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Descrição
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Distribuição geográfica
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Ecologia e comportamento
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Reprodução
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Fatores de ameaça
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Parasitas
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Fatores de conservação
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Importância cultural e económica
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Informações taxonómicas
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Referências
Ouriço-terrestre
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As referências deste artigo necessitam de formatação. Por favor, utilize fontes
apropriadas contendo título, autor e data para que o verbete
permaneça verificável. (Agosto de 2020)
Nota: Este artigo é sobre a espécie de animal Erinaceus europaeus. Para outros
animais também conhecidos como ouriços-cacheiros, veja Erethizontidae.
Ouriço-terrestre
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Erinaceomorpha
Família: Erinaceidae
Subfamília: Erinaceinae
Género: Erinaceus
Espécie: E. europaeus
Nome binomial
Erinaceus europaeus
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
mapa de distribuição na Europa
Descrição
Os ouriços-terrestres são facilmente reconhecíveis pelos seus espinhos, que revestem
todo o corpo exceto o focinho e ventre. O ouriço-cacheiro tem cerca de seis mil
espinhos aguçados de 2 a 3 centímetros, que cobrem o dorso e os flancos do seu
corpo. Os espinhos são pêlos modificados cuja mobilidade é controlada pelos
músculos. Os espinhos são eriçados, de cor castanha matizada com tons mais ou
menos escuros, porém o pêlo da barriga é creme ou esbranquiçado.
Quando se sente ameaçado, o ouriço-terrestre enrola-se sobre si próprio, ocultando as
partes expostas do seu corpo, como o ventre, os membros e a cabeça, transformando-
se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar. A cabeça distingue-se
facilmente do resto do corpo, os olhos são grandes, as orelhas são relativamente
pequenas e pontiagudas e possui uma cauda rudimentar.[6]
Distribuição geográfica
Wikimedia | © OpenStreetMap
Ecologia e comportamento
Na Península Ibérica possui uma vasta gama de meios naturais, desde zonas abertas a
áreas mais arborizadas, esta última é a mais procurada pelos ouriços-terrestres pois
oferece abrigo e proteção. Na área do Mediterrâneo preferem áreas mais húmidas,
como florestas. Habitam também zonas semiurbanas, como jardins.
O ouriço-terrestre é um animal ativo, principalmente ao crepúsculo e durante a noite. O
ouriço-cacheiro é insetívoro, isto é, o seu regime alimentar passa sobretudo por
pequenos insetos. No entanto, também come frutos silvestres, sementes, minhocas,
caracóis, ovos de aves (de ninhos que são construídos no solo) ou ainda pequenas rãs
e répteis que encontre pelo seu caminho. Apesar das pequenas pernas, o ouriço-
terrestre pode percorrer um a três quilómetros numa noite à procura de alimentação. [10]
Como se alimenta em poucas porções e tem uma taxa metabólica muito alta, os
ouriços-terrestres procuram alimento também durante o dia, em especial as fêmeas
durante o período de amamentação e os jovens, pois têm maiores necessidades
energéticas.[10]
Os ouriços-terrestres são animais solitários, não sendo contudo animais territoriais. A
sua área territorial varia entre 20 a 30 hectares para os machos e cerca de 10 hectares
para as fêmeas.[6]
Não são animais agressivos, mas há registo de lutas principalmente entre os machos,
para estabelecer domínio entre eles.
São mamíferos noctívagos e hibernam, usando uma toca que cavam no solo. A
hibernação do ouriço ocorre de novembro a março normalmente, havendo uma alta
taxa de mortalidade nos ouriços durante a primeira hibernação.[6] Durante a hibernação
o seu ritmo cardíaco passa de cerca de 190 bpm para 20 bpm e a respiração quase
pára.
Os ouriços-terrestres constroem tocas para hibernar e terem as crias. Durante os
meses mais quentes do ano, refugiam-se em locais com vegetação densa, mudando
muitas vezes de abrigo. Em Portugal, a hibernação acontece nos ouriços-terrestres que
habitam regiões de elevadas altitudes, como a Serra da Estrela e planaltos do distrito
de Bragança, onde o frio é muito acentuado.[11]
Reprodução
Por terem o corpo coberto de espinhos, é difícil pensar como os ouriços-terrestres se
reproduzem. Porém os espinhos são manobráveis e, na época de reprodução, quando
o macho faz uma “dança” à volta da fêmea, esta baixa os espinhos de forma a que os
espinhos fiquem deitados sobre o seu corpo, permitindo o acasalamento.[10]
Ouriço-terrestre bebê
Fatores de ameaça
Por serem animais relativamente lentos, são um dos vertebrados mais susceptíveis de
ser atropelados.[14] Em Portugal não são uma espécie em risco. Noutras regiões, por
exemplo, na província de Leão (Espanha) são atropelados em média de 1,7 indivíduos
por quilómetro.[14] No que diz respeito a relações bióticas, existem registos de o ouriço-
terrestre ser predado pelo bufo-real [15](Bubo bubo), raposas (Vulpes vulpes), texugos
(Meles meles) e mesmo cães (Canis familiaris).
Parasitas
São animais que apresentam diversas patologias, sendo parasitados por trematódes,
nematodes, sifonápteros e acarinos, entre os quais alguns parasitas exclusivos, como o
trematóde Brachylaemus erinacei e a pulga Archaeopsylla erinacei.[16]
Fatores de conservação
O ouriço-terrestre está classificado como espécie com estatuto de conservação pouco
preocupante (LC), segundo a Lista Vermelha da IUCN[5].
