Você está na página 1de 5

4º Trim.

de 2020: ADOLESCENTES - História da Igreja para adolescentes

PORTAL ESCOLA DOMINICAL


4º Trimestre de 2020 - CPAD
HISTÓRIA DA IGREJA PARA ADOLESCENTE
Comentários da revista da CPAD: Sergio de Moura Sodré
Comentário: Prof.ª Jaciara da Silva

LIÇÃO 2 – A EXPANSÃO DA IGREJA

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa compreender o nascimento
histórico da Igreja e as primeiras pregações evangelísticas.

Para refletir
“Os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas entre o povo. Todos os que creram costumavam
reunir-se no Pórtico de Salomão." (At 5.12 - NVI).

Texto Bíblico: At 2.1-11,37-41.

I. A inauguração da Igreja
A igreja nasceu na cruz do Calvário, após a ressurreição de Jesus, Ele ordenou aos discípulos que não se
ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos com poder do Espírito Santo.
"Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto". (Lc
24.49).

O cap. 2 do livro de Atos dos apóstolos nos mostra a inauguração da Igreja, no dia de Pentecostes, isto é, 50
dias após a ressurreição de Jesus. Em Israel, a festa de Pentecostes é comemorada 50 dias após o dia das
Primícias, já estudamos na época da lei. No dia de Pentecostes, profeticamente, eram oferecidos dois pães
com fermento, movidos diante do Senhor, simbolizando a união de judeus e gentios em um só corpo (a
igreja).

Sendo o próprio Jesus o fundador da Igreja, sua obra precisava ser completada com o cumprimento de sua
promessa, a vinda do consolador, aquele que daria força. Até então a Igreja se encontrava escondida, tímida,
amedrontada pelo evento da morte de Jesus. Com a vinda do Espírito Santo, o Consolador, ela se levanta
forte e triunfante. Sai do esconderijo para anunciar em “todas as línguas” as maravilhas realizadas pelo Todo
Poderoso através de seu Salvador.

II. As primeiras pregações evangelísticas


Em sua primeira pregação de Pedro, se converte cerca de três mil pessoas. Ele é o primeiro a anunciar. É a
voz da Igreja. O Espírito que seria desde já o regente da Igreja, lança com estes acontecimentos, os pilares
da ação de Deus para a salvação de seu povo. Isto é a Igreja que tem a promessa de Cristo: “As portas do
inferno não prevalecerão sobre ela.” (Mt 16.18).

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4
4º Trim. de 2020: ADOLESCENTES - História da Igreja para adolescentes

O Espírito que animou e lançou a Igreja no cumprimento de seu papel missionário no mundo, continua a
agir hoje. Sua obra não acabou. Ele continua a inspirar, a consolar, a impelir, a renovar as forças, e a
defender. Ele é Deus conosco.

Pentecostes acontece novamente, não foi um fato isolado na história, mas a continuidade da ação salvífica de
Deus. Você pode ser parte disso se seu coração desejar e com sua boca clamar a Deus, hoje para ser batizado
com o Espírito Santo.

III. O apóstolo Paulo: de Damasco para o mundo, a missão de Evangelizar


Desde os arredores de Damasco e dessa experiência que ele viveu, vida de Paulo nunca mais foi igual. A
inteireza de sua vida, adquiriu um novo sentido, um novo significado. Aquele que era tido com desgraçado,
Maldito porque fora suspenso numa cruz (Gl 3.13), revelou-se como Salvador Crucificado e Ressuscitado.
Ele é agora a força motriz de todo o trabalho Paulino. Essa certeza, que guiará toda sua vida; que alentará
todo seu testemunho; que lhe fará percorrer, segundo alguns estudiosos, mais de 10 mil quilômetros e
desejar chegar até os confins da Terra, Espanha. Bem como é ela que o faz suportar diversos sofrimentos e
privações (1 Ts 2.2; 2 Cor 1.8-10; 1 Cor 7.5; 11.22-33).

Podemos especular o quanto Paulo deve ter sofrido internamente para executar sua missão. O quão difícil
deveria ser para ele, assumir o que agora sentia. Esse fato porque, de um lado estava toda uma educação,
todo um estudo farisaico e toda uma perseguição desencadeada contra os seguidores do Caminho. Por outro,
estava o reconhecimento de Jesus como Messias que Paulo tanto esperara. Assumir isso implicaria em
renunciar tudo aquilo que ele acreditava (os cristãos estavam enganando os judeus, que a lei era tão vital
para vida, pois Jesus em muitos aspectos a descumpriu) e assumir Jesus como Filho de Deus.

