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Ministério da Educação

Universidade Federal de São Paulo


PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

UNIFESP – Baixada Santista. Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia


do Mar; Departamento de Ciência do Mar

Atividade optativa: Classificação climática


R5: Noroeste a Sudeste do Brasil
Climatologia

Karoline Menezes Silva(156351)

Santos
2023
A região R5, que abrange o Noroeste a Sudeste do Brasil, foi escolhida para
este resumo pela sua grande importância climática e socioeconômica no país. A região
é caracterizada por uma grande diversidade de biomas e climas, incluindo a Floresta
Amazônica, o Cerrado e a Mata Atlântica. A análise das características da precipitação
ao longo da região é interessante devido a essa grande diversidade, o que permite uma
compreensão mais ampla da dinâmica climática do Brasil. Além disso, a região é
vulnerável a eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e deslizamentos de
terra, tornando-se um local importante para estudos sobre gestão de recursos hídricos
e planejamento urbano.
O posicionamento e a intensidade dos máximos e mínimos de chuva variam
significativamente ao longo das estações do ano. Durante o verão, que ocorre entre
dezembro e março, a maior parte da região recebe grandes quantidades de chuva, com
destaque para a região Sul e Sudeste. A intensidade dos máximos de chuva no verão é
consideravelmente alta, o que pode levar a enchentes e deslizamentos de terra. Já
durante o outono, que ocorre entre março e junho, o padrão de chuva na região muda
consideravelmente. Os máximos de chuva se deslocam para a região Noroeste,
enquanto que a região Sudeste e parte da região Sul começam a ter uma diminuição na
quantidade de chuva. O inverno, que ocorre entre junho e setembro, é a estação mais
seca em grande parte da região R5, com exceção da região Sul. O Sudeste e Nordeste
da região têm uma queda significativa na quantidade de chuva, e os mínimos de chuva
se concentram na região central. Por fim, durante a primavera, que ocorre entre
setembro e dezembro, a chuva começa a aumentar novamente na maior parte da região
R5. No entanto, a intensidade dos máximos de chuva não é tão alta quanto no verão. É
interessante notar que a região Nordeste tem máximos de chuva mais intensos na
primavera do que no verão.
Essa região é influenciada por diversos sistemas atmosféricos que afetam a
distribuição de chuvas na região ao longo do ano. Durante o verão, o sistema de Alta
da Bolívia é um dos principais responsáveis pela intensificação da convecção e
formação de áreas de instabilidade que geram chuvas na região, principalmente na
parte central e sudeste. Também há influência da Zona de Convergência do Atlântico
Sul (ZCAS), que é uma banda de nuvens associada ao fluxo de umidade do oceano
Atlântico que pode causar grandes volumes de chuva em áreas do sudeste e
centro-oeste do Brasil.
No outono, a mudança na circulação atmosférica favorece a atuação do sistema
de Alta Pressão do Atlântico Sul, que inibe a formação de áreas de instabilidade e
reduz a quantidade de chuva nas regiões sudeste e centro-oeste do país. Nesta época
do ano, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) tende a se deslocar para o
norte, aumentando a ocorrência de chuvas na região Noroeste do Brasil.
Durante o inverno, a região R5 é influenciada pela Massa de Ar Polar
Atlântica, que traz ar frio e seco para a região, reduzindo a quantidade de chuvas. No
entanto, o sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul tende a se enfraquecer nesta época
do ano, permitindo a formação de áreas de instabilidade em algumas áreas do sudeste
e centro-oeste do Brasil.
Por fim, na primavera, a atuação do sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul
começa a diminuir, permitindo o aumento da umidade do ar e a formação de áreas de
instabilidade que geram chuvas na região. A influência da Zona de Convergência do
Atlântico Sul também tende a aumentar nesta época do ano, contribuindo para o
aumento da quantidade de chuvas no Noroeste do Brasil.
Em conclusão, a região R5 é de extrema importância climática e
socioeconômica para o Brasil devido à sua grande diversidade de biomas e climas e à
vulnerabilidade a eventos climáticos extremos. A análise da distribuição de chuva ao
longo das estações do ano revela variações significativas na intensidade e no
posicionamento dos máximos e mínimos de chuva em diferentes regiões. Além disso,
diversos sistemas atmosféricos influenciam a distribuição de chuva na região, como a
Alta da Bolívia, a Zona de Convergência do Atlântico Sul e a Massa de Ar Polar
Atlântica. O entendimento desses sistemas é fundamental para a gestão de recursos
hídricos e o planejamento urbano na região.

Referências:

Monteiro, C.A.F., & Ambrizzi, T. (2000). Clima do Brasil. São Paulo: Oficina de
Textos.

Silva, B.R., & Oliveira Júnior, J.F. (2014). Climatologia: noções básicas e climas do
Brasil. São Paulo: Oficina de Textos.

Nobre, C.A. (1991). Dinâmica da atmosfera e do clima da região Sudeste do Brasil.


Revista Brasileira de Geofísica, 9(1), 67-80.

Lúcio, P.S., Silva, A.L.C., & Lima, M.I.P. (2015). Variabilidade espaço-temporal da
precipitação na região Noroeste do Brasil. Revista Brasileira de Climatologia, 17,
20-38.

Silva, A.F., Ambrizzi, T., & Marengo, J.A. (2006). Dinâmica das chuvas de verão no
Sudeste do Brasil e sua relação com anomalias de temperatura da superfície do mar.
Revista Brasileira de Meteorologia, 21(1), 1-14.

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