História do Direito ● O cronocentrismo nos atrapalha na
tarefa de compreender aquilo que faz
Balizas metodológicas contra o do passado o passado e não presente. cronocentrismo: Evitar submeter o passado à nossa maneira de →A ideia da justiça vendada não é pensar no dia a dia. atemporal e sim algo que foi construído a → Estranhar o familiar: Refinar nosso olhar partir de determinado momento histórico. crítico sobre o presente, ter um olhar mais → Imagem satírica, pois quem está sagaz. Trazer o problema à tona. Contradizer vendando a justiça é um dos insensatos, um o pressuposto de que estamos no topo da louco. O ato de vendar a justiça na imagem é escala evolutiva. um ato derrisório (que causa riso ou ● Considerar a diversidade de zombaria), uma avacalhação com a justiça. O pensamentos, por exemplo, da louco deixa a justiça cega e por isso sem época, de um mesmo momento inteligência. Apenas mais tarde a venda da histórico além do contexto. A justiça ganha um significado positivo como contextualização não deve servir conhecemos (igualdade na aplicação inflexível como desculpa para o passado. Uma de uma lei certa). história crítica não é uma história →O direito daquela época exigia que o denuncista. Se formos denunciar algo sujeito estivesse numa certa, específica e devemos denunciar no presente. visível individualidade, para que fosse ● Não se deve hierarquizar a história do especificamente julgado (privilégio dos direito, tentar dizer qual é a melhor. fracos por exemplo aplicado às mulheres). Cada época tem seu modelo de Somente em função do ideal de perfeição, de ideal. direito/justiça daquela época/momento A história do direito nos ajuda a histórico é que foi possível ser feita essa desnaturalizar aquilo que parece tão piada com a justiça vendada. natural, abrir nossos horizontes de Distanciamento crítico: pensamento. Por isso não é uma história →O distanciamento crítico é um caminho evolucionista e nem tradicionalista. para superar o cronocentrismo. → O pressuposto metodológico da história ↳ indica a perspectiva do direito é admitir que há outras maneiras segundo a qual a nosso olhar está centrado válidas de se viver e de conceber o direito, no nosso próprio tempo, tornando nos que a nossa forma de viver não é a incapazes de compreender a alteridade do definitiva e nem a única possível, se não nós passado. não teríamos nada a aprender com o outro. ● O distanciamento crítico tem duas ● As aparentes semelhanças entre dimensões, que são: objetos de diferentes momentos 1. Compreender a alteridade históricos na verdade não passam 2. Estranhar o familiar. de aparências porque os sentidos Alteridade → alter = encontro , diferente que eles têm em cada momento da queda do Império romano é o que Grossi são distintos. chama de poder político incompleto. O historiador tem que ser capaz de vincular - Nunca se configurou um poder os objetos aos seus contextos, aos seus político absoluto em determinado lugares. A história não é apenas um gênero território. Todo poder político da literário pois, ela não é a simples expressão época estava concorrendo com a da subjetividade do autor ou do seu igreja e vice-versa, por isso ela não era contexto de enunciação, mas existe sim a absoluta. possibilidade de se encontrar essa outra - O Estado, como soberano absoluto e realidade que é o passado. com poder sobre seus súditos que assim o autorizam através do pacto História do Direito na Idade Média social. Alta Idade Média: Oficina de práxis - Na idade média não tem um leviatã, ● Período inicial da Idade Média, que por isso se torna inadequado usar a se estendeu da queda do Império palavra Estado para se refletir nos Romano do Ocidente, em 476, até o poderes políticos medievais, pois o enfraquecimento do feudalismo no Estado pressupõe todo um aparato e início do século XI. ideia totalizante de poder. ● Chama-se práxis pois é o Direito Consequências do vazio político: construído da prática da vida. 1. Pluralismo jurídico ● Grossi teoriza dois vazios deixados Vigência ao mesmo tempo e no mesmo pelo ocaso (decadência ou fim da território de mais de um ordenamento civilização romana) e que permitiram jurídico cujas fontes de produção e de o nascimento da civilização, inclusive legitimidade são substancialmente jurídica, medieval. O vazio político e autônomas. cultural. 