Reencontramos esse incansável Apóstolo no Livro do Atos 11, 25-26 em contato com Barnabé que lhe
convida para executar uma missão em Antioquia. Essa comunidade havia sido fundada com a dispersão dos
judeus-cristãos de Jerusalém (At 11.19-20). Tratava-se de um cidadela importante, construída por Seleuco.
Tornou-se capital da Província romana da Síria por Pompeu. Era uma cidade plural onde coabitavam,
judeus e gentios; ricos e pobres. Desse ponto, é que decorrer a aporia entre Pedro e Paulo com relação às
refeições comuns entre judeus e gentios (Gl 1.11-14) e a conseqüente solução que Paulo deveria ir aos
gentios anunciar o Evangelho de Deus (Gl 1.9-10).

Da missão de Antioquia, decorre inevitavelmente todo o apostolado de Paulo. Lucas nos Atos narra uma
primeira viagem do Apóstolo Paulo (At 13-14).Ele vai da Antioquia à Seleucia (At 13.4) e desse ponto para
a Chipre (At 13.4). Em seguida vai a Salaminia (At 13.5) e a ilha de Pafos (At 13. 6). Depois, parte para
Perge, na Panfília(At 13.13) e Antioquia da Psídia. Por fim, chegam a lista e Derbe (At 14.6) e voltam
para Antioquia (At 14.26). Segundo Alguns estudos essa missão deveria ter durado 26 dias e os apóstolos
terem percorridos cerca de 3.200Km numa região difícil, suscetível a assaltos e perigos diversos.

Após essa longa viagem Paulo separa-se de Barnabé (At 15.36-41). Associa-se a Silvano (At 15.40) e inicia
uma nova peregrinação missionária (At 16-18). Ele dirige-se a comunidades já formadas (Lista ou Derbe ).
Nessa viagem Paulo converte Timóteo que ser torna seu fiel companheiro (1Cor 4.17). Seguindo seu
itinerário, chegou a Galácia . Segundo ele mesmo relata, ele adoeceu e teve que ficar entre os Gálatas para
se tratar (Gl 14.13). Após gálatas ele parte para Troas/ Troade (At 16.8) e adentram a macedônia (At 16.9-
10)e chegam a Europa. Fundam comunidades em Filipos (At 16.12-40), Tessalônica (17.1-9) e Beréia (At

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4
4º Trim. de 2020: ADOLESCENTES - História da Igreja para adolescentes

17.10-15). Após controvérsias nesta última cidade (17.5-10; 1 Ts 2.2) Paulo parte Atenas (At 17.15-34; 1Ts
3.1), de onde escreve aos Tessalonicos. Após esse acontecimento vai à Corinto, capital da província da
Acaia (At 18.1-18; 2 Cor 2.1), onde escreve aos Romanos de seu desejo de visitá-los e chegar a
Espanha.Desta região ele retorna à Antioquia (At 18.22).

Após um descanso em Antioquia Paulo retoma seu trabalho missionário. Visita, novamente as
comunidades da Frigia e da Gália, certamente para alentá-las na fé no Cristo Ressuscitado (At 18.23).
Depois parte para outras campos, desta vez segue rumo a Éfeso (At 19.1) até o incidente do ourives (At
19.23), quando parte para Macedônia, visita Corintos, Filipos e Beréia. Depois, pela via marítima, dirige-
se para Troade e , imediatamente, para Mileto (At 20.17). De mileto dirige-se a Jerusalém (At 21.17).
Onde é preso e encaminhado para Roma, por via marítima - Neste lugar escreve a 2ª epístola a Timóteo.
Segundo relatos históricos, foi nessa cidade decapitado pelo imperador Romano, na segunda metade do
século I a.C

IV. Expansão do Cristianismo


O Império Romano foi o solo para a maior parte do florescimento do cristianismo. Vemos no Livro de Atos
que o Evangelho Cristão, em apenas 30 anos, espalhando-se de Jerusalém para Judeia, Samaria, Palestina,
todo o Oriente Próximo e Grécia na costa leste do mar Mediterrâneo, até chegar a Roma, no início dos anos
60 dC.
Cem anos depois, em cerca de 150 dC, temos relatos de cristãos espalhados por todo o Império, inclusive em
todas as províncias romanas na parte oriental do Mediterrâneo, em todo o norte da África, chegando até à
França moderna. O cristianismo também se espalhou além do Império para a Índia e, ao que tudo indica, até
à Etiópia.
Tertuliano, intrépido defensor da fé cristã, em 150 dC, chegou a escrever para o imperador, dizendo assim:
“Preenchemos tudo o que lhe pertence — as cidades, as fortalezas, os próprios campos, o palácio, o
senado, o fórum. Deixamos [vazios] apenas os templos [pagãos].”

Com efeito, pessoas de todas as esferas da vida abraçaram a nova fé.


