Você está na página 1de 4

Martins.

A sociabilidade do homem simples

Pág 10: na abundância aparente, não estamos realizados-estamos apenas saturados e


cansados em face dos poderes que parecem nos privar de inteligência histórica do nosso
agir cotidiano.

Somos outro modo de ser, outro jeito, outro espera, outra vereda da universalidade do
mesmo gênero humano e nas diferenças próprias da dinâmica histórica. O que sobrou do
que nos tiraram é o que fica nossa espera. Nossas vibrações são a nossa riqueza e o nosso
desafio. Mas, com as ferramentas da cópia nada construiremos e nada compreenderemos.

Elas limites, nos extremos, na periferia da realidade social que a indagação sociológico
se tornar fecunda, quando fica evidente que a explicação do todo concreto em completa
e pobre se não passa pela migração do insignificante. É nesses momentos situações de
Protagonismo culto e mutilado do simples, das pessoas comuns, dos que foram postos à
margem da história, do homem sem qualidade que a sociedade propõe ao sociólogo suas
indagações mais complexo, seus problemas mais ricos, sua diversidade teoricamente mais
desafiadora. São simples que nos liberta um dos simplismo, que nos pedem a explicação
científica mais consistente, a melhor e mais profunda compreensão da totalidade concreta
que reveste de sentido o visível e o invisível. O relevante está também no ínfimo. E na
vida cotidiana que a história se desvenda ou se oculta.

Pág 51: O interesse sociológico pela vida cotidiana tem resultado diretamente do refluxo
da esperança da humanidade no mundo Novo de justiça, liberdade de igualdade.

Pág 52: se a vida de todo dia se tornou refúgio dos céticos, tornou-se igualmente o ponto
de referência das novas esperanças da sociedade. O novo herói da vida é um homem
comum imerso no cotidiano. É que o pequeno mundo e todos os dias está também o
Tempo e o lugar da eficácia das vontades individuais, daquilo que faz a força da sociedade
civil, os movimentos sociais. Nesse âmbito é que se propõe a questão do conhecimento
de senso comum da vida cotidiana.
Questão porque, se não refúgio da vida cotidiana homem descobre eficácia política
(histórica) de sua aparente solidão, impõe também, o reconhecimento de que o senso
comum não é apenas instrumento das repetições dos processos que imobilizam a vida de
cada um e de todos.

Pág 54: O senso comum é comum não porque seja banal Homero e exterior conhecimento.
Mas, por que é conhecimento compartilhado entre os sujeitos da relação social. Nela o
significado da precede, pois a condição de seu estabelecimento de ocorrência. Sem
significado compartilhado não a interação. Além disso, não há possibilidade de que os
participantes da interação se impõe os significados, já que significado é reciprocamente
experimentada pelos sujeitos. A significação da ação é, desse modo, negociada por eles.

Pág 56 - O vivido isso é importante para Lefebvre: o vivido em chute é o vídeo dos
significados que sustenta as relações sociais. Maserati Lefebvre o vivido é mais que isso:
é a fonte das contradições que invadem a corte de unidade de tempos em tempos, os
momentos de criação.

Pág 57 - capitulo três item 3.3 para falar sobre os resíduos: a reprodução social, lembrou
Lefebvre mais uma vez, a reprodução piada de capital, mas eu também reprodução piadas
contradições sociais: não a reprodução de relações sociais sem uma certa produção de
relações-dar uma repetição do velho sem uma certa criação do novo, mas não há produto
sem obra, não a vida sem história. Esses momentos são momentos de um anúncio do
homem como criador e criatura de si mesmo. E no fragmento de tempo do processo
repetitivo produzido pelo desenvolvimento capitalista, o tempo da rotina, da repetição e
do cotidiano, Que essas contradições fazer sua parte fora o momento da criação de
anúncios da história-o tempo do possível. E e que, justamente por se manifestar na própria
vida cotidiana, parece impossível. Esse anúncio revela o nome como, na vida cotidiana,
que na prática que se instalam as condições de transformação do impossível em possível.
Essas necessidades ganhou sentido na falta de sentido da vida cotidiana. Só pode desejar
o impossível aquele para quem a vida cotidiana se tornou insuportável, justamente porque
essa vida já não pode ser manipulada.

