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Capítulo 4

4.1 A nova evangelização:

“Nova pregação do evangelho” é um termo que João Paulo II usou pela


primeira vez em uma visita pastoral à América Latina em 1983. “Novo” é que este
evangelismo não se destina apenas aos não batizados, mas também aos
“batizados sem conversão”. O novo evangelismo não é sobre um novo programa
ou nova palestra, mas envolve um esforço para fazer isso e encontrar uma
linguagem para convencer as pessoas do nosso tempo a serem chamadas a uma
nova vida pelo amor de Deus.

Nisso, vimos a necessidade de proclamar Cristo em uma nova linguagem,


colocando-o em uma nova cultura e novo ambiente - a cibercultura e o
ciberespaço. Verbum Domini refere-se à internet como "um novo fórum para a
reconstituição do Evangelho, com a certeza de que o mundo físico nunca será
substituído". Mas existe realmente um mundo visível e um mundo real? O mundo
físico não é real e o mundo real é diferente do mundo físico? Em relação ao
conteúdo da Internet, considere Spadaro (2012):

“As recentes tecnologias digitais não são mais somente tools, isto é,
instrumentos completamente externos ao nosso corpo e à nossa
mente. A Rede não é um instrumento, mas um ambiente no qual
vivemos. Talvez até mais, sendo um verdadeiro tecido interligado da
nossa experiência da realidade”. (SPADARO, 2012, p. 05)

Isso significa que a internet faz parte da nossa realidade. Além disso, a
mídia digital faz parte do nosso dia a dia, na medida em que muda a forma como
pensamos. Quando a Internet muda a maneira como pensamos, ela também
muda nossa antropologia, nossos traços de personalidade. Quando a cultura
digital muda nossa antropologia, como resultado, ela muda a maneira como
pensamos e vivemos nossa fé. Quando pensamos na teologia como intellectus
fidei, ou seja, pensamos na fé, a internet também muda a forma como praticamos
a teologia hoje. Diante da necessidade de compreender a dinâmica atual e o que
isso significa na vida cristã, surge o lugar da Ciberteologia, que, segundo Antonio
Spadaro, significa pensar a fé em tempos de rede. Esta nova realidade nos traz
uma nova dimensão para a obra contínua de salvação de Jesus Cristo. A Palavra
também precisa ser um pouco, ou seja, estar em todos os lugares onde a
humanidade estiver, como afirma Verbum Domini:
“No mundo da internet, que permite que bilhões de imagens
apareçam em milhões de monitores, deverá sobressair o rosto de
Cristo e ouvir-se a sua voz, porque, se não há espaço para Cristo,
não há espaço para o homem”. (BENTO XVI, 2010, n. 113)

Quem mais vive no universo é a Geração Y, por isso chamamos de jovens


nascidos entre 1980 e 2.000 nativos reais. Para pregar a esses jovens
conectados, primeiro devemos conhecê-los. Uma das principais características
desta geração que direciona esta pesquisa para a pregação de jovens é sua
familiaridade com a comunicação, comunicação e tecnologia digital.

Um paradoxo criado por toda essa ampla tecnologia foi que, ao


privilegiar a ação individual e não a coletiva, os jovens Y
desenvolveram uma necessidade de compartilhar parte de sua vida
por meio das redes sociais. A Geração Y é a mais conectada da
história da humanidade e sabe usufruir de toda a tecnologia para
obter relacionamentos mais numerosos e intensos. O mundo para
esses jovens é muito menor. As barreiras do idioma são facilmente
superadas pela maior intimidade com a língua inglesa que é
amplamente utilizada na internet. (OLIVEIRA, 2010, p.67-68)

Um fator de influência no cotidiano dos jovens é que as informações são


ilimitadas e ilimitadas com as novas tecnologias. “O futuro tinha acabado e foi
decidido construir uma geração mais complexa, incômoda, intimidadora e
independente”, disse Oliveira (2010). Todo esse abastecimento fluido e rápido faz
seu perfil, comum a todos os verdadeiros nativos. Listamos alguns desses fatores:
crítica, independência, flexibilidade, ansiedade, impaciência, insegurança,
resiliência no presente e objetivos de curto prazo; contraditórios, exigentes e
imutáveis, eles têm o poder de obter mais informações, mas não de pensar
profundamente sobre elas.

Uma das dificuldades dos tempos hipermodernos é a diferença de


gerações. Segundo Oliveira (2010), nunca houve um momento na história da
humanidade em que cinco gerações conviveram em número significativo
simultaneamente, desestruturando e transformando sua realidade como é hoje.
São eles: Geração Belle Époque (1920 a 1940); Geração Baby Boomer (1941 a
1960);

Geração X (1961 a 1980); Geração Y (1980 a 1999); Geração Z (de 2000 a


este ano). Vemos nas nossas regiões falta de diálogo ou falta de consideração
recíproca, principalmente o descaso com a comunidade jovem, tanto na
organização de eventos como de conteúdos familiares.
Não apenas os idosos, que são a maioria em nossas comunidades locais,
precisam ser abertos e incorporar as aspirações dos jovens aos objetivos da
paróquia, mas o envolvimento dos jovens e uma atitude humilde também são
necessários para aprender com pessoas mais experientes. O bem-aventurado
João Paulo II já havia dito: “A Igreja só será jovem se o novo homem for a Igreja”.
Superar e respeitar as diferenças, aceitar e aprender uns com os outros, essa é a
solução para o crescimento e a união entre as gerações, embora seja difícil de
fazer.

