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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1
1.1 Objectivos............................................................................................................................ 1
2. Metodologias. ...................................................................................................................... 1
4. Conclusão. ........................................................................................................................... 7
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1. Introdução.
A participação da comunidade no processo de gestão pública, representada pelos Conselhos
Consultivos Locais, apesar de espelhar um certo envolvimento da população, julgo que ainda
está longe de ser um momento de participação efectiva dos cidadãos, na medida em que
geram-se internamente, dinâmicas e grupos de interesses às vezes antagónicos que em certa
medida põe em causa a transparência destes processos.
Para ser mais específico, dado que a responsabilização e prestação de contas pressupõe
obtenção de informação relevante, e tal, constitui elemento de vantagem entre determinados
grupos, torna-se comum a desinformação, ou até mesmo informações contraditórias no seio
dos Conselhos Consultivos Locais, levando assim a um clima de ausência de
responsabilidade, impunidade e suspeita de corrupção.
1.1 Objectivos.
2. Metodologias.
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3. Análise do impacto do Sistema Tributário Autárquico na promoção do bemestar
social e melhoria das condições de vida dos munícipes.
3.1 Conceito de fiscalização.
Fiscalidade é um processo pelo qual há arrecadação de receitas por parte do Estado tendo
em vista a satisfação das necessidades dos cidadãos. Falar da Fiscalidade em Moçambique é
sem dúvidas falar do Sistema Financeiro Moçambicano, pois estes elementos não se
dissociam, dada a sua natureza e forma. Esta actividade de arrecadação de receitas, é uma
actividade meramente do Estado, pois a este cabe traçar mecanismos e politicas de modo
flexibilização desta actividade. Entretanto, a actividade fiscal do Estado não é de hoje, ela
vem desde os tempos remotos, pelo que, foi sendo este o meio através do qual o Estado ganha
receitas para fazer face as despesas públicas. A política fiscal do Estado de Moçambique não
é estática, ela foi sofrendo várias transformações ao longo do tempo, como forma de adequar
e tornar mais célere, fácil e participativo este processo, visto que até aos dias de hoje ocorrem
Rogers e Rogers (2000).
A descentralização pode ser entendida como um processo planificado que tem por objetivo,
produzir mudanças na geografia e na sociologia de um dado poder central, a favor de "níveis
de poder" mais baixos da administração do Estado, sem pôr em causa as forças políticas que a
constituem e que controlam a distribuição da riqueza, dos recurso e do tal poder (Weimer,
2012:2-3). Entretanto, entende-se assim que esta perspetiva implica uma análise política e
económica, na qual se estabelecem não somente as forças e os agentes, mas também os
conflitos de interesses.
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Nelson (1987), por sua vez, analisou como a estrutura da decisão descentralizada no nível
local afecta o tamanho do sector público. O autor considerou a forma de decisão centralizada
dos gastos no nível estadual. Os resultados encontrados são consistentes com um princípio
básico dos modelos que vêem na descentralização um freio ao Leviatã: a descentralização
aumenta a competição entre governos subnacionais. Foram encontradas evidências
relativamente fortes de que um sector local centralizado é associado com um nível mais alto
de gasto público em relação à renda..
Descentralização fiscal implica alguma autonomia dos governos regionais e locais nas
decisões de gasto e de arrecadação, de modo a conferir-lhes alguma responsabilidade perante
os cidadãos daquelas circunscrições. Estes recebem os benefícios implícitos nos gastos, mas
também são os financiadores de pelo menos parte destes. Esta autonomia nas questões fiscais
faz com que pelo menos parte do tamanho global dos orçamentos seja definida localmente
Oates (1985).
a) Localidade .
b) Posto Administrativo
c) Distrito
a) Contribuição Industrial
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b) Imposto sobre os rendimentos do Trabalho (IRT)
c) Imposto Complementar
a) Contribuição Predial;
b) Contribuição de Registo;
c) Imposto de Turismo;
d) Imposto sobre os Combustíveis;
e) Impostos específicos sobre a produção de petróleo e prospecção e exploração
mineira.
a) Justiça
b) Simplicidade
De acordo com Smith, num sistema tributário simples é relativamente fácil e barato
para o contribuinte calcular e pagar quanto deve. A mesma facilidade tem o governo
para fiscalizar se o contribuinte pagou o que devia.
c) Neutralidade.
