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EMEI081 – PROF.

PAULO MOHALLEM GUIMARÃES

Universidade Federal de Itajubá

Campus Itabira

Curso de Graduação em

Engenharia Mecânica

Disciplina Optativa

Métodos Numéricos Aplicados À

Transferência de Calor

EMEI081-Prof. Dr. Paulo Mohallem Guimarães

Itabira, Semestre 2 de 2021.

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Agradecimentos
Gostaria de agradecer ao Professor Doutor Genésio José Menon me autorizou a utilizar seu material.
O Prof. Genésio foi meu orientador de mestrado em engenharia mecânica com dissertação em simulação
numérica em transferência de calor (4 anos) e doutorado em engenharia mecânica com tese em simulação
numérica em transferência de calor (4 anos). Foi meu professor também na engenharia civil de física. Na
UNIFEI, foi meu professor de Mecânica dos Fluidos, Transferência de Calor e Termodinâmica.
Professor Genésio é meu modelo de professor e de pessoa. Aprendi muito com ele. Se hoje tenho algum
conhecumento em simulação e profissionalismo e dedicação ao ensino, tudo isso, se deve ao querido
professor.
Professor Genésio, como sempre disse a ele, é meu segundo pai aqui na terra.
Obrigado professor, pelo seu exemplo de professor, de profissional, de pessoa, e principalmente pelo
seu exemplo de filho de Deus.

Muita gratidão.

Seu sempre aluno,

Paulo Mohallem Guimarães

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PREFÁCIO

Este material tem a proposta de oferecer um curso básico e introdutório aos métodos numéricos
aplicados na engenharia mecânica com ênfase em transferência de calor. É um curso a ser aplicado na
graduação do curso de engenharia mecânica. O mesmo também pode ser aplicado em outras engenharias
onde a simulação numérica em transferência de calor se faz necessária. Hoje, nas grades das engenharias
na UNIFEI – Campus Itabira, não se encontra tal conteúdo. Porém, sabe-se que uma grande maioria dos
professores utilizam pacotes comerciais de simulação. Sendo assim, essa disciplina se justifica
principalmente na cooperação com alunos e professores que lançam mão de tal conceito em seus trabalhos
de pesquisa.
Esse curso, a princípio, é de 32 horas semanais e será minnistrado como disciplina optativa no curso
de engenharia mecânica na UNIFEI – Campus Itabira. Sendo assim, a proposta de conteúdo é de ministrar,
o básico do Método de Diferenças Finitas e do Método de Elementos Finitos. Esse curso, além do material
teórico, possui exercícios a serem feitos em sala de aula e propostos. Espera-se que o discente deste curso
aprenda o básico desses métodos, e aplique-os também na programação para aproximação de solução de
problemas mais simples. Estamos implementando o Método de Volumes Finitos que será ministrado em
cursos de 64 horas.
Também, além da programação, com a linguagem, a princípio, à escolha do discente, espera-se que o
aluno aprenda a utlização de alguns pacotes como Comsol Multiphysics, Ansys CFX, Solidworks e
Autocad.
Finalmente, tendo finalizado este curso, o discente, poderá dar continuidade na aprednizagem numérica
em cursos de mestrado e doutorado, onde aprofundará seus conhecimentos em metologia numérica.
Tenhamos um bom curso!!!

Prof. Dr. Paulo Mohallem Guimarães

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SUMÁRIO

Conteúdo Pág.
Capítulo 1 – Método de Diferenças Finitas
1.1 Introdução
1.2 Fundamentos do Método de Diferenças Finitas
1.3 Notação Indicial
1.4 Método Explícito de Euler
Vantagem e Desvantagem do Método Explícito
Estabilidade e Convergência Numérica
1.5 Estudo de Problemas Bidimensionais em Regime Permanente
1.6 Solução de Problemas Bidimensionais Permanentes Sem Fonte
1.7 Método de Richardson, Liebmann, e Sobre-Relaxação Sucessiva (SOR)
1.7.1 Método de Richardson
1.7.2 Método de Liebmann
1.7.3 Método SOR
1.8 Estudo de Problemas Bidimensionais com Regime Nâo-Permanente
Capítulo 2 – Método de Elementos Finitos Aplicado a Problemas Bidimensionais em Regime
Permanente
2.1 Introdução
2.2 Método de Elementos Finitos (Metodolgia com passos)
2.3 Resumo das Equações do Método de Elementos Finitos para Problemas Bidimensionais
2.3.1 Sistema Matricial do Elemento
2.3.2 Obtenção das Matrizes dos Elementos
2.4 Exemplos de Aplicação do Método de Elementos Finitos Bidimensional Permanente
2.4.1 Exemplo de Aplicação Bidimensional com Um Elemento
2.4.2 Exemplo de Aplicação Bidimensional com Dois Elementos
2.4.3 Exemplo de Aplicação Bidimensional com Quatro Elementos
Apêndice A.1 Dedução da Equação Geral da Transferência de Calor por Condução
A1.1 Introdução
A1.2 Equação Geral
A1.3 Casos Particulares
Apêndice A.2 Modificação do Sistema Global de Equações para Impor Condições de
Contorno de Temperaturas Conhecidas
A2.1 Introdução
Bibliografia

