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LIVRO DE COLORIR

AVES AMEAÇADAS DA
MATA ATLÂNTICA
APRESENTAÇÃO
Este singelo livro chama a atenção empatia com os demais seres vivos do
para um problema super atual e que planeta e de nossa vontade de fazer nos-
permanece distante da maioria das so melhor. Acreditamos que o primeiro
pessoas: estamos perdendo as pe- passo para essa mudança necessária é
ças que compõem o nosso planeta. o reconhecimento das diversas formas
e cores das vidas que dividem o planeta
Somos um país megadiverso, com uma Terra com a gente. Conhecer para prote-
rica avifauna. Mas muitas espécies de ger. Um primeiro passo para a mudança
aves brasileiras estão se tornando cada que começa com a gente.
vez mais raras e até mesmo desapare-
cendo. Algumas espécies já não podem A quem este livro pode ser útil? Aos
mais colorir o céu em seus voos, pois pais, aos professores da pré-escola, do
foram extintas. As ameaças às aves (e ensino fundamental e médio, e a todos
a muitos outros animais) são diversas. que desejam conhecer um pouco mais
sobre as aves da Mata Atlântica, em es-
O desmatamento e consequente per- pecial aquelas que estão à beira da ex-
da de habitat é o principal. Predação tinção. É preciso cultivar a emoção e ex-
e competição com espécies exóticas, pandir a fronteira da conservação para
como gatos domésticos, é também um além de biólogos, médicos veterinários
problema sério. E a caça e tráfico ilegal ou ecólogos. E, para isso, os professores
de animais silvestre é ainda outra amea- e os pais precisam de ferramentas para
ça seríssima às aves silvestres. Indepen- abordar o tema em sala de aula, ou até
dente de qual seja a causa, a solução de- mesmo no seu ambiente familiar, e es-
pende de nós! A proteção e conservação timular a criançada a refletir sobre isso.
da biodiversidade depende de mudar- ESTE É UM LIVRINHO PARA TODA A
mos nossos hábitos, depende da nossa FAMÍLIA! APROVEITEM! ;)
MEGA-DIVERSIDADE
AVES DO BRASIL E A MATA ATLÂNTICA
Você sabia que o Brasil é um dos pa-Infelizmente, a Mata Atlântica já
íses com maior número de diferen- perdeu uma grande parte de sua
tes espécies de aves do mundo todo? área natural por conta do desmata-
Pois é, são quase 2.000 espécies quemento. Hoje a Mata Atlântica tem
vivem por aqui ou frequentam o menos de 20% de sua cobertura ori-
Brasil em alguma época do ano. ginal. Isso afeta também os animais
que vivem nesse bioma, inclusive as
O Brasil é um país muito grande aves. Para se ter uma ideia, das 1020
e diverso, e as aves precisam dessa espécies e subsespécies de aves que
diversidade! Temos seis diferentes ocorrem na Mata Atlântica, 104 es-
biomas no país: Amazônia, Caa- tão ameaçadas de extinção.
tinga, Cerrado, Pantanal, Pampas
e Mata Atlântica. A Mata Atlântica
– bioma que cobre a costa leste do
Brasil – recebe esse nome por conta
da influência do oceano Atlântico.
Nem todas as aves do Brasil ocor-
rem em todos os biomas. Na Mata
Atlântica encontramos 1020 espé-
cies de aves, o que é mais da meta-
de de todas as aves que ocorrem no
país todo!
SAÍRA-APUNHALADA
Nemosia rourei

CRÉDITO: CIRO ALBANO


ESPÉCIES AMEAÇADAS
MAS O QUE SIGNIFICA ISSO?
Diz-se que uma espécie ou até mesmo um um lugar legal para viver, para morar, um
bioma estão ameaçados quando eles correm lugar onde se alimentar, ter e criar filho-
perigo de desaparecer, de acabar. Uma espé- tes. Outra ação que representa ameaça às
cie em extinção significa que todos os indi- aves é a caça e comercialização ilegal de
víduos da espécie morreram e não há mais animais. Até hoje, tem gente que compra e
nenhum representante dessa espécie viven- vende passarinhos, papagaios e outras aves
do em nosso planeta. Bem triste isso, né? silvestres e criam na gaiola. Será que eles
não sabem que as aves prestam importan-
Isso acontece quando os indivíduos de tes serviços ao planeta e que passarinho
uma espécie não conseguem mais achar feliz é passarinho livre?
CRÉDITO: CIRO ALBANO