Vimos que, nos últimos 50 anos, isto é, desde o advento do Concílio


Vaticano II, aumentou a comunicação da Igreja Católica em todas as esferas da
vida, como campo básico da pregação. Isso é especialmente verdadeiro na mídia,
devido ao nível de realização que alcançou na comunidade hipermoderna. Em
outubro de 2012, o Sínodo sobre a Pregação Juvenil foi realizado em Roma, onde
um retrato de Porta Fidei foi lançado para discussão.

Durante o papado do Papa Bento XVI, o Dia Mundial da Comunicação se


voltou para a comunicação digital e o papel dos jovens nesta época de mudança.
O próprio Santo Padre apresentou em seus atos papais muitos programas, como o
Papa do Papa e o Canal do YouTube do Vaticano. Todos esses livros formam a
verdadeira religião da comunicação por meio do papel da Internet na humanidade.
O pensamento de Bento XVI sobre a Internet muda até chegar ao Dia Mundial das
Comunicações de 2013 com a mensagem “Comunicação: sites verdadeiros e
religiosos; novos “destinos de pregação” que afetam o potencial “chamamento” da
Internet:

A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira


comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as
conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são
chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas
participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes
espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em
última instância a pessoa comunica- se a si mesma. (BENTO XVI,
2013)

Assim, as novas tecnologias têm facilitado a comunicação e a interação


entre as pessoas, desejos profundos que sempre existiram no coração humano. A
pregação do evangelho não deve ser interpretada como um processo de leitura,
baixa ou alta, mas é semelhante a um processo de comunicação real, no qual
todos são remetentes e destinatários, comunicando-se uns com os outros.
Podemos explicar desta forma: Deus falou conosco primeiro através de Jesus
Cristo - nós respondemos a Ele - Deus nos envia para testemunhar a Palavra na
Carne para os outros - os irmãos falam com Deus - Deus sempre os responde.
Para entender melhor esse processo, podemos usar estatísticas espirituais, visto
que pregar o evangelho é uma forma viva e poderosa da história, mas é um
“convênio” porque envolve pessoas e os santos nesta vida e na eternidade.
Acreditamos que a Internet, por suas capacidades interdisciplinares e globais,
mesmo estando em sua fase inicial, pode ajudar a humanidade a alcançar o nível
ômega da esperança escatológica, a plenitude da relação entre Deus, o homem e
o universo, cegada por Jesus , como mostra o Evangelho de São João: Rezo não
só por eles, mas também por aqueles que me falarão em sua palavra: para que
todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti ; Que eles estejam
conosco (...) para que o mundo saiba que você me enviou e os amou como me
amou ”. (João 17, 20-23)

4.2 A cibercultura formando cenário contemporâneo global:

O nascimento da internet trouxe uma mudança nas relações sociais.


Inicialmente, a internet foi entendida como uma nova forma de comunicação de
massa, porém, esse conceito não é suficiente para explicar a essência da rede. O
ciberespaço é um espaço inigualável no mundo do conhecimento, rápido e
flexível, ubíquo, em tempo real e não físico, que faz parte da realidade e a torna
mais complexa, ou seja, amplia a visão da realidade (LEMOS, 2004, p. . 128).

O ciberespaço também é um site de rede social aberto à comunicação


global para dispositivos digitais. Quando falamos em rede, não estamos nos
referindo à World Wide Web, mas à World Wide Web of People. Na cibercultura,
onde se encontra o universo, uma pequena ditadura (LÉVY, 2000, p. 119),
portanto, a cultura digital não suprime a cultura local, mas sim a promove e
dissemina. A comunidade global que foi criada por meio de redes digitais é
chamada de 'comunidade de rede'. A pesquisa de Castell revelou que quanto mais
os usuários da Internet se engajam na web, mais eles se encontram cara a cara e
são mais ativos em questões políticas e sociais. "A comunidade da rede é uma
comunidade extremamente ansiosa" (ICASTELLS, 2005, pp. 18-23).

Portanto, a rede é considerada um espaço pessoal profundo, onde as


habilidades de comunicação e isolamento são fortalecidas. O Papa Francisco
considera o ciberespaço um lugar rico para a humanidade, pois a rede é
construída não apenas por cabos, cabos, dispositivos, mas por humanos (FRANC)
SCO, 2014). Espaço de comunicação gratuito e privado, a Internet é muito
importante para a mobilidade social. Como resultado, o ciberespaço é um
ambiente moral, ou seja, um espaço para o comportamento e relacionamentos
humanos (S) LVA, 2015, p. 27). Embora o comportamento cibernético seja
universal, ele não é ditatorial, ou seja, respeita a diversidade de cada cultura.

