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Teoria da História

Aula do dia 06 de dezembro de 2022

A construção linear do tempo, os acontecimentos se dão a partir de uma


linearidade, extremamente forte desde os primórdios do estudo da história. O tempo é
uma base neutra da história? Um conjunto de instantes? (Aristóteles)

Aula do dia 07 de dezembro de 2022

A maneira que lidamos com o tempo, é a partir das memorias e as experiencias


da qual já vivemos, uma criança com poucas memorias vive intensamente as
experiencias. O controle do tempo também influencia na concepção de passado e futuro.
Se orientar no mundo também significa se localizar no presente e se espelhar um futuro,
um conjunto de experiencias do passado, que não nos aparecem como passando, e sim
como um inconsciente.
Temporalidade é diferente de tempo, para o homem, como algo cronológico,
pois esse é uma derivação, a temporalidade é o instante carregado de um passado
inconsciente. Nesse momento que a história entra, em trazer a memória consciente o
vasto campo do inconsciente para...
A possibilidade de um idoso em entrar em contato com o seu passado, visto que
esse, tem um longo passado atrás de si.

Aula do dia 20/21 de dezembro de 2022

Horizontes sedimentados, foram construídos a partir de um tempo, sentidos e


significados sedimentados, fornecidos pelo mundo. Um horizonte de informações pré-
definidas, ser, significa viver com preconceitos já nos embutidos a partir de um
horizonte segmentado, logo, esses preconceitos dificultam nossas novas experiencias.
Se não nos esquivarmos desses preconceitos, haverá uma dificuldade em se fazer
ciência. Uma crise do contato com o diferente nos causa crises existências, e a partir
disso, confrontamos esses preconceitos.

Ser, significa necessariamente participar da vida histórica do tempo. Uma


reflexão sobre a nossa liberdade, ao nosso aprisionamento sobre os preceitos já
desenvolvidos e submetidos sobre nós. Ser e tempo, não é explicado, pelas palavras,
mas que ser é tempo, e que tempo se rearticula com o nosso tempo.
“Em outras palavras: todas as histórias foram constituídas pelas experiências
vividas e pelas expectativas das pessoas que atuam ou que sofrem”

Kosellck disserta sobre um espaço de experiencia e um horizonte de


expectativas. Isto é, expectativa é o que esperamos que aconteça, algo que projetamos,
ou para um futuro ao para o futuro-presente. Enquanto as experiencias, são ações muitas
vezes - se não sempre - impostas pelo mundo, ou acontecimentos que o próprio ser-
humano passou. Me fazendo acreditar que a vida (o ser) é nada mais que um conjunto
de experiencias vividas, e a esperança de novas experiencias, que são as expectativas.
Para complementar, o vídeo do Marco Antônio Casanova, fala sobre um
horizonte sedimentado, isto é, com experiencias criadas ao longo do tempo, em que
quando nascemos, nos são impostas -como já me referi-. E a partir dessas
sedimentações, junto com boas experiencias, também nos são impostos preconceitos,
que nos limitam na liberdade de criar expectativas e de realizar experiencias.
O objetivo de uma vida é construir experiencias, mas com um horizonte de
preconceitos ficamos limitados, sendo necessário que a partir de uma crise direta,
Casanova fala sobre nos libertamos de predefinições, para que possamos indagar
qualquer que sejam os preceitos impostos.
Aula do dia 18 de janeiro de 2022
Historia Magistra vitae – Cícero – História mestra da vida; Um saber
interessado e destinado, a responder questões do presente. A história pela oratória, no
intuito do convencimento. Uma coleção de exemplos, pedagógicos e prático.
- Plural
- Pedagógica

Aula do dia 31 de janeiro de 2023


Dentro do pensamento moderno, existe a escravidão e os pensamentos
progressistas libertários iluministas, vivendo um paradoxo de contradição. Os
iluministas estavam construindo as políticas sociais, com base na liberdade, com base
no estado de natureza, onde você comanda a si mesmo pelos seus instintos.

