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Estudo do Hino 343

Faremos o estudo dividido em duas partes: estudo harmônico e interpretativo

Estudo Harmônico:

1 - Começamos a análise observando a armadura de clave;

2 – Trabalharemos com as claves de Sol, Fá na terceira linha e clave de Dó na terceira linha


sendo esta, espelho da voz tenor da clave de Fá;

3 – Trabalharemos com um compasso quaternário simples, tendo como unidade de tempo a


semínima, e tonalidade de C;

4 – A música se inicia com compasso Tético, tendo como C o acorde inicial (tônica do campo
harmônico);

5 – O segundo compasso começa com acorde de C/G, temos no soprano uma sequência de
colcheias em intervalos conjuntos ascendentes, nos direcionando a melodia para o terceiro
tempo (acorde C em estado fundamental) onde temos uma semínima, esse trecho sugere uma
execução de crescendo, no quarto tempo faremos um diminuendo;

6 – O terceiro compasso começa com acorde de G7 (dominante) criando uma tensão;

7 – O quarto compasso mantém o acorde de G7 e no terceiro tempo voltamos a sensação de


repouso quando a música finaliza o compasso e a primeira frase com acorde de C;

8 – No quinto compasso se inicia uma nova frase, começa com acorde de C e no terceiro
tempo é acrescentado um Si bemol ao acorde, transformando o acorde de C em acorde de C7,
gerando uma tensão ao trecho musical;

9 - O sexto compasso se inicia com acorde de F (subdominante), onde temos a resolução da


tensão provocada pelo acorde de C7 no final do compasso anterior, mas no terceiro tempo o
acorde é substituído por F#dim7, tendo a função de passagem e preparação, criando uma
tensão que será resolvida no acorde de C (tônica), pois o acorde de C7 nos gerou a impressão
de uma mudança de tonalidade;

10 – O sétimo compasso inicia com acorde de C/G e no terceiro tempo muda para G, gerando
novamente uma tensão;

11 – No oitavo compasso voltamos ao acorde de C, resolvendo a tensão do final do sétimo


compasso e finalizando a segunda frase, esse final de frase é composto por 3 tempos do
compasso, onde ocorre uma bordadura nas vozes contralto e tenor, no segundo tempo do
compasso o movimento das vozes são em direção inversas, contralto ascendente e tenor
ascendente, no terceiro tempo do compasso as duas vozes fazem movimentos ascendente
finalizando a frase;

12 – Temos no quarto tempo do oitavo compasso o início do “coro”, onde apenas a voz
soprano tem som, uma observação a se fazer é que a partir deste trecho da obra, os inicios de
frase passam a ser no quarto tempo do compasso, diferente do primeiro trecho com início
Tético;

13 – O nono compasso inicia com a voz soprano tendo som e as demais vozes em pausa, a
figura do soprano tem duração de 3 tempos, onde durante os segundos e terceiros tempos o
autor executa um contraponto com as vozes contralto, tenor e baixo, esse trecho tem como
base o acorde de C;

14 – O décimo compasso mantém o acorde de C em estado fundamental nos três primeiros


tempos, no quarto tempo temos uma passagem com acorde de G7 no início da semifrase;

15 – O décimo primeiro compasso inicia com C e no terceiro tempo muda para o acorde de D7
gerando uma tensão;

16 – O décimo segundo compasso inicia com acorde de G resolvendo a tensão provocada pelo
acorde de D7 no compasso anterior, na voz soprano temos uma nota de três tempos e nas
vozes contralto, tenor e baixo um contraponto onde a melodia segue linear com as mesmas
notas sem intervalos ascendentes ou descendentes, porém para resolver um problema criado
nesse trecho, onde o acorde de G (dominante do campo harmônico) foi usado para resolver
uma tensão e não o acorde de C (tônica), o autor usa uma passagem na voz baixo onde
acrescenta uma sétima ao acorde transformando o acorde em G7, ocasionando uma tensão
que pede resolução na tônica, esse trecho finaliza a primeira frase do “coro”;

17 – No décimo terceiro compasso essa tensão é resolvida com o acorde de C, na voz soprano
temos novamente uma nota de três tempos e novamente contraponto nas outras três vozes,
destaque para a voz tenor que no terceiro tempo é executado um Sib, transformando o acorde
de C em C7, gerando uma tensão;

18 – O décimo quarto compasso começa com o acorde de F resolvendo a tensão do acorde de


C7 do compasso anterior, no quarto tempo o acorde é substituído pelo acorde de F#dim7,
iniciando nova tensão;

19 – O décimo quinto inicia com acorde de C/G e resolve a tensão de F#dim7, no terceiro
tempo uma nova tensão é gerada com o uso do acorde de G7;

20 – O décimo sexto compasso é o último da obra, ele começa e mantém o acorde de C em


toda sua execução, temos nas vozes soprano e baixo uma semibreve com duração de quatro
tempos e nas vozes contralto e tenor com contraponto, fazendo uma bordadura e finalizando
a obra de maneira suave e graciosa.

Estudo Interpretativo:

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