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PROFISSIONAL
Enunciado
Pedro José ingressou na Infraero, empresa pública federal, em fevereiro de 1997, para o exercício
do “CARGO A”, o qual exigia o ensino médio como grau de escolaridade. Já em março de 2005,
Pedro José ascendeu ao “CARGO B”, sem a prestação de qualquer concurso público. Vale
esclarecer que o “CARGO B” exigia o ensino superior como grau de escolaridade.
Posteriormente, em maio de 2011, a ascensão funcional conferida à Pedro José foi apreciada e
aprovada pelo Tribunal de Contas da União. Contudo, em 2019, devido a denúncias de
irregularidades em processos de ascensão funcional de cargos de nível médio a cargos de nível
superior, o Tribunal de Contas da União realizou auditoria e constatou diversas irregularidades.
Diante de todos os fatos expostos e com base em provas pré-constituídas, Pedro José te procurou
na qualidade de advogado (a) para adotar a medida jurídica mais adequada ao caso.
Obs.: a peça deve abranger os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo
à pretensão. A simples menção ou transcrição de dispositivo legal não confere pontuação.
Resposta Ideal
(10 linhas)
Pedro José, nacionalidade, estado civil, empregado público, RG nº... e CPF nº ..., endereço
eletrônico, residente e domiciliado na Rua ... vem, por seu advogado infrafirmado, com
procuração anexa, endereço profissional na Rua... onde serão doravante encaminhadas as
intimações do feito, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR contra ato do
Presidente do Tribunal de Contas da União, agente público, com endereço profissional na Rua... e
em face da União, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, CNPJ..., endereço eletrônico, com
sede na Rua..., pelos fatos e fundamentos a seguir.
DO CABIMENTO
É cabível o presente Mandado de Segurança com fulcro no Art. 5º LXIX da CRFB/88 e Art. 1º da Lei
12.016/09, por se tratar de ato que viola o direito líquido e certo do impetrante.
DOS FATOS
DA MEDIDA LIMINAR
O Art. 7º, III, da Lei 12.016/09 prevê a possibilidade de concessão de liminar em Mandado de
Segurança desde que presentes o Fundamento Relevante do Pedido e o Perigo de Ineficácia da
Medida.
O Perigo de Ineficácia da Medida decorre do fato de que em razão da lesão sofrida, o Impetrante
se encontra impossibilitado de exercer as funções inerentes ao emprego que ocupa, assim como
de receber os vencimentos a ele pertinentes.
Portanto deve ser determinada a sustação dos efeitos do Acórdão nº 1234/2021, mantendo o
Impetrante no emprego público, até o julgamento final do feito.
DO MÉRITO
De logo, é necessário ressaltar a violação ao art. 5º, LV, da Constituição Federal, mostrando-se
ilegal o Acórdão nº 1234/2021, do Tribunal de Contas da União, pois não foi garantido ao
Impetrante o exercício do contraditório e da ampla defesa.
Nesta senda, ainda é necessário destacar a Súmula Vinculante nº 3, do Supremo Tribunal Federal.
Vejamos:
Além disso, com fulcro no art. 54, da Lei 9.784/99, em razão da ascensão funcional do Impetrante
representar ato de natureza ampliativa, decai o direito da Administração Pública de anulá-lo após
cinco anos da sua prática.
Sendo assim, na situação ora analisada, verifica-se que já havia decaído o direito do Tribunal de
Contas da União de anular o ato de ascensão do Impetrante, visto que se passaram mais de 5 anos
para a sua efetivação.
Por fim, o Acórdão nº 1234/2021, do Tribunal de Contas da União, viola os Princípios da Segurança
Jurídica e da Boa-fé, pois esse mesmo órgão de controle externo já havia, no ano de 2011,
apreciado e atestado a regularidade da ascensão do empregado público.
DOS PEDIDOS
Advogado (a)
OAB nº ...
Endereçamento
Fundamentos de mérito
6. Com fulcro no art. 54, da Lei O aluno deveria indicar que com fulcro no art. 54,
9.784/99 (0,10), ocorreu a da Lei 9.784/99, ocorreu a decadência do direito
0,00/0,10/0,50
decadência do direito da da Administração Pública de anular a ascensão do
Administração Pública de anular a Impetrante após cinco anos da sua prática.
ascensão do Impetrante após cinco
anos da sua prática (0,40).
7. Violação aos Princípios da Por fim, quanto ao mérito, o aluno deveria indicar
Segurança Jurídica E/OU da Boa-fé a Violação aos Princípios da Segurança Jurídica
0,00/0,10/0,50
(0,10), pois esse mesmo órgão de E/OU da Boa-fé, pois esse mesmo órgão de
controle externo já havia, no ano de controle externo já havia, no ano de 2011,
2011, apreciado e atestado a apreciado e atestado a regularidade da ascensão
regularidade da ascensão do do empregado público.
empregado público (0,40).
Fundamentos da liminar
Pedidos
Fechamento
Atribuir valor da causa, local, data, No final da peça, o aluno deveria realizar o seu
advogado, OAB nº...(0,20) fechamento, ou seja, atribuir valor da causa e
0,00/0,20
colocar as denominações de local, data,
advogado e OAB.