2. Exercício do poder político como Vazios fundamentais: iurisdictio O vazio político vale para toda idade média e - O papel dos detentores do poder o vazio cultural vale apenas para a alta idade político em relação ao direito era média basicamente o de guardiões de uma → Vazio político não é sinônimo de ausência ordem já dada e não criada por quem de relações de poder, de poderes políticos e quer que fosse. sim ausência de um aparato estatal, político - Na idade média o direito não era comparável ao estado moderno que criado, mas sim natural, como uma nos conhecemos ou ao do antigo ímpeto ordem da natureza dada por Deus ou romano (onde já existiam os juristas). O pelo tempo. resultado da fragmentação política em função O direito da idade média não depende de comandos dados pelos detentores do poder político, ele O digesto ficou guardado durante a alta idade é intuitivo, espontâneo e vem de baixo. média nos mosteiros que os conservaram. Conceito de lex: → Grande personagem do direito alto o que definia a lex medieval eram os medieval vão ser os notários: Sujeito do conteúdos que ela expressava, o fato de ela cartório, pessoa que está na comunidade e expressar conteúdos de uma ordem jurídica ajuda as pessoas a elaborarem contratos, etc. pré-estabelecida e inscrita na natureza das Baixa Idade Média: laboratório sapiencial coisas, ou seja, o elemento essencial da noção ● Período da história medieval que vai de lex medieval é o conteúdo e não a do século XIII ao XV. proveniência, a forma. ● Sapiencial pois nesse momento há o → Uma lei injusta para a cabeça medieval surgimento das universidades seria um conceito bizarro, diferente de hoje (universitas studiorum), que vão em dia. formar os sapientes. Lex - Tomás de Aquino: ● O vazio cultural vai ser preenchido “ordenamento [ordenação] da razão pelo surgimento dos juristas, mas voltado[a] ao [para o] bem comum, permanece o vazio político, pois ainda proclamado [promulgada] por aquele que não existe nada comparado ao possui o governo de uma [tem o cuidado da] Estado. comunidade”. → Nascimentos das universidades e o → A lex medieval é muito mais um ato de saber dos juristas como fonte do direito: conhecimento e não tanto uma mera ● Com as universidades ressurgem os expressão da vontade do príncipe. O príncipe juristas. medieval é um personagem com poderes ● Os juristas formados por essas limitados pela própria essência da sua função universidades se tornam primordiais declarativa. para a sociedade, pois seu saber Consequências do vazio cultural - Alta torna-se fonte do Direito. Alcançam Idade Média essa posição pelo prestígio do seu - Vazio cultural não quer dizer que não saber. havia cultura e sim que na alta idade ● A palavra dos juristas medievais tinha média não existem juristas um grande prestígio, mas eles não especializados. tinham uma estrutura política forte Escassa circulação dos grandes monumentos na qual ancorar esse prestígio, jurídicos romanos: portanto a normatividade dos No período romano existiam textos jurídicos escritos juristas não dependia do que foram compilados já no século VI por Estado (pq não existia). Justiniano e ficaram conhecidos como ● A fonte do prestígio dos textos dos Corpus Iuris Civilis (o principal era o juristas medievais eram os textos digesto). romanos, pois eles veneravam o que era antigo no período medieval ( já em relação aos poderes políticos, mas que o antigo passou pela provação do no final surgem entidades políticas tempo) e foram mandados fazer por que podem ser chamadas de Estados um imperador cristão. soberanos, no sentido moderno. → O ius commune ● Surge também uma certa valorização ● Direito próprio do indivíduo, do seu poder de ● Produzido por juristas controle sobre a natureza, da ● Sua expressão não dá a voz individual individualidade dos sujeitos. de cada jurista, mas a opinião → Lei estatal: comum, por isso esse é um direito ● O fundamento último da ordenação coral. é a vontade do detentor do poder ● É um direito que se exprime em político, indicando uma concepção latim mesmo que nessa época essa voluntarista de lei, no qual o não fosse a língua de nenhum lugar fundamento é a vontade. específico, por isso ele era também ● Ordenação é um documento transfronteiriço, não é o direito normativo que já se pode chamar de específico de um lugar da Europa, uma lei do Estado. mas é o direito de toda cristandade. ● Diferente da definição da lex ● Convivia com o iura propria: direitos medieval de Tomás de Aquino a lei próprios, os costumes de origem alto moderna é fundada na vontade da medieval, de localidades autoridade. determinadas e específicas, → Outras fontes do direito: loy[lei] x ordenamentos jurídicos locais em droit [direito] em Jean Bodin: contraposição ao direito comum - “A soberania é o poder absoluto e História do Direito na Idade perpétuo de uma República” Moderna - “A palavra lei [loy] significa [...] o ● A idade moderna ou antigo regime comando daquele que detém a vai desde o fim da Idade Média, soberania” aproximadamente século XIV e XV, - “Assim quiseram no final dos éditos e até mais ou menos o final do século ordenações estas palavras: pois essa é a XVIII e XIX. nossa vontade [car tel est notre ● A idade moderna é diferente de plaisir], para fazer entender que as leis modernidade (Se refere a períodos do Príncipe soberano, sejam elas posteriores ao final do século XVIII, fundadas em boas ou más razões, elas o que chamamos de idade não dependem senão da sua pura e contemporânea). simples vontade” ● Na idade média havia um direito que 1) “leis divinas e naturais”: se desenvolvia de maneira autônoma - “Mas quanto às leis divinas e naturais enquanto parte da ordem jurídica em [loix diuines & naturelles], todos os função dos conteúdos que elas Príncipes da terra estão sujeitos a ela e expressam, exatamente por elas não lhes é permitido contrariá-las se expressarem coisas que são não quiserem ser culpados de consideradas justas, adequadas e etc. lesa-majestade divina” ● O direito é conteudista pois é baseado - “as leis dos Príncipes soberanos não em conteúdos. podem alterar nem modificar as leis ● A lei é formal pois o foco é a de Deus e da natureza” autoridade de onde vem. ● Todo direito natural e todo o direito Ratio iuris: Teorias defendendo que uma lei divino são limites que o soberano do príncipe que não correspondesse à razão absoluto precisa respeitar, inclusive do direito poderia não ser aplicada. E leis que na sua atividade legislativa. não tivessem passado pelo crivo do conselho ● As leis divinas e naturais eram dos juristas poderiam ser deixadas de ser objetivadas não somente pela igreja aplicadas. católica, mas também pela tradição já Registro: Toda ordenação do príncipe antes antigas que estava dentro do Ius de se tornar lei em vigor precisava ser commune. registrada no parlamento de Paris. 2) Leis pactuadas: → Ius commune, direito nacional e iura ● O príncipe está sujeito às leis do país propria: que jurou observar. Essas leis se tornam então ● Começa a surgir o direito francês ou leis pactuadas, pois a palavra do príncipe deve direito nacional. ser como um oráculo, se ele jurou ele tem que ● Esse direito nacional convive com os respeitar. outros dois planos e é composto principalmente pelas ordenações. 3) Leis fundamentais: Exemplos da convivência entre o direito Normas tradicionais que diziam respeito à nacional e os outros planos são duas organização da própria coroa, como por ordenações da França: exemplo as regras de sucessão. 