Além disso, a Internet é um lugar sagrado, “um lugar de hierofanias”


(LEMOS, 2004, p. 133). Com o mundo da palavra religião sendo fortemente
pressionado, o ciberespaço se torna um lugar ideal para demonstrar a fé e a
tendência das pessoas de se encontrarem na sociedade. Nesse novo contexto,
surgem novos estudos com novas formas de pensar, relacionadas ao trabalho no
mundo, que serão apresentados a seguir.

4.3 Geração NET:

Este estudo busca observar as características dos nativos digitais com base
na teologia cristã. Michel Serres (2013) chamou a geração digital de Polegarzinha
por sua capacidade de controlar o celular com o polegar e de garantir a
importância das meninas nesta geração em todos os setores da sociedade
moderna.

Polegarzinha vive em um país densamente povoado, urbano e multicultural.


Educados pela mídia, a urgência está deixando os nativos digitais ansiosos. Ao
aplicar várias informações ao mesmo tempo, seu funcionamento mental mudou. (É
digital e físico ao mesmo tempo. Manifesta-se em linguagem de computador.
Online e offline, não mais o mesmo assunto, a mesma linguagem, ao mesmo
tempo, o mesmo mundo, a mesma história (SERRES, 2013, pp. 14- 20; 37-38).

Serres acredita que as pessoas se tornam indivíduos. “Nunca se sabe como


viver casada e depois se divorciar; ele não pode mais sentar na classe e se mover
e falar; ele não ora mais na igreja. [...] Em todos os lugares as pessoas falam
sobre o fim das ideias, mas são as organizações que fazem com que elas se
separem ”(SERRES, 2013, p. 23).

Segundo Oliveira (2010), embora a geração da rede adore a ação


individual, ela deseja expandir seus relacionamentos compartilhando suas vidas
na rede. Polegarzinha tem uma necessidade de reconhecimento que se manifesta
nas ações de cada um, mas também um desejo de “unidade” que reflete sua
essência.

A mente humana é baseada nas relações, no reconhecimento e na


interação, na existência dos outros, para os outros e para os outros, visando o
benefício de todos. No sentido individual, pessoa é um indivíduo suficientemente
isolado e autossuficiente, em termos de ativos individuais (NARVERSON, 2006, p.
400).

Na era digital, o autoengano é evidente. No rescaldo da crise coletiva, o


homem atual busca novos e autênticos vínculos (SERRES, 2013, p. 23). Embora
tenha tendência a ser independente e independente, a geração líquida não quer
se perder em mérito ou fechamento, mas quer fazer parte da sociedade. Este
jovem tem um refúgio na Internet em sua mente e alma. O estado de fé e
expressão religiosa, a rede também é um local de religião.

4.4 A internet como local teológico:

Assim como a humanidade descobriu um novo tópico, o conhecimento


religioso ganhou um novo lugar. Parte-se de um conceito mais tradicional de
espaço religioso criado por Melchior Cano (OCC () P) NT), 2003, p. 449-50). Cano
os descreveu como áreas onde todos os debates teológicos (M) C (ON.) N:
LACOSTE, 2004, p. 1056).

Nas dez áreas da teologia, Cano explica que as duas primeiras contêm "os
princípios próprios" da teologia: as Sagradas Escrituras e a crença oral. Os três
últimos têm “outros” valores: razão, filósofos, história e cultura. Cinco árbitros
interpretam seus credos: a Igreja Católica, os Conselheiros, o Papa Magistério, os
Santos Padres, teólogos (SESBÖUE, 2002, pp. 146; 692).

O teólogo, além de ir às fontes religiosas, deve ouvir outros lugares que


despertam e confirmam o conhecimento. Portanto, o conceito de locais religiosos
foi alterado, permitindo a inclusão em outras áreas. O Concílio Vaticano
reconheceu a formação de muitas crenças ao criar "sinais dos tempos" (GS 4.1) e
"novos problemas" (GS 62.2), novas religiões (BOFF, 1998, p. 88).

A cena religiosa dos sinais dos tempos é um fenômeno global que revela a
época e a chave hermenêutica para compreender a existência de Deus ao longo
da história. Assim, o Concílio de Vitória) estabeleceu a prática religiosa com base
nos fatos da época (BOFF, 1998, p. 178). Portanto, existem dois conceitos
distintos da esfera religiosa: as fontes científicas apresentadas por Melchior Cano,
e o ambiente social em que o teólogo está presente ao descrever essas fontes. O
ciberespaço, propulsor da cultura e da sociedade em geral, enquadra-se bem
como cenário religioso dos sinais dos tempos. A ciberteologia tem sua posição
social na Internet, onde sua aparição distinta da verdade vem do esclarecimento
do conhecimento religioso.

