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Colégio Polivalente de Conceição do Coité

Disciplina: Geografia
3° ano AM Data: 27/07/2023
Estudantes: Anderson Reis de Oliveira, Hendily Rocha de Carvalho, Izabella dos Santos Lima,
Juliana dos Santos Nascimento e Maria Estefany Mascarenhas Costa.
Professor: Gildo Mariano de Jesus

O clima no Brasil

As massas de ar equatoriais e tropicais e os climas quentes são dominantes no território


brasileiro, que se estende de 5°16'N a 33°45'S. Esta vasta área ocupa principalmente baixas
latitudes. O território brasileiro sofre os impactos de dois sistemas meteorológicos durante o verão,
denominados Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Zona de Convergência do Atlântico
Sul (ZCAS), devido à sua localização geográfica. Tropicais e os climas quentes são dominantes no
território brasileiro, que se estende de 5°16'N a 33°45'S. Esta vasta área ocupa principalme nte
baixas latitudes.
O território brasileiro sofre os impactos de dois sistemas meteorológicos durante o verão,
denominados Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Zona de Convergência do Atlântico
Sul (ZCAS), devido à sua localização geográfica.
Ao longo da faixa equatorial, a ZCIT é conhecida por sua zona de baixa pressão que causa a
formação de nuvens em resposta aos ventos alísios. Esses ventos sopram do Sudeste no hemisfér io
sul e do Nordeste no hemisfério norte. O Brasil também sofre influência da ZCAS, também
caracterizada pela zona de baixa pressão, onde a formação de nuvens se estende no sentido
Noroeste/Sudoeste.
Enquanto a ZCAS traz chuvas abundantes para as porções oeste e sudeste do Brasil, a ZCIT
desempenha um papel significativo no Nordeste e Norte, fornecendo a maior parte da precipitação
anual. Esses dois sistemas são responsáveis por uma parcela considerável do volume de chuvas
que atinge o território brasileiro.
Durante o verão de 2014-2015, especialistas em meteorologia refletem que o
funcionamento dos oceanos Pacífico e Atlântico foi perturbado devido a variações de temperatura,
fazendo com que eles tenham baixo desempenho e impeçam a ocorrência de precipitação no Brasil.
Como resultado, isso levou a uma forte seca que afetou o sudeste brasileiro, drenando seus
reservatórios e colocando em risco o abastecimento de água potável nas áreas urbanas.
O clima do Brasil é afetado por vários fatores, incluindo o mecanismo das massas de ar
devido a mudanças na pressão atmosférica, umidade influenciada principalmente pelas chuvas e
temperatura. Esses três elementos climáticos trabalham juntos para determinar o clima no Brasil.
As massas de ar são partes da atmosfera que possuem características próprias de
temperatura, umidade e pressão. Eles constituem os principais determinantes do clima.
Praticamente todas as massas atuantes na América do Sul exerceram influência sobre o Brasil.
Nosso país é imune às massas do Pacífico (Ocidental) porque essas massas são restringidas pela
Cordilheira dos Andes do interior do continente. Como 92% das terras brasileiras estão localizadas
nos trópicos, o país é afetado principalmente por massas de ar quentes e úmidas.
Massa Equatorial Continental (mEc): Originária da Amazônia Ocidental, a mEc é uma
massa de ar quente, úmida e instável. Tem grande impacto em todo o Brasil, causando chuvas de
verão. Durante o inverno, o mEc se retrai e sua atuação se restringe à Amazônia Ocidental.
Massa Equatorial Atlântica (mEa): Quente e úmida, esta massa de ar tem origem perto dos
Açores, na África. Geradora dos ventos alísios do Nordeste, que atua principalmente nas costas das
regiões norte e nordeste na primavera e no verão, causando chuvas. À medida que empurra para
dentro, perde umidade.
Massa Tropical Continental (mTc): Esta massa de ar é quente e seca devido a sua origem
na Depressão do Chaco (Paraguai), região de alta temperatura e baixa umidade. Atua no sul da
região Centro-Oeste e no oeste das regiões Sul e Sudeste, causando alta temperatura e tempo seco
a longo prazo, concentrado principalmente no início do outono, primavera e final inverno.
Massa Tropical Atlântica (mTa): ar quente e úmido, o mTa se originou no Oceano
Atlântico. Formadora dos ventos alísios de sudeste, atua na faixa litorânea e se estende do Nordeste
ao Sul do país. Durante o inverno, o mTa encontra a massa polar atlântica (mPa), causando chuvas
frontais ao longo do litoral nordestino. No litoral das regiões sul e sudeste, o mTa encontra as terras
altas da Serra do Mar causando chuvas orográficas ou de montanha.
Massa polar atlântica (mPa): Originada nas latitudes médias do Oceano Atlântico ao sul da
Argentina (30° a 60°). A massa de ar é fria e úmida, ativa principalmente no inverno, e se divide
em três ramos, separados pela orientação do relevo. O primeiro ramo, carregando ventos frios pelo
vale do Paraná, provocando geadas e até neve nas serras gaúchas e catarinenses. O segundo ramo
chega a atingir a Amazônia ocidental e causou friagem em alguns estados do Norte. O terceiro
ramo avança de sul para nordeste ao longo da costa, causando chuvas frontais ao longo da costa
nordeste.
Embora nosso país receba uma precipitação média anual em torno de 1.000 mm, essa
