas as resistências Na elétrica, dois instrumentos essenciais são o
parciais: Amperímetro e o Voltímetro. O amperímetro é
utilizado para medir a corrente (ampères), e, para
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 isso é necessário que seja colocado em série, para
que possa captar a corrente que passa pelo trecho
do fio, e para que seja ideal, o amperímetro deve ter
resistência zero
• Associação em paralelo:
Nas associações em paralelo, os resistores estão
ligados a um mesmo terminal

Material de apoio | 56
FÍSICA
Amperímetro
não ideal por
ter resistência

Fonte:“https://www.infoescola.com/eletricidade/voltimetro
“http://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2013/08/curs
-e-amperimetro/ “
os-do-blog-eletricidade_28.html “

Um gerador ideal é capaz de converter toda a sua


energia em energia elétrica, para essa situação,
utilizamos a seguinte fórmula para calcularmos a
Amperímetro sua potência:
ideal,
resistência 𝑃𝑜𝑡𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 = 𝐸. 𝑖
zero

Fonte:“https://www.infoescola.com/eletricidade/voltimetro
-e-amperimetro/ “
Porém, como na prática ocorre a dissipação de
O voltímetro é usado para medir a tensão de dois energia durante o processo, então, para
terminais, para isso ele é colocado em paralelo no calcularmos a potência real do gerador, utilizamos a
trecho do fio que deseja obter a ddp. Para que seja fórmula:
um voltímetro ideal, a menor quantidade de corrente
deve passar por ele, por isso ele tem uma tensão 𝑃𝑜𝑡𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑟. 𝑖 2
muito alta, tende a infinito.
Sendo:
Pot: potência - [Watts: W]
Resistencia interna
r: resistividade do condutor - [Ohm: Ω]
infinita
i: Corrente elétrica - [Ampères: A]

• Associação em série
Na maioria dos aparelhos que usam geradores,
como as pilhas, são necessárias mais de uma,
Fonte:“https://www.infoescola.com/eletricidade/voltimetro podendo se associar em série. Para isso, os
-e-amperimetro/ “ geradores precisam estar interligados sempre do
polo positivo para o polo negativo.
7.8 Geradores e Associações
Geradores elétricos são dispositivos que convertem
outros tipos de energia em energia elétrica,
garantindo que o circuito se mantenha funcionando.
Seus terminais são compostos por um terminal
positivo (Tensão maior) e um terminal negativo
(Tensão menor), e são representados da seguinte
forma:

Material de apoio | 57
FÍSICA
Fonte:“https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/ass
ociacao-geradores “

Fonte:“https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/ass
Fonte:“https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/ass
ociacao-geradores “
ociacao-geradores “
Como podemos ver, em uma associação em série
Para isso utilizamos geradores iguais, para que um
de geradores, alcançamos uma ddp mais alta,
não consuma a energia do outro. A associação em
sendo igual à soma de todas as ddps dos geradores
paralelo gera uma corrente maior do que a dos
que compõe o sistema:
geradores sozinhos, já que a corrente total será a
soma de todos os geradores:
𝑈𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3 + 𝑈4
Também podemos determinar um gerador
equivalente a associação, que apresenta uma
resistência equivalente, e uma força eletromotriz
equivalente:

Fonte:“https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/ass
ociacao-geradores “
Fonte:“https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/ass
ociacao-geradores “ Podemos representar o esquema acima com um
gerador equivalente:
A ddp equivalente é calculada por:

𝑈 = 𝜀𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 − (𝑟𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 . 𝑖)

Comparando as duas equações temos:


Nesse caso, o gerador equivalente terá a mesma
𝜀𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝜀1 + 𝜀2 + 𝜀3 + 𝜀4 força eletromotriz dos geradores, e a resistência
interna se dá pela resistência do gerador divido pelo
𝑟𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 + 𝑟4 número de geradores em paralelo:

𝑟
• Associação em paralelo 𝜀𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝜀 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 =
Para associarmos geradores em paralelo, devemos
𝑛
ligar os polos negativos de um no polo negativo do
outro, assim como no positivo:
7.9 2ª Lei de Ohm
Neste capítulo já aprendemos sobre resistores e
sobre a resistência elétrica e vimos como esta
propriedade está relacionada a corrente elétrica e a