JACUTINGA
Aburria jacutinga
Para tentar proteger as espécies e evitar como “vulneráveis” são aquelas que
que elas sejam extintas, ou seja, desapa- precisam de certos cuidados e ações
reçam para sempre, nós monitoramos e para serem preservadas. Mas ainda
classificamos as espécies de acordo com pode piorar. Tem a classificação de “em
o perigo que elas correm. perigo”, que é um estado alarmante,
indicando que precisamos agir rápido
Espécies que estão bem, e não sofrem para a espécie não desaparecer, e “cri-
riscos aparentes de desaparecer, são ticamente em perigo”, para as espécies
classificadas como “pouco procupan- que podem desaparecer em breve caso
tes”. Quando começamos a perceber nada seja feito urgentemente. Quando a
alguns riscos, mas a espécie ainda não espécie não tem mais nenhum indivíduo
está em perigo, dizemos que ela é “qua- vivo conhecido na natureza, apenas em
se ameaçada”. Nesse momento é preci- zoológicos ou cativeiro para recupera-
so ficar de olho para não permitir que ção, é uma espécie “extinta na nature-
o perigo aumente, levando a espécie a za”. Quando o último indivíduo conheci-
ocupar a primeira categoria de amea- do da espécie morre, a espécie é então
ça: “vulnerável”. Espécies classificadas classificada como “extinta”.

OS CÓDIGOS DE CLASSIFICAÇÃO DE AMEAÇA


Os códigos de cores e letras servem para facilitar a comunicação pelo mundo
todo. Nas próximas páginas você vai encontrar esses códigos indicando o
estado de ameaça de cada espécie!

BAIXO
EXTINTO AMEAÇADAS RISCO

EX EW CR EN VU NT LC
Extinto Extinto na Criticamente Em perigo Vulnerável Quase Pouco
natureza em perigo ameaçado preocupante
TEMOS UM PLANO!
O Plano de Ação Nacional para a
conservação das aves da Mata Atlântica
O planeta passa por uma crise sa conduta está causando impactos
de perda de espécies, inclusive as sobre diversas espécies do planeta.
aves. Podemos mudar esse cenário? Precisamos alertar que resta muito
Como? Com um Plano de Ação! pouco da Mata Atlântica, nossa casa,
Não é uma tarefa fácil. Mas é com lar da maior parte da população bra-
esse propósito que nos unimos em sileira. Precisamos ainda conhecer as
um grande pacto para reduzir as outras espécies que também têm a
ameaças que põem em risco as es- Mata Atlântica como lar.
pécies do nosso país. O Plano de
Ação Nacional para a Conservação Nas próximas páginas deste livrinho
das Aves da Mata Atlântica reúne apresentaremos dez diferentes espé-
diversos pesquisadores, educado- cies de aves da Mata Atlântica, todas
res e agentes ambientais dedicados ameaçadas de extinção.
a pensar e executar ações que aju-
dem a proteger as aves ameaçadas Que tal colorir essas aves enquanto
da Mata Atlântica. conhece um pouco mais sobre cada
uma delas? Junte-se ao time desse
O que precisa ser feito? Muitas coi- Plano de Ação e ajude a espalhar
sas! E a primeira delas é levar ao ações para a conservação da Mata
conhecimento de todos que a nos- Atlântica e de todas as suas espécies!
CREJOÁ
Cotinga maculata
CRÉDITO: CIRO ALBANO
CONHEÇA 10 AVES
AMEAÇADAS
DA MATA ATLÂNTICA
Onde esta espécie
PIXOXÓ ocorre no Brasil:
Sporophila frontalis
VULNERÁVEL

EX EW CR EN VU NT LC

O pixoxó, também conhecido po- Embora seja uma espécie rara, pode
pularmente como chanchão, xexéu, parecer pontualmente abundante em
catatau, chachá e estalador, é um uma área durante a frutificação da
passarinho especialista em bambu. taquara. Além da ameaça pela perda
Isso significa que o pixoxó não fica de habitat adequado, com cada vez
sempre em uma mesma área, mas se menos áreas com bambus nativos,
move pela Mata Atlântica em busca o pixoxó também é ameaçado pela
de seu alimento favorito: as semen- caça e captura para engaiolamento.
tes de bambu. Por isso, a presença
de taquarais, de bambus nativos da
Mata Atlântica, é muito importante
para a sobrevivência desta espécie de
passarinho. O pixoxó gosta tanto das Para saber mais:
sementinhas de bambu que aprovei-
ta para se reproduzir quando encon-
tra uma boa oferta desse alimento,
tendo o que oferecer de melhor para
seus filhotinhos.
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


