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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL: UM OLHAR GEOGRÁFICO SOBRE O


LOTEAMENTO PEDRA PINTADA EM BOA VISTA-RR

Vancleumar Simões Carvalho,


Graduando do Curso de Geografia Bacharel – UFRR
vancleuma@hotmail.com;
Alcidesio Paz Leão,
Graduando do Curso de Geografia Bacharel – UFRR
pazleao@globo.com;
Mateus Araújo de Mattos,
Graduando do Curso de Geografia Bacharel – UFRR
mateus@hotmail.com;
Sandra Elane de Souza Lauriano,
Mestranda em Geografia – UFRR
sandralaureano@hotmail.com;
Antônio Tolrinos de Rezendes Veras,
Professor Dr. do Departamento de Geografia da UFRR
Antonio.veras@ufrr.br

RESUMO

O presente artigo relata como surgiu a ocupação urbana denominado loteamento Pedra
Pintada, localizada na porção norte da cidade de Boa Vista. As ocupações irregulares
sempre foram uma problemática para a questão ambiental, o que acontece quando uma
área de terra é ocupada irregularmente é o que será apresentado no decorrer deste
trabalho. Fatores negativos que mudam a paisagem natural serão mostrados com
pesquisas e analise feita visitando a área em loco. O objetivo geral é mostrar um
diagnostico ambiental com dados significativos coletados em campo, e o objetivo
especifico é mostrar que o loteamento não dispõe de um planejamento urbano, e que ha
uma falta de consciência dos moradores que destroem e poluem a natureza causando
impactos ambientais, simplesmente por não terem sido instruídos e educado de maneira
correta. O planejamento urbano evita problemáticas sociais e ambientais dentro de um
espaço geográfico e para um melhor entendimento foram aplicados questionários,
obtenção dos pontos com GPS e fotografias dos locais visitados.

PALAVRAS CHAVE: Planejamento Urbano, meio ambiente, impacto ambiental.

ABSTRACT

This article reports on how the urban settlement called Pedra Pintada, located in the northern
portion of the city of Boa Vista, arose. Irregular occupations have always been problematic for the
environmental issue, what happens when an area of land is irregularly occupied is what will be
presented in the course of this work. Negative factors that change the natural landscape will be
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shown with research and analysis done by visiting the area in loco. The general objective is to
show an environmental diagnosis with significant data collected in the field, and the specific
objective is to show that the development does not have an urban planning, and that there is a lack
of awareness of the inhabitants that destroy and pollute nature causing environmental impacts,
simply because they were not educated and educated correctly. The urban planning avoids social
and environmental problems within a geographical area and for a better understanding were
applied questionnaires, obtain points with GPS and photographs of the visited places.

KEY WORDS: Urban Planning, environment, environmental impact.

INTRODUÇÃO

Formada a margem direita do Rio Branco por volta do ano de 1830 e planejada
entre 1944 e 1946 a cidade de Boa Vista capital do estado de Roraima, é a única capital
brasileira que fica totalmente ao norte da linha do Equador, deveria ser um exemplo de
organização para o país, mais infelizmente esta não é a realidade do local, fato este
condicionado pelo crescimento acelerado da população com a abertura do garimpo na
década de 80, interesses políticos, especulações imobiliárias e nos últimos anos
imigração da população dos países vizinhos Guiana e Venezuela em busca de novas
oportunidades. O aumento da população, a desigualdade social e a falta de planejamento
adequado fazem com que áreas sejam ocupadas irregularmente por uma população
carente de um pedaço de terra para sobreviver, ou seja, ter apenas uma simples moradia,
em contrapartida há aqueles que não precisam, mas se aproveitam da situação para se
beneficiar. Nesse contexto nasceu o loteamento Pedra Pintada, imóvel este pertencente
ao Estado de Roraima (por desapropriação – doc. de fls. 133/136) e precisamente
identificado como Sítio Santa Luzia matriculado no Cartório de Registro de Imóveis sob n.
6157 (Ministério Publico 2015).
O loteamento Pedra Pintada, localiza-se ao norte da cidade de Boa Vista, situado nas
coordenadas geográficas 60º40'24" de longitude Oeste e 02º49'11" de latitude Norte, com
uma altitude de 85 metros em relação ao nível do mar, limitando-se ao norte o bairro Said
Salomão, ao sul com sítios particulares; a leste com terras do Governo Federal e a oeste
com BR 174 -norte, conforme mapa abaixo (Figura 1).
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Figura 1 - Mapa de localização Geográfica