Material de apoio | 58
FÍSICA
tensão. Mas o que determina a resistência elétrica fio 2. Por conta disso, de acordo com a segunda lei
de um resistor? Para entendermos isso iremos de Ohm o resistor 1 terá uma resistência elétrica
explicar a segunda lei de Ohm. maior que a do fio 2.
A segunda Lei de Ohm relaciona diversos fatores
físicos que são responsáveis por determinar a
7.10 Potência elétrica e
resistência elétrica de um resistor. Estes fatores consumo de energia
determinantes são: o material do resistor, o
comprimento do resistor e a à área da secção A potência elétrica sempre está associada à algum
transversal (este está relacionado ao diâmetro do fio aparelho elétrico. Nesta matéria iremos associar a
resistor). potência elétrica à aparelhos elétricos que
consomem energia elétrica de maneira espontânea
De acordo com a segunda Lei de Ohm a resistência
e a transformam em trabalho. A potência elétrica
elétrica de um resistor com o formato de um fio
desenvolvida por um motor (ou um aparelho
cilíndrico é diretamente proporcional à razão
(divisão) entre o comprimento do fio e a área da elétrico) será determinada diretamente pela
secção transversal multiplicada pela resistividade do intensidade da corrente e pela tensão a qual é
material (entenda como uma característica do submetida. Com isso temos a seguinte expressão
material). matemática:

Onde:

Onde: Pot ou P: potência elétrica - [Watts: W]

R: resistência elétrica - [Ohm: Ω] U: Tensão ou diferença de potencial - [Volts: V]

p: resistividade do material - [Ohm vezes metro: Ω.m] I: intensidade da corrente - [Ampères: A]

L: comprimento do resistor - [Metros: m] Esta grandeza física indica a potência elétrica que é
consumida. Muitos aparelhos elétricos possuem
A: área de secção transversal - [Metro quadrados: m2]
uma gravação ou etiqueta indicando a potência
Vale ressaltar que esta lei nos mostra que não é elétrica que consomem. Se por exemplo estiver
apenas o material do resistor que determina sua escrito em algum aparelho (60 W – 120 V) pode-se
resistência elétrica, ou seja, é possível que existam entender que este aparelho consome a potência
resistores feitos do mesmo material, mas com
elétrica de 60 W quando ligado entre dois pontos
resistências elétricas diferentes. Abaixo temos uma
com uma ddp de 120 V.
ilustração disso.
Quando se trata de aparelhos elétricos com
determinada potência elétrico também podemos
calcular o consumo de energia deste mesmo
aparelho. Para calcular o consumo de energia de
um determinado aparelho existem dois fatores que
importam. O primeiro fator é a potência elétrica que
o aparelho consome e o segundo fator é o intervalo
de tempo em que este aparelho este ligado e,
Fonte:”Immagen-destacada-resistividade-2.jpg portanto, consumiu energia. Escrevendo este
(398×309) (wp.com)” raciocínio na linguagem matemática temos:

Nesta imagem vemos dois resistores feitos do


mesmo material e que possuem o mesmo
comprimento, entretanto a área de secção
transversal do fio 1 é visivelmente menor que a do

Material de apoio | 59
FÍSICA
Onde: residência gastou 646 kWh em um mês e que o
preço por quilowatt-hora seja de R$0,20. Fazendo
Eel.: Energia elétrica consumida - [Quilowat-hora: kWh]
uma multiplicação básica:
Pot ou P: potência elétrica - [Watts: W]
Custo = 0,2 • 646 = R$129,2
Δt: Intervalo de tempo que o aparelho consumiu
energia - [Horas: h] Note que: neste caso eu não precisei escrever o
consumo de energia em W, ou seja, não precisei
Note que: a unidade quilowatt não é uma unidade escrever 646 • 103 W pois o custo dado também
diferente, ela representa 103Watts, ou seja, a era por quilowatt.
unidade continua sendo Watt (W), mas como nos
exercícios de consumo de energia trabalhamos com Expressão matemática para cálculo do custo de
energia elétrica consumida (conta de luz):
quantidade grande de energia foi adotado essa
nomenclatura, portanto 25 kWh corresponde a um Custo = Eel. • preço
gasto de 25 • 103 Watts em 1 hora.
Onde:
Nos exercícios de vestibular é comum relacionar o
Custo: valor total a pagar pelo consumo de
valor consumido de energia com o custo em reais energia - [Reais]
de cada kW, em outras palavras pede-se para você
Eel.: Energia elétrica consumida - [Quilowat-hora:
calcular a conta de luz de acordo com o consumo de
kWh]
energia de uma residência e o valor de cada kW.
Vamos ver um exemplo: imagine que uma Preço: Preço do quilowat-hora - [Reais por
quilowat-hora: reais/kWh]

