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CONTABILIDADE

Contabilidade: ciência que estuda a prática de funções de orientação, de controle e de registro dos
atos e fatos da administração econômica de uma entidade.
Finalidade: (CPC 00) fornecer informações para os usuários primários (aqueles que não podem
requerer informações diretamente para a entidade), ou seja, são os investidores e os credores.
Base Normativa: Lei 6.404/76 (art. 176 - 204) [Lei das SA - Sociedades Anônimas (empresas de
maior porte normalmente)]; Resolução 750/93 (Princípios Contábeis), a qual foi revogada -> CPC 00
(Estrutura Conceitual Básica); Lei 11.638/2007 e a Lei 11.941/2009 (Alteraram a Lei 6.404/76 para
adequar aos padrões internacionais; Pronunciamentos Contábeis (CPC’s do 00 ao 48).
Objeto de Estudo: Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações).
Campo de Aplicação: são as aziendas (patrimônio que está sendo gerido: patrimônio + gestão).
Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade econômico-administrativa,
seja ou não de fins lucrativos.
Classificação das Aziendas: Pode ser econômica (objetiva auferir lucro), socioeconômica (a sobra
(lucro) é destinada a outras finalidades que não seja à distribuição aos sócios) ou social (não tem
finalidade lucrativa, por exemplo, o Estado).
Funções da Contabilidade: função administrativa (controle patrimonial - Balanço Patrimonial:
evidencia a função patrimonial e financeira da entidade) e a função econômica (apurar o lucro ou
prejuízo - DRE: demonstração do resultado do exercício, evidenciando a situação econômica ou a
performance; apura-se as receitas e as despesas do exercício, que são as contas de resultados).
Técnicas Contábeis: escrituração (no livro contábil ou comercial) - ITG 2.000; elaboração das
demonstrações contábeis (resumo das contas); auditoria independente - Comissão de Valores
Mobiliários; análise das demonstrações contábeis / de balanços (que por índices, como
lucratividade e endividamento; trata da decomposição comparação e interpretação dos
demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico).
Débito:
Crédito: são os direitos da entidade.

CONTAS NORMAIS (Patrimoniais):

Ativo: representa as Aplicações (conjunto de bens e direitos da entidade). Ele também aumenta
débito e diminui crédito. Dizer que as contas do ativo têm saldo devedor, significa que elas
aumentam à débito. Também tem o sinônimo de patrimônio bruto. As contas do ativo, em regra, têm
saldo devedor, pois são lançados a débito. Para que seja melhor evidenciada a situação da empresa,
os bens do ativo devem ser avaliados pelo custo histórico.

Passivo = Capital de Terceiros (conjunto de obrigações / “dívidas”). Ele também aumenta crédito e
diminui débito. Obs.: provisão é uma conta do passivo. Dizer que as contas do passivo têm saldo
credor, significa que elas aumentam à crédito. As contas do passivo, em regra, têm saldo devedor,
pois são lançados a crédito.

Patrimônio Líquido = Capital Próprio = Situação Líquida (quando o valor é maior que zero) -> Conta
Capital Social. Ele também aumenta crédito e diminui débito. Obs.: reserva, ações em tesouraria,
lucros acumulados e capital social são contas do patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido = Capital Investido – Capital Alheio
Capital Alheio = Passivo Exigível, sendo, portanto, uma obrigação.
Integra o PL: Despesa - aumenta o débito; e a Receita - aumenta o crédito.
Passivo + Patrimônio Líquido = Origens e Ativo = Aplicações