Fonte: Vancleumar Carvalho

A ocupação do espaço urbano da cidade de Boa Vista é diferenciada pelas


formações histórico-sociais dos seus 54 bairros divididos em Zona Norte, Sul, Leste e
Oeste, tem uma população de 375 374 mil habitantes segundo dados do IBGE. Ao
percorrer no seu espaço geográfico observa-se claramente a disparidade social da zona
leste para as demais zonas da cidade. O loteamento Pedra Pintada está localizado um
pouco afastado desse cenário e foi criado no ano de 2014. Em pesquisa realizada na
internet, dados disponíveis pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, do
MPERR, recebeu reclamação anônima acerca da ocorrência de uma invasão e ocupação
por inúmeras pessoas, isto no mencionado trecho, tendo aduzido, em síntese que:
“[...] no local acima informado estão invadindo terras para instalação de lotes; Que
essa invasão é próxima ao igarapé Carrapato; Que já tem um mês que essas
pessoas estão acampadas; Que as pessoas invasoras possuem veículos do tipo
S-10, Hilux, Siena, etc; Que a delimitação dos lotes está sendo com “Teodolito” e
já está todo piquetado; Que essa terra é do governo do estado;”. Conforme fls. 05
do ICP em anexo. (Ministério Publico 2015)
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Segundo dados do IBGE, em 2017, Boa Vista foi a 4ª capital com maior
crescimento demográfico no período 2016-2017, ficando atrás de Palmas, Brasília e
Macapá. A cidade apresentou uma rápida expansão urbana, especialmente a partir de
1978, demostrado pelo mapa abaixo (Figura 2). Barbosa (1993) destaca que Roraima foi
um dos últimos espaços vazios a serem ocupados na Amazônia, fazendo com que a
pressão fundiária em outras regiões frente à maior facilidade de acesso em Boa Vista
contribuísse com uma “invasão urbana”.

Figura 2 - Evolução do crescimento da cidade de Boa Vista desde 1947 até 2008

Fonte: Vancleumar Carvalho

O crescimento se deu de forma vertiginosa para sudoeste e oeste da cidade, com


ocupação desordenada do solo e sem um planejamento eficaz. O loteamento do bairro
Pedra pintada ao contrario do crescimento para o oeste e sudoeste surgiu ao norte da
cidade de Boa Vista por volta do ano de 2014, estrategicamente ao lado de um bairro
planejado e com infraestrutura o bairro Said Salomão, ha aproximadamente 10 km do
centro da cidade e a 4 km do principal shopping da Cidade, além de ficar a margem direita
do Igarapé Carrapato que desagua no rio cauamé, rio este que contorna a porção norte e
nordeste da cidade de Boa Vista (Figura 3). O surgimento de espaços urbanizados sem o
devido planejamento e um bom plano diretor, acarreta em paisagens naturais destruídas,
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falta de infraestrutura e equipamentos para atender a população que padecem com este
tipo de problemas.

Figura 3 – Localização do Loteamento Pedra Pintada destacando o Shopping, o centro da cidade e


o igarapé Carrapato

Fonte: Vancleumar Carvalho

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

Trazer para o centro de discursões o planejamento urbano de uma cidade, a


questão ambiental e sua importância para a sociedade é um assunto que requer atenção
e prioridade, pois para o desenvolvimento e crescimento ordenado de uma cidade, além
de um bom Plano Diretor com políticas públicas direcionadas de forma corretas, é preciso
também que a população seja instruída sobre a conscientização ambiental, não se pode
cobrar aquilo que não é ensinado, neste contexto de planejamento e consciência
ambiental nota-se a falta de comprometimento, tanto da sociedade quanto da população.
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OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é mostrar um diagnostico ambiental com dados significativos


coletados em campo para uma melhor análise e entendimento.

