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Com o tempo, ficamos inconscientemente viciados em nossos problemas.

Nossas
circunstâncias desfavoráveis ou nossos relacionamentos insalubres. Mantemos essas situações
em nossa vida para alimentar o nosso vício nas emoções de sobrevivência de modo que
possamos lembrar quem pensamos que somos com um alguém. Simplesmente adoramos o
fluxo de energia que obtemos de nossos problemas, além disso, também associamos esse pico
emocional a cada pessoa, coisa, local e experiência, conhecidos e familiares de nosso mundo
exterior. Ficamos viciados nesses elementos em nosso ambiente também. Adotamos nosso
ambiente como nossa identidade. Se você concorda que podemos estimular a resposta ao
estresse simplesmente pela força do pensamento, então é razoável supor que podemos obter
o mesmo fluxo de substâncias químicas viciantes do estresse, como se estivéssemos sendo
perseguidos por um predador. Em consequência, ficamos viciados em nossos próprios
pensamentos. Eles começam a nos oferecer um pico de adrenalina inconsciente e concluimos
que é muito duro pensar diferente. Pensar maior do que nos sentimos ou pensar fora da caixa
torna-se simplesmente muito desconfortável. No momento em que começamos a nos negar a
substância em que estamos viciados, no caso, os pensamentos, sentimentos familiares,
associados ao nosso vício emocional, ocorrem anseios extremos, dores pela abstinência e uma
série de subvocalizações nos incitando a não mudar. Desse modo, permanecemos
acorrentados à nossa realidade familiar. Assim nosso pensamentos e sentimentos que são
predominantemente autolimitantes, prendem-nos a todos os problemas, condições, agentes
estressantes e más escolhas que inicialmente produziram o efeito de lutar ou fugir. Mantemos
todos esses estímulos negativos à nossa volta para que possamos produzir a resposta ao
estresse, pois esse vício reforça a noção de quem somos, servindo apenas para reafirmar nossa
identidade pessoal. Colocado de forma simples, a maioria das pessoas é viciada em problemas
e concições de vida que produzem estresse. Não importa se estamos em um emprego ruim ou
em um relacionamento ruim. Mantemos nossos problemas por perto, porque ajudam a
reforçar quem somos como um alguém, alimentam os nosso vícios em emoções de baixa
frequência. O mais nocivo de tudo é que vivemos com medo de que caso esses problemas
fossem extirpados, não saberíamos o que pensar e como sentir e não atingiríamos a
experiência do fluxo de energia que nos faz lembrar quem somos. Para a maioria de nós, Deus
proíbe que não sejamos um alguém. Qual horroso seria ser um ninguém? Não ter uma
identidade...

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