Simulados
OAB
Enunciado
Com o intuito de regulamentar a Lei nº XXXXX, que dispõe sobre a concessão e a permissão de
serviços públicos, o Presidente da República editou o Decreto Alpha, que estabelece diversas
hipóteses de gratuidade para os serviços de transporte de passageiros.
A) Qual o Poder da Administração Pública que justifica a edição do Decreto Alpha pelo Presidente da
República? (Valor: 0,45)
B) O Decreto Alpha se sujeita ao controle dos Poderes Executivo, Judicial e Legislativo? (Valor: 0,80)
Resposta Ideal
A) A edição do Decreto Alpha pelo presidente da República é justificada pelo Poder Normativo ou
Regulamentar, o qual se traduz no poder conferido à Administração Pública de expedir normas gerais,
ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeitos erga omnes. Não se trata de poder para a
edição de leis, mas apenas um mecanismo para a edição de normas complementares à lei.
No que tange aos atos administrativos que estipulam regras gerais e abstratas, dentro da estrutura
organizacional do Estado, existe a possibilidade de expedição de diversos atos normativos, tais como
as deliberações, instruções normativas, entre outros.
O Decreto, por sua vez, é a forma atribuída ao regulamento, que representa ato privativo do chefe do
Poder Executivo conforme previsão do art. 84, IV da CRFB.
B) Sim. A atuação normativa da Administração Pública se sujeita ao controle do próprio ente (em
decorrência do Princípio da Autotutela), do Poder Judiciário e também do Poder legislativo. De fato, o
art. 49, V, da CF, dispõe que compete ao Congresso Nacional sustar os atos administrativos normativos
que extrapolem ou exorbitem o poder regulamentar, retirando-lhes sua eficácia. Ademais, o Poder
Judiciário, desde que provocado, pode exercer o controle de legalidade de todos os atos
administrativos, abrangendo os atos normativos. Por fim, como já apontado alhures, em decorrência
do Princípio da Autotutela, a própria Administração Pública pode controlar seus atos, mediante
provocação ou ex officio.
Enunciado
Lucas foi nomeado e empossado em determinado cargo público federal. Após um ano em
exercício das funções públicas inerentes ao cargo e mediante regular processo administrativo,
foi declarada a nulidade de seu ato de nomeação, por vícios insanáveis consistentes em burla
pelo servidor às regras do concurso público.
A) Os atos praticados por Lucas, no exercício do cargo que estava lotado, serão considerados
válidos? (Valor: 0,65)
B) Os salários obtidos por Lucas deverão ser devolvidos ao Poder Público? (Valor: 0,60)
Resposta Ideal
A) Sim. Consoante a Teoria da Aparência, a nomeação de servidor sem concurso público é nula, mas
os atos praticados são válidos, em atenção ao princípio da segurança jurídica.
Sendo assim, no caso concreto apresentado pela questão, é nulo o ato de nomeação de João,
por vícios insanáveis consistentes em burla pelo servidor às regras do concurso público.
Entretanto, em observância à Teoria da Aparência, os atos praticados pelo servidor são válidos, em
atenção ao princípio da segurança jurídica, a fim de resguardar os terceiros interessados de boa-fé.
B) Não. A devolução dos salários não deve ocorrer, sob pena de enriquecimento da Administração
Pública já que os serviços foram prestados. E não se faz possível retornar ao status quo ante.
Enunciado
A) É exigida a realização de concurso público para que sejam admitidos os empregados da sociedade
de economia mista Gama? (Valor: 0,60)
B) Discorra acerca dos pontos essenciais relacionados à remuneração dos empregados da sociedade
de economia mista. (Valor: 0,65)
Resposta Ideal
A) Sim. Para que sejam admitidos na relação de emprego, esses empregados devem ter sido
previamente aprovados em concurso público de provas ou de provas e títulos, consoante disposto no
art. 37, II da Constituição Federal, salvo as hipóteses de contratação excepcional para prestação de
serviços temporários, nos moldes definidos pelo art. 37, IX da Carta Magna, quando, então, a
contratação pode ser feita mediante procedimento seletivo simplificado.
Enunciado
Murilo, servidor público federal, pretende sair de férias, haja vista já ter preenchido os requisitos
legais para tanto. Contudo, Murilo, por razões pessoais, não pretende usufruir de todo o período
de férias de uma só vez.
A propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/1990, responda os questionamentos abaixo:
A) Murilo poderá parcelar as suas férias? Em caso positivo, como é feito o pagamento do seu
adicional?
Resposta Ideal
A) Sim. Com base no art. 77, §3º, da Lei 8.112/90, a pedido do servidor e a critério da Administração,
as férias do servidor público podem ser parceladas em até 3 (três) períodos. Porém, com fulcro no art.
76, da Lei 8.112/90, em caso de parcelamento das férias, o adicional de férias (1/3 da remuneração do
mês das férias) não é parcelado, sendo pago de uma única vez, antes do primeiro período.
B) Sim. Na busca do interesse público, o servidor pode ter suas férias interrompidas. A lei 8.112/90, no
seu art. 80, define um rol taxativo de hipóteses de interrupção.
“Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou
eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do
órgão ou entidade.
Ademais, conforme explicitado no parágrafo único, do art. 80, da lei 8.112/90, as férias do servidor só
podem ser interrompidas uma única vez, no mesmo período e o restante do tempo será usufruído
pelo servidor público sem que haja nova interrupção.