CONTAS DE RESULTADO:
Ativo + Despesas = Capital Social + Receitas + Passivo
Lançamentos: são fatos contábeis (ou administrativos) que alteram o patrimônio.
Atos Contábeis (ou administrativos): não alteram o patrimônio da empresa, devem ser divulgados em
nota explicativa quando relevante, sendo lançados por meio de contas.
Fatos Contábeis: alteram o patrimônio da empresa, logo são contabilizados.
SITUAÇÃO LÍQUIDA E EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO
Existem 4 tipos de Situações Líquidas
1) Situações Líquidas: Ativo > Passivo (superávit) Obs.: O PL também é maior que zero.
2) Situações Líquidas: Ativo < Passivo (déficit). Temos o passivo à descoberto e PL negativo.
3) Situações Líquidas: Ativo = Passivo (situação líquida nula ou compensada). Obs.: no caso de
extinção da entidade, não há patrimônio líquido.
4) Situações Líquidas: Ativo = Patrimônio Líquido (comum na constituição da sociedade).
Consequências: o ativo e o passivo são sempre não negativos.

CONTAS:
Existem duas:
1) Conta Patrimonial (contempla ativo, passivo e o PL) -> BP; e
2) Conta de Resultados (contempla as receitas e as despesas) -> DRE.
O lucro ou prejuízo do exercício resultantes do DRE são incorporados ao PL (Conta: Lucros ou
Prejuízos Acumulados)
Capital Aplicado (ou Capital Total à Disposição da Empresa) -> Ativo Total -> Patrimônio Bruto
Capital a Realizar (ou Capital à Integralizar): valor retificador do PL (valor que o sócio falta entregar)
Capital Autorizado (NÃO é contabilizado): é o valor que pode alterar o Capital Social sem a
necessidade de mudar o estatuto.
Capital de Giro (ou Capital Circulante) -> Ativo Circulante: são os bens e direitos de curto prazo
(período inferior a 12 meses).
Capital de Giro Próprio (ou Capital Circulante Próprio, ou Capital Circulante Líquido) -> Ativo
Circulante - Passivo Circulante.
Capital Social (ou Capital Subscrito, ou Capital Nominal, ou Capital Declarado) que é uma conta do
PL.
Capital Fixo: Ativo não circulante (imobilizado, investimento e intangível)
Capital Realizado (Integralizado): Capital Social – Capital a Integralizar (a realizar)

Ativo: direitos reais + direitos pessoais


Direitos Reais: são direitos sobre coisas de valor mensurável
Contas Retificadoras: conta do ativo chamada de, por exemplo, depreciação acumulada, amortização
acumulada, ajuste ao valor recuperável, ajuste para perdas em investimentos, encargos financeiros a
transcorrer, capital a integralizar, “provisão para créditos de liquidação duvidosa, ações em
tesouraria”.

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Nota Promissória: Quando emitida, trata-se de uma obrigação; quando aceita, um direito. A nota
promissória nada mais é do que um documento formal de uma promessa de pagamento.
Duplicata: Quando emitida, trata-se de um direito; quando aceita, uma obrigação. Duplicata é um
título de crédito, pelo qual o comprador se obriga a pagar dentro do prazo a importância representada
na fatura. A Duplicata ou duplicata mercantil é um documento nominal emitido pelo comerciante, com
o valor global e o vencimento da fatura.
Duplicata Descontada: O desconto de duplicatas é uma operação financeira em que a empresa
entrega determinadas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente,
cobrando juros antecipadamente. Compõe o passivo, pois é um empréstimo com garantia.
Títulos de Créditos: Notas Promissórias e Duplicatas.
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Exercício Social: é o período no qual as entidades deverão elaborar as Demonstrações Financeiras,


também chamadas de Demonstrações Contábeis.

Regime de competência é um método de registro de lançamentos contábeis, que é realizado no


período de competência da receita ou despesa realizada.

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PL: contém os salários do período quitados ou não.
Passivo: contém as dívidas decorrentes de salário.
Acumulado: segue de vários exercícios anteriores.
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Teoria das Contas:
- Teoria Patrimonialista: que divide as contas em patrimoniais (ativo, passivo e PL) e de resultado
(receitas e despesas).
- Teoria Personalista: que divide as contas em proprietários (PL, receitas e despesas),
correspondentes (direitos no ativo e obrigações no passivo) e consignatários (bens).
- Teoria Materialista: integrais (ativo e passivo) e diferenciais (PL, receitas e despesas).

