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REGIÃO 

SUDESTE: CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS

ASPECTOS NATURAIS
O relevo do Sudeste é constituído, em seu conjunto, pelos terrenos de elevada
altitude, destacando-se as serras do Mar, da Mantiqueira e da Canastra – todas
compostas de terrenos muito antigos. Nessa região, em especial no estado de
Minas Gerais, há enormes jazidas de minérios, como ouro, ferro, manganês e
alumínio. Encontram-se, ainda, áreas de planaltos e de chapadas, além de
depressões e planícies. De maneira geral, o solo da Região Sudeste é fértil, e
em algumas áreas existe um tipo de solo avermelhado, popularmente conhecido
como terra roxa, que apresenta grande fertilidade natural.
Andre Dib /Pulsar Imagens

O relevo da Região Sudeste é marcado por muitas serras, como a serra do Espinhaço, que
se estende pelo estado de Minas Gerais. Trata-se de uma área rica em minérios, como ferro
e manganês. Vista do pico do Itambé, no Parque Estadual do Pico do Itambé, na serra do
Espinhaço. Serro (MG). Foto de 2018.

HIDROGRAFIA
A Região Sudeste dispõe de grandes rios perenes, isto é, que nunca secam. É
nessa região que nascem alguns dos principais rios brasileiros, como o Paraná,
o São Francisco e o Jequitinhonha.
Como a maior parte dos rios corre em áreas serranas e planálticas, são comuns
as quedas-d’água. Esses desníveis do relevo favorecem a construção de
hidrelétricas. Assim, há, no Sudeste, intensa exploração da energia hidrelétrica,
fator fundamental para o desenvolvimento industrial alcançado por essa região.
VEGETAÇÃO
No Sudeste, há o predomínio da vegetação de Cerrado nas áreas em que a
estação seca é mais prolongada. Nas áreas litorâneas, que são mais úmidas, e
nas demais áreas em que a estação seca é mais curta, predomina a Mata
Atlântica.
A Mata Atlântica é uma das formações vegetais com maior biodiversidade do
mundo. Vivem nessa floresta, cerca de 260 espécies de mamíferos e 20 mil
espécies vegetais. A extração de pau-brasil, o cultivo de cana-de-açúcar e de
café e a expansão urbana devastaram quase completamente essa formação,
além de levar à extinção inúmeras espécies animais e vegetais.
Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, em 2017, restavam apenas 12,4% de
sua área de cobertura original em diferentes estágios de regeneração, e mesmo
essa pequena parte continua a ser intensamente desmatada devido,
principalmente, à ocupação irregular das áreas de florestas remanescentes,
como as da Grande São Paulo, e à especulação imobiliária nas áreas litorâneas.
Região Sudeste: Divisão política e vegetação nativa
ID/BR

Fonte de pesquisa: Gisele Girardi; Jussara Vaz Rosa. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2011.
p. 26.
CLIMA
A maior parte da Região Sudeste está situada na zona intertropical do planeta,
com predomínio do clima tropical, que apresenta médias térmicas anuais
superiores a 21˚C, chuvas concentradas no verão e inverno seco.
Nas áreas de altitude mais elevada, o clima sofre o efeito direto do relevo, e
as temperaturas diminuem, apresentando médias térmicas inferiores a
21˚C, com sensível queda nos meses de inverno. Esse tipo de clima é
chamado tropical de altitude; nele, assim como no clima tropical, as chuvas
concentram-se nos meses mais quentes.
No clima tropical atlântico, que ocorre no litoral da Região Sudeste, as
temperaturas se mantêm altas ao longo do ano e não há uma estação seca.
Ao sul da região, em parte do estado de São Paulo, ocorre o clima subtropical –
comum sobretudo na Região Sul do Brasil. Esse clima se caracteriza por
apresentar chuvas relativamente bem distribuídas ao longo do ano e as mais
baixas temperaturas do país.
Região Sudeste: Clima
ID/BR

Fonte de pesquisa: Gisele Girardi; Jussara Vaz Rosa. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2011.
p. 24.
Crise hídrica
Entre 2014 e 2016, as chuvas abaixo da média provocaram um grave problema
de abastecimento de água na Região Sudeste.
Para diversos especialistas, a crise também está relacionada ao fato de os
recursos hídricos do Sudeste – e no Brasil em geral – serem mal geridos.
Problemas relacionados às más condições de infraestrutura, como sistemas de
distribuição antigos, por exemplo, proporcionam grande desperdício.
Devido a essa situação, a população enfrentou problemas de indisponibilidade
de água, e em muitos casos houve racionamento. Da mesma maneira, setores
industriais que dependem da água para exercer suas atividades – como as
siderúrgicas e as metalúrgicas – e a agropecuária sofreram grandes prejuízos
com a crise hídrica, o que afetou a economia.
Moacyr Lopes Júnior/Folhapress

O sistema Cantareira é responsável pelo


abastecimento de água em grande parte
da Região Metropolitana de São Paulo.
Em setembro de 2015, a represa Jaguari-
Jacareí (foto), que faz parte desse
sistema, apresentava níveis negativos de
volume de água. Piracaia (SP). Foto de
2015.

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