7.11 Mapa Mental

Material de apoio | 60
FÍSICA
EXERCÍCIOS
Questão 1 (FURG RS) Duas resistências R1 e R2 são ligadas
(VUNESP) Os valores nominais de uma lâmpada a uma bateria de resistência interna nula, conforme
incandescente, usada em uma lanterna, são: 6,0 V; a figura.
20 mA. Isso significa que a resistência elétrica do
seu filamento é de:

a) 150 Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou


apagada.

b) 300 Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou


apagada.

c) 300 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor


bem maior quando apagada.

d) 300 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor


bem menor quando apagada.

e) 600 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor • A resistência total aumenta.


bem maior quando apagada. • A corrente em R1 aumenta.
• A corrente que a bateria fornece diminui.

Quais afirmativas estão corretas?

Questão 2 a) Nenhuma.
(UFF RJ) Considere o circuito abaixo, no qual os b) Apenas I e II.
elementos 1, 2 e 3 são resistores e o elemento 4 é
um fio com resistência desprezível. c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

Questão 4
(ENEM 2018) Ao pesquisar um resistor feito de um
novo tipo de material, um cientista observou o
comportamento mostrado no gráfico tensão versus
Pode-se afirmar corretamente corrente.

a) = 4,8 A; i2 = i3 = 2,4 A; VPQ = 48 V

b) = 12 A; i2 = i3 = 4,0 A; VPQ = 40 V

c) = 12 A; i2 = i3 = 6,0 A; VPQ = 60 V

d) = 24 A; i2 = i3 = zero; VPQ = zero

e) = 24 A; i2 = i3 = 12 A; VPQ = 1,2 x 102 V

Questão 3

Material de apoio | 61
FÍSICA
Após a análise do gráfico, ele concluiu que a tensão Questão 5
em função da corrente é dada pela equação V = 10i (Vunesp) Um circuito elétrico é composto por
+ i². lâmpadas de 5v ligadas em série a uma fonte de 220
V. para que não se queime, o número de lâmpadas
O gráfico da resistência elétrica (R) do resistor em
nesses circuitos deve ser:
função da corrente (i) é
a) 24

b) 44

c) 54

d) 64

e) 74
a)

Questão 6
(FEI-SP) No circuito da figura, calcule:

a) O valor da resistência R para que a corrente


seja 2A.

b) Nessas condições determine o valor de .


b)

c)

Questão 7
(Fuvest- SP) No circuito da figura o amperímetro e
o voltímetro são ideais. O voltímetro marca 1,5 V
quando a chave K está aberta.
d)

e)

Material de apoio | 62
FÍSICA
Fechando-se a chave K, o amperímetro marcará: a) RA > RB > RC.

a) 0 mA b) RB > RA > RC.

b) 7,5 mA c) RB > RC > RA.

c) 15 mA d) RC > RA > RB.

d) 100 mA e) RC > RB > RA.

e) 200 m

Questão 10
Questão 8 (ENEM 2018) Alguns peixes, como o poraquê, a
(PUC MG) Quatro estudantes discutiam sobre o enguia-elétrica da Amazônia, podem produzir uma
corrente elétrica quando se encontram em perigo.
consumo de energia de duas lâmpadas elétricas:
Um poraquê de 1 metro de comprimento, em perigo,
uma em cujo bulbo se lê “60 W – 20 V”, e outra em
produz uma corrente em torno de 2 ampères e uma
cujo bulbo se lê “100 W – 120 V”. A primeira foi
voltagem de 600 volts.
ligada em 120 V durante 15 minutos e a segunda foi
ligada em 120V durante 8 minutos. Dentre as O quadro apresenta a potência aproximada de
afirmativas feitas pelos estudantes, a CORRETA é: equipamentos elétricos.