OBJETIVO ESPECIFICO

Mostrar que o loteamento não dispõe de um Planejamento Urbano, e que ha uma


falta de consciência dos moradores que destroem e poluem a natureza causando
impactos ambientais. O planejamento urbano evita problemáticas sociais e ambientais
dentro de um espaço geográfico que precisa ser preservado.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para realização desta análise foram utilizados vetores no formato shp (shapefile)
contendo a base contínua do Estado de Roraima, e o limite municipal de Boa Vista, os
quais foram disponibilizados pela Secretaria de Planejamento do Estado de Roraima -
SEPLAN, dados do loteamento Pedra Pintada pesquisados na internet e entrevista de
campo. O estudo caracterizou-se em uma pesquisa exploratória e descritiva de
abordagem qualitativa.
A partir dos dados georreferenciados da cidade de Boa Vista começou-se a
montagem dos mapas utilizando os shapes de divisão de bairros, quadras, ruas,
avenidas, hidrografia, rodovias, e o principal, os shapes do loteamento Pedra Pintada para
analise do local a ser visitado em campo;
Os programas utilizados para o processamento dos dados foram:
* QGIS Desktop 2.18.21 – um software livre que constitui um Sistema de
Informação Geográfica;
* Google Earth Pro – utilizado para conferência de shapes e imagens de satélites,
quando necessário para verificar as características do espaço geográfico a ser
estudado.
* Maquina fotográfica para obtenção de fotos
* Questionários elaborados para obtenção de dados com alguns moradores;
No dia 24 de outubro foi feito uma visita no local e foram aplicados 200
questionários com alguns moradores. Após toda a aplicação dos questionários em campo
foi feito a tabulação dos dados.
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Por fim a montagem final de toda a pesquisa analisando os dados e descrevendo


suas características e considerações.
O fluxograma abaixo (figura 4) descreve todo o processo feito durante o
desenvolvimento do trabalho.

Figura 4 – Fluxograma do trabalho realizado

Fonte: Vancleumar Carvalho


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RESULTADOS E DISCURSÃO

Entre conflitos e invasões nasceu o Loteamento Pedra Pintada, um bairro criado


sem nenhuma infraestrutura, ainda que desenhado e mapeado pelo órgão competente
(figura 5), pois restou consignado no mencionado MEMO da EMHUR que se tratava de
“uma área que não disponha de infraestrutura básica, isto é, rede de esgoto, de
abastecimento de água potável e de energia elétrica, via de circulação, de logradouros
públicos, ou seja, as invasões geralmente ocorrem de forma não planejada e causam
vários danos ao meio ambiente ao desenvolvimento urbano, não atendendo os requisitos
necessários para criação de loteamento, estribados no Plano Diretor da Cidade de Boa
Vista, é lei Municipal de parcelamento do solo urbano (lei nº 926, 29 de novembro de
2006), que estabelece a política de desenvolvimento, ordenamento territorial e expansão”.
(Ministério Publico 2015).

Figura 5 – Mapa do loteamento pedra pintada, com quadras rua e avenidas desenhado pelo
INTERAIMA

Fonte: Governo do Estado de Roraima – INTERAIMA

Percorrendo no seu espaço geográfico pode-se observar uma falta de


infraestrutura e poluição ambiental, além da desigualdade social vista claramente na
construção das casas. A maioria das construções do loteamento Pedra Pintada são casas
de alvenaria e madeira de classe social humilde, mas entre essas construções, observa-
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se que há algumas que se destacam por ser de classe social um pouco elevada e aquelas
em condições precárias (Figura 6 e 7).