PICA-PAU-AMARELO ocorre no Brasil:
Celeus flavus subflavus
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

O pica-pau-amarelo destaca-se pelo pulação que vive no Nordeste está


estiloso topete e pelo corpo amarelo criticamente ameaçada de extinção.
com manchas marrons e pretas. Isso acontece porque a população
O nome pica-pau se deve ao fato de do Nordeste está isolada, formando
essas espécies terem o hábito de bicar uma subespécie com características
o tronco de árvores. Eles não fazem diferentes, como variações na cor
isso para comer a madeira, mas sim da plumagem.
para se alimentar de insetos e larvas
que vivem ali. Para isso, utilizam sua A principal causa de ameaça é a per-
enorme língua, que fica enrolada em da de habitat, provocada pelo des-
volta de seu crânio. matamento e queimadas.

O som produzido ao bater o bico nas


árvores serve para a comunicação,
marcação de território e para atrair
parceiros. O casal prefere fazer o ni- Para saber mais:
nho em árvores mortas, por ser bem
mais fácil de moldar.

Apesar de a espécie ser encontrada


em grande parte do Brasil, a po-
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


CREJOÁ ocorre no Brasil:
Cotinga maculata
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

Com sua plumagem azul e violeta, Acredita-se que já foi extinto no


o crejoá é um dos passarinhos mais Rio de Janeiro, onde costumava vi-
encantadores e raros do bioma Mata ver. Hoje, as poucas populações que
Atlântica. Essas cores marcantes es- sobraram são encontradas em áreas
tão presentes só no macho. A fêmea protegidas pelo Sudeste do país.
é marrom com manchas brancas.
Apesar de não cantar, os machos
desta ave fazem um som mecânico
com as asas.

O crejoá alimenta-se principalmen-


te de frutos e adora visitar os pés de
murici e figo. É um passarinho en- Para saber mais:
dêmico* das partes baixas da Mata
Atlântica. O intenso desmatamento
e a fragmentação dessas áreas leva-
ram o crejoá a uma grande diminui-
ção populacional.

*endêmico significa que ocorre exclusivamente em um determinado local.


Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

MUTUM-DE-BICO-
Onde esta espécie
VERMELHO ocorre no Brasil:
Crax blumenbachii
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

O mutum-de-bico-vermelho, tam- Mata Atlântica. Além, claro, da des-


bém conhecido como mutum-do- truição de florestas, pois são muito
-sudeste ou mutum-do-espírito-san- sensíveis a alterações em seu habitat.
to, é dono de um lindo topete que é
característico da sua família – Cra- O mutum-do-sudeste habita hoje
cidae. Como o nome sugere, os ma- somente Unidades de Conservação
chos possuem o bico avermelhado, (UC) e cativeiros de projetos que
o que não é visto nas fêmeas. É um trabalham para sua reprodução e
grande dispersor de sementes, cola- reintrodução na natureza. Estima-se
borando para a regeneração de novas que existam somente 250 indivíduos
árvores. Passa boa parte do tempo no de vida livre.
solo, procurando frutos, sementes,
folhas e pequenos animais (insetos,
aranhas, caracóis). Não conseguem
fazer voos longos e, geralmente, pou-
sam nos galhos para dormir, colocar Para saber mais:
ovos e fugir dos predadores.

Falando em predadores, esta ave


sempre foi alvo de caçadores, o que
diminuiu muito sua distribuição pela
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


JACU-ESTALO ocorre no Brasil:
Neomorphus geoffroyi dulcis
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

O jacu-estalo, conhecido também O jacu-estalo é muito sensível a


como acanati-de-bico-verde, ara- qualquer alteração no local onde
cuã-da-mata, jacu-porco e jacu-ba- vive. Necessita de grandes áreas
gunceiro, é uma ave terrestre muito florestais para viver e, por isso, a
ágil. Possui pernas e cauda longas, fragmentação* pode causar a dimi-
um topete típico e uma exuberante nuição de suas populações. É im-
plumagem azul-metálico e verde. pactado por modificações nas flo-
Voa pouco e costuma ficar no solo restas e pela ocupação de seu habitat
se alimentando de insetos, peque- por humanos e animais domésticos,
nos lagartos e anfíbios. Comumente como cães e gatos.
produz um estalo com o bico que
lembra o bater dos dentes do porco-
-do-mato (queixada).

