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“As recentes tecnologias digitais não são mais somente tools, isto é,
instrumentos completamente externos ao nosso corpo e à nossa
mente. A Rede não é um instrumento, mas um ambiente no qual
vivemos. Talvez até mais, sendo um verdadeiro tecido interligado da
nossa experiência da realidade”. (SPADARO, 2012, p. 05)
Isso significa que a internet faz parte da nossa realidade. Além disso, a
mídia digital faz parte do nosso dia a dia, na medida em que muda a forma como
pensamos. Quando a Internet muda a maneira como pensamos, ela também
muda nossa antropologia, nossos traços de personalidade. Quando a cultura
digital muda nossa antropologia, como resultado, ela muda a maneira como
pensamos e vivemos nossa fé. Quando pensamos na teologia como intellectus
fidei, ou seja, pensamos na fé, a internet também muda a forma como praticamos
a teologia hoje. Diante da necessidade de compreender a dinâmica atual e o que
isso significa na vida cristã, surge o lugar da Ciberteologia, que, segundo Antonio
Spadaro, significa pensar a fé em tempos de rede. Esta nova realidade nos traz
uma nova dimensão para a obra contínua de salvação de Jesus Cristo. A Palavra
também precisa ser um pouco, ou seja, estar em todos os lugares onde a
humanidade estiver, como afirma Verbum Domini:
“No mundo da internet, que permite que bilhões de imagens
apareçam em milhões de monitores, deverá sobressair o rosto de
Cristo e ouvir-se a sua voz, porque, se não há espaço para Cristo,
não há espaço para o homem”. (BENTO XVI, 2010, n. 113)
Este estudo busca observar as características dos nativos digitais com base
na teologia cristã. Michel Serres (2013) chamou a geração digital de Polegarzinha
por sua capacidade de controlar o celular com o polegar e de garantir a
importância das meninas nesta geração em todos os setores da sociedade
moderna.
Nas dez áreas da teologia, Cano explica que as duas primeiras contêm "os
princípios próprios" da teologia: as Sagradas Escrituras e a crença oral. Os três
últimos têm “outros” valores: razão, filósofos, história e cultura. Cinco árbitros
interpretam seus credos: a Igreja Católica, os Conselheiros, o Papa Magistério, os
Santos Padres, teólogos (SESBÖUE, 2002, pp. 146; 692).
A cena religiosa dos sinais dos tempos é um fenômeno global que revela a
época e a chave hermenêutica para compreender a existência de Deus ao longo
da história. Assim, o Concílio de Vitória) estabeleceu a prática religiosa com base
nos fatos da época (BOFF, 1998, p. 178). Portanto, existem dois conceitos
distintos da esfera religiosa: as fontes científicas apresentadas por Melchior Cano,
e o ambiente social em que o teólogo está presente ao descrever essas fontes. O
ciberespaço, propulsor da cultura e da sociedade em geral, enquadra-se bem
como cenário religioso dos sinais dos tempos. A ciberteologia tem sua posição
social na Internet, onde sua aparição distinta da verdade vem do esclarecimento
do conhecimento religioso.
Dentre eles, encontramos uma mudança nas relações sociais que permeou
a web 1.0, marcada pelo surgimento do marketplace sem um processo de
interação do usuário; A web 2.0 é composta pela construção de redes virtuais que
permitem aos usuários se tornarem membros de uma comunidade coesa e
conectada, seguida da web 3.0, que contém mais do que apenas interação, tendo
como principal característica a potência das máquinas em realizar determinadas
tarefas manualmente.
Falando das mudanças pelas quais a sociedade passou nos últimos anos,
utilizamos o conceito de Castells, em relação à comunidade em rede como uma
estrutura social baseada em redes impulsionadas por tecnologias de comunicação
e informação, para construir redes digitais que produzem, processam e
disseminam informações a partir de essas redes abrem loops que mudam pela
adição ou remoção de nós dependendo das mudanças necessárias nos sistemas
que são capazes de atingir os objetivos de desempenho da rede ”(CASTELLS,
2009 p. 20).
Ao mesmo tempo, Gaudium et Spes, n. 36, afirma que toda criação tem
consistência, verdade, beleza e suas próprias leis que devem ser respeitadas.
Esse reconhecimento evita a mera interpretação do ciberespaço e da natureza da
Internet, que, por sua vez, se torna uma ferramenta de pregação e
desenvolvimento humano, reforçando a ideia de sua unidade ativa com a
sociedade em geral. .
A revolução digital influencia o uso da fé, não apenas por causa das novas
oportunidades de pregação online, mas principalmente por causa dos pontos de
comunicação e comunicação produtiva que existem entre a rede e o pensamento
cristão. Quando a Internet muda a maneira como as pessoas pensam, muda a
forma como a fé é pensada, aumenta o poder de seu exercício, muda a maneira
como oramos e transcende as fronteiras religiosas.
Isso pode ser visto em muitos eventos religiosos digitais, como missas ao
vivo, sites, programas religiosos e grupos de oração. Com a Internet, qual religião
ou religião está assumindo novas dimensões. Portanto, a questão que levanta a
visão ciberteológica é: "se [...] a tecnologia digital mudar a forma como nos
comunicamos e pensamos, que impacto terá na forma como praticamos a
religião?" (SPADARO, 2012, p. 39).
Em outras palavras, o homem não criou a Internet vazia, não foi a creatio ex
nihilo 6. Pelo contrário, ele usou coisas existentes e produziu o processo usando a
sabedoria que Deus lhe deu. Em Martinez (2009, p. 491), “a história não é má. Ele
é uma criatura de Deus e, por isso, tem uma beleza que é importante para ele e
diante de todos os enganos do homem [...] A Igreja, antes de mais ninguém, é
obrigada a aceitar e respeitar esta beleza da verdade terrena . Assim, com a
introdução das novas tecnologias, o plano sagrado do homem de se tornar um
especialista em criação é demonstrado e o mal não surge nas histórias, mas no
seu uso indevido pelo homem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Esta mesma história transmite a fé cristã para nós não apenas como uma
crença religiosa judaica estabelecida, marcada em conexão com outras culturas
(egípcios, mesopotâmicos e cananeus), mas também expõe aspectos da religião e
cultura grega - elementos usados para interpretar dados revelados para entender
e aceitar judeus e pagãos dispersos.
REFERÊNCIAS:
BOFF, Clodovis. Teoria do Método Teológico. Petrópolis: Vozes, 1998.