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MARINGÁ
2015
RAFAEL DE MELO MACEDO
MARINGÁ
2015
OS PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DE AMPLA DEFESA E
CONTRADITÓRIO FRENTE À INSTAURAÇÃO DE SINDICÂNCIA DE CARÁTER
PÚNITVO
Rafael de Melo Macedo1
RESUMO
ABSTRACT
Front of the nuances which features the administrative process, especially the
disciplinary character, as qua sanctions imposed The Public agent, One grew up
Relevant discussion doctrinal the Respect of the Legal Nature of the Institute of
inquiry, that in principle, they are to be considered, hum administrative process, but
follows a smaller sequence of Acts concatenated, has your utilization for investigation
and punishment for minor level infractions. This discussion has the goal to give or not
a Legal Nature of Administrative process the inquiry, or is this just have inquisitorial
character and preparatory process to the administrative disciplinary process. What is
extracted In this clash and necessarily an incidence of constitutional guarantees of
due process, more specifically the contradictory and Wide Defense. Need to study
the impact of these institutes Respect for rights constitutional of the First Generation,
Which have the power to protect the individual Acts of discretionary, arbitrary and
arrogant Administration.
1
Pós Graduando do curso de Especialização em Direito Administrativo com ênfase em Licitações e
Contratos Administrativos, da UNIFAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá. Email:
r_mmacedo@hotmail.com;
3
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, utiliza-se a nomenclatura Devido Processo Legal, uma vez que até
a constituição adota o referido nome para designar tal instituto, neste sentido, Didier
Jr. brilhantemente leciona que:
2
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional – 8ª ed. - rev. e atual. de acordo com
a Emenda Constitucional n. 76/2013 -São Paulo: Saraiva, 2014. p 685;
3
Idem, Ibidem;
4
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil. Introdução ao direito processual civil
e processo do conhecimento. Vol. 1. – 14ª ed.- rev., atual., ampl. Bahia : Editora JusPodivm. 2012.
p 44.
5
processo legal‖, uma vez que anteriormente, tais cláusulas davam apenas suporte
ao direito penal.
A doutrina brasileira conceitua esse princípio como se uma reserva de
princípios fosse, ou seja como se ele servisse de subprincípio para os demais,
norteando-os.
Desta forma, bem explica excelentíssimo senhor Ministro do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Mendes, in verbis:
5
MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. –
7ª ed.- rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2012. p 75.
6
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte", conforme dispõe
o artigo 5º, §2º da Constituição Federal.
Didier Jr. bem elucida quando diz que ―O principio do contraditório pode ser
decomposto em duas garantias: participação (audiência; comunicação; ciência) e
possibilidade de influência na decisão.‖7.
Mais adiante, o mesmo autor explica que essa possibilidade de ser ouvido e
participar do processo é uma dimensão formal do principio do contraditório, já a
possibilidade do individuo influenciar na decisão do magistrado é a dimensão qual
ele chama de substancial.
Concluindo sua tese a respeito do tema, Didier Jr. leciona que a efetivação
da dimensão consubstancial do contraditório só se concretiza se o individuo for
amparado por uma defesa técnica:
Já, no que tange a ampla defesa, grande parte da doutrina entende que esta
é um desenvolvimento do principio do contraditório, ou seja, é necessário que essa
possibilidade de influenciar na decisão (dimensão consubstancial) do processo seja
considerada para que se tenha então ocorrida uma ampla defesa.
Didier Jr. bem conclui tal tese, ao dispor que ―[...] a ampla defesa é direito
fundamental de ambas as partes, consistindo no conjunto de meios adequados para
o exercício do adequado contraditório.‖. 9
8
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil. Introdução ao direito processual civil
e processo do conhecimento. Vol. 1. – 14ª ed.- rev., atual., ampl. Bahia : Editora JusPodivm. 2012.
p 54;
9
Idem, p. 56.
8
10
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo: parte introdutória,
parte geral e parte especial, 16ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro : Forense, 2014. p 190;
11
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 369.
9
12
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. RE nº 492.783/RN-AgR/DF,. Relator Min. Eros Grau.
Publicado em 20/06/2008.
10
“5. Durante todo o trâmite, a empresa impetrante foi notificada apenas para
apresentar resposta à representação inicial da empresa concorrente;
depois, perante o pregoeiro e, por último, quanto à defesa prevista no § 2º
do art. 87, com prazo de 5 dias, por determinação do Subsecretário de
Assuntos Administrativos Substituto. 6. A ausência de abertura de prazo
para oferecimento de defesa final sobre a possível aplicação da pena de
inidoneidade, consoante a determinação expressa contida no artigo 87, § 3º,
da Lei de Licitações, acarreta a nulidade a partir desse momento
processual, não logrando êxito a pretensão de nulidade ab initio.
Precedente. Desse modo, fica prejudicado o exame das demais alegações
relativas à ilegalidade do ato coator.”. 14
Nota-se então que a tal incidência não tem apenas um condão doutrinário,
mas sim tem força jurisprudencial, devendo-se desta forma, sempre observar,
quando em processo administrativo, a incidência do contraditório e da ampla defesa.
13
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 368;
14
BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. MS nº 17.431 - DF,. Relator Min. Castro Meira. Publicado
em 28/11/2012.
11
4. DA SINDICÂNCIA
15
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 357.
12
16
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas. 2014. p 713;
17
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 39ª ed. rev. e atual. – São Paulo :
Malheiros. 2013. p 570;
18
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. – 13ª ed. – rev., ampl. e atual. – São Paulo :
Saraiva. 2008. p 832;
19
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 1069.
13
20
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas. 2014. p
713;
21
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 1068;;
22
Idem, Ibidem.
14
23
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. – 13ª ed. – rev., ampl. e atual. – São Paulo :
Saraiva. 2008. p 832;
24
Sindicado é o Agente Público integrante no polo passivo da Sindicância;
25
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. – 13ª ed. – rev., ampl. e atual. – São Paulo :
Saraiva. 2008. p 833;
26
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 1068;
27
Idem. p 1067.
15
Vale lembrar que essa ampla defesa e este contraditório devem ser eficazes,
uma vez que nos moldes de preencher tanto a dimensão formal de ser o indiciado
28
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014. p 1069;
29
Idem. p 1071
16
30
BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. MS nº 22.791/MS,. Relator min. Cezar Peluso .
Publicado em 19/12/2009;
31
BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 509.318-PR,. Relator Min. Thereza de Assis
Moura. Publicado em 02/03/2009.
17
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas.
2014;
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. – 10ª Ed. rev., atual. e
ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais. 2014;
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 19. ed. São
Paulo : Malheiros. 2005;
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 39ª ed. rev. e atual.
– São Paulo : Malheiros. 2013
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. — 27. ed. — São Paulo : Saraiva.
2002.