1) Ordenação civil de 1667 2) Ordenação criminal de 1670 →loy [lei] x droit [direito] → Uma ordem jurídica flexível: Loy: Direito, equidade, conteúdo ● A ordem jurídica desse período Droit: Lei, comando + razão, Formal histórico é flexível, ou seja, o Ius ● O direito é o que vincula o príncipe e commune, direito nacional e iura pelo fato de não emanar da propria não formam uma pirâmide autoridade do príncipe elas precisam com um ápice comum, cada uma de um outro fundamento, que é a delas tem uma fonte de produção e equidade, ou seja, elas são usadas legitimidade própria e na aplicação elas formam aquilo que o Hespanha → Código civil napoleônico de 1804: chama de uma geometria flexível. ● Pretende substituir o ius commune Por exemplo: Há uma pena que o juiz “Só o meu código pela sua simplicidade fez considere inadequada, então ele pode deixar um bem maior para França do que a massa de de aplicar o que se chama de pena ordinária todas as leis que me precederam” para aplicar uma pena extraordinária, que é ● Apesar de querer substituir uma pena diferente daquela que estava aproveitou bastante coisa da tradição prevista no texto das ordenações. anterior ● Graça real: Poder do príncipe de ● A fonte direta do direito seria a lei do modificar ou perdoar penas depois de estado (codificação). determinada pelo juiz. → Igualdade versus corpos História do Direito na Idade intermediários e costumes locais: Contemporânea ● No antigo regime era natural que sob - Segunda metade do século XVIII e uma mesma monarquia existisse século XIX. Em alguns lugares essa diferentes populações com os seus construção do direito se estendeu por ordenamentos próprios, agora têm-se mais tempo ao longo do século XIX e uma concepção radicalmente em alguns casos até adentrando o diferente: pressupõe-se uma relação século XX. de unidade entre o Estado, nação e - Ponto importante: a codificação direito, ou seja, se tem um Estado Direito anglo-saxão = common law: direito (estado francês) é preciso que haja jurisprudencial, que dá um peso ao acúmulo uma única nação (os franceses) e é das decisões judiciais enquanto fonte do preciso que esse direito também seja direito. um. É a revolução francesa que vai Direito estudado até aqui (continental) = ius preparar o caminho para que essa commune: direito doutrinário, pois é relação de unidade entre Estado, feito/constituído por doutrinas jurídicas, ou nação e direito se realize, seja, pelos textos dos juristas que são transformando a França de uma tradicionalmente chamados de doutrina. sociedade de sociedades para uma - A common law se mantém não unidade compacta e unitária. legalista e o direito europeu ● Um dos instrumentos para que essa continental vai abraçar a ideia de simplificação acontecesse foi o codificar. princípio da Igualdade perante a lei. - Legalismo: aqui se refere a atribuição Essa igualdade teve papel de uma centralidade da lei estatal na emancipatório e de conquista de conformação do direito até então direitos, mas teve um papel muito inédita. importante no âmbito da reestruturação da ordem jurídica. Um marco importante da trajetória do certeza da lei, o valor fundamental é a princípio da igualdade é a Declaração certeza da lei, ou seja, sacrificar a dos Direitos do Homem e do justiça do caso concreto em nome da Cidadão (marco simbólico do início lei torna-se um custo aceitável para o da Revolução Francesa junto com a sistema, sendo que antes era o tomada da Bastilha). contrário, era melhor sacrificar a lei ● As codificações modernas se geral em nome da Justiça do caso organizam em torno de um sujeito de concreto, isso acontece porque esses direito único e abstrato. Abstrato dois sistemas têm valores fundantes porque era importante abstrair os diferentes. sujeitos dos seus pertencimentos Declaração dos direitos do homem e do concretos, ou seja, não mais atribuir cidadão de 1789: universalismo versus direitos de acordo com o particularismo pertencimento dos sujeitos. - É nesse período que a palavra ● Essa igualdade não quer dizer superar privilégio ganha a comunicação que as desigualdades concretas tem hoje: prerrogativas ou benefícios → Noção moderna de código: triunfo da excessivos e indevidos de lei (loy) sobre o direito (droit): determinadas pessoas. Anteriormente - Loy é a expressão da vontade do