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Nome: Thayná Maldonado Marques

Matéria: Ecologia
Curso: Sociologia
Professora: Rita de Cássia Martins Montezuma

Cobertura Vegetal
Uma das características principais da cobertura vegetal é a proteção do solo contra
agentes erosivos e infiltração da água, porém com o desmatamento, grande parte dessa
cobertura vegetal perde-se e com isso a proteção que ela exerceria. De acordo com o site do
Rio de Janeiro, no ano de 2010, tínhamos 6.320.446 total de populações, já de Urbanização de
vias públicas 78,4% e arborização 70,5%, e em 2019 a área urbanizada era de 640,34 de uma
área total de 1.200 Km², IBGE do ano de 2022.
No gráfico abaixo, é possível observar a cobertura vegetal, em que há zonas com
maior predomínio dessa vegetação, entre eles estão o maciço da Pedra Branca na zona Oeste e
a floresta da Tijuca, que pega partes da Zona Sul, Norte e Oeste. Apesar de haver coberturas
vegetais presentes no município, elas sofreram consequências devido às devastações - como
desmatamentos - e processo de urbanização desenfreados. É possível observar no mapa, as
áreas verdes mais presentes do município, em que grande parte da zona norte e central -
apesar de receber influências da floresta da Tijuca - possui sua área mais restrita a essa
cobertura, o que influencia diretamente nas ilhas de calor da cidade.

Fonte:
https://www.data.rio/datasets/PCRJ::cobertura-vegetal-e-uso-da-terra-2018/explore?location=
-22.759067%2C-43.615917%2C10.80

Gráfico
As ilhas de calor afetam não apenas as vegetações presentes no ambiente, mas
principalmente as populações que vivem no local. Segundo o mapa abaixo, é possível notar
que no ano de 2016 - no período de Janeiro - haviam os focos da Ilha de Calor, em que a Zona
Norte, Zona Central e uma parte da Zona Oeste possuem áreas mais afetadas, enquanto que na
Zona Sul não há vestígios marcantes.

Fonte:
https://www.data.rio/apps/PCRJ::o-rio-visto-do-espaco-ilhas-de-calor-urbano-e-mudancas-cli
maticas/explore
Isso ocorre principalmente devido a urbanização desenfreada, sem um planejamento
urbano adequado. Na área correspondente a Zona Sul, por exemplo, é notório que não há falta
de urbanização, o que ocorre é que além de urbanização, há planejamentos acerca dos efeitos
que uma urbanização pode causar, devido a isso há zonas de áreas verdes, o que não há com
predominância nos focos da ilha de calor - como a zona norte e central. Com isso, é possível
notar que as ilhas de calor não atingem as pessoas de forma igualitária, pelo contrário, pois
cada zona do município do Rio de Janeiro possui suas particularidades e consequentemente
desigualdades atreladas a isso.
No primeiro gráfico, é possível notar outros bairros que são afetados com a ilha de
calor - além do Irajá - o gráfico feito foi baseado nos anos de 2019, 2021 e 2022, retirados do
site do Rio de Janeiro. Na tabela, no ano de 2019 - bairro Guaratiba - na data de 4 de janeiro
estava 40,6 graus, já na data do dia 8 estava 42,2 graus, isto é, aumento de 2 graus celsius. No
bairro Irajá, ano de 2021, 31,7 no dia 4 e 34,4 no dia 8, em 4 dias foi possível notar uma
mudança de um pouco mais de 3 graus celsius. Já no ano de 2022 - mais recente - na
Barra/RioCentro a temperatura diminuiu do dia 4 para o dia 8, no dia 4 a temperatura estava
em torno de 36,7 graus, enquanto que dia 8 foi para 26,5, ou seja mais de 10 graus de
diferença, o que é uma mudança significativa no ambiente.
No entanto, as temperaturas dos bairros não correspondem à totalidade no que diz
respeito ao município. O mapa de 2016, durante o período de 8 a 31 de Janeiro, possui como
temperatura média 33,1 - 35, alcançando em alguns pontos 35,1 - 37 e 37,1 - 39. Com isso,
percebe-se os avanços e impactos das temperaturas, não apenas dos bairros mencionados, mas
do município como um todo.
No segundo gráfico abaixo, dados retirados do IBGE, há dois bairros para
exemplificar as desigualdades existentes no município. Na zona norte, temos o bairro da
Pavuna e do Irajá, em que a população preta é 15,7% do primeiro caso, e 13,2% do segundo,
enquanto que a população parda está em 45,3% e 32,9%. Nos bairros da zona sul - como
Copacabana - temos uma porcentagem de pretos de 4,2% e 15,1% de parda, já em Laranjeiras
3,4% preta e 12,6% parda.

Fonte: http://www.sistema-alerta-rio.com.br/documentos/temperaturas-maxsmins-mensais/
Fonte: https://sidra.ibge.gov.br/territorio
Entretanto, para compreender de maneira eficaz os dados apresentados no gráfico é
imprescindível analisarmos as áreas de extensão de cada bairro e a sua população total. Nos
dados do IBGE, ano de 2003, os bairros correspondentes na zona norte - Pavuna e Irajá -
possui em área 831,14 ha e 747,78 ha, e populações - residentes por cor ou raça, segundo a
situação do domicílio, o sexo e a idade - 97.350 e 96.382, segundo os dados do IBGE do ano
de 2010. Na zona sul - Copacabana e Laranjeiras - temos uma área total de 4,1 Km² e 249,35
ha, e populações em torno de 146.392 e 45.554.
Apesar das áreas de extensão de um bairro a outro serem diferentes, é importante
observar quais populações vivem em cada bairro. Segundo o IBGE do ano de 2010, no
aspecto da renda, do valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares
permanentes com rendimento domiciliar, os bairros da zona norte citados acima, ficaram com
a renda entre 1.801,95 e 2.754,74 e os da zona sul entre 6.992,92 e 8.071,89, ou seja os
bairros que o número de pretos e pardos é maior, consequentemente possui renda menor e
justamente esses bairros possuem como foco as ilhas de calor, logo percebe-se que as ilhas de
calor afetam grupos específicos, que possui como marco social a cor e a renda da população.
Referências Bibliográficas
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. População
residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio, o sexo e a idade. Rio de
Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/territorio Acesso em:
01/07/2023
_________. Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares
permanentes com rendimento domiciliar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010, Acesso em:
01/07/2023
RIO DE JANEIRO. Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Instituto Pereira Passos.
Disponível em: https://www.data.rio/ Acesso em: 01/07/2023
RIO DE JANEIRO. Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Sistema Alerta Rio da Prefeitura
do Rio de Janeiro. Disponível em:
http://www.sistema-alerta-rio.com.br/documentos/temperaturas-maxsmins-mensais/Acesso
em: 03/07/2023

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