Obs.: A letra “A” representa a conta a ser creditada!


Fato Contábil: Fatos que alteram o Patrimônio
Quando o fato contábil envolve somente Podem ser entre: contas do
Permutativo ou contas patrimoniais. Permuta entre ativo; contas do passivo;
Qualitativo: valores das contas. Não envolve contas contas do ativo e do passivo; e
de resultado. contas do PL.
Aumentativo: (quando aumenta
a situação líquida) com
aumento do ativo ou
Uma das contrapartidas será
Modificativos ou diminuição do passivo.
necessariamente uma conta de receitas
Quantitativa: Diminutivo: (quando diminui a
ou de despesa.
situação líquida) com aumento
do passivo ou diminuição do
ativo.
Aumentativo: quando aumenta
a situação líquida. Há um
É ao mesmo tempo permutativo e aumento na receita
Misto
modificativo Diminutivo: quando diminui a
situação líquida. Há um
aumento na despesa.
Regime de competência: quando as receitas e as despesas são reconhecidas quando
incorrem, independentemente de pagamento ou recebimento.

Obs.: Insubsistência Ativa = Insubsistência do Passivo (passivo que deixou de existir).

Retificação do Lançamento Contábil (ITG 2000): retificação de lançamento é o processo


técnico de correção de um registro realizado com erro, na escrituração contábil das entidades.
Estorno Lançamento inverso, anulando-o totalmente.
Transferência Transposição da conta incorreta para a(s) consta(s) adequada(s)
Complementação Complementação positiva ou negativa (estorno parcial) do montante
“Ressalva” Ocorre antes de terminar o lançamento

Superveniência: trata-se do que ocorre posteriormente, sendo algo inesperado.


É uma receita de algo que veio depois. Ex.: recebimento de uma
Ativa
herança; ativo biológico
Passiva É uma despesa de algo que veio depois.

Insubsistência: aquilo que deixa de existir.


Ativa ou do (grupo) passivo Gera uma receita. Ex.: perdão de uma dívida.
Passiva ou do (grupo) ativo Gera uma perda anormal. Ex.: morte de um bezerro.
Demonstrações Contábeis:

Art. 176, Lei 6.404: Ao fim de cada exercício social (na data de reporte), a diretoria fará elaborar,
com base na escrituração mercantil da companhia (da entidade) as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da empresa e as
mutações ocorridas no exercício.

Companhia
Demonstrações Contábeis (Art. 176, Lei 6.404)
Aberta Fechada
Balanço Patrimonial (BP) x x
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) x x
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) x x
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) x PL ≥ 2.000.000,00(*)
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) x -
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) x x
Demonstração dos Resultado Abrangente (DRA) - -
(*)
Art. 176, § 6º, Lei 6.404: A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) NÃO será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa (DFC).

Obs.: A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) pode estar contida na


Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), como disposto no art.186, § 2º, Lei
6.404.
Pode estar contida, mas não deixa de ser obrigatória. Sua elaboração é obrigatória!

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): é um relatório contábil que


demonstra as mudanças no patrimônio líquido de uma empresa em determinado período. A
demonstração registra a movimentação dos recursos da empresa - expondo de forma clara de onde
eles vêm e para onde eles vão durante o exercício.
Acompanhar a evolução do patrimônio da organização
Funções da DMPL Monitorar a influência deste patrimônio (valor) no mercado
Determinar estratégias para o crescimento da empresa no mercado

Apesar de ser facultativa, segundo a legislação societária, a demonstração das mutações do


patrimônio líquido (DMPL) integra o rol de demonstrações financeiras classificadas como obrigatória
pelo CPC (26).