Ah, ele também é chamado de “fan-


tasma” da Mata Atlântica! Isso por- Para saber mais:
que é muito difícil de encontrá-lo,
poucos indivíduos são conhecidos
hoje. O grupo que está ameaçado de
extinção habita o Sudeste do Brasil,
próximo ao Vale do Rio Doce.

*fragmentação é quando uma grande área fica toda recortada, separada


em pequenos pedaços que não se encontram.
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

MAITACA-DE-
Onde esta espécie
BARRIGA-AZUL ocorre no Brasil:
Pionus reichenowi
VULNERÁVEL

EX EW CR EN VU NT LC

Esta simpática ave é da família dos mente está relacionada ao comércio


papagaios, araras e maracanãs. ilegal de animais silvestres. Maita-
A maior parte do corpo é verde, cas, papagaios, araras, periquitos e
sendo a barriga, pescoço e a cabeça afins são muito cobiçados pelo co-
de um azul intenso, e a base da cau- mércio ilegal por suas cores e tam-
da é vermelha. bém por sua habildade de imitar
sons humanos.
Sua dieta é composta por frutos,
sementes, pétalas e néctar das flores.
Tem um papel importante no reflo-
restamento das matas por dispersar
as sementes dos frutos que ela come.
Dificilmente você as verá sozinhas;
gostam da companhia de seu par ou
bando. As maitacas são conhecidas
por serem agitadas e fazerem muito Para saber mais:
barulho.

Suas principais ameaças são a cap-


tura e também a perda e fragmenta-
ção de seu habitat. A captura geral-
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


MURUCUTUTU ocorre no Brasil:
Pulsatrix perspicillata pulsatrix
VULNERÁVEL

EX EW CR EN VU NT LC

A murucututu é uma das maiores co- em grande parte do Brasil, a popu-


rujas do Brasil. Sua plumagem é da lação que ocorre historicamente no
cor marrom-escuro e tem a barriga leste do país, do estado da Bahia até
amarela. Sua principal característi- o Rio Grande do Sul, forma uma
ca é o “X” de cor branca no meio da subespécie que se encontra vulne-
face. É conhecida por esse nome por- rável à extinção. Não há registros
que, quando vocaliza, tem-se a im- recentes, então pode ser que esta
pressão de que ela fala “murucututu”. sub-espécie já esteja extinta em
grande parte de sua distribuição.
A busca por alimento ocorre no fim
da tarde e durante a noite; costuma O desmatamento de seu habitat é a
percorrer todos os extratos da mata principal ameaça, já que florestas bem
atrás de sua presa. É uma excelente preservadas são essenciais para que
caçadora, alimentando-se de inse- ela faça seus ninhos e crie os filhotes.
tos, anfíbios, pequenos mamíferos,
répteis e aves.

Faz seu ninho em ocos de árvores ou Para saber mais:


em penhascos e cavidades naturais.
Os filhotinhos saem do ninho com
a plumagem branca e dependem do
cuidado dos pais por quase um ano.
Apesar de a espécie ser encontrada
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


SAÍRA-SAPUCAIA ocorre no Brasil:
Tangara peruviana
VULNERÁVEL

EX EW CR EN VU NT LC

Este colorido passarinho é habitan- No inverno, parte da população


te das restingas, vivendo na faixa migra para o norte do Rio de Janei-
costeira do Sudeste do Brasil. Está ro, São Paulo e Espírito Santo. Sua
classificado como vulnerável devido migração coincide com a frutifica-
à rápida e extensiva perda de seu ha- ção da aroeira (Schinus terebinthifo-
bitat para grandes empreendimen- lius) e da capororoca (Myrsine sp.).
tos imobiliários, sobretudo ligados As saíras-sapucaia adoram frutos
ao turismo. e ocasionalmente comem insetos
e aranhas.
Apesar do nome “peruviana”, esta
é uma espécie endêmica da Mata
Atlântica. O nome foi dado porque
quem descreveu essa espécie con-
fundiu o Peru com o Brasil!
Para saber mais:
As fêmeas são menos coloridas, têm
o corpo mais esverdeado e a cabeça
marrom-claro.
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

Onde esta espécie


SAÍRA-APUNHALADA ocorre no Brasil:
Nemosia rourei
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

