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Cardiologia – Meg Moreira

Bradirritmias
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS:
→ Verificação de sinais e sintomas de instabilidade:
✓ Dor precordial tipo isquêmica;
✓ Dispneia (devido à congestão pulmonar ou Insuficiência Cardíaca Aguda;
✓ Rebaixamento do nível de consciência/confusão mental/sonolência;
✓ Hipotensão ou outros sinais de choque.
→ Muitas vezes é difícil definir a relação de causa-consequência da arritmia (arritmia levou ao infarto ou infarto levou
à arritmia?);
→ Instabilidade pela arritmia raramente ocorre com FC <150 bpm.

BRADICARDIA
→ Assistência ao paciente com bradicardia:
✓ Suporte ventilatório;
✓ Monitorização de ECG, PA e SatO2;
✓ Oxigenoterapia;
✓ Acesso venoso.
→ Perfusão periférica adequada:
✓ Observação e monitorização.
→ Perfusão periférica inadequada:
✓ Atropina 0,5 mg.
• Caso não funcione: administração de Epinefrina, Dopamina ou Marcapasso Transcutâneo
(IMEDIATAMENTE SE BAV 2º MOBITZ II ou BAVT).

TAQUICARDIA COM PULSO:


→ Assistência ao paciente com taquicardia com pulso:
✓ Suporte ventilatório e oxigênio;
✓ Monitorização de ECG, PA e SatO2;
✓ Tratamento de causas reversíveis;
✓ Acesso venoso.
→ Paciente com sinais de instabilidade:
✓ Sedação + cardioversão sincronizada imediata.
→ Paciente sem sinais de instabilidade:
✓ Avaliar o QRS:
Cardiologia – Meg Moreira
• Se QRS estreito + RITMO REGULAR: trata-se de TSV e o manejo é feito com MANOBRA VAGAL,
se não solucionar ADENOSINA. Se não houver reversão, controle da FC por meio de Beta-
bloqueadores ou Bloqueadores de canal de cálcio;
• Se QRS estreito + RITMO IRREGULAR: trata-se de Flutter, FA ou taquicardia atrial e o manejo é
feito por meio de controle da FC (pode-se tentar a cardioversão quando há CERTEZA da
ausência de trombos);
• Se QRS largo + RITMO REGULAR: trata-se de taquicardia ventricular ou ritmo incerto e é
manejado com Amiodarona. Se não houver resposta, cardioversão elétrica sincronizada. Pode
ainda ser feito Adenosina;
• Se QRS largo + RITMO IRREGULAR: trata-se de Torsades de Pointes e o manejo é feito com
Desfibrilação + sulfato de magnésio.

CARDIOVERSÃO ELÉTRICA:
→ Sempre sincronizar quando for reverter uma taquirritmia (exceto em TV polimórfica);
→ Nunca sincronizar em ritmos de parada cardiorrespiratória (PCR):
o Fibrilação ventricular;
o Torsades de Pointes/TV polimórfica;
o Taquicardia Ventricular.
→ Condutas com o paciente:
o Monitorização do paciente (ECG, PA, SatO2);
o Acesso venoso e oxigênio;
o Material de intubação e carrinho de parada (caso haja intercorrências);
o Sedação;
o Gel nas pás.
→ Cargas utilizadas:
o TSV: iniciar com 50J (mono ou bifásico);
o Flutter: iniciar com 50J (mono ou bifásico);
o TV monomórfica com pulso: 100J (mono ou bifásico);
o FA: iniciar com 200J (monofásico) ou de 120 a 200J (bifásico);
o PCR ou Torsades: 360J (monofásico) ou 200J (bifásico).

BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE PRIMEIRO GRAU:


→ Intervalo PR maior ou igual a 200ms (5 quadradinhos);
→ Se paciente assintomático, não há necessidade de tratamento;
→ Se paciente sintomático, tratamento é baseado em administração de Atropina e, eventualmente, marcapasso.
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BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE SEGUNDO GRAU MOBITZ 1 (WENCKEBACH):


→ Aumento progressivo do intervalo PR (avisa que vai bloquear) até que uma onda P é bloqueada, ou seja, não gera
um QRS;
→ Se paciente assintomático, não há necessidade de intervenção;
→ Se BAV de segundo grau Mobitz 1 por medicamentos, retirar a medicação com reversão espontânea da
bradicardia;
→ Se paciente sintomático e bloqueio espontâneo, tratar com Atropina e, eventualmente, marcapasso.

BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE SEGUNDO GRAU MOBITZ 2:


→ Trata-se do bloqueio súbito em uma dada derivação;
→ Não tem alargamento prévio do intervalo PR (PR menor que 200ms);
→ Tratamento SEMPRE é feito com marcapasso.

BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE TERCEIRO GRAU OU TOTAL:


→ Dissociação completa da condução atrial para o ventrículo (condução AV);
→ Aparecem ondas P dissociadas (PERDIDAS) dos complexos QRS;
→ Intervalo PR e RR irregular, mas intervalo PP regular;
→ Pode ter QRS largo ou QRS normal;
→ FC em torno de 30-50 bpm;
→ Todas as ondas P falham e não conduzem para o ventrículo;
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→ Tratamento: MARCAPASSO.

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