a) O maior consumo sempre é o da lâmpada de


maior potência.

b) O maior consumo, no presente caso, foi o da


lâmpada de 60 W.

c) O maior consumo sempre é o da lâmpada de


menor potência.
O equipamento elétrico que tem potência similar
d) O consumo foi igual para ambas, porque foram àquela produzida por esse peixe em perigo é o(a)
ligadas na mesma tensão. a) exaustor.

b) computador.
Questão 9
c) aspirador de pó.
(UNIFESP) Você constrói três resistências elétricas,
RA, RB e RC, com fios de mesmo comprimento e d) churrasqueira elétrica.
com as seguintes características:
e) secadora de roupas.
I. O fio de RA tem resistividade 1,0·10–6 Ω·m e
diâmetro de 0,50 mm.
Questão 11
II. O fio de RB tem resistividade 1,2·10–6 Ω·m e
(ENEM PPL 2018) Ao dimensionar circuitos
diâmetro de 0,50 mm.
elétricos residenciais, é recomendado
III. O fio de RC tem resistividade 1,5·10–6 Ω·m e adequadamente bitolas dos fios condutores e
diâmetro de 0,40 mm. disjuntores, de acordo com a intensidade de
corrente elétrica demandada. Esse procedimento é
Pode-se afirmar que:
recomendado para evitar acidentes na rede elétrica.
No quadro é especificada a associação para três
circuitos distintos de uma residência, relacionando

Material de apoio | 63
FÍSICA
tensão no circuito, bitolas de fios condutores e a d) o consumo de energia térmica convertida em
intensidade de corrente elétrica máxima suportada energia elétrica.
pelo disjuntor.
e) o consumo de energia elétrica através de
correntes de fuga.

Questão 13
Com base no dimensionamento do circuito (ENEM) Podemos estimar o consumo de energia
residencial, em qual(is) do(s) circuito(s) o(s) elétrica de uma casa considerando as principais
equipamento(s) é(estão) ligado(s) adequadamente? fontes desse consumo. Pense na situação em que
apenas os aparelhos que constam na tabela abaixo
a) Apenas no Circuito 1. fossem utilizados diariamente da mesma forma.
b) Apenas no Circuito 2. Tabela: A tabela fornece a potência e o tempo efetivo
c) Apenas no Circuito 3. de uso diário de cada aparelho doméstico.

d) Apenas nos Circuitos 1 e 2.

e) Apenas nos Circuitos 2 e 3.

Questão 12
(ENEM)Entre as inúmeras recomendações dadas
para a economia de energia elétrica em uma
residência, destacamos as seguintes:

• Substitua lâmpadas incandescentes por


Supondo que o mês tenha 30 dias e que o custo de
fluorescentes compactas; 1 KWh é de R$0,40, o consumo de energia elétrica
• Evite usar o chuveiro elétrico com a chave na mensal dessa casa é de aproximadamente:
posição "inverno" ou "quente";
a) R$135.
• Acumule uma quantidade de roupa para ser
passada a ferro elétrico de uma só vez; b) R$165.

• Evite o uso de tomadas múltiplas para ligar c) R$190.


vários aparelhos simultaneamente;
d) R$210.
• Utilize, na instalação elétrica, fios de diâmetros
recomendados às suas finalidades. e) R$230.
A característica comum a todas essas
recomendações é a proposta de economizar
energia por meio da tentativa de, no dia, reduzir: Questão 14
(Mack-2006) Para a transmissão de energia
a) a potência dos aparelhos e dispositivos elétricos. elétrica, constrói-se um cabo composto por 7 fios de
b) o tempo de utilização dos aparelhos e uma liga de cobre de área de secção transversal
dispositivos. 10mm2 cada um, como mostra a figura.

c) o consumo de energia elétrica convertida em


energia térmica.