IMPORTANTE: Deve ficar claro o comando do enunciado! Se o enunciado começar com “ao fim de
cada exercício social (...)” ele procura saber o contexto da lei 6.404. Caso inicie com “o conjunto
completo das demonstrações contábeis (...)”, nesta hipótese, quer os termos do CPC (26) -
Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Obs.: As demonstrações se referirão à data de encerramento do exercício social, e as receitas e


despesas consideradas ali são as que incorreram no exercício, independentemente de pagamento ou
recebimento (regime de competência).
A EXCEÇÃO fica por conta da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Esta é elaborada de acordo
com o Regime de Caixa (e não o de competência)!

Regime de Caixa e o Regime de Competência

O registro do evento se dá na data que o evento


aconteceu. A contabilidade define o Regime de
Competência como sendo o registro do
Regime de Competência
documento na data do fato gerador (ou seja,
na data do documento, não importando quando
vai ser pago ou recebido).
Modalidade que considera para apuração dos
resultados apenas o registro dos documentos
Regime de Caixa
na data de pagamento ou recebimento, ou
seja, os incorridos no exercício social.
Portanto, a principal diferença entre o Regime de Competência e o Regime de Caixa é que no
primeiro deles utilizamos a data que a compra ou venda aconteceu e no segundo consideramos a
data em que o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do caixa da empresa.

27, CPC (26): A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a
Demonstração dos Fluxos de Caixa, utilizando-se do regime de competência.

A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória (mas não
foi extinta) com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a compor o elenco das demonstrações
obrigatórias, em substituição à DOAR.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) é uma demonstração que evidencia “as receitas
e despesas” que não são reconhecidas no resultado, indo direto para o patrimônio líquido.

Art. 176, § 1º, Lei 6.404: As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
Por exemplo: as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também
os valores de 2010.

Essa exigência está em consonância com a característica qualitativa de melhoria chamada


comparabilidade, prevista no CPC 00: Comparabilidade é a característica qualitativa que permite
aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.

10, CPC (26): informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38
e 38A.
38, CPC 26: A menos que um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC permita
ou exija de outra forma, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período
anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente.
Também deve ser apresentada de forma comparativa a informação narrativa e descritiva que vier a
ser apresentada quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do
período corrente.
38A, CPC 26: A entidade deve apresentar como informação mínima dois balanços patrimoniais, duas
demonstrações do resultado e do resultado abrangente, duas demonstrações do resultado (se
apresentadas separadamente), duas demonstrações dos fluxos de caixa, duas demonstrações das
mutações do patrimônio líquido e duas demonstrações dos fluxos de caixa (se apresentadas), bem
como as respectivas notas explicativas.

Art. 176, § 2º, Lei 6.404: Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas (grupo de contas: como assim?); mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
Obs.: Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo.
Art. 176, § 3º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.
Obs.: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) -> Apurar o LUCRO, que será transferido para
o BP, na conta lucros acumulados do PL.
Obs.: As assembleias-geral só ocorrem quatro meses depois do encerramento do exercício
social.
Obs.: Além da possibilidade de valorização, a remuneração dos sócios é chamada de dividendos.
Obs.: Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta forma, no
término do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro das formas que
estabelecerem, pressupondo-se que a aceitabilidade pela assembleia-geral.

Art. 176, § 4º, Lei 6.404: As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos, ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício.

112, CPC 26: As notas explicativas devem:


 apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das
políticas contábeis específicas utilizadas;
 divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do
CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e
 prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas
que seja relevante para sua compreensão.
Obs.: As notas explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma
sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva
informação apresentada nas notas explicativas.

Art. 177, Lei 6.404: A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar
as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Escrituração: Realizada conforme formalidades extrínsecas (dizem respeito aos livros, que
devem ser encadernados, folhas numeradas, autenticação, termo de abertura e encerramento,
assinado pelo representante ou titular da entidade juntamente com o contabilista, etc.) e intrínsecas
(relacionadas aos lançamentos: idiomas e moedas correntes, forma contábil, ordem cronológica,
ausência de espaços em branco, não pode conter rasuras, borrões e emendas).

Art. 177, § 1º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de
métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses
efeitos.