Hegel coloca Deus na centralidade, dando também a ele o nome de Ideia e


Absoluto e consciência absoluta. Deus é a liberdade, a ausência de constrangimento,
sem barreiras. A natureza é o contrário da liberdade, pois advém do extinto, um fluxo
de transformações, não há tempo pois não caminha a uma finalidade progressista.
Aula do dia 01 de fevereiro de 2023

Ser hegeliano é acreditar no progresso da consciência, de um absoluto universal.


Para Descartes a razão é algo que vem da mente, pensar de forma simples e livre, ser
racional. A razão é uma capacidade mental que está presente nos indivíduos, mais para
Hegel os seres humanos não nasce com essa racionalidade, ela precisa ser lapidada.
Não existe mais um contínuo da história, o homem é diferente mediante a cada
passagem do tempo e dos acontecimentos. Abertura do mundo histórico. Mesmo que
um povo esteja no presente, pelas suas vivencias ela pode estar parada no tempo, isso
vem a partir da concepção do progresso. Halacronia, fazer do presente o passado, a
transfiguração do presente diferente para o passado, uns estacionários, onde aquele que
se acha mais avançado ‘precisa’ então pegar para ajudar esse.
Natureza para Hegel a priori é o estado primitivo do ser humano, o bruto.
Próximo a própria natureza/ambiente, animais e plantas. O pensamento ilustrado é um
pensamento abafado, eram monarquistas, mas não absolutista, mas também é contrário a
revolução “populista”, por isso o silencio sobre a Revolução Haitiana.
Para Hegel não existe uma consciência de presente livre, visto que o passado
delimita as ações. O passado é uma construção ao longo do tempo e que molda o
pensamento do presente, delimitando novidades. Marx, o presente é chave para entender
o passado, que já passou.
Aula do dia 07 de fevereiro de 2023
Conceito moderno de história, desenvolvimento, formação e modernização. No
século XX começou uma crise do ideal de progresso, a 1ª guerra mundial, depois a 2ª
com o holocausto, a guerra fria e a independência de antigas colônias na África, fim da
URSS, movimento hippie, processo de redemocratização.
O historiador pós-moderno passa a não mais escrever a história, mas um
discurso sobre a história, de um tempo e de um lugar.
1950 – “romancista da civilização”
1962 – “O pensamento selvagem”
1967 – “Mito” Roland Barthes
Como as doenças psíquicas estão interligadas a violência colonial, através da
inferioridade de uma raça, uma alienação cultural.
Aula do dia 08 de fevereiro de 2023
 Pensamento pós-colonial, expansão do movimento negros (1950).
 Conceito de Negritude (1937)
A maldade da Europa vem antes das atrocidades Hitler, mas sim de todos os
burgueses, colonos, que disseminam violências por todas as coloniais. Houve um
horror pelo que aconteceu na Alemanha nazista, porque foi dentro de uma país dito
civilizado, e não em um país que poderia ser instituído a perversidade para que se
civilizasse aquele povo da colônia.
Aula do dia 14 de fevereiro de 2023
Narrativa históricas: uma origem, um proposito, ligados a um projeto de poder, não
é apenas uma ciência desligadas das influências e uma certeza. A ciência é um conjunto
de interdições, logo, o historiador no seu dever de escrever a história, não pode obstruir
o passado a partir do presente, a separação do tempo. Se distanciar do objeto.
- Meta history a imaginação historiográfica 1973:
Os arquivos são um conjunto de fatos (crônicas), que precisam de uma narrativa
que as interliguem, precisam de um sentido, uma estrutura de enredo.
Aula do dia 15 de fevereiro de 2023
Os feitos humanos são caóticos, a cronologia dos acontecimentos não faz
sentido. Para que sejam colocados em ordem, é necessária uma narrativa, que advém do
historiador, logo, de acordo com esse autor, o historiador tem o dever de alinhar os
acontecimentos.
Como os indivíduos dentro dos acontecimentos, impõe sentido ao real?
Aime Cesaire – Discurso sobre o colonialismo
Cesaire fala sobre como a Europa utiliza-se de todos os seus privilégios
coloniais para se abster das justiças mediante as atrocidade que ela fez. Entretanto, ele
fala muito sobre como é muito mais ‘digno’ de justiça os atos como o holocausto, do
que os anos de escravidão e exploração que a Europa infringiu ao continente Africano e
Americano.
A frase mais marcante ao qual Aime Cesaire fala é “ A Europa é indefensável”,
ou seja, não há como defender o que a Europa fez sobre toda a historia humana do
mundo. É importante também falar sobre o espaço tempo em que o autor fala sobre isso,
um homem negro, em 1950, publica um livro em que discursa no pós guerra, as mazelas
em que – segundo o mesmo autor- todos sabiam, mas que mesmo os americanos não
conseguiam se não sussurrar, sendo que “[...] não são unicamente as massas europeias
que incriminam, [...] proferido em plano mundial por dezenas e dezenas de milhões de
homens que, do fundo da escravidão, se origem em juízes.” (pág 14)
Cesaire fala que a colonização não era um desejo de evangelização, nem
programação de Deus, mas sim um gesto de aventura , comercial e armador,
pesquisador de ouro e mercador.
É muito importante também que Cesaire fala sem ‘medo’ sobre como a
colonização pode ser sim situada como ato racista, infligido sobre os amarelo,
vermelhos e negros. É importante essa parte pois muito se discute na formação de um
conceito, e em como não s poderia constatar esse conceito sobre atitudes que antecedem
a sua criação, mas Cesaire rompe com isso, de forma a mostrar que podemos sim ir ao
passado, nas raízes do problema atual e diagnostica-lo como tal, um ato (ou vários, dito
os anos de escravidão e colonização) racista. (pág. 14)
Outro ponto importante é que ainda sim, no sentido da frase inicial de “A Europa
é indefensável’ alguns estudiosos tentam buscar algo relativamente bom na colonização,
e Cesaire deixa explicito que “é impossível resultar um só valor humanos”. (pág. 16)
Aula do dia 28 de fevereiro de 2023
Regime moderno de historicidade.
- Esquecimento
- Morto/ objeto
História e memória políticas religiosas
Disciplina – atividade individual e socia
Documento escrito/oficial