Apesar de a sua principal ameaça ser os atropelamentos, não estão sujeitos a
nenhuma tendência regressiva e são relativamente abundantes [17] na sua área de
distribuição. O ouriço-cacheiro é uma das espécies que está listada no Anexo III da
Convenção de Berna. Ocorre em várias áreas protegidas dentro da sua área
geográfica.
Tradicionalmente, não tem particular interesse económico especial pelo seu uso. Em
certas regiões Europeias são animais por vezes perseguidos pelo homem, pois
alimentam-se de ovos de aves cinegéticas que têm ninho no solo.[12]
No País Basco e em Portugal no passado era uma espécie capturada com fins
gastronómicos. O ouriço-terrestre era considerado um petisco no sul de Portugal, tendo
o prato nome de «leitão da serra». Atualmente, não é permitida a captura destes
animais selvagens.[7] Regra geral, hoje têm a estima humana pela sua morfologia única
e natureza inofensiva. São parte do imaginário infantil, com personagens comuns em
literatura (contos) e programas infantis em muitos Países.[18][19][20]
Informações taxonómicas
Estudos genéticos recentes apoiam a distinção duma nova subespécie E. europaeus
hispanicus, endémica à Península Ibérica, mas serão necessários estudos adicionais a
fim de confirmar esta possibilidade.[6]
Referências
1. ↑ «Dicionário Priberam»
2. ↑ «Dicionário Aulete»
3. ↑ «Dicionário Estraviz»
4. ↑ «Dicionário Priberam»
5. ↑ Ir para:a b c Amori, G., Hutterer, R., Kryštufek, B., Yigit, N., Mitsain, G. & Palomo, L.J. 2008.
Erinaceus europaeus. In: IUCN 2013. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2013.2.
<www.iucnredlist.org>.
6. ↑ Ir para:a b c d e Palomo, L. J., Gisbert , J. y Blanco, J. C. (2007). Atlas de los mamíferos
terrestres de España (Dirección ., p. 558). Madrid, España. Retrieved
from http://scholar.google.pt/scholar?q=Atlas+de+los+Mamíferos+Terrestres+de+España&bt
nG=&hl=pt-PT&as_sdt=0,5#2
7. ↑ Ir para:a b Mitchell-Jones, A., & Amori, G. (1999). The atlas of European mammals.
Wageningen UR, Library (Netherlands) WURL, 1, 12. Retrieved
from http://agris.fao.org/agris-
search/search/display.do?f=2012/NL/NL201233744074.xml;NL2012033807
8. ↑ Ir para:a b alomo, L. J., Gisbert , J. y Blanco, J. C. (2007). Atlas de los mamíferos terrestres de
España (Dirección ., p. 558). Madrid, España. Retrieved
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9. ↑ Joana Bencatel, Helena Sabino-Marques, Francisco Álvares, André E. Moura & A. Márcia
Barbosa (eds.). Atlas de Mamíferos de Portugal – uma recolha do conhecimento disponível
sobre a distribuição dos mamíferos no nosso país. [S.l.: s.n.] ISBN 978-989-8550-80-4.
Consultado em 4 de junho de 2020
10. ↑ Ir para:a b c Sharp, L. (1985). British Hedgehog Preservation Society. Environmental
Conservation. Retrieved from http://journals.cambridge.org/abstract_S0376892900016167
11. ↑ Robinson, M. (1996). A relationship betwen echolocation calls and noseleaf widths in bats of
the genera Rhinolophus and Hipposideros. Journal of Zoology. Retrieved
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12. ↑ Ir para:a b Bunnell, T. (2002). The assessment of British hedgehog (Erinaceus europaeus)
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13. ↑ Blanco, J. (1998). Mamíferos de España II. Cetáceos, Artiodáctilos, Roedores y. Retrieved
from http://www.lavoisier.fr/livre/notice.asp?ouvrage=2410302
14. ↑ Ir para:a b Huijser, M., & Bergers, P. (2000). The effect of roads and traffic on hedgehog
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from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006320700000069
15. ↑ http://www.avesdeportugal.info/bubbub.html
16. ↑ Morris, P., & English, M. (1969). Trichophyton mentagrophytes var. erinacei in British
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from http://informahealthcare.com/doi/abs/10.1080/00362177085190221
17. ↑ https://www.iucnredlist.org/species/29650/2791303
18. ↑ https://books.google.co.uk/books?id=BZU6DwAAQBAJ&pg=PA28&lpg=PA28&dq=o+carinh
o+pelos+ouricos+cacheiros&source=bl&ots=-qRBq0Tvd0&sig=ACfU3U3qWrW-
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EwEnoECBYQLA#v=onepage&q=o%20carinho%20pelos%20ouricos%20cacheiros&f=false
19. ↑ https://www.fnac.pt/Noronha-o-Ourico-com-Vergonha-Sofia-Isabel-Vieira/a6577701
20. ↑ https://rujokinggrandad.co.uk/4-childrens-books-with-hedgehogs-as-main-character
Categorias:
• Espécies pouco preocupantes
• Erinaceidae
• Mamíferos descritos em 1758
• Esta página foi editada pela última vez às 16h50min de 15 de abril de 2023.
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