privilégios eram simplesmente as soberano e o droit é a equidade, o prerrogativas de determinados direito está fundado na equidade. sujeitos em função do grupo social ao - A vontade do poder político tende a qual eles pertenciam e esses se tornar neste momento histórico o privilégios incluíam também os fundamento último de todo o privilégios dos fracos, pois apesar de direito, desalojando as outras fontes haver uma hierarquia existe também adicionais. uma espécie de paternalismo, então - Acontece uma espécie de colonização por exemplo na medida em que se da lei sobre o direito, uma tendência a considerava a mulher inferior eliminação dessa diferença. A lei vai se exatamente por isso a mulher tem tornando sinônimo de direito, certos privilégios no âmbito penal, ela fazendo com que a certeza da lei a não pode sofrer de determinadas partir de agora se tornasse sinônimo penas, ela era responsabilizada de de Justiça, deslocando para a margem uma maneira mais leve e assim por aquela ideia de Justiça do caso diante. concreto típica do antigo regime. - A ideia de igualdade então que Tendo essa colonização agora todo aparece nesse momento histórico direito tende a se tornar lei e isso rompe com isso. acontece porque há uma ênfase na - Liberdade medieval: é a liberdade de querer aproximar a declaração de um corpo coletivo, a condição de 1789 dessas outras duas muito uma comunidade sair da jurisdição antigas, pois é um universo muito do senhor e, como tal, é livre, imune. diferente. Os sujeitos são livres enquanto parte → O modelo de toda fundamentação das dessa comunidade que irradia sobre liberdades da Magna Carta é historicista eles a sua condição privilegiada. ou tradicionalista. Seguindo o esquema de Portanto as pessoas tinham certa Doravante podemos dizer que existem três liberdade enquanto parte de um modelos de fundamentação das liberdades, corpo, enquanto parte de um grupo que são: social. 1) Historicista ou tradicionalista - é Estado-nação:O lugar do estado-nação em aquele que invoca a tradição como todos esses discursos a respeito de fundamento das liberdades dos sujeitos Direitos do Homem: 2) Estatalista - é aquele que diz que as - A revolução francesa é tida como o liberdades dos sujeitos, os direitos dos sujeitos ápice da afirmação do indivíduo, mas são criações da lei do Estado. ao mesmo tempo o ápice da 3) Individualista - é aquele em que os afirmação do Estado, por isso temos a direitos são vistos como prerrogativas ambiguidade do individualismo e inerentes ao indivíduo. estatalismo. → Na declaração de 1789 há uma → O problema das origens da declaração de combinação desses modelos de 1789: fundamentação das liberdades, de forma que Documentos legais que teriam antecedido e ela une o modelo estatalista e individualista e dado origem a declaração de 1789: ao mesmo tempo é anti tradicionalista. Por ● Magna Carta (1216) um lado a declaração pressupõe que esses ● Bill of Rights (1689) direitos são naturais, universais e inerentes ao ● Declaração de Direitos do Estado da indivíduo, mas ao mesmo tempo Virgínia (1776) pressupõe-se o legalismo, ou seja, o critério de ● Declaração de independência dos Estados atribuição desses direitos depende da lei do Unidos (1776) Estado, então ao mesmo tempo - As últimas duas declarações estão no que é estatalista e individualista a mundo do jusnaturalismo do século fundamentação das liberdades independe da XVII (que é o jusnaturalismo da tradição. Buscam a razão natural, os direitos declaração de 1789 também). Porém, naturais dos indivíduos independentemente as outras duas não evocam o direito de qualquer tradição. natural, mas direito positivo, ou seja, - Homem abstrato? Pietro Costa o que se evoca é uma tradição já explica que houve uma intensa existente. Dessa forma, é um forçado disputa para determinar até onde ia a igualdade, como por exemplo, a França tinha colônias no ultramar onde havia escravidão (essa escravidão chegou a ser abolida em 1794, mas ela volta em 1802 para ser abolida de novo definitivamente só em 1848).