Art. 177, § 2º, Lei 6.404: A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares,
sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu
objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis
diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras
demonstrações financeiras.
Obs.: Não se alterará a escrituração contábil, porque a legislação tributária exige (escrituração fiscal).

Escrituração Mercantil: O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema


de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o
de resultado econômico.

Art. 177, § 3º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,
ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente
submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados (auditoria externa).
Obs.: Vejam que as companhias abertas, que são aquelas que negociam seus títulos no Mercado de
Valores Mobiliários (não é somente a Bolsa de Valores, mas sim a Bolsa e o Mercado de Balcão)

Art. 177, § 4º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e
por contabilistas legalmente habilitados (no CRC).

Art. 177, § 5º, Lei 6.404: As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, a que se refere
o § 3º deste artigo, deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de
contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

Art. 177, § 6º, Lei 6.404: As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as
companhias abertas.

Balanço Patrimonial (BP): evidencia a posição patrimonial e financeira da entidade, em termos


qualitativos e quantitativos, sendo uma informação estática.

IMPORTANTE: 60, CPC 26: quando a apresentação por liquidez for mais confiável e mais
relevante, apresentamos as informações com base na liquidez e não em circulante e não circulante.
Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de
liquidez. (não pode utilizar a forma mista? - item 64 do CPC 26)

IMPORTANTE: 64, CPC 26: Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns
dos seus ativos e passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e
outros por ordem de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação confiável e
mais relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem
diversos tipos de operações.

Art. 175, Lei 6.404: O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto. Pode ter duração diversa: quando constitui ou quando altera o estatuto, inclusive com
duração inferior.

IMPORTANTE: 1 ano é diferente (≠) de 12 meses! Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser
a duração do exercício social de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos
distintos. Nós sabemos que, na realidade, 1 ano equivale a 12 meses, mas, no direito, prazos em dias
são contados em dias, prazos em meses são contados em meses e prazos em anos são contados
em anos. Contudo, se na prova não tiver outra opção, aceite normalmente 12 meses.

Obs.: Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 de


dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades adotem data
diversa. Mas, para concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.

Art. 178, Lei 6.404: No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.

Obs.: Patrimônio Líquido = Capital Investido – Capital Alheio

O BP deve conter a razão social e a data do balanço, que são de fundamental importância para a sua
identificação, e sempre expressos em valores monetários na moeda do país.

4.4, CPC (00): Os elementos diretamente relacionados com a mensuração patrimonial financeira são
ativos, passivos e PL. Esses são definidos como se segue:

Ativo: é um recurso controlado (e não a propriedade jurídica) pela entidade como


resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
econômicos para a entidade;
Passivo: obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos;
Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
os seus passivos.

Patrimônio Líquido = Capital Próprio = Situação Líquida (quando o valor é maior que zero)
-> Conta Capital Social. Ele também aumenta a crédito e diminui a débito. Obs.: capital
social, reserva (de capital e de lucro), ajustes de avaliação patrimonial, ações em
tesouraria, capital a realizar, lucros acumulados e prejuízos acumulados são contas do
patrimônio líquido.

Em alguns casos, o PL, grupo que representa os recursos dos proprietários, também é
denominado por passivo. Nesse caso, está sendo assumido um conceito mais genérico de
passivo, representando todas as fontes de recursos.

A conta “lucros acumulados” não pode ter saldo no final do exercício!

Conta: unidade de registro e acumulação dos valores referentes que a afetam.

IMPORTANTE: Os ativos são classificados em função do prazo de realização e os passivos em


função do prazo de exigibilidade. (O que significa?)
Conta Patrimonial Classificação
Ativo: Prazo de realização
Passivo: Prazo de exigibilidade

As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor


Público são:
(a) Balanço Patrimonial;
(b) Balanço Orçamentário;
(c) Balanço Financeiro;
(d) Demonstração das Variações Patrimoniais;
(e) Demonstração dos Fluxos de Caixa;
(f) Demonstração do Resultado Econômico.
Ativo:

Ativo: é um recurso controlado (e não a propriedade jurídica) pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a
entidade.

