As queixadas (Tayassu pecari) são mamíferos pertencentes à família Tayassuidae que
apresentam como características mais marcantes: O topete e o bater característico dos dentes. Também podem ser conhecidos como porcão, porco-do-mato, cariblanco e chancho do monte. Características: Machos e fêmeas adultas medem em torno de 113 cm de comprimento, com a cauda medindo cerca de 3 cm. Adultos têm 55 cm de altura e podem pesar de 32 a 40 kg. A pelagem pode variar entre o castanho-acinzentado e o preto, com uma mancha branca na região da mandíbula inferior que se estende até a parte de cima do focinho. Comportamento: Hábitos predominantemente diurnos e terrestres, usam secreções produzidas por glândulas que têm a função de manter o grupo coeso e demarcar territórios. E gostam de rolar na lama. Localização: Apresenta ampla distribuição geográfica, sendo encontrada na América do Norte, Central e do Sul, principalmente nas regiões de florestas tropicais úmidas. Alimentação: São frugívoras (alimentam-se de frutos e vegetais), mas podem alimentar-se também de invertebrados, fungos e até mesmo peixes. Em virtude de sua grande capacidade de comer frutos, as queixadas destacam-se pelo seu papel essencial na dispersão de sementes. Reprodução: A gestação dura em torno de 180 dias, dando à luz, normalmente, dois filhotes por vez. Os filhotes nascem com uma coloração mista – vermelho, marrom e creme – e com uma faixa dorsal mais escura que persiste até 1 ano de idade. Conservação: É considerada como “vulnerável” tanto pela lista nacional do ICMBio quanto pela IUCN. Porém, em alguns biomas a situação é mais delicada. Na Mata Atlântica, a espécie é considerada como “criticamente ameaçada”, assim como no Cerrado, onde é considerada como “em perigo”. Na Amazônia e no Pantanal, suas populações são mais estáveis. JABUTI Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) e o Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata), são as duas espécies encontradas no Brasil. E o cruzamento dessas duas espécies é um jabuti híbrido, esse Jabuti não vai poder produzir com nenhuma outra espécie, nem mesmo com outros Jabutis híbridos, pois eles já nascem estéreis. DIFERENÇAS: Até então, seguindo as primeiras descrições das espécies, diferenciá- los era uma tarefa simples, o jabuti piranga era identificado pelas escamas vermelhas e o jabuti tinga pelas escamas amarelas. Porém, por ocuparem áreas geograficamente tão amplas, os diferentes indivíduos da mesma espécie podem apresentar variações no padrão de cor, tornando esse critério ineficaz. Estudos recentes demostraram que, utilizar características da carapaça (cascos) e do plastrão de cada espécie torna a diferenciação muito mais precisa e confiável, podendo assim, utilizá-las como parâmetros ao invés de simplesmente a cor das escamas. Alimentação: Tanto o jabuti-tinga quanto o jabuti-piranga são espécies onívoras, predominante herbívoras. Se alimentam de frutas, legumes, grama, carne animal, algumas folhas. Quando estão em meio à natureza, gostam de alimentar-se de gramas, plantas, mas também comem minhocas e outros invertebrados. Quando criada em cativeiro, o jabuti pode ser alimentado com frutas, legumes, carne moída, rações especificas, minhocas e tantos outros vegetais como: rúcula, agrião, couve, entre outros. Reprodução: Jabuti-tinga: A reprodução do jabuti-tinga é ovípara e ocorre entre a primavera e o verão, começando pelo mês de outubro e vai até janeiro. Quando existe mais de um macho, eles disputam a fêmea, recolhendo a cabeça e batendo os cascos uns nos outros, mas não se machucam. A fêmea põe, em média, 7 ovos e costuma enterrá-los em local onde haja bastante luz solar. Jabuti-piranga: Quando chega a época da reprodução, na primavera, os machos de jabuti-piranga brigam entre si e competem pelas fêmeas. O macho transfere o sêmen para dentro do corpo da fêmea, montando sobre ela, pelas costas. Depois a fêmea procura um local adequado e cava um buraco para depositar de 10 a 15 ovos. A incubação é bem demorada (6 a 9 meses). CURIOSIDADE: • Ele pode viver cerca de 80 anos, o que significa dizer que ele será praticamente uma herança de família. • Jabuti-tinga: As fêmeas são maiores que os machos e podem medir até 70 cm. Os machos chegam no máximo a 40 cm. O peso varia entre 6 e 12 kg.
TARTARUGAS DA AMAZÔNIA
A tartaruga da Amazônia (nome científico Podocnemis expansa) é considerada o maior
quelônio da América do Sul, a espécie não é uma tartaruga propriamente dita, e sim um cágado. Também pode ser conhecida pelos nomes de araú e jurará-açú. Localização: É encontrada em rios de água doce, mais especificamente o rio Amazonas e seus afluentes; bem como rios presentes nas Guianas, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador e Venezuela. Características: Pode atingir o comprimento de até 90 centímetros; bem como o peso de até 75 quilos. A cabeça é pequena e achatada. Seu casco é de formato oval apresentando a coloração preto acinzentado no dorso; bem como amarelo com manchas escuras, na porção ventral e é um animal diurno. Alimentação: Eles possuem uma dieta onívora, dentro do seu cardápio, estão inclusos elementos vegetais, tais como raízes, frutos, sementes e folhas; e certos animais, como os crustáceos, moluscos e pequenos peixes. Reprodução: A desova ocorre apenas uma vez ao ano (curiosamente, com maior frequência à noite). Durante a desova, as fêmeas ficam bastante vulneráveis ao ataque de predadores, dessa forma, o horário noturno é justificável. Cada desova conta com uma média de 100 ovos (sendo que esse quantitativo depende do tamanho da fêmea), depositados em um buraco na areia com aproximadamente 50 centímetros. Os filhotes de tartaruga da Amazônia nascem de 45 a 60 dias após a desova CURIOSIDADE: Estes cágados são capazes de emitirem sons tanto dentro quanto fora d’água. Apesar de parecerem bem silenciosos, certo estudo identificou um total de 2122 sons. Este grande quantitativo de sons envolve desde sinais emitidos pelo filhote, quando ainda está dentro do ovo, até comunicação entre adultos. Há um padrão de som específico entre os adultos, por exemplo, que significa alerta para reunir os filhotes, e realizar uma migração em massa.