Figura 6 – Casa de alvenaria com um padrão melhor que as demais dentro do loteamento

Fonte: Farley Santos dos Santos

Figura 7 – Casa de madeira em condições precárias

Fonte: Farley Santos dos Santos


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Não foram encontrados nenhum equipamento público de atendimento à população


como, postos de saúde, hospital e escolas. Os moradores do bairro, especificamente as
crianças e adolescente que precisam estudar têm que se deslocar para outros bairros da
cidade. Já na questão de atendimento à saúde, em caso de urgência precisam se
locomover para o Hospital Geral de Roraima ou posto de saúde mas próximo, para alguns
ficando um pouco difícil, o transporte público não adentra dentro do bairro, apenas nos
arredores e a maioria não possuem transporte próprio, ficando a mecer de ajuda de
terceiros ou carros dos órgãos públicos quando atendem. Observou-se também que as
ruas não possuem asfalto e que não há segurança policial, a área do Centro Sócio
Educativo, localizado dentro do loteamento que era para trazer segurança, ao contrário,
traz um clima de desconforto e insegurança, sentido pelos próprios pesquisadores. Algo
positivo observado é que há luz elétrica em quase todas as moradias, única opção de
endereço cadastrado regulamente, pois não há agua encanada regular, a água é
encanada, porém a população não paga a conta, pois a mesma provem de um poço
artesiano vindo do bairro vizinho o Said Salomão sem as devidas regularizações.
Em relação as respostas dos questionários, a maioria dos entrevistados são
brasileiros cerca de 95%, outros 5 % Venezuelanos.
Foram encontrados brasileiros maiores de idade das diversas localidades do Brasil,
com grau de escolaridade de Ensino Médio Completo (165 dos entrevistados), apenas
três nível superior e os outros nos demais itens (Figura 8):

Figura 8 – Gráfico de Grau de instrução da População

Fonte: Dados retirados dos questionários em campo, elaborado por Vancleumar Carvalho

A maioria da população é de baixa renda, com salários variando em média


equivalente ao salário mínimo (Figura 9).
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Figura 9 – Gráfico da Renda Familiar

Fonte: Dados retirados dos questionários em campo, elaborado por Vancleumar Carvalho

Esse dois dados relevantes sitados acima, são fatores que nos mostra que,
infelismente a população sem ensino adequado e com baixo poder aquisitivo, com
algumas exceções, torna seu espaço habitado carente de boas condições para
sobreviver, é nítido o desrespeito ambiental, os órgãos públicos ainda não fizeram sua
parte e a população também não colabora, os lixos são jogados a céu aberto (Figura 10),
deixando as ruas e avenidas com um mal cheiro e desconforto para quem trafega nelas,
ainda houve vários relatos de queimadas e fumaças no local, não há uma fiscalização
severa, eles queimam, jogam na rua e depois reclamam de seu próprio erro .

Figura 10 – Rua com lixos jogados ao céu aberto

Fonte: Farley Santos dos Santos


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A maioria da população vive no local desde a época de sua existência, que ocorreu
ano de 2014, apenas algumas pessoas, vieram com o tempo para fixar moradia no
loteamento, estabelecendo residência através de casas cedidas ou comprando de
terceiros.

ARCABOUÇO SOCIOAMBIENTAL URBANA

Apesar de haver vários lixos jogados na rua, todos responderam que existe coleta
de lixo regular, realizado pelo carro coletor, que presta serviço pela prefeitura Municipal
de Boa Vista, através dos caminhões de lixos, recolhendo regularmente, de duas ou três
vezes durante a semana. Quando perguntado se conhecem o sistema de coleta coletiva
apenas 12 pessoas responderam que sim, o restante não sabia o que era.
Como mencionado o Loteamento fica a Margem direita do Igarapé Carrapato, quando
perguntado se utilizam o mesmo para lazer, a maioria respondeu que não, mas da minoria
que responderam que sim apenas 5 pessoas disseram que o mesmo era preservado
(Figura 11).

Figura 11 – Gráfico sobre a utilização do Igarapé Carrapato

Fonte: Dados retirados dos questionários em campo, elaborado por Vancleumar Carvalho

Para se ter uma melhor analise das respostas acima foi preciso visitar a parte
específica do igarapé onde a população utiliza como espaço para lazer, o lugar
frequentado pela população fica na Vicinal do Bom Intento, uma ponte serve de apoio
para um melhor conforto e diversão (Figura 12).
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Figura 12 – Ponte sobre o Igarapé Carrapato

Fonte: Farley Santos dos Santos

Observando aos arredores do igarapé percebe-se que a há um cenário de falta de


conscientização ambiental por conta de quem frequenta o local, lixos jogados a margem
do igarapé, a água encontrasse um tanto suja (Figura 13 e 14), não é possível falar em
potencial hidrogeniônico PH - acidez da mesma, pois não foi feito coleta para análise,
apenas um olhar crítico dos pesquisadores.