Desta forma, fica comprovado que a rede é um lugar de religião como


história da humanidade e da cultura, nas etapas do Melchior Cano, e como "sinal
dos tempos", segundo o Concílio Vaticano). Nesse novo contexto e na
necessidade de refletir o momento atual da história, surge o domínio da
ciberteologia, que tratará do próximo tema.

4.4 Teologia como cibertologia:

A pesquisa sobre religião e cultura digital concentra-se mais no campo da


religião do que na religião. CV)) já significa que a tecnologia está mudando nossa
forma de pensar () GRADE CATÓL) CA, 1965, n. 5). De 2002 até o presente,
alguns documentos da igreja orientam como a nova mídia deve ser usada.
Durante o reinado de Bento XV), houve um grande processo de mostrar a
influência da rede em toda a experiência humana.

A pesquisa ciberteológica começou sem uma explicação epistemológica


clara. Em seu livro "Ciberteologia", Spadaro faz uma pergunta que levanta o
pensamento ciberteológico: "Se [...] a tecnologia digital mudar a maneira como nos
comunicamos e pensamos, que efeito isso terá na teologia?" (SPADARO, 2012, p.
39).

O termo ciberteologia há muito era usado em outros sentidos. No entanto,


essas definições não se sustentaram e o nome não foi mais usado. Expressão
ciberteológica é a informação veiculada por uma experiência religiosa associada à
teologia e à fórmula "fides quarens intelligence", religião que busca compreendê-
la.

Se a internet mudou a maneira como as pessoas pensam, mudou a


maneira como a fé é pensada. Se a teologia é entendida como intellectus fidei,
pensa na religião, a rede mudou a forma como a religião é praticada na civilização
moderna. Assim, a ciberteologia não é um estudo social da religião e da internet,
mas uma teologia: “o efeito da fé que exerce o poder da autoconsciência no
momento em que o conceito de rede marca a forma de pensar, conhecer,
comunicar, e viver "(SPADARO, 2012, p. 41).

De acordo com Spadaro (detalhes de voz) 2, a única maneira de aprender


ciberteologia é a experiência, o conhecimento da fé e a rede. Se você não vê a
rede, não consegue entendê-la ou fazer uma expressão religiosa clara. O autor da
ciberteologia divide a abordagem ciberteológica em quatro categorias: experiência,
demonstração, ação e exploração.

Spadaro explica que a comunicação hoje não é mais a norma na vida. A


ciberteologia não é a teologia da comunicação, porque não se trata da
comunicação em si, mas da vida da comunicação excessiva. Em suma, a função
da ciberteologia é pensar a fé da era da web, entender sua vocação para o plano
de Deus para a humanidade. Portanto, este estudo é apenas o começo de um
tratado teológico digital que contribui para o aprofundamento da fé na linguagem
moderna.

Nenhuma doutrina de curto prazo está enraizada na história e não leva em


consideração o tempo, o lugar e o tipo. Embora em sua primeira fase, Antonio
Spadaro tenha introduzido a ciberteologia como uma nova forma de teologia
formal, elevando a internet ao nível local de religião, não se trata mais de uma
teologia contextual. Porque, o contexto de uma rede não é categorizado como um
contexto específico, mas está embutido em uma variável de existência geral. Além
de encontrar respostas, a grande contribuição da ciberteologia é levantar questões
sobre a saúde, a cultura e a fé que um teólogo moderno deve enfrentar para se
fazer ouvir no mundo.

Então, parece que o ciberespaço não é um lugar frio, é apenas uma


ferramenta técnica. Pelo contrário, a Internet é um lugar de habitação
antropológica e ética, de habitação humana, um lugar de moralidade humana.
Tem uma dimensão social e política como uma nova praça social global onde se
culpam as pessoas, se discutem ideias e se mencionam os movimentos sociais.
Além disso, a rede é um santuário, um lugar de fé e comunidade. E então a
internet é um lugar de religião - como um símbolo da história dentro das fileiras do
Melchior Cano, e como um “símbolo dos tempos”, no pensamento religioso do
Vaticano).

Ciberteologia não é uma teologia comunicativa ou teologia contextual. Sua


evolução não é uma doutrina religiosa “de cima para baixo” ou “de baixo para
cima”. Seu movimento religioso segue o padrão indireto da cibercultura, "ponto a
ponto": de nó a nó, de pessoa a pessoa, de um Deus próximo, feito por si mesmo,
"Deus conosco". Ao pensar em uma vida que conecta demais as pessoas, a
ciberteologia torna-se a base para o diálogo da religião com o homem, a cultura e
o mundo moderno.

4.5 Deus pode habitar no ciberespaço?:

Essa é a pergunta que a sociedade tem feito nos últimos tempos,


considerando que Deus é onisciente, onipotente e onipotente, e que sua revelação
ao homem se dá em um momento específico, em um lugar específico e na vida
real. Entendemos que a tecnologia é projetada para proporcionar novas ações e,
portanto, ela transforma uma série de valores culturais e sociais, em cultura. No
entanto, a própria Internet posicionou a civilização moderna de tal forma que é
possível chamar o momento presente não apenas de um período de mudança,
mas também de um período de mudança. Essa transformação se compara aos
eventos dramáticos da história humana que proporcionaram um novo mundo cheio
de oportunidades.