Aula do dia 01 de março de 2023

Thiago Nicodemo Humanidades digitais

Crise da separação memoria e história; Testemunhos, traumas, fantasmagoria do


passado. As tragedias acumuladas gerou a erupção de testemunhas, que reivindicam o
passado. O passado não é mais disciplinado, envolto nas disputas de memória, logo o
historiador perde o “local de fala”, passa a ser parte das disputas de memória.
Historiador Carlos Fico – era o Presidente da ANPUH:
O historiador não trabalha com o problema da verdade; não é um ambiente
político e de memória;
Um publico maior falando sobre o passado, sobre as experiencias.
Qual a proposta/tese do Le gof :
- Monumentos: noção ligada a memória e a intencionalidade.
- Documento: Objetivo; fonte ao passado; imparcial; escrito.
Arquivo: Arqué: origem e poder
Humanismo (XV-XVI) - experiencia humana -> revisão da cultura/ concepções/tradição
(bíblia e antiguidade clássica) de mundo;
Espírito do cartesianismo; Filologia, diplomática, hermenêutica. – Autenticação das
tradições
Doação de Constantino (séc IV a.C): doação escrita para o Papa, que o Império romano
era da igreja, que a Europa era da igreja católica. Esse foi o documento forjado mais
famoso.

Aula do dia 07 de março de 2023


A crítica moderna – atitude nova em relação ao bem material, artefatos. Um problema
de autenticidade, sentido, significado. Veio para suspeitar os artefatos da cultura,
distanciamento diante ao passado, tradição, espaço de experiencias canônicas.

Aula do dia 08 de março de 2023


Preston King :
1) Instantâneo
2) Estendido
3) Desdobramento
4) Neoterico – presente do atraso; presente do futuro
Crime contra a humanidade – o presente julga o passado
Genocídio : coloca dentro da cena pública, em que fatos não passam,
o passar da história não resolve os fatos.
Argentina 1985

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