Figura 13 – Margem do Igarapé Carrapato

Fonte: Farley Santos dos Santos

Figura 14 – Margem do Igarapé Carrapato


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Fonte: Farley Santos dos Santos

Para finalizar a pesquisa é importante destacar o que a população pensa do futuro dos
corpos d’aguas existente na cidade, a grande maioria considera que se não for feito
alguma coisa para a preservação dos mesmos, todos ficarão com alto grau de poluição
(Figura 14).

Figura 14 – Gráfico do Futuro do corpos d’água existente na cidade

Fonte: Dados retirados dos questionários em campo, elaborado por Vancleumar Carvalho

Importante frisar que também há outras pessoas que frequentam a localidade, usam o
espaço e depois não sabem limpar para mantê-los preservados, são garrafas plásticas,
latinhas de refrigerantes, sacolas plásticas, entre outros, itens que aos poucos transforma
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o meio ambiente causando impactos ambientais na natureza, a população perde seu


espaço de lazer e a sociedade ganha um problema para resolver, limpar e preservar os
igarapés da cidade. Seria tudo mas simples, se toda a cidade tivesse um Plano Direto
eficiente, com políticas públicas aplicadas de forma correta, a população tivesse acesso
as informações e fosse instruídas da melhor maneira possível sobre preservação
ambiental, enquanto isso não acontece, é preciso ao menos pesquisar e escrever sobre
estas problemáticas, quem sabe assim os órgãos governamentais se integram do assunto
e se conscientizem que todos fazendo a sua parte contribuem para a preservação
ambiental e o futuro do meio ambiente.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso do planejamento urbano para o desenvolvimento e crescimento das cidades, é


muito importante no contexto de espaço geográfico. A maioria das cidades estão
padecendo por falta de organização, o rural vem sendo modificado de forma brusca para
o urbano, a ação antrópica e a falta de consciência ambiental por parte da população está
deixando as cidades um tanto quanto caótica, é preciso que se tenha compromisso com o
planejamento urbano, pois a tendência e aumentar a população, fato este que condiciona
o crescimento acelerado da maioria das cidades. Contudo, a cidade, especialmente a
grande cidade de um país periférico ou semiperiférico (países periféricos, semiperiféricos
e centrais), é vista como um espaço de concentração de oportunidades de satisfação de –
necessidades básicas materiais (moradia, saúde....) e imateriais (cultura educação...),
mas também, como um local crescentemente poluído, onde se perde tempo e se gastam
nervos com engarrafamentos, onde as pessoas vivem estressadas e amedrontadas com
violência e criminalidade (SOUZA, Marcelo 2001), este trecho citado retrata bem a falta de
planejamento. E difícil resolver aquilo que já foi feito, mas ainda é possível rever as
problemáticas e atuar de forma correta para tentar melhorar o espaço já ocupado e
planeja aquilo que ainda não foi ocupado. O olhar geográfico nos dias atuais sobre as
problemáticas existentes na sociedade, ainda que complexas, por que foram feitas sem
planejamento, são mais fáceis de mensurar, por conta do acesso as novas tecnologias. O
mundo foi mapeado e colocado ao alcance de toda a população, ficando visível o
crescimento com o passar dos anos, basta ter um pouco de força de vontade para se
fazer um bom planejamento e melhorar a qualidade de vida das populações e diminuindo
as problemáticas ambientais futuras.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do Desenvolvimento Urbano - 2ª ed. - Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2001.

https://www.mprr.mp.br/areafim/movimentos/publico_412_43dce5a8039485eadc6263
b8e42c2ff1.pdf acesso em 10/12/2018 as 17:16

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