Dentre eles, encontramos uma mudança nas relações sociais que permeou
a web 1.0, marcada pelo surgimento do marketplace sem um processo de
interação do usuário; A web 2.0 é composta pela construção de redes virtuais que
permitem aos usuários se tornarem membros de uma comunidade coesa e
conectada, seguida da web 3.0, que contém mais do que apenas interação, tendo
como principal característica a potência das máquinas em realizar determinadas
tarefas manualmente.

Inicialmente, a Internet era vista como uma nova forma de comunicação e,


ainda hoje, o conceito ainda está presente em muitas mentes. No entanto, é claro
que este conceito não é suficiente para explicar todos os tipos de redes. É preciso
explicar melhor o que são rede, Internet e ciberespaço. A rede não é configurada
simplesmente como uma ferramenta de comunicação. Na verdade, é um novo
lugar de comunicação e relações humanas dentro do mundo real. Por ser um
espaço limitado, o ciberespaço é ubíquo e repleto de vida cotidiana, ou seja, não
há interação entre o mundo físico e o mundo digital, os quais fazem parte de uma
mesma realidade.

Em Lemos (2004), o ciberespaço é um espaço sem espaço, limitado ao


espaço, que pode se mover rapidamente e para trás, aparecendo em todos os
lugares, em tempo real e em um espaço não físico. É um espaço de comércio
desenfreado na realidade, mas um dilema real, ou seja, um negócio real, parte
integrante da cibercultura, que, como uma lupa, eleva a nossa visão da realidade.

Falando das mudanças pelas quais a sociedade passou nos últimos anos,
utilizamos o conceito de Castells, em relação à comunidade em rede como uma
estrutura social baseada em redes impulsionadas por tecnologias de comunicação
e informação, para construir redes digitais que produzem, processam e
disseminam informações a partir de essas redes abrem loops que mudam pela
adição ou remoção de nós dependendo das mudanças necessárias nos sistemas
que são capazes de atingir os objetivos de desempenho da rede ”(CASTELLS,
2009 p. 20).

O ciberespaço é uma nova forma de encontrar informações, de se


comunicar

e comunicação. Podemos dizer que é uma forma de arte de publicidade

-Contacte a boa notícia, lembrando que o poder da Internet está na


distribuição de poder e em milhões de comunicações, eliminando um ponto crítico.
Se o método não estiver disponível, seus dados seguem outra seção. Trabalhando
juntos, os usuários da Internet tornam a rede possível. Portanto, a Internet é um
evento humano. Papa Francisco compartilha da mesma ideia e afirma que a
Internet pode ser um lugar rico para a humanidade, pois a rede pode ser formada
por cabos, cabos, dispositivos, mas por pessoas.

Ao mesmo tempo, Bento XVI (2013) argumenta que o desenvolvimento de


redes exige dedicação, pois as pessoas se envolvem nelas para construir
relacionamentos, buscar respostas para suas dúvidas, se divertir, mas também
têm a motivação mental para compartilhar habilidades. Redes sociais visíveis
estão se tornando cada vez mais sociais à medida que conectam pessoas com
base em necessidades básicas e são alimentadas por desejos que estão
enraizados no coração humano.

Embora as relações da Igreja Católica com os meios de comunicação


sejam historicamente complexas, sempre houve um interesse pela comunicação,
"de acordo com as políticas e práticas contemporâneas e o nível de compreensão
da Igreja em cada período" (PUNTEL, 2011, p. 222) . No nível da teologia, a
conexão entre comunicação e espiritualidade é grande.

O verdadeiro ponto culminante deste movimento eclesiástico e


comunicativo foi o Concílio Vaticano II, que procurou promover um equilíbrio entre
a Igreja e o mundo moderno. Entre os temas discutidos, a mídia destacou a
portaria Inter Mirifica publicada em 1963. Aqui a Igreja começa a ver os novos
meios de comunicação como “uma boa invenção da sabedoria, especialmente em
nossos dias, a sabedoria dos homens que produziu, a ajuda de Deus” (IM 1).

Em sua decisão, a Igreja chama a atenção para a necessidade do “uso


adequado” dos métodos de comunicação e culpa as consequências negativas
para a sociedade humana quando tais métodos não são usados adequadamente.
No entanto, a igreja reconhece os valores da mídia, incentiva a participação dos
fiéis nesta área e estabelece o Dia Mundial da Comunicação.

Ao mesmo tempo, Gaudium et Spes, n. 36, afirma que toda criação tem
consistência, verdade, beleza e suas próprias leis que devem ser respeitadas.
Esse reconhecimento evita a mera interpretação do ciberespaço e da natureza da
Internet, que, por sua vez, se torna uma ferramenta de pregação e
desenvolvimento humano, reforçando a ideia de sua unidade ativa com a
sociedade em geral. .