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Capítulo 1

Método de Diferenças Finitas


1.1 - Introdução

O método de diferenças finitas é utilizado para resolver equações diferenciais ou sistemas de equações
diferenciais. Nos estudos de transferência de calor temos que resolver equações diferenciais parciais dos
seguintes tipo:

(1.1)

(1.2)

A seguir passamos apresentar os conceitos básicos do método de diferenças finitas.

1.2 - Fundamentos do Método de Diferenças Finitas

Freqüentemente temos que resolver equações diferenciais, onde a função f é dependente de diversas
variáveis. Vamos considerar sem perda de generalidade, que a função f =f(x,y), isto é, f é função de duas
variáveis independentes x e y .
Queremos calcular termos do tipo:

f  2 f
, , etc
x x 2

Figura 1 - Malha de diferenças finitas.

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O desenvolvimento em série de Taylor de f(x,y) em torno do ponto (x,y), para y constante, é dado por:

1 f ( x, y ) 1  f ( x, y )
2

f ( x + x, y ) = f ( x, y ) + x + ( x ) + ...,
2
(1.4)
1! x 2! x 2

1 f ( x, y ) 1  f ( x, y )
2

f ( x − x, y ) = f ( x, y ) − x + ( x ) + ...,
2
(1.5)
1! x 2! x 2

Da equação (1.4) podemos obter a seguinte relação chamada de diferença para frente:

(1.6)

onde O(∆x) representam os termos de ordem maiores ou igual a ∆x .


Da equação (1.4) podemos obter a seguinte relação chamada de diferença para trás:

(1.7)

Subtraindo as equações (1.4) de (1.5), obtemos a seguinte relação chamada de diferença central:

(1.8)

Somando as equações (1.4) e (1.5), obtemos a seguinte relação para a derivada segunda da função f com
relação a variável x :

f 2 ( x, y ) f ( x + x, y ) − 2 f ( x, y ) + f ( x − x, y )
= + O ( x 2 ) (1.9)
x ( x )
2 2

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1.3 - Notação Indicial

Figura 2 - Malha de diferenças finitas com a notação tradicional e notação indicial.

Simbologia utilizada:

M= número de pontos nodais na direção x;


N= número de pontos nodais na direção y;
M-1= número de intervalos na direção x;
N-1= número de intervalos na direção y;
∆x = incremento na direção x;
∆y = incremento na direção y.

Equações:

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Tabela 1-Relação entre as grandezas na notação tradicional e a notação indicial:

Notação tradicional Notação indicial


1)

2)

3)

4)

1.4 - Método Explícito de Euler

Problema: Calcular a distribuição de temperatura num corpo em função do tempo.


Geometria:

Figura 3 - Geometria e condições de contorno.

Equação da Energia:

(1.10)

Condição Inicial:

t =0: T ( x, 0 = Ti ) (1.11)

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Condições de Contorno:

t 0: T ( 0, t ) = TE (1.12)

t 0: T ( L, t ) = TD (1.13)

Dados: Ti =0 (oC), TE=100 (oC), TD= =100 (oC), ∝=1 (m/s2), ∆t=0,01 (s), L=1 (m).
Calcular a temperatura do corpo até o tempo máximo TIMEMAX=0,06 (s):
Solução: A figura 4 mostra a malha de diferenças finitas utilizada no problema.

Figura 4 - Malha de diferenças finitas utilizada no problema.

onde:

t = ( J − 1) t
x = ( I − 1) x
L 1
x = = = 0, 2( m)
M −1 6 −1

Equação de diferenças finitas:

Da equação (1.10) e da tabela 1, podemos escrever a seguinte equação de diferenças finitas na forma
indicial:

(1.14)

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Explicitando o termo T( I,J+1)na equação (1.14), vem:

 t 
T ( I , J + 1) = T ( I , J ) +  2  T ( I + 1, J ) − 2T ( I , J ) + T ( I − 1, J )  (1.15)
 x 

Definindo o parâmetro β, pela relação:

t
= (1.16)
x 2

Das equações (1.15) e (1.16), podemos escrever:

T ( I , J + 1) =  T ( I − 1, J ) + (1 − 2  )T ( I , J ) +  T ( I + 1, J ) (1.17)

A equação(1.17) pode ser interpretada pela figura seguinte :

Figura 5 - Interpretação geométrica da equação (1.17).

sendo:

t 1.(0, 01)


= = = 0, 25 e 1 − 2 =1 − 0, 25 = 0,50
x 2 0, 22

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A tabela mostra a seguir apresenta o resultado dos cálculos deste problema, com base na equação (1.17).

