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Reafirmação do compromisso com os princípios do pacto global

da onu.

O rompimento da Barragem I do Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais,

levou a Vale a revisar sua governança, gestão de saúde e segurança, gestão de

excelência operacional, incluindo barragens de rejeitos, avaliação de riscos operacionais

e de negócios, processos de remediação e a governança e gestão de Direitos Humanos,


entre outros.

A Vale está determinada em reparar e compensar integralmente os impactos de Direitos

Humanos e danos causados pela tragédia de Brumadinho. Até o final do 2T21, a Vale

tem engajado fortemente com as pessoas afetadas, comunidades e outras partes

interessadas e destinou mais de US $ 3,5 bilhões para o pagamento de indenizações a

pessoas impactadas, obras de infraestrutura e ações de reparação ambiental e

socioeconômica. Em fevereiro de 2021, a Vale firmou um Acordo Global de R$37,7

bilhões, que inclui projetos de reparação e compensação, com o Estado de Minas

Gerais, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais e os Ministérios Públicos

Federal e Estadual de Minas Gerais. Este Acordo traz maior transparência, legitimidade

e segurança jurídica aos envolvidos. A Vale continuará comprometida com os acordos


de indenização individual, que já alcançaram 10,5 mil pessoas até o 2T21.

1. Melhorias na Governança de Segurança e Excelência Operacional

Após o rompimento da barragem de Brumadinho, a liderança da Vale realizou uma série

de medidas para fortalecer ainda mais a governança de gestão de risco. Em 2020, a

governança da empresa foi refinada para garantir uma abordagem conservadora na


gestão de risco:

 Nova Política de Gestão de Risco foi definida e aprovada pelo Conselho de


Administração estabelecendo, entre outras medidas, cinco Comités
Executivos de Risco.
 Instalação do Conselho Fiscal, de acordo com as recomendações dos
órgãos reguladores. Criação do Escritório de Conformidade encarregado
da integridade corporativa e garantindo a conformidade com as leis,
regulamentos, políticas e procedimentos.

 O Comitê de Compliance e Risco evoluiu para o Comitê de Excelência


Operacional e Risco, reforçando sua competência na avaliação da gestão
de riscos corporativos, absorvendo as atribuições associadas ao
monitoramento dos riscos operacionais, principalmente geotécnicos. As
atribuições relacionadas ao Compliance foram transferidas para o
Conselho Fiscal.

2. Estrutura de gerenciamento de risco fortalecida

A Vale aprimorou seu fluxo integrado da Governança de Gestão de Riscos, que

representa a forma como são realizadas as revisões periódicas para garantir o

alinhamento entre as decisões estratégicas, o desempenho, a definição e o

monitoramento dos limites de tolerância ao risco aprovados pelo Conselho de


Administração da empresa, por recomendação da Diretoria Executiva

3. Programa de Descaracterização de Barragens a montante

Uma das principais iniciativas para reduzir o nível de risco da empresa é a

descaracterização1 de todas as nossas 30 estruturas geotécnicas a montante 2 no Brasil,

incluindo barragens, diques e pilhas de drenagem - Programa de Descaracterização de

Barragens a montante da Vale. Dessas 30, a Vale concluiu a descaracterização de 6

estruturas a montante e, até o final de 2021, está prevista a descaracterização de um


dique e o reforço de outro.

O processo de descaracterização é importante para a redução do risco de longo prazo

das instalações de barragens de rejeitos a montante. As obras foram conduzidas com

uma abordagem preventiva, e a conclusão do programa está prevista para ocorrer em

2029. Nesse sentido, as zonas a jusante das barragens críticas foram evacuadas e três
estruturas de contenção a jusante (ECJ), para conter os rejeitos em um cenário

hipotético de ruptura da barragem, foram construídas. Mais informações sobre nosso


Programa de Descaracterização de Barragens a montante estão disponíveis aqui.
1
"Descaracterização’’ significa reintegrar funcionalmente a estrutura e seus conteúdos no meio ambiente, de modo que a estrutura não

sirva mais ao seu propósito principal de atuar como contenção de rejeitos

2
O método de alteamento a montante é o mesmo método de construção da barragem de Brumadinho

4. Gestão de Segurança da Barragem de Rejeitos

A Vale está focada na evolução de seu Sistema de Gestão de Barragens de Rejeitos

(SGBR) e vem monitorando de perto suas barragens ativas e inativas. O Conselho de

Administração da Vale aprovou, em outubro de 2020, uma nova Política de Segurança


de Barragens e Estrutura Geotécnica de Mineração. Entre outras diretrizes, a política

determina que todos os componentes do SGBR da Vale sejam projetados com

elementos de melhoria contínua, usando e aplicando as melhores tecnologias

disponíveis e as melhores práticas internacionais, incluindo as do Conselho

Internacional de Mineração e Metais (ICMM) e o Padrão Global da Indústria para a

Gestão de Rejeitos ("GISTM - Global Industry Standard on Tailings Management") -

um esforço para melhorar a segurança em todas as fases do ciclo de vida das estruturas

de disposição de rejeitos. Todas as estruturas de disposição de rejeitos com

consequências potenciais “extremas” ou “muito altas” devem estar em conformidade

com o GISTM até agosto de 2023. Além disso, todas as outras estruturas de disposição

de rejeitos operadas pela Vale que não estejam em um estado de fechamento seguro
estarão em conformidade com o GISTM até agosto de 2025.

Uma importante medida de precaução é a redução da dependência de barragens de

rejeitos em nossos processos produtivos. Temos desenvolvido alternativas para

barragens de rejeitos e, com os investimentos contínuos no empilhamento do rejeito à


seco.

5. Transformação Cultural
Para tornar a Vale uma das mineradoras mais seguras e confiáveis do mundo e para

promover a reparação integral de Brumadinho, a Vale está comprometida com a


transformação de sua cultura.

Foram definidos os principais comportamentos da organização, com base nos valores

centrais da Empresa: (i) obsessão por segurança e gestão de riscos; (ii) diálogo aberto e

transparente; (iii) empoderamento com comprometimento; (iv) responsabilidade pelo

todo; (v) escuta ativa e engajamento com a sociedade. Tudo isso colocando as Pessoas
no centro.

Em um processo de construção conjunta voluntária e criativa, 40 líderes resgataram

nossa história e essência para criar o propósito da Vale: “Existimos para melhorar a vida

e transformar o futuro. Juntos". O propósito direciona ações e intenções e é sustentado

por quatro pilares: (i) servir à sociedade, compartilhando valor para todos; (ii) fazer

juntos; (iii) usar a capacidade de mobilização da Vale para fazer algo extraordinário; e
(iv) transformar o futuro, cuidando do presente

Vale e o Pacto Global da ONU

Conforme descrito acima, estamos adotando e desenvolvendo melhores práticas para

aprimorar nossos negócios, com muito cuidado, enquanto transformamos nossa cultura

e iniciamos e aceleramos iniciativas ESG críticas. E parte dessa agenda está

o compromisso da Vale com o Pacto Global da ONU. Os 10 Princípios são um

guia fundamental e um mecanismo de compliance para a empresa e a Vale continua


comprometida com eles, apesar de ter saído da iniciativa após o rompimento da

Barragem I da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. A empresa tem trabalhado

diligentemente e está inteiramente comprometida com a implementação contínua de

todos os princípios do Pacto Global.

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