Em Bento XVI (2013) 2, as redes facilitam a distribuição de recursos


espirituais e religiosos e capacitam as pessoas a orar com um renovado sentido
de proximidade com aqueles que professam crer.

4.6 Da cibercultura à ciberteologia:


Por ser a Internet um sítio antropológico, entendemos o ciberespaço como
um elo visível onde se encontram a sujeira e o sagrado. Lemos (2004) acredita
nesta construção: “O ciberespaço pode ser visto como um espaço sagrado, um
espaço de informação e conhecimento, uma encruzilhada”. Para ele, o
ciberespaço deve ser entendido como uma prática de passagem da era industrial
para a pós-industrial, dos átomos modernos para o rescaldo dos bits. Desde o
advento da web, a imagem da web como um espírito existe.

Essa dimensão sagrada é evidenciada pela existência da religião na rede


desde sua criação. Campbell (2008) relata que por mais de três décadas a Internet
tem sido usada como um lugar para rituais espirituais e crenças tradicionais. Isso
reforça a ideia de que as religiões estão entrelaçadas com a jornada da raça
humana, ou que é uma revolução na comunicação e na tecnologia.

A revolução digital influencia o uso da fé, não apenas por causa das novas
oportunidades de pregação online, mas principalmente por causa dos pontos de
comunicação e comunicação produtiva que existem entre a rede e o pensamento
cristão. Quando a Internet muda a maneira como as pessoas pensam, muda a
forma como a fé é pensada, aumenta o poder de seu exercício, muda a maneira
como oramos e transcende as fronteiras religiosas.

Isso pode ser visto em muitos eventos religiosos digitais, como missas ao
vivo, sites, programas religiosos e grupos de oração. Com a Internet, qual religião
ou religião está assumindo novas dimensões. Portanto, a questão que levanta a
visão ciberteológica é: "se [...] a tecnologia digital mudar a forma como nos
comunicamos e pensamos, que impacto terá na forma como praticamos a
religião?" (SPADARO, 2012, p. 39).

Não pretendemos, portanto, promover a exposição social através da religião


na Internet, mas sim promovê-la, na opinião de Spadaro, pela fé que impulsiona a
autoconsciência num momento em que o conceito de rede marca o modo de
pensar, saber, comunicar, viver.

Em outras palavras, as redes sociais online não se manifestam para certas


pessoas, mas no conjunto de relações entre as pessoas e este conceito não há
mais uma 'presença' na Internet, mas uma 'conexão' onde a sociedade digital não
é considerada por muito tempo -termo e compreensível apenas pelo conteúdo. Na
verdade, não existem coisas, mas pessoas. Há, antes de tudo, uma relação: a
troca de conteúdos que se dá na relação entre os usuários. A base de
conhecimento dos relacionamentos online é enorme e dela surgem desafios e
ideias que afetam a Igreja.

É no domínio público que podemos dizer que encontramos uma religião


viva, que não é apenas uma forma de ver os elementos, conteúdos e formas da
religião em um lugar denominado "impuro", isto é, sem organização religiosa,
adoração e a própria esfera sagrada. Na manifestação de uma religião viva, as
próprias fronteiras entre o sagrado e o impuro são esclarecidas. Mais importante,
ao contrário, é o uso da atividade humana em seu conteúdo e suas formas, bem
como o papel da religião na vida cotidiana.

Nesse sentido, a Ciberteologia não começa a se desenvolver por acaso. É


o resultado de um estado de coisas que se acumulou em vários momentos da
história da humanidade, cujo tema é a criação da Internet. Onde há comunicação
humana, há oportunidades para a prática religiosa. Na ciberteologia, temos a
sabedoria da fé nos tempos das redes online.

Esta experiência da Igreja nos permite visualizar a ciberteologia como um


ensino do significado das mídias sociais nos tempos modernos e tecnologias
avançadas, bem como nos permite refletir sobre como podemos conectar o
Evangelho com a força do ecossistema visível, interpretando-o como um mapa
incrível da religião online.

Este diálogo permite, através desta divisão cultural, a existência de uma


“hipermodernidade, em que, por um lado, os valores criados são cada vez mais
elevados e, por outro, Deus se revela e representa online, permitindo que a
religião se adapte, se expresse se e existir no espaço digital e isso, e então um
lugar religioso.

É possível pensar na Internet como uma metáfora para entender a Igreja,


naturalmente sem acreditar que ela seja ampla? Obviamente, as conexões de
rede funcionam se a conexão (links) estiver sempre ativa: se o nó ou a conexão for
interrompida, os dados não passarão e o relacionamento não existiria.

A natureza da videira, em seus dentes flamejantes fluindo, não está longe


da imagem da Internet. A partir disso, entendemos que a rede pode ser uma
imagem da Igreja, pois é entendida como um corpo vivo e todas as suas relações
internas são importantes. A unidade da Igreja e o trabalho de proclamação "a
todos os homens" fortalecerão, portanto, a visão de que a rede pode, em certo
sentido, ser um modelo de valores religiosos.

