Este documento descreve o processo produtivo de uma refinaria de petróleo localizada em São Paulo. Ele explica que o petróleo bruto é aquecido e destilado em torres para separar produtos como gasolina e diesel. O documento também discute a logística de transporte do petróleo bruto para a refinaria através de oleodutos e a distribuição dos produtos refinados para terminais por oleodutos.
Este documento descreve o processo produtivo de uma refinaria de petróleo localizada em São Paulo. Ele explica que o petróleo bruto é aquecido e destilado em torres para separar produtos como gasolina e diesel. O documento também discute a logística de transporte do petróleo bruto para a refinaria através de oleodutos e a distribuição dos produtos refinados para terminais por oleodutos.
Este documento descreve o processo produtivo de uma refinaria de petróleo localizada em São Paulo. Ele explica que o petróleo bruto é aquecido e destilado em torres para separar produtos como gasolina e diesel. O documento também discute a logística de transporte do petróleo bruto para a refinaria através de oleodutos e a distribuição dos produtos refinados para terminais por oleodutos.
As refinarias são responsáveis pela separação dos produtos derivados do
petróleo bruto, tais como diesel, gasolina, óleos, querosene, gases etc., e esse processo ocorre através das torres de destilação. A Petrobras possui 13 refinarias espalhadas por todo território brasileiro. A refinaria de petróleo utilizada para o desenvolvimento deste trabalho é a Henrique Lage (Revap), que foi fundada em 1980 e está localizada as margens da Rodovia Presidente Dutra, na cidade de São José dos Campos no estado de São Paulo, ocupando uma área de aproximadamente 10.000.000 m². Sua construção foi iniciada em 19 de fevereiro de 1974 e foi planejada para viabilizar as metas do II Plano Nacional de Desenvolvimento. Foi a quarta e última refinaria a entrar em funcionamento no estado de São Paulo e a última a ser construída no país. Inaugurada em 1980, a unidade homenageia o engenheiro naval Henrique Lage. Atualmente é a terceira maior refinaria do Brasil, abastecendo 80% da demanda de querosene no estado de São Paulo e 100% do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Seus principais centros consumidores são o Vale do Paraíba, Litoral Norte de São Paulo, Grande São Paulo, Sul de Minas Gerais, Sul do Rio de Janeiro e o Centro Oeste do Brasil.
2 – Descrição do processo produtivo
Atualmente a Refinaria Henrique Lage possui uma capacidade produtiva de
252 mil barris por dia (40.000 m³/dia), o que equivale a 14% da produção nacional de petróleo e opera com um mix de 80% a 90% de petróleo nacional e o restante de petróleo importado. Os principais produtos refinados são o asfalto diluído, cimento asfáltico, coque, enxofre, gás carbônico, gasolina, GLP, hidrocarboneto leve de refinaria (HLR), nafta, óleo combustível, óleo diesel, propeno, querosene de aviação (QAV-1) e solvente médio.
O objetivo do refino é transformar o petróleo, uma mistura complexa de
hidrocarbonetos com diferentes propriedades físicas e químicas, em frações mais simples e com grande utilidade. O fator determinante para ocorrer a separação é a temperatura de ebulição de cada substância. O processo produtivo se inicia a partir da chegada do petróleo, proveniente dos terminais e oleodutos, até um forno de aquecimento. Neste forno ele é aquecido em torno de 600°C até ser vaporizado, então o vapor é transferindo para uma torre de fracionamento, que é um tubo vertical com bandejas dispostas horizontalmente. Essas bandejas são utilizadas como resfriadores do vapor de petróleo e estão dispostas em ordem decrescente de temperatura de acordo com a altura, ou seja, as temperaturas das bandejas inferiores são mais elevadas que as temperaturas das bandejas superiores. Sendo assim, conforme o vapor vai subindo pela torre, frações do mesmo vão passando pelas bandejas de resfriamento e quando atingem uma bandeja com temperatura inferior a temperatura de ebulição ocorre a condensação do vapor e o líquido resultante é retirado da coluna. Os vapores restantes que têm ponto de ebulição mais altos que a da bandeja borbulham no líquido e passam para a bandeja superior onde ocorre o mesmo processo de condensação, e isso se repete até a última bandeja.