precipitação não é distribuída uniformemente por todo o território brasileiro. Algumas áreas,
costumam receber mais de 2.000 milímetros de chuva por ano, como a floresta amazônica, o litoral
sul da Bahia e a Cerra do Mar, no trecho paulista.
No extremo oposto está o Sertão nordestino, onde a precipitação anual é bem inferior à
média do país, como 331 mm em Cabaceiras (PB) e 588 mm em Areia Branca (RN). Vale ressaltar
que nessa última, o baixo índice pluviométrico somado à maior insolação anual, bem como pelos
ventos fortes e constantes que auxiliam na evaporação da água do mar favorecem a existência de
salinas. O resto do país, ou seja, a maior parte do Brasil, tem médias entre 1.000 e 2.000 mm de
chuva. Apenas uma parte localizada abaixo de 20° de latitude sul tem clima predominanteme nte
subtropical, caracterizado por chuvas relativamente uniformes ao longo do ano.
Devido à natureza tropical existem em quase 95% do território brasileiro, a temperatura
média anual é superior a 18°C. A temperatura, a quantidade de calor presente na atmosfera, é
apoiado por fatores como latitude, altitude, continentalidade e correntes marítimas.
Fatores podem modificar o comportamento dos elementos que caracterizam o clima
brasileiro. Como a altitude, que quanto maior, menor será a retenção de calor pela superfície e
menor será a temperatura, apesar do Brasil não apresentar altitudes elevadas. É possível ver como
influência nas temperaturas médias. Por sua vez, já a latitude que em altas latitudes, as temperaturas
são mais baixas, enquanto as amplitudes térmicas menores, caracterizam um importante fator de
diferenciação climática.
A continentalidade e a maritimidade determinam que quanto menor a distância em relação
ao mar, menor é a amplitude térmica de um lugar, onde tais influências torna a temperatura mais
estáveis, em consequência do “efeito regulador de carácter térmico” que as águas do oceano
exercem sobre terras próximas.
O território brasileiro sobre a influência de duas correntes marítimas quentes: a corrente do
Brasil que se desloca do Norte para o sul, e a corrente das Guianas, que se desloca do Sul para o
norte. Ambas as correntes contribuem para a existência de climas quentes no país.
A classificação climática do cientista estadunidense Arthur Strähler, é baseada na
circulação e na atuação das massas de ar que determinam o clima mais detalhadamente no nosso
país.
Clima equatorial úmido: Determinado pela massa equatorial continental, sua principal área
de ocorrência é a Amazônia. Características: alta umidade (precipitação anual superior a 2500 mm),
alta temperatura e pequena diferença de temperatura anual.
Clima litorâneo úmido: Abrange as costas nordeste e sudeste e é influenciado pelas massas
de ar atlânticas tropicais. É caracterizada por chuvas concentradas e alta temperatura média no
inverno. O índice pluviométrico varia de 1.500 mm a 2.000 mm ao longo do ano. A precipitação é
o resultado do encontro do mTa com o mPa, e do encontro do mTa com terrenos mais altos, como
o planalto da Borborema no nordeste e a serra da Mantiqueira no sudeste.
Clima tropical continental: É o clima mais representativo do Brasil, por isso é chamado de
clima tropical típico. Abrange as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Apresenta alta
amplitude térmica anual devido à sua continentalidade e duas estações bem definidas: um verão
úmido influenciado pela massa de ar continental equatorial e pela massa de ar atlântica tropical, e
um inverno seco influenciado pela massa de ar atlântica polar e pelo ar continental tropical massa.
Clima tropical semiárido: Característica do nordeste do Sertão e norte de Minas Gerais. É
dominado por massas de ar tropicais atlânticas e continentais equatoriais. De um modo geral,
quando esses maciços chegam ao sertão do Nordeste, já estão secos, porque encontram barreiras
de montanhas que bloqueiam as águas pluviais, e a água se perde e cai no litoral.
Este é o clima com a menor precipitação anual do Brasil, às vezes inferior a 500 mm. A
temperatura média é alta.
Clima tropical de altitude: Ocorre em altitudes elevadas na região sudeste. É muito afetado
pela massa de ar tropical úmida do Atlântico todos os anos. No inverno, a massa polar do Oceano
Atlântico provoca baixas temperaturas e geadas. Difere de um clima tropical ou continental típico
por apresentar maior precipitação anual (acima de 1700 mm), verões menos quentes e invernos
mais frios.
Clima subtropical úmido: Representando a parte sul do Brasil, é dominado pelas massas
marinhas do Atlântico tropical, sendo muito afetado pelo Atlântico polar no inverno. Tem a
segunda maior precipitação anual (aproximadamente 2.500 mm), depois da região equatorial
úmida. Ele define estações e chuvas que são distribuídas uniformemente ao longo do ano. No
inverno, há constantes ondas de frio e geadas. A neve pode ocorrer em grandes altitudes.

Referência:
ALMEIDA, Lúcia Marina A. e RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da Globalização. O espaço
brasileiro: natureza e trabalho, 3° ano Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: Ática, 2017.

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