Material de apoio | 64
FÍSICA
Questão 16

(ENEM-2012) Para ligar ou desligar uma mesma


lâmpada a partir de dois interruptores, conectam-se
os interruptores para que a mudança de posição de
um deles faça ligar ou desligar a lâmpada, não
importando qual a posição do outro. Esta ligação é
conhecida como interruptores paralelos. Este
interruptor é uma chave de duas posições
constituída por um polo e dois terminais, conforme
A resistência elétrica desse cabo, a cada quilometro, mostrado nas figuras de um mesmo interruptor. Na
é: Posição I a chave conecta o polo ao terminal
Dado: resistividade da liga de cobre = 2,1 x 10-2 superior, e na Posição II a chave o conecta ao
Ω.mm2 /m. terminal inferior.

a) 2,1 Ω

b) 1,8 Ω

c) 1,2 Ω

d) 0,6 Ω
O circuito que cumpre a finalidade de funcionamento
e) 0,3 Ω
descrita no texto é:

Questão 15
(Mack) No trecho de circuito visto na figura, a
resistência de 3 Ω dissipa 27 W. a)

b)

A ddp entre os pontos A e B vale:

a) 9 V c)
b) 13,5 V

c) 25,5 V

d) 30 V d)
e) 45 V

e)

Material de apoio | 65
FÍSICA
Questão 17 do Sul e Santa Catarina, gera 1.450 megawatts de
(ENEM) O texto a seguir, transcrito de um jornal de energia por hora."
grande circulação, contém, pelo menos, um erro Esse erro consiste em:
conceitual ao apresentar valores de produção e de
potencial de geração de energia. a) apresentar valores muito altos para a grandeza
"...O Brasil tem potencial para produzir pelo menos energia.
15 mil megawatts por hora de energia a partir de b) usar unidade megawatt para expressar os valores
fontes alternativas. Somente nos Estados da região de potência.
Sul, o potencial de geração de energia por c) usar unidades elétricas para biomassa.
intermédio das sobras agrícolas e florestais é de d) fazer uso da unidade incorreta megawatt por
5.000 megawatts por hora. Para se ter uma ideia do hora.
que isso representa, a usina hidrelétrica de Ita, uma e) apresentar valores numéricos incompatíveis com
das maiores do país, na divisa entre o Rio Grande as unidades.

Material de apoio | 66
FÍSICA
8 TERMOLOGIA

8.1 Termometria Para podermos converter de uma escala para outra,


usamos essa fórmula:
• Temperatura
𝑇𝑐 𝑇𝐹 − 32 𝑇𝐾 − 273
Nós usamos o conceito de temperatura para “medir” = =
o quão agitado as partículas que compõem um 5 9 5
corpo estão, já que, em um grau de agitação baixo,
a temperatura é baixa, e em um grau de agitação
muito elevado, a temperatura é elevada. 8.2 Calorimetria
• Calor
Definimos o calor pela transmissão de energia que
ocorre entre dois corpos. De acordo com a segunda
Lie da termodinâmica, a energia sempre flui
espontaneamente entre um corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura, até que
atinjam a mesma temperatura (Equilíbrio Térmico).
Fonte:”https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias- Como o calor é uma forma de energia, o Sistema
ensino/agitacao-molecular-dos-corpos”
Internacional (SI) é em Joules [J].
• Escalas Termométricas • Transmissão de calor
Podemos medir a temperatura de um corpo em
Existem três formas do calor se propagar:
escalas diferentes. No sistema internacional (SI)
usamos kelvin(K), mas existem outras duas bem Condução: A condução é a propagação do calor
comuns que são: Celsius (° C) e Fahrenheit (°F). através das agitações das partículas de um corpo
Para essas medições, cada escala tem uma mais quente para um corpo mais frio, agitando as
referência de dois pontos fixos, os quais partículas desse e fazendo esquentar
caracterizam os pontos de fusão e ebulição da água.
Além de um terceiro ponto, o qual chamamos de
“Zero absoluto”, que seria uma situação em que o
grau de agitação das partículas chegasse a zero.