Resultados:

t=0,06 (s) J=7 100 56,055 29,199 29,199 56,055 100


t=0,05 (s) J=6 100 51,172 28,875 28,875 51,172 100
t=0,04 (s) J=5 100 45,313 14,063 14,063 45,313 100
t=0,03 (s) J=4 100 37,500 6,250 6,250 37,500 100
t=0,02 (s) J=3 100 25,000 0 0 25,000 100
t=0,01 (s) J=2 100 0 0 0 0 100
t=0,0 (s) J=1 0 0 0 0 0 0
I=1 I=2 I=3 I=4 I=5 I=6
x=0,0 (m) x=0,2 (m) x=0,4 (m) x=0,6 (m) x=0,8 (m) x=1,0 (m)

Vantagem e desvantagem do método explícito:

Vantagem: O método explicito é de fácil utilização, bem como, é fácil para se implementar
computacionalmente.
Desvantagem: Os resultados dos cálculos as vezes não converge, dependendo do parâmetro β utilizado.

Estabilidade e convergência numérica:

a) Conceito de estabilidade numérica:

Para que o método explícito tenha estabilidade numérica, é necessário que os coeficientes que
multiplicam as temperaturas na equação (1.17) sejam positivos. Assim devemos ter que : β>0 e (1-2 β)≥0.
Donde vem que:

(1.18)

t
Sendo  =  , de (1.18), resulta:
x 2

(1.19)

A figura 6 mostra o conceito de estabilidade numérica. Note que se β>1/2, os resultados da distribuição
de temperaturas são oscilantes e para. β<1/2 os valores não são oscilantes. Os resultados oscilantes deste
exemplo estão em completo desacordo com a realidade física.

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Figura 6 - Conceito de estabilidade numérica.

b) Conceito de convergência:
A figura 7 mostra o conceito de convergência numérica. Em princípio, quanto maior o número de
pontos utilizados na malha os resultados são mais precisos e se aproximam mais da solução exata.

Figura 7 - Conceito de convergência numérica.

1.5 - Estudo de Problemas Bidimensionais em Regime Permanente

Problema: Calcular a distribuição de temperatura num corpo em regime permanente, mostrado na


figura 8. Geometria:

Figura 8 - Geometria e condições de contorno para o problema.

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Equação da Energia:

(1.20)

Condições de contorno:

T (0, y ) = q ( y ) (1.21a)
T ( x, y ) = g ( x ) (1.21b)
T ( L, y ) = f ( y ) (1.21c)
T ( x, 0) = P ( x) (1.21d)

Equação de diferenças finitas:

T ( I − 1, J ) − 2T ( I , J ) + T ( I + 1, J ) T ( I , J − 1) − 2T ( I , J ) + T ( I , J + 1) q ( I , J )
+ + =0 (1.22)
x 2 y 2 k

Explicitando o termo T( I,J ),na equação (1.22) vem:

1  T ( I − 1, J ) + T ( I + 1, J ) T ( I , J − 1) + T ( I , J + 1) q ( I , J ) 
T (I , J ) =  + +
k 
(1.23)
 1 1  x 2 y 2
2 2 + 2 
 x y 

No caso de malha uniforme, isto é, x = y = h , da equação (1.23), vem:

1 h 2 q( I , J )
T ( I , J ) = T ( I − 1, J ) + T ( I + 1, J ) + T ( I , J − 1) + T ( I , J + 1)  + (1.24)
4 4k

No caso de malha uniforme e não existir geração de calor, isto é, x = y = h e Q(I,J)=0, da equação
(1.23), vem:

(1.25)

Interpretação da Equação (1.25):

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Figura 9 - Interpretação geométrica da equação (1.25).

1.6 - Solução de Problemas Bidimensionais Permanentes Sem Fonte

Equação da Energia:

(1.26)

Problema 1: Considerando um corpo com uma malha uniforme, isto é, Δx = Δy =1 (cm), e sendo
TA=100 (oC), TB=200 (oC), pede-se calcular as temperaturas T1, T2, T3 e T4 ,
mostrados na figuras 10.