Figura 1 - Torre de destilação atmosférica
A figura 1 representa, de forma simplificada, uma torre de destilação
atmosférica e os principais produtos derivados desse processo de acordo com a volatilidade. Como é possível observar, alguns ainda sobram alguns resíduos oriundos do vapor do petróleo, esses resíduos possuem alta temperatura de ebulição e são utilizados para outras finalidades, como ceras, asfaltos, piche e parafina.
Na Revap além da destilação atmosférica, também é utilizada a destilação a
vácuo, que funciona como uma segunda etapa de destilação e tem como finalidade obter um maior aproveitamento do petróleo. Nessa etapa a destilação ocorre em processo similar a destilação atmosférica explicada anteriormente, porém é utilizada uma pressão inferior à atmosférica, isso faz com que substâncias com menor cadeia carbônica tenham a temperatura de ebulição reduzidas. Figura 2 - Torre de destilação a vácuo
Um processo de conversão é utilizado para submeter os resíduos restantes e
obter um aproveitamento quase integral do petróleo, feito por meio do craqueamento catalítico fluidizado (FCC). Esse processo utiliza o aquecimento em conjunto com catalisadores para quebrar as grandes moléculas de carbono. É considerado um processo mais seguro e econômico que o craqueamento térmico, pois este utiliza temperatura e pressões mais elevadas para romper as moléculas.
Figura 3 - Processo de craqueamento catalítico
A última etapa é processo de tratamento, utilizado para adequar os derivados à
qualidade exigida pelo mercado. Em um desses processos, por exemplo, é feita a remoção do enxofre, através da hidrodessufulrização. 3 - Fluxograma do processo 4 – Logística do empreendimento observado
A Indústria de Petróleo engloba o conjunto de atividades relacionadas com a
exploração, desenvolvimento, produção, refino, processamento, transporte, importação, exportação de petróleos, gás natural, outros hidrocarbonetos e seus derivados. (ANP, 2002). A estrutura logística deste setor reflete esse conjunto de atividades, podendo ser subdivida em dois grandes grupos: o setor upstream e o setor downstream. O primeiro engloba todas as atividades de exploração e produção de petróleo, enquanto o segundo trata da aquisição, armazenagem, comercialização e distribuição de derivados.
Figura 4 - Configuração de rede de distribuição de combustíveis
No caso das refinarias, utiliza-se o setor downstream para o transporte do
petróleo até a refinaria e para a distribuição dos produtos depois de refinados. Os produtos refinados são destinados para os terminais de armazenagem ou para as bases de distribuição primárias. Bases de distribuição secundárias são as bases que recebem suprimentos das bases primárias, portanto não possuem ligação direta com as refinarias.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Brasil possui
atualmente 67 terminais de armazenagem autorizados a funcionar. Figura 5 - Terminais de armazenagem no Brasil
No caso da Revap, o recebimento do petróleo é através do Oleoduto OSVAT
34 que tem origem no terminal de Guararema em SP e possui uma extensão de 35km e diâmetro de 34 polegadas. O terminal de Guararema recebe o petróleo diretamente da Bacia de Santos. A distribuição dos produtos refinados em São José dos Campos é feita para o terminal de São Caetano do Sul – SP, através de dois oleodutos (OSVAT 22 e OSVAT 24), ambos possuem cerca de 120 km de extensão e 22 a 24 polegadas de diâmetro. Também passa pela Revap o oleoduto OSRIO que tem origem em Guararema e transporta combustíveis claros para o terminal Reduc, em Duque de Caxias – RJ.
5 – Estrutura e contexto da apresentação
O grande desafio logístico da distribuição dos produtos refinados no Brasil é
fazer com que a distribuição chegue aos locais mais afastados e remotos do país. A refinaria estudada ao longo desse trabalho tem uma localização privilegiada em relação outras localizadas em regiões como norte e nordeste. Atualmente o modo dutoviário de distribuição é o mais seguro e o que possui menos tarifas.