No entanto, algumas questões permanecem abertas. Muito se baseia no


fato de que a rede pode ser entendida como um tipo de texto em grande escala
que você entende e, portanto, é simplesmente horizontal: não tem raiz ou ramos e,
como resultado, forma ela própria um modelo de estrutura fechada. A Igreja, por
outro lado, não é uma rede de relações internas, mas sempre tem uma lei e um
fundamento externo.

Segundo Spadaro (2012), as manifestações ciberteológicas são sempre


informações apresentadas com base na experiência religiosa. Continua a ser uma
teologia no sentido de que responde à fórmula fides quaerens intellectum4. Ao
mesmo tempo, a ciberteologia reflete um modo de vida altamente interativo que
ajuda a Igreja a entender o que ela é, seus mistérios. Por outro lado, a Igreja ajuda
a Internet a se tornar autossuficiente no projeto de Deus. Esta é a grande
contribuição da Igreja para a rede, pelo menos do seu ponto de vista: ajudar o
homem a compreender que, na sua vida, existe um ato de Deus que conduz o
homem à perfeição.

A Internet, com seu potencial de ser, pelo menos possivelmente, um espaço


social, faz parte da jornada do homem para compreender isso em Cristo. Portanto,
um olhar espiritual para a rede é muito importante, para ver que Cristo está
chamando a humanidade para permanecer unida e conectada.

Desta forma, o catecismo da Igreja Católica mostra-nos que a vontade de


Deus está escrita no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e
por Deus e nunca cessa de atrair o homem a ele e só a Deus estamos para
encontrar a verdade e a alegria que nós nunca cesse de buscar, inclusive um novo
lugar onde possamos encontrar a Cristo.

Este novo lugar está se tornando um lugar religioso. É importante enfatizar


que esta afirmação é baseada nos sinais dos tempos5 e precisamos categorizar
aqueles aspectos sem sentido do dado e servir como uma referência ao Reino de
Deus, ou seja, campos que refletem os propósitos de Deus, para serem chaves
hermenêuticas para compreender a economia cristã dos propósitos de Deus nos
assuntos, necessidades e desejos das pessoas de hoje.
O ciberespaço constitui uma cultura e uma sociedade global em que a
humanidade se expressa e se relaciona, em consonância com a concepção
religiosa dos signos dos tempos. Acreditamos que a Internet, como local de
comunicação e convívio digno da verdade humana, deve ser encarada
religiosamente e merece uma boa vista, porque "Deus viu [...] que tudo estava
bem". Portanto, a rede deve ser vista como um “dom de Deus”, como o início de
uma teologia.

Em outras palavras, o homem não criou a Internet vazia, não foi a creatio ex
nihilo 6. Pelo contrário, ele usou coisas existentes e produziu o processo usando a
sabedoria que Deus lhe deu. Em Martinez (2009, p. 491), “a história não é má. Ele
é uma criatura de Deus e, por isso, tem uma beleza que é importante para ele e
diante de todos os enganos do homem [...] A Igreja, antes de mais ninguém, é
obrigada a aceitar e respeitar esta beleza da verdade terrena . Assim, com a
introdução das novas tecnologias, o plano sagrado do homem de se tornar um
especialista em criação é demonstrado e o mal não surge nas histórias, mas no
seu uso indevido pelo homem.

Esta afirmação permite-nos evidenciar a necessidade de a Internet ser


cientificamente identificada, visto que a Internet deve ser vista como uma forma
possível de cumprir a sua vocação - a coesão social.

E se a Internet mudou a maneira como as pessoas pensam, também


mudou a forma como a fé é praticada. Se a teologia era entendida como
intellectus fidei, o pensamento da fé e da rede mudou a forma como a teologia era
praticada na civilização moderna.

E de acordo com Spadaro, a única maneira de aprender ciberteologia é por


meio da fé e da experiência em rede. Se você não tem uma rede, não consegue
entendê-la ou ter um ponto de vista religioso claro. Assim, a abordagem
ciberteológica possui quatro categorias: experiência, reflexão, ação e avaliação,
como percepção, julgamento e desempenho.

Toda essa discussão nos permite supor que se existe a ciberteologia, a


Internet como lugar religioso, e temos um lugar cristão, porque Deus, além de
viver na linguagem humana no momento da ação humana, vem o ciberespaço,
dado humano linguagem também cibernética no contexto atual.
Outro fator que nos permite compreender a grandeza da religião no
ciberespaço é que também é um lugar antropológico, considerando que a Internet
não é apenas um lugar de morada, mas um lugar onde a humanidade pode
cumprir sua vocação universal, um lugar de religião, segundo Spadaro (2012), tem
como tema a Igreja da autodescoberta na qual se amplia os conhecimentos e as
relações, pois ao longo de sua história, a Igreja se baseou em dois pilares: o
anúncio do Evangelho e a comunhão de comunhão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os desafios de pregar o evangelho com base na ciberteologia são


pequenos, apontando para oportunidades urgentes e necessárias. Devemos estar
em um novo mundo emergindo da sociedade atual (o mundo visível) ou estaremos
automaticamente retirando-nos do futuro da história humana.