Pois, ela instante dessa cultura do cotidiano nos instantes da inviabilidade da reprodução,
que se instaurou momento da invenção, da ousadia, do atrevimento, da transgressão. E aí
a desordem é outra, comer outra a criação. Não se trata de remendar as fraturas do mundo
da vida, para recriar-lo. Mas de dar voz ao silêncio, de dar vida a história.

Pág 71 - Cap. 3.2: A vida cotidiana se instaura quando as pessoas são levadas agir, a
repetir gestos e atos de uma rotina de procedimentos que não lhes pertence nem está sob
o seu domínio. A vida cotidiana começa nascer quantas ações e relações sociais e não se
relacionam com a necessidade e a possibilidade de compreender luz e explicar-las, ainda
que por mês místicos ou religiosos; quando o resultado do que se faz não é
necessariamente produto do que se quer ou do que se pensa ter feito. O vivido tornasse
vivido sem sentido, alienado. Ou, melhor, seu sentido se restringe as conexões visíveis os
diferentes momentos do que se faz. Os desdobramentos remotos do que fazemos (ou, Ao
menos, a sua posição dos desdobramentos) já não são acessíveis na significação de cada
gesto e de cada passo. Estamos aparentemente condenados ao tempo trágico do atual e do
imediato, ao tempo da falta de imaginação e da falta de esperança. O estranho indecifrável
já não nos incomoda nem mesmo como mistério. Ele não tem explicação: é um invasor
que está no interior de cada um. Uma boa parte da vida cotidiana é desesperada busca de
sentido aparente para o que fazemos ou para o que acontece conosco e ao nosso redor.

Pág 90 - Sobre a vida cotidiana: em Lefevre a dois momentos para demarcar cotidiano.
De um lado, o cotidiano como contraponto da festa, está com o momento do tempo
cósmico do processo social. De outro, o cotidiano como o tempo linear, privado do ritmo
natural e cósmico; o tempo (e as relações sociais) reduzido a sua linearidade quantitativo,
capturado pela lógica da formação e da mensuração-o tempo determinado pela mediação
do valor de troca de mercadorias e do trabalho mercantilizado. O tempo quantitativo da
troca, da acumulação e do consumo, em conflito com o tempo qualitativa do uso. O tempo
do homem subjugado pela coisa, o tempo em conflito com o tempo do homem que
subjuga coisa. Por isso, o cotidiano se transfigura na gestação da corte de unidade. Neste
novo momento, a vida cotidiana se torna o modo de viver sigilo. É o tempo do homem
sem qualidades, mergulhado numa historicidade nova, o tempo do homem desencontrado
consigo mesmo, que se torna produto de seu produto, transfigurado do sujeito em objeto,
em contradição com as cara características próprias da vida privada, que é determinada
pelo tempo do sujeito. momento em que aquilo que se faz não é necessariamente aquilo
que pensa estar fazendo. Na cotidianidade, e na vida cotidiana, ao alargamento do
imaginário em detrimento da imaginação. A vida se torna um modo de vida marcado por
uma sociabilidade teatral, pela representação (por fazer presente ou ausente), pela
tabulação. Mas, se imaginário submetida manipulado pelas instâncias de poder celular
em relação a imaginação, criadora e revolucionária, esta não desaparece. Sobrevive em
tensão, como contradição do viver expressa no imediato e, portanto, na própria vida
cotidiana.

Pág 92: cotidiano está na rua e não fundamentalmente na casa. A distinção entre público
e privado está na memória de cada cidadão. Aqui, o cidadão é uma ficção do estado. Nem
mesmo é uma ficção do político, que constantemente conspira para fazer do “cidadão“ o
cliente do seu populismo e do seu clientelismo, construindo assim um território que é o
território em que não se distingue o público e privado.

Você também pode gostar