Os ativos são classificados em função do prazo de realização. (O que é prazo de realização?)


Representa os bens e direitos da entidade.

Deve ser apresentado em ordem decrescente do grau de liquidez.


Obs.: Liquidez -> possibilidade de converter em caixa. Começaremos a expor as contas no ativo pela
maior conversibilidade em dinheiro.
IMPORTANTE: 60, CPC (26): quando a apresentação por liquidez for mais confiável e mais
relevante, apresentamos as informações com base na liquidez e não em circulante e não circulante.
Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de
liquidez.

Obs.: Aqui é importantíssimo salientar que o direito de propriedade não é essencial para a
definição de ativo.
Exemplo: o caso do arrendamento mercantil financeiro (leasing), em que a sociedade detém apenas a
posse direta do bem e o registra mesmo assim como um ativo.
Obs.: arrendamento refere-se a um acordo contratual em que uma das partes cede à outra a
utilização de um bem; e mercantil significa algo que é destinado ao comércio.

É requisito para reconhecimento que um ativo gere benefícios econômicos futuros. Mas, e se ele
não gerar? Nessa hipótese, os gastos que tivermos deverão ser reconhecidos como despesa,
na demonstração do resultado do exercício (DRE).

São irrelevantes para a definição de ativo, conforme CPC 00:


- Que a entidade tenha a propriedade legal (veja o caso do arrendamento mercantil).
- Que ele tenha forma física (por exemplo: os intangíveis).
- Que a entidade tenha efetuado um gasto (ganho de um terreno do governo, por exemplo).

4.18, CPC 00: Há uma associação próxima entre incorrer em gastos e adquirir ativos, mas os dois
não coincidem necessariamente. Assim, quando a entidade incorre em gastos, isso pode fornecer
evidência de que a entidade buscou benefícios econômicos futuros, mas não fornece prova
conclusiva que a entidade obteve um ativo. Similarmente, a ausência de gasto relacionado não
impede que o item atenda à definição de ativo. Ativos podem incluir, por exemplo, direitos que o
governo outorgou à entidade gratuitamente ou que outra parte doou à entidade.

Um ativo pode ser utilizado para gerar receitas.

Contas de Ativo aumentam por lançamentos de débito e diminuem por lançamentos de crédito.
Essas contas apresentam, em geral, saldo devedor ou nulo, ou seja, recebem mais registros de
débitos do que registros de créditos.

Classificação (Ativo)
Circulant Bens e direitos realizados ou utilizados dentro do ciclo operacional da empresa ou
e no período de 12 meses da data do balanço, o que for maior.
Bens e direitos realizáveis após 12 meses da data do balanço ou em período
Não maior que o ciclo operacional da empresa.
Circulant
e Bens e direitos oriundos de negócios não operacionais com empresas coligadas
ou controladas, acionistas e diretores, ou seja, partes relacionadas.
O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua
realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for
claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Os ativos circulantes
incluem ativos (tais como estoque e contas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou
realizados como parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não se espera que sejam
realizados no período de até doze meses após a data do balanço. Os ativos circulantes também
incluem ativos essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados (por exemplo, ativos
financeiros dentro dessa categoria classificados como disponíveis para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e a
parcela circulante de ativos financeiros não circulantes.
Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente

Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas,


Reais
produtos acabados, em elaboração).
Os pessoais representam os
Pessoais
direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).

Classificação dos Ativos - Art. 179, Lei 6.404

Realizáveis a Pertencem ao Ativo Circulante:


Itens que se curto prazo  as disponibilidades;
realizam ou se (bens e  os direitos realizáveis no curso do exercício social
exigem em até direitos que subsequente (*); e
Circulant
um ano, podem ser  as aplicações de recursos em despesas do exercício
e
contados a convertidos seguinte (despesa antecipada).
partir da data em dinheiro (*)
O correto é que fiquem no circulante as operações