Esta mesma história transmite a fé cristã para nós não apenas como uma
crença religiosa judaica estabelecida, marcada em conexão com outras culturas
(egípcios, mesopotâmicos e cananeus), mas também expõe aspectos da religião e
cultura grega - elementos usados para interpretar dados revelados para entender
e aceitar judeus e pagãos dispersos.

No mundo de hoje, por exemplo, é importante fazer bom uso da seção e


praticar o testemunho. O cristão que vive na comunicação digital é chamado a
uma vida verdadeiramente desafiadora: isso afeta diretamente o valor de suas
habilidades de comunicação.

Em outras palavras, as redes online são um lugar onde construímos nosso


pensamento, onde construímos nossos relacionamentos e expressamos nossa fé.
Neste ponto, precisamos pensar sobre as redes cientificamente. A teologia tratava
de comunicação e, portanto, existe a teologia da comunicação, ou seja,
religiosamente o que significa comunicar. Portanto, o processo começa com Deus,
porque Deus não está só, Ele é uma Trindade, Ele é comunicativo. Além disso, há
indicação de teologia e comunicação. A doutrina da religião da comunicação deve
ser praticada, mas a comunicação não é mais uma coisa diferente na vida.

Spadaro (2012) explica que o pensamento religioso na comunicação é


importante, mas não o suficiente, é preciso dar um passo adiante. O conceito de
rede, com suas metáforas poderosas, trabalha o pensamento e a engenhosidade,
então precisamos entender como ela pode imitar a obediência à Palavra de Deus,
como entender a Igreja, o significado da comunhão da igreja, Apocalipse e temas
antigos da teologia organizada. Ciberteologia não é teologia da comunicação, não
é sobre comunicação, mas é a vida de comunicação que temos hoje.

A ciberteologia é sempre uma informação que começa com uma


experiência pessoal de fé, a partir da qual a própria rede é construída. Se a rede
realmente muda o conceito de pensamento, os teólogos são chamados a pensar
em termos de fé do ponto de vista das redes e das redes sociais.

Devemos traduzir novamente a linguagem figurativa que fala do excesso.


Precisamos de novos recursos. A Igreja não é chamada a ser moderna, ela é
convidada a algo muito maior: interpretar a rede religiosamente, entender como
existe um acontecimento tão grande no plano de Deus para a humanidade. Qual é
a vocação das redes online no projeto de Deus para a humanidade?

Esta é a obra para a qual somos chamados. Isso se encontra em grande


parte na consciência da Igreja, o conhecimento do conhecimento intelectualmente
integrado das redes, que é o resultado de uma espécie de partilha de experiência.
Por fim, a Internet pode e deve ser uma forma coerente e poderosa de fazer o
evangelho, pois é uma forma de comunicação, poderosa e coerente forma de
comunicação usada pela juventude real atual para discutir, aprender, ensinar,
investigar, argumentar, estabelecer vínculos e promover verdade real. O que vale
para os jovens é a verdade, o profissionalismo e a verdade, portanto, se nos
colocarmos na realidade, não conseguiremos mais nos conectar com os jovens
nas redes online.

Jesus Cristo é a união perfeita entre Deus e o homem. A Palavra na carne


não vem apenas da personalidade de Deus, ela se revela. Jesus, o Supremo
Porta-voz do Pai, escolheu o processo de diálogo da comunicação que exemplifica
os desígnios de comunicação de sua Igreja. Ele mesmo nos diz: "Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (Mc 16,15).

A Internet é apenas uma nova linguagem - às vezes uma nova linguagem -,


que nos permite viajar pelo mundo e anunciar a boa nova a todas as criaturas de
uma forma nova e construtiva (“aqueles que acreditam (...). Falaremos em novo
línguas ", cf. Mc 16, 17) A Internet começou a questionar nossa religião e cultura,
porque embora tenha grande potencial de comunicação, também se baseia no
respeito à sociedade fluida moderna que divide, divide e distorce detalhes
religiosos .

De acordo com a declaração anterior de McLuhan, "o conteúdo da


mensagem", entendemos que a Palavra do Homem é a própria mensagem; Jesus
Cristo é o sacerdote, o altar e o cordeiro que, devotando-se ao amor puro do povo,
comunica-lhe a salvação. O Filho, único mediador entre a Divindade e a raça
humana, é, portanto, a união perfeita e eterna que une Deus e suas criaturas,
agora e para sempre.

A ciberteologia não está de acordo com a teologia superior ou inferior.


Possui uma cultura digital, ponto a ponto, ou seja, de nó a nó, de pessoa a
pessoa. Além da horizontal, a ciberteologia segue o poder dos hiperlinks dentro e
fora, para frente e para trás, em todas as direções. Assim, a ciberteologia encontra
mais facilidade para negociar e compreender o ser humano irreverente, visto que
está inserido no conceito de rede social.

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