Figura 10 - Geometria do problema e condições de contorno.

Solução:
Baseado na figura 10, pode-se escrever o seguinte sistema de equações :

−4T 1 + T 2 + T 3 + 300 = 0
−4T 2 + T 1 + T 4 + 400 = 0
−4T 3 + T 1 + T 4 + 200 = 0
−4T 4 + T 2 + T 3 + 300 = 0

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Resolvendo o sistema tem-se:

Problema 2: Considerando um corpo com uma malha uniforme, isto é, Δx = Δy =1 (cm), e sendo
TA=100 (oC), TB=200 (oC). Sendo a hipotenusa do triângulo uma superfície isolada
termicamente, mostrado na figuras 11, pede-se calcular as temperaturas T1, T2, e T3.

Figura 11 - Geometria do problema e condições de contorno.

Solução:

Para se resolver o problema 2, cria-se a figura 12, que monstra as condições de contorno equivalentes
à figura 11.

Figura 12 - Geometria do problema e condições de contorno equivalentes do problema 2.

Baseado na figura 12, pode-se escrever o seguinte sistema de equações :

−4T 1 + T 2 + T 3 + 300 = 0
− 4T 2 + 2T 1 + 400 = 0
− 4T 3 + 2T 1 + 200 = 0

Resolvendo o sistema tem-se:

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1.7 - Método de Liebman, Richardson e Sobre-Relaxação Sucessiva (SOR)

A seguir são apresentados três métodos iterativos para resolver a equação (1.24). Convenção de Índices
usada a Seguir:
n- relacionado a interação;
I- relacionado à posição x;
J- relacionado à posição y.

1.7.1 - Método de Richardson

Da equação (1.24), vem:

1 n h 2 q( I , J )
T n +1
( I , J ) = T ( I − 1, J ) + T ( I + 1, J ) + T ( I , J − 1) + T ( I , J + 1)  +
n n n
(1.27)
4 4k

1.7.2 - Método de Liebman:


Da equação (1.24), vem:

1 h 2 q( I , J )
T n+1 ( I , J ) = T n+1 ( I − 1, J ) + T n ( I + 1, J ) + T n+1 ( I , J − 1) + T n ( I , J + 1)  + (1.28)
4 4k

1.7.3 - Método SOR:


Da equação (1.24), vem:

 h 2 q( I , J )
T n +1 ( I , J ) = T n ( I , J ) + T n +1 ( I − 1, J ) + T n ( I + 1, J ) + T n +1 ( I , J − 1) + T n ( I , J + 1) − 4T n ( I , J )  + (1.29)
4 4k

O parâmetro ω é chamado de parâmetro de relaxação. A equação (1.30) converge se 1≤ω≤.2. O valor


de ω que produz o menor número de interações é dado por:

8− 4 4 − 2
=
2
onde (1.30)
   
 = cos   + cos  
M  N

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Note que as equações (1.28) e (1.29) são restritas ao caso de malha uniforme, isto é, x = y = h .
Através de testes numéricos pode-se verificar que para o mesmo problema, com mesmo critério de erro, as
equação (1.29) converge mais rápido que a equação (1.28), que por sua vez converge mais rápido que
(1.27).
1.8 - Estudo de problemas bidimensionais com regime não -permanente:

Problema: Calcular a distribuição de temperatura num corpo em regime não permanente.


Geometrias

Figura 13 - Geometria do problema e condições de contorno.

Equação da Energia:

(1.31)

Condições Iniciais:

t =0: T ( x,, y, 0) = Ti (1.32)

Condições de Contorno:
T ( x, 0, t ) : g ( x) (1.33a)
T (0, y, t ) : q( y) (1.33b)
T ( L, y , t ) : h( y ) (1.33c)
T ( x, H , t ) : p( x) (1.33d)

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Equação de diferenças finitas:

(1.34)

De (1.32), vem:

t t  2t 2t  n


T n +1 ( I , J ) = T n ( I − 1, J ) + T n ( I + 1, J )  + 2 T n ( I , J − 1) + T n ( I , J + 1)  + 1 − − T (I + J ) (1.35)
x 2
y  x 2 y 2 

Condição de estabilidade numérica:

Para que o método explícito tenha estabilidade numérica, é necessário que os coeficientes que
multiplicam as temperaturas na equação (1.35) sejam positivos. Assim devemos ter que :

t t  2t 2t 


 0;  0; 1 − − 0
x 2 y 2  x 2 y 2 

Assim resulta:

1
0  t  (1.36)
 1 1 
2  2 + 2 
 x y 

No caso particular de Δx = Δy = h, da equação (1.36), resulta:

h2
0  t  (1.37)
4

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