Neutralidade quer dizer que o sistema tributário não deve influenciar a evolução
natural da economia. Ou seja, não deve influir na competitividade e nas decisões das
empresas e tampouco no comportamento do consumidor/contribuinte.
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3.4 Autoridade Tributária em Moçambique.
Ano de 2006 foi de desafios particulares para a administração tributária, comum processo
importante de mudanças no contexto do estabelecimento da Autoridade Tributária
Moçambicana (ATM) no início do ano, visando o fortalecimento e modernização dos órgãos
encarregues da execução das políticas tributária e aduaneira, que visam a consolidação de um
sistema fiscal justo e equilibrado, privilegiando o crescimento económico sustentado. Os
estatutos orgânicos e do pessoal da ATM foram aprovados a meados do ano, mas o início
formal do seu funcionamento foi somente efectivo aquando da tomada de posse do seu
presidente, em Novembro de 2006
Em linhas gerais, a Autoridade Tributária de Moçambique, que tem na manga o seu plano
Estratégico 2008-2010, e o grande objectivo de simplificação dos procedimentos do processo
de tributação em Moçambique, aponta que as receitas tributárias em Moçambique constituem
cerca de 15% do total do PIB em Moçambique, com uma previsão de incremento de 0.5% ao
ano. Nos países da região austral de áfrica, as receitas tributárias representam 19 a 20%do
PIB. Num País cujo número de contribuintes é de cerca de 630.000, ainda há um trabalho a se
fazer para o alargamento da base tributária pois destes 630.000uma parte são contribuintes
individuais e outra são o contribuintes colectivos. Estes números num país com cerca de 20
milhões de habitantes são bastante insignificantes e um dos desafios do Governo na área fiscal
é a inversão deste cenário e o alargamento da base tributária, ou seja, inscrever mais
contribuintes dentro do sistema
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se e conseguir registos que comprovem, ou não, a contribuição dos cidadãos
moçambicanos;
c) Educação fiscal à população – um dos principais constragimentos a obtenção das
receitas fiscais, pode ser o facto de os próprios contribuintes não perceberem o
funcionamento. A autoridade tributária moçambicana pode minimizar este facto,
visto que instalou estabelecimentos que permitem os contribuintes obterem mais
informação sobre o sistema fiscal moçambicano;
d) Mudança do cenário fiscal moçambicano – o alargamento da base tributária
(impostos directos) poderá permitir a inversão do cenário fiscal moçambicano que
está dependente da tributação indirecta
e) Melhorias no controle e desembaraço aduaneiro
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4. Conclusão.
A fiscalidade tem um papel fulcral a desempenhar na criação de uma sociedade equitativa e
de uma economia forte. Pode ajudar a combater as desigualdades, não só através do apoio à
mobilidade social, mas também mediante a redução da desigualdade dos rendimentos de
mercado. Do mesmo modo, a política fiscal pode ter uma influência importante nas decisões
de emprego, nos níveis de investimento e na vontade de expansão dos empresários , factores
esses que, no seu conjunto, geram um maior crescimento.
A fiscalização consiste em examinar uma actividade para comprovar se cumpre com as
normas em vigor. No sector privado, a fiscalização pode ser decretada pelo Estado (para
verificar se uma empresa cumpre a lei) ou de forma interna pelas próprias companhias (para
controlar os balanços, o stock e o destino das mercadorias, etc.).
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5. Referências bibliográficas.
• Fouilloux, D. et al. Dicionário cultural da Bíblia São Paulo: Edições Loyola, 1998.
• Gasparini, C. E.; Melo, C. S. L. Equidade e eficiência municipal: uma avaliação do
Fundo de Participação dos Municípios FPM. In: VIII Prêmio Tesouro Nacional 2003.
Tópicos Especiais de Finanças Públicas.
• Gemmell, N. et al. Fiscal illusion and political accountability: theory and evidence
from two local tax regimes in Britain. Public Choice, v. 110, p. 199-224, 2002.
• Giambiagi, F.; Além, A. C. D. Finanças Públicas. 2. ed. Rio de Janeiro, Campus, 2000.
• Gomes, G.M.; Mac Dowel M. C. Descentralização política, federalismo fiscal e criação
de municípios: o que é mau para o econômico nem sempre é bom para o social.
Brasília: Ipea, fev. 2000