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Síntese do Traçado do Monitor de Secas do Mês de Agosto de 2021

Este documento descreve, resumidamente, as maiores variações apresentadas no


Mapa do Monitor de Secas do mês de agosto de 2021 (Figura 1b) em comparação ao mês
anterior (Figura 1a). Os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação,
acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da
seca em cada uma dessas áreas.

(a) (b)
Figura 1 - Monitor de Secas: (a) Julho/2021; (b) Agosto/2021.

Na Região Nordeste, destaca-se o avanço da seca grave (S2) no Rio Grande do Norte
e da seca moderada (S1) no leste do Maranhão e oeste do Piauí, devido à piora nos
indicadores. Por outro lado, devido às anomalias positivas de precipitação nos últimos meses,
houve recuo da seca moderada (S1) em parte do litoral baiano e da seca fraca (S0) no leste
pernambucano.
Na Região Sudeste, devido à persistência de chuvas abaixo da média, houve o avanço
das secas excepcional (S4) e extrema (S3) no norte e noroeste de São Paulo e no Triângulo
Mineiro, além do agravamento da seca em uma porção no norte mineiro, que passou de
moderada (S1) para grave (S2).
Na Região Sul, devido às anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores,
ocorreu aumento da área com seca extrema (S3) entre o oeste catarinense e o noroeste do Rio
Grande do Sul, além do avanço da seca grave (S2) no oeste do Paraná, da seca moderada
(S1) no oeste gaúcho e da seca fraca (S0) no leste catarinense. Por outro lado, em razão das
anomalias positivas de precipitação e melhora nos indicadores, houve o recuo das áreas com
secas moderada (S1) e fraca (S0) no litoral do Paraná.
Na Região Centro-Oeste, devido à piora nos indicadores, registrou-se o avanço da
seca extrema (S3) no sul de Goiás e da seca grave (S2) no sul de Mato Grosso do Sul, além
do aumento da área com seca moderada (S1) em Goiás e Mato Grosso.
No Tocantins, único estado da Região Norte monitorado até agora, devido às
anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores, houve o avanço da seca grave
(S2) no noroeste e da seca moderada (S1) no sudoeste do estado.
Em Alagoas, embora tenham ocorrido chuvas em torno da média nos últimos meses,
não houve mudança na condição de seca. Os impactos permanecem de curto e longo prazo
(CL).
Na Bahia, houve recuo da seca moderada (S1) em parte do litoral, em virtude das
chuvas acima da média. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no centro-oeste e norte
do estado e de curto prazo (C) nas demais áreas.
No Ceará, devido às chuvas em torno da média no mês de agosto, cuja climatologia
é baixa, não houve mudança na condição de seca. Os impactos permanecem de curto prazo
(C) no noroeste e de curto e longo (CL) no restante do estado.
No Distrito Federal, mantém-se a condição de sem seca relativa, devido às chuvas em
torno da normalidade nos últimos meses.
No Espírito Santo, apesar da ocorrência de anomalias positivas de precipitação no
sudeste do estado, permanecem as condições de seca fraca (S0) no centro-sul e de seca
moderada (S1) no norte. Os impactos são de curto prazo (C).
Em Goiás, devido à piora nos indicadores, houve avanço das secas extrema (S3) no
sul e moderada (S1) no norte. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) em todo o Estado.
No Maranhão, houve o desaparecimento da seca fraca (S0) no litoral norte, devido às
anomalias positivas de chuva. Por outro lado, em virtude da piora nos indicadores, houve
avanço da seca moderada (S1) no leste do estado. Os impactos permanecem de curto e longo
prazo (CL) no centro-sul, e de curto prazo (C) nas demais áreas.
Em Minas Gerais, devido à piora nos indicadores, houve o avanço das secas
excepcional (S4) e extrema (S3) no Triângulo, da seca grave (S2) no centro e sul e da seca
moderada (S1) no norte, leste e centro. Além disso, houve agravamento da seca em uma
porção no norte, passando de moderada (S1) para grave (S2). Os impactos são de curto e
