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Vide Denis Lerrer Rosenfield: A Ciência da Lógica de Hegel como Filosofia Primeira. Revista
Ágora Filosófica. Ano 13, n. 1, jan./jun. 2013, pp. 201-216.
da Lógica poderia ser propriamente chamada de Ciência do Logos, de
Logologia, de Ciência do Ser-com, de Koinologia, de ciência daquilo que é
comum. A Ciência da Lógica, em nosso entendimento, poderia ser mais bem
compreendida como a Ciência do Logos, como a Ciência da Arkhé, onde o
conceito de logos, conceito destituído de toda carga e preconceito religioso e
cristão, se apresenta e se desenvolve em suas formas mais puras e essenciais
– como as formas puras de todo ser, de toda essência e de todo conceito.
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Walter Kaufmann: Hegel. Tradução de Víctor Sánchez da Zavala. Quarta Edição. Madrid: Alianza
Editorial, 1985, p. 267.
ciência do logos enquanto logos, é a ciência do logos em suas formas puras e
essenciais, as demais obras de Hegel deveriam ser compreendidas como a
ciência das manifestações deste logos, como a ciência dos modos de ser e de
aparecer deste logos na realidade, como a ciência do logos enquanto
revelação e fenômeno.
3
Walter Terence Stace: The philosophy of Hegel: a systematic exposition. Canadá: General
Publishing Company, 1955.
unidade sintética de ambas. Segundo Stace, as categorias do Ser são as
categorias do senso comum e da consciência não refletida. As categorias da
Essência são aquelas usadas pelas ciências e as categorias do Conceito são
aquelas empregadas pela filosofia.
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Walter Terence Stace: The philosophy of Hegel: a systematic exposition. Canadá: General
Publishing Company, 1955, p. 108.
Fenomenologia do Espírito, ela deve ser vista como ontologicamente anterior a
esta, porque na dialética hegeliana o Todo e o Concreto da Realidade têm
precedência real em relação ao conjunto de suas partes. A Ciência da Lógica,
ou seja, a ciência dialética do logos, a ciência do logos em suas formas
essenciais e purificadas de todo conteúdo, precede ontológica e realmente o
conjunto de suas manifestações no tempo. O que está fora do logos, o logos
manifestado, é posterior ontologicamente ao que está dentro do logos, o logos
que existe como essencialidade, o logos que existe como pensamento puro e
anterior a toda exterioridade. A forma lógica e essencial do logos precede
ontologicamente todo manifestar, toda revelação, toda figura e todo conteúdo
deste logos.
6
Vide Franco Chiereghin: Introdução à leitura de Fenomenologia do Espírito de Hegel. Lisboa:
Edições 70, 1998.
parte da Fenomenologia do Espírito, nas seções Consciência e Razão, e na
segunda parte, na seção do Espírito. Na Fenomenologia do Espírito, a Ciência
da Lógica se apresentava ainda, e somente ainda, embrionariamente, para vir-
a-ser e desabrochar totalmente, contudo, no desenvolver conceitual da Ciência
da Lógica agora como obra posta e exposta inteiramente para o pensamento.