A maioria dos cristãos primitivos vivia em áreas urbanas, e a maioria deles era de classe média, apesar de
pessoas de classes baixa e alta também declararem fé em Cristo. Muitos eram de origem judaica helenizada
(judeus com cultura grega), embora os convertidos viessem de todos os tipos de origens étnicas e religiosas.

 A Língua Grega. A mensagem da morte e ressurreição de Jesus Cristo chegou em um momento em


que as condições estavam maduras para sua rápida disseminação e assimilação na cultura romana.
Com as conquistas de Alexandre, o Grande, o grego se tornou a língua unificadora do Mediterrâneo.
Barreiras de linguagem, então, não existiam, e a mensagem de Cristo movia-se rapidamente de boca
em boca e pela escrita.

 A dispersão dos judeus. Não apenas isto. Os judeus haviam sido dispersos por todo o império.
Encontramos Paulo, por exemplo, indo direto às sinagogas judaicas em todas as cidades que visitou,
proclamando a mensagem do Cristo ressurreto.

 Estradas e Pax Romana. Isto tudo era possível porque a infraestrutura do império era de um tipo sem
precedentes na história: Um sistema de estradas cruzava a terra inteira, e o governo protegia os
viajantes de bandidos e outros perigos. Ocorre que o Império havia aberto extensas rotas comerciais
dentro de suas fronteiras e com outras civilizações, deixando um caminho útil para a Europa e a
Ásia. Bem diferente de suas intenções, mesmo com as perseguições periódicas aos cristãos, Roma,

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4
4º Trim. de 2020: ADOLESCENTES - História da Igreja para adolescentes

frequentemente, ajudavam a propagação do Evangelho. Como lemos em Atos 8.1-4, quando a


perseguição judaica estourou, os cristãos em Jerusalém se espalharam para o mundo, levando com
eles as boas novas de Cristo.

V. Por que as pessoas se tornaram cristãs?


Em um sentido teológico, sabemos que a salvação é um ato soberano da graça divina. Da perspectiva
humana, no entanto, podemos ampliar nossa imaginação histórica e analisar como aquela “estranha” nova
fé, que apareceu do nada, atraía tantos novos crentes.

O fatos a seguir são baseados em tradições e histórias do I e II século dC.


1. Compaixão e Graça. A caridade cristã teve grande apelo junto à população. Os cristãos se tornaram
conhecidos e admirados pela bondade, hospitalidade e generosidade com os necessitados. Por
exemplo: auxílio aos pobres, adoção de órfaos etc.
2. Vida comunitária. Em contraste com a rígida hierarquia social do Império Romano, os cristãos
valorizavam todas as pessoas igualmente e modelavam uma comunidade que quebrou barreiras
sociais, onde todos tinham voz e eram cuidados.
3. Valorização do indivíduo. Os cristãos valorizavam todas as pessoas individualmente. Enquanto
Roma valorizava a unidade cívica, subordinando a pessoa individual ao culto imperial, o cristianismo
afirmou a dignidade e o valor de cada um.
4. Poder e libertação. O cristianismo prometeu poder do bem sobre o mal. Muitos romanos criam em
espíritos malignos, mas a nova fé parecia oferecer proteção contra os demônios. Relacionado a isto,
outro apelo do cristianismo era sua promessa de libertação da escravidão do pecado e da
5. Testemunho cristão. À medida que a perseguição aos cristãos se intensificou, o testemunho ousado e
fiel de muitos crentes que enfrentavam tortura e morte não pôde ser ignorado. Ficavam
impressionados. Raciocinavam: “Algo nessa fé deve ser real! Por que esses cristãos todos morreriam
por essa fé?”

Conclusão
Hoje nós somos Igreja. Precisamos crescer espiritualmente porque sabemos que ainda não alcançamos tudo
o que Cristo quer de nós. Acreditamos que o cristão que não está crescendo no seu relacionamento pessoal
com Deus, no amor por Cristo e não está envolvido no serviço cristão perdeu o gozo da sua salvação.

Precisamos crescer numericamente porque estamos debaixo da comissão de Cristo para fazer discípulos em
todas as nações. Não queremos perder a visão da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Jesus prometeu aos que
verdadeiramente crêem Nele que poderiam pedir o que quisessem e receberiam. Queremos pedir muito e
assim fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra assim como no céu (Mt 6.10).

Fontes Consultadas:
 Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição

 CAIRNS, Earle E. O Critianismo através dos séculos. São Paulo: 2ª Edição. Editora Vida Nova,
2008.

 HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida , 2007. Edição revista e
atulaizada.

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4
4º Trim. de 2020: ADOLESCENTES - História da Igreja para adolescentes

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4

Você também pode gostar