A saíra-apunhalada é um pequeno Seu habitat foi e está sendo des-


passarinho branco, vermelho e pre- truído por atividades de extração
to, com características peculiares e, de rochas e palmito, desmatamen-
infelizmente, um dos mais ameaça- to para expansão do agronegócio,
dos do mundo! São aves agitadas; plantio de eucalipto e lavouras de
para observá-las é preciso ficar aten- café. A falta de Unidades de Con-
to à copa das árvores, pois elas che- servação nos locais onde a espécie
gam e se vão num piscar de olhos. ainda ocorre é um problema para a
sua proteção.
A saíra-apunhalada gosta de árvores
com epífitas, líquens e cascas soltas Conheça o programa para preser-
porque se alimenta dos pequenos vação desta espécie nas redes so-
insetos que vivem nesses ambientes. ciais do programa saíra-apunhalada
(@sairaapunhalada).
Estima-se que a população atual seja
de menos de 15 indivíduos! A pre-
sença da saíra-apunhalada no am-
biente é um importante indicador de Para saber mais:
que a floresta está bem preservada.
Atualmente, é encontrada somente
na região serrana do Espírito Santo, e
conta com um programa de conser-
vação dedicado todinho a ela!
Que tal colorir a Mata Atlântica com as aves?

ZIDEDÊ-DO-
Onde esta espécie
NORDESTE ocorre no Brasil:
Terenura sicki
CRITICAMENTE AMEAÇADA

EX EW CR EN VU NT LC

O zidedê-do-nordeste é um passa-
rinho endêmico da Mata Atlântica,
em Alagoas e Pernambuco. O ma-
cho possui a cabeça e as costas cinza
com listras pretas e brancas, e o seu
ventre é branco. Já a fêmea possui o
corpo e a cabeça na cor canela.

Costuma forragear na copa das


árvores – normalmente em bandos
– em busca de pequenos insetos nas
folhas, cipós e bromélias. Chama
a atenção pelo rápido som “chip”
que produz enquanto pula de galho
em galho. Para saber mais:

A diminuição da sua população é


resultado da enorme destruição de
florestas para dar lugar à plantação
de cana-de-açúcar e pastagem.
CIRO ALBANO
AS 10 ESPÉCIES
ILUSTRADAS NESTE
LIVRINHO DE COLORIR
CREJOÁ
Cotinga maculata

CHRIS / WIKIMEDIA COMMONS


CRISTIANO NASCIMENTO

DANIEL MELLO
JACU-ESTALO MAITACA-DE- MURUCUTUTU
Neomorphus geoffroyi BARRIGA-AZUL Pulsatrix perspicillata
dulcis Pionus reichenowi pulsatrix

FRANCESCO VERONES /
JUSTINIANO MAGNAGO

WIKIMEDIA COMMONS
BRUNO RENNÓ

MUTUM-DE-BICO- PICA-PAU- PIXOXÓ


VERMELHO AMARELO Sporophila frontalis
Crax blumenbachii Celeus flavus subflavus
WIKIMEDIA COMMONS
HECTOR BOTTAI /

SILVIA LINHARES
CIRO ALBANO

SAÍRA- SAÍRA-SAPUCAIA ZIDEDÊ-DO-


APUNHALADA Tangara peruviana NORDESTE
Nemosia rourei Terenura sicki
Este material foi elaborado pelo Observatório de Aves da Mantiqueira
(OAMa) em colaboração ao Plano de Ação Nacional para Conservação
das Aves da Mata Atlântica. Sua distribuição gratuita foi viabilizada
financeiramente pelos doadores e filiados do OAMa, pelo trabalho
voluntário de nossos colaboradores, pelo apoio do CRBIO-04 edital
PAPE II-2021 e CEMAVE/ICMBio.

PRODUÇÃO

TEXTO
Luiza Figueira Equipe OAMa
Karine Resende Voluntária OAMa
Antonio Eduardo Barbosa CEMAVE/ICMBio

REVISÃO
Dirlene Ribeiro Martins Colaboradora OAMa

FOTÓGRAFOS
Ciro Albano, Cristiano Nascimento, Daniel Mello,
Chris, Bruno Rennó, Justiniano Magnago, Francesco Verones,
Hector Bottai e Silvia Linhares

ILUSTRAÇÕES CAPA
Renata Miwa

ILUSTRAÇÕES INTERNAS
Karina Dutra

MONTAGEM
Luiza Figueira Equipe OAMa

DESIGNER
Renata Miwa Colaboradora OAMa
REALIZAÇÃO

APOIO

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