Fonte:”
https://www.coladaweb.com/fisica/termologia/transmissao-de-
calor”

Convecção: A convecção é caracterizada pela


movimentação das partículas de um mesmo fluido
de acordo com o grau de agitação das moléculas.
Imagine a seguinte situação, o funcionamento de
Fonte:”https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/termologia.htm”

Material de apoio | 67
FÍSICA
um ar-condicionado é estrategicamente colocado Onde:
no alto de um ambiente. O aparelho resfria as
Q: Calor [cal ou J]
partículas que estão no alto, fazendo com que
essas partículas se agitem menos, ficando mais m: Massa [g ou Kg]
juntas, e consequentemente mais densas. Com c: Calor específico [cal/g.°C ou J/Kg.K]
isso, essas partículas vão descer por sua
ΔT: Variação da temperatura [°C ou K]
densidade, enquanto as menos densas (mais
quentes) sobem, esse movimento de subir o ar
quente e descer o ar frio, é o que chamamos de
convecção.
• Calor Latente
Para a situação do corpo mudar seu estado físico,
usaremos o calor latente. Cada substância possui
dois valores de calor latente, um para o seu ponto
de fusão e um para o de ebulição, ambos os valores
são tabelados. A fórmula para o cálculo do calor na
mudança de estado é:

𝑄 = 𝑚. 𝐿
Fontes: “https://querobolsa.com.br/enem/fisica/conducao- Onde:
conveccao-e-radiacao”
Q: Calor [cal ou J]
“https://brainly.com.br/tarefa/28610489”
m: Massa [g ou Kg]
Radiação: A radiação é a propagação que não
necessita de um meio para ocorrer. Ela se manifesta L: Calor latente [ cal/g ou J/Kg]
através de ondas eletromagnéticas, ou seja, a
radiação consegue se propagar no vácuo, motivo o
qual o calor do sol consegue chegar até nós.
• Dilatação Térmica dos
sólidos
Quando corpos aumentam de temperatura, vimos
que significa que o grau de agitação das moléculas
aumenta, e, consequentemente, suas dimensões
vão ampliar. Para calcularmos quanto um corpo
Fonte:” https://colecaodemateriais.blogspot.com/2019/07/quais-
dilata, vamos usar o coeficiente de dilatação, que irá
desses-materiais-esquentam-mais.html”
variar de acordo com o material e com as dimensões
que irão aumentar.

• Calor Sensível
Para calcularmos o calor transferido entre os Linear: Em fios e cabos, usaremos o coeficiente de
corpos, analisaremos em duas situações: A qual o dilatação linear, e usamos a fórmula:
corpo muda apenas de temperatura, e a que o corpo
muda de estado físico. Para a mudança de
temperatura, usaremos o calor específico, que varia
de acordo com cada substância e tem valores
tabelado, para esse cálculo usamos a fórmula:

𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇

Material de apoio | 68
FÍSICA
Superficial: Para superfícies, como placas, a Volumétrica: Para corpos que dilatam em três
dilatação ocorrerá em duas dimensões, largura e dimensões (largura, comprimento e profundidade)
comprimento, por isso o coeficiente de dilatação como um cubo, o coeficiente de dilatação volumétrico
superficial é duas vezes o linear é três vezes o coeficiente linear.

8.3 Mapa mental

Isocórica: Transformação em que o volume se


8.4 Termodinâmica mantém constante (ΔV = 0)
A termodinâmica estuda as leis que relacionam
trabalho, calor e outras formas de energia nos gases Isotérmica: Transformação em que a temperatura
ideais (teóricos). Por isso precisamos ter bem fixado se mantém constante (ΔT = 0)
os conceitos de temperatura e calor vistos Adiabática: Transformação a qual não há trocas de
anteriormente. calor (Q=0)

• Transformações
Os gases ideais podem sofres 4 tipos de
transformações:

Isobárica: Transformação que a pressão se


mantém constante (Δp = 0)

Material de apoio | 69
FÍSICA
Sendo:
W: Trabalho
p: Pressão
ΔV: Variação do volume
*Para usar essa fórmula a transformação deve ser isobárica
(pressão constante)
Fonte:” http://fisicajoaoxxiii.blogspot.com/2005/12/primeira-lei-
da-termodinmica.html”
• Energia Interna(ΔU)
• Trabalho A energia interna de um gás é a soma de todas as
Em um recipiente com um êmbolo e contendo um energias das moléculas que compõem esse gás. A
gás dentro, podemos relacionar com o conceito de energia interna (ΔU) é diretamente proporcional a
trabalho. Se houver uma expansão do gás sobre o temperatura do gás.
êmbolo, dizemos que o gás realizou trabalho, mas
∆𝑈 > 0 → ∆𝑇 > 0
se o gás foi comprimido, o trabalho foi realizado
sobre ele. ∆𝑈 < 0 → ∆𝑇 < 0

∆𝑈 = 0 → ∆𝑇 = 0

• Primeira Lei da
Termodinâmica
Essa lei relaciona a energia interna do gás (ΔU),
a quantidade de calor (𝑄) e o trabalho (𝑊).

∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
Fonte:”https://pt.khanacademy.org/science/7-ano/desenvolvimento-
tecnologico/vida-e-equilibrio-termodinamico/a/primeira-lei-da-
termodinamica”

Para calcularmos o trabalho de um gás, usamos a


seguinte fórmula:

𝑊 = 𝑝 . ∆𝑉

Material de apoio | 70
FÍSICA
8.5 Mapa Mental

EXERCÍCIOS
Questão 1 Questão 2
(UFAM-AM) – Analise as seguintes afirmativas a (UEFS BA/2017) A primeira lei da termodinâmica
respeito dos tipos de transformações ou mudanças para sistemas fechados foi originalmente
de estado de um gás. comprovada pela observação empírica, no entanto
é hoje considerada como a definição de calor
I – em uma transformação isocórica o volume do gás
através da lei da conservação da energia e da
permanece constante.
definição de trabalho em termos de mudanças nos
II – em uma transformação isobárica a pressão do parâmetros externos de um sistema.
gás permanece constante.
Com base nos conhecimentos sobre a
III – em uma transformação isotérmica a Termodinâmica, é correto afirmar:
temperatura do gás permanece constante.
a) A energia interna de uma amostra de um gás ideal
IV – em uma transformação adiabática variam o é função da pressão e da temperatura absoluta.
volume, a pressão e a temperatura.
b) Ao receber uma quantidade de calor Q igual a
Com a relação as quatro afirmativas acima, 48,0J, um gás realiza um trabalho igual a 16,0J,
podemos dizer que: tendo uma variação da energia interna do sistema
igual 64,0J.
a) só I e III são verdadeiras.
c) A energia interna, o trabalho realizado e a
b) só II e III são verdadeiras. quantidade de calor recebida ou cedida independem
c) I, II, III e IV são verdadeiras. do processo que leva o sistema do estado inicial A
até um estado final B.
d) só I é verdadeira.

e) todas são falsas.

Material de apoio | 71
FÍSICA
d) Quando se fornece a um sistema certa c) Apenas as afirmativas I e IV.
quantidade de energia Q, esta energia pode ser
d) Apenas as afirmativas I, II e III.
usada apenas para o sistema realizar trabalho.
e) Apenas as afirmativas I, II e IV.
e) Nos processos cíclicos, a energia interna não
varia, pois volume, pressão e temperatura são
iguais no estado inicial e final.
Questão 4
(UFRS) Qual é a variação de energia interna de um
Questão 3 gás ideal sobre a qual é realizado um trabalho de
80J, durante uma compressão adiabática?
(IFG) As máquinas térmicas são dispositivos que
operam sempre em ciclos, isto é, retornam a) 80 J
periodicamente às condições iniciais. Uma maneira
de estudá-las é por meio de transformações que b) 40 J
ocorrem dentro destes ciclos, representados por um c) zero
gráfico do comportamento da pressão de um gás de
trabalho em função do volume por ele ocupado. d) – 40 J

O gráfico a seguir representa um ciclo de uma e) – 80 J


máquina térmica realizado por um sistema gasoso:

Questão 5
(UFPR-PR) Analise as seguintes afirmações sobre
conceitos de termologia:

I) Calor é uma forma de energia.

II) Calor é o mesmo que temperatura.

III) A grandeza que permite informar se dois corpos


estão em equilíbrio térmico é a temperatura.

Está(ão) correta(s) apenas:

Analise as afirmativas. a) I

I. De A para B ocorre uma expansão isobárica. b) II

II. De B para C o trabalho é motor, ou seja, realizado c) III


pelo sistema.
d) I e II
III. A variação de energia interna no ciclo ABCDA é
e) I e III
positiva.