longo prazo (CL) no oeste e de curto prazo (C) no leste.
Em Mato Grosso, devido às anomalias negativas de precipitação, houve aumento da
área com seca moderada (S1) no oeste, leste e centro-sul do estado. Os impactos são de curto
e longo prazo (CL) no sul, sudeste e oeste e de curto prazo (C) nas demais áreas do estado.
Em Mato Grosso do Sul, houve o avanço da seca grave (S2) no sul, em função da
piora nos indicadores. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) em todo o estado.
Na Paraíba, devido às anomalias negativas de precipitação, houve um avanço da seca
grave (S2) no sudeste. Os impactos são de curto prazo (C) no sudoeste e de curto e longo
prazo (CL) no restante do estado.
No Paraná, em decorrência de chuvas acima da média, houve o recuo das secas
moderada (S1) e fraca (S0) no litoral. Por outro lado, houve o avanço da seca grave (S2) no
oeste, em função da piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto e longo prazo
(CL) em todo o estado.
Em Pernambuco, devido às anomalias negativas de precipitação nos últimos meses e
piora nos indicadores, houve a intensificação da seca no extremo sul, que passou de moderada
(S1) para grave (S2). Por outro lado, devido às chuvas acima da média, houve um recuo da
seca fraca (S0) no leste pernambucano. Os impactos são de curto prazo (C) no extremo norte,
e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas do estado.
No Piauí, em decorrência de uma piora nos indicadores, houve avanço da seca
moderada (S1) no oeste do estado. Os impactos são de curto prazo (C) no norte e de curto e
longo prazo (CL) nas demais áreas.
No Rio de Janeiro, apesar da ocorrência de chuvas acima da média no último mês,
persistem as secas fraca (S0) no centro-norte e moderada (S1) no centro-sul. Os impactos são
de curto prazo (C) no norte, e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.
No Rio Grande do Norte, houve avanço da seca grave (S2) no nordeste e oeste do
estado, devido às anomalias negativas de precipitação. Os impactos são de curto e longo
prazo (CL) em todo o estado.
No Rio Grande do Sul, em função da piora nos indicadores, houve o avanço da seca
extrema (S3) no noroeste e da seca moderada (S1) no oeste. Os impactos permanecem de
curto e longo prazo (CL).
Em Santa Catarina, em função das anomalias negativas de precipitação e da piora nos
indicadores, houve avanço das secas extrema (S3) no oeste e fraca (S0) no leste do estado.
Os impactos são de curto prazo (C) no leste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.
Em São Paulo, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses e da piora nos
indicadores, ocorreu o avanço das secas excepcional (S4) e extrema (S3) no norte e noroeste
do estado. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL).
Em Sergipe, não houve mudança na condição de seca, apesar das chuvas terem sido
abaixo da média no noroeste sergipano. Os impactos permanecem de curto e longo prazo
(CL).
No Tocantins, devido às anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores,
houve o avanço da seca grave (S2) no noroeste e da seca moderada (S1) no sudoeste do
estado. Os impactos são de curto prazo (C) no sudoeste e de curto e longo prazo (CL) nas
demais áreas.
Para o traçado do mapa do Monitor de Secas de agosto de 2021, foram utilizadas as
considerações feitas na videoconferência realizada no dia 13/09/2021 por representantes da
ANA e das instituições autoras: APAC-PE, FUNCEME-CE, INEMA-BA, IGAM-MG e
INCAPER-ES. Na etapa de validação do mapa, diversas instituições estaduais parceiras
contribuíram com dados complementares de suas redes de monitoramento e/ou informações
de campo repassadas pelos observadores de impactos locais. Os trabalhos foram coordenados
pela equipe da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituição Central do
Programa Monitor de Secas.

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