IV. No ciclo fechado, ABCDA, não há variação de


energia interna e o trabalho total é nulo. Questão 6
Está(ão) correta(s). (UNIFESP-SP) O texto a seguir foi extraído de uma
matéria sobre congelamento de cadáveres para sua
a) Apenas a afirmativa I. preservação por muitos anos, publicada no jornal O
Estado de S. Paulo de 21.07.2002.
b) Apenas as afirmativas I e II.

Material de apoio | 72
FÍSICA
Questão 7
(UNIFESP-SP) Quando se mede a temperatura do
corpo humano com um termômetro clínico de
mercúrio em vidro, procura-se colocar o bulbo do
termômetro em contato direto com regiões mais
próximas do interior do corpo e manter o termômetro
assim durante algum tempo, antes de fazer a leitura.
Esses dois procedimentos são necessários porque:

a) o equilíbrio térmico só é possível quando há


Após a morte clínica, o corpo é resfriado com gelo. contato direto entre dois corpos e porque demanda
Uma injeção de anticoagulantes é aplicada e um sempre algum tempo para que a troca de calor entre
fluido especial é bombeado para o coração, o corpo humano e o termômetro se efetive.
espalhando-se pelo corpo e empurrando para fora
b) é preciso reduzir a interferência da pele, órgão
os fluidos naturais. O corpo é colocado numa
que regula a temperatura interna do corpo, e porque
câmara com gás nitrogênio, onde os fluidos
demanda sempre algum tempo para que a troca de
endurecem em vez de congelar. Assim que atinge a
calor entre o corpo humano e o termômetro se
temperatura de –321º, o corpo é levado para um
efetive.
tanque de nitrogênio líquido, onde fica de cabeça
para baixo. c) o equilíbrio térmico só é possível quando há
contato direto entre dois corpos e porque é preciso
Na matéria, não consta a unidade de temperatura
evitar a interferência do calor específico médio do
usada.
corpo humano.
Considerando que o valor indicado de –321º esteja
d) é preciso reduzir a interferência da pele, órgão
correto e que pertença a uma das escalas, Kelvin,
que regula a temperatura interna do corpo, e porque
Celsius ou Fahrenheit, pode-se concluir que foi
o calor específico médio do corpo humano é muito
usada a escala:
menor que o do mercúrio e do vidro.
a) Kelvin, pois trata-se de um trabalho científico e
e) o equilíbrio térmico só é possível quando há
esta é a unidade adotada pelo Sistema
contato direto entre dois corpos e porque é preciso
Internacional.
reduzir a interferência da pele, órgão que regula a
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero temperatura interna do corpo.
absoluto e, portanto, só pode ser medido nessa
escala.

c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não


admitem esse valor numérico de temperatura.

d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos


negativos para a indicação de temperaturas.

e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada


em língua portuguesa e essa ser a unidade adotada
oficialmente no Brasil.

Material de apoio | 73
FÍSICA
GABARITO
Dinâmica 26 – B 9–D Termologia
1–D 27 – D 10 – B 1–C
2 – F=5,2N 28 – D 2–E
3–C 29 – A Eletroestática 3–A
4–C 30 – D 1–B 4–A
5–D 31 – C 2–D 5–E
6–E 32 – C 3–A 6–C
7–A 4–D 7–B
8–A Trabalho 5–E
9–E 1–C 6–B
10 – D 2–B 7–B
11 – A 3–A 8–B
12 – E 4–A 9–B
5–D 10 – B
Cinemática 6–A 11 – D
1–B 7–C 12 – E
2–D 8–C
9–A Eletrodinâmica
3–A
4–C 10 – C 1–D

5–D 11 – E 2–D

6–D 12 – A 3–C

7–D 4–D
Energias 5–B
8–C
9–E 1–D 6 – a) R=0 Ω (Tem
2–B que ser nula)
10 – C
11 – A 3–C b) i1 = 2/3 A
12 – A 4–B
7–D
13 – D 5–B
8–E
14 – E 6–C
9–D
15 – D 7–A
10 – E
16 – A
Estática 11 – C
17 – D
12 – E
18 – B 1–C
13 – E
19 – D 2–B
14 – E
20 – B 3–B
15 – D
21 – B 4–E
16 – E
22 – A 5–D
17 – D
23 – A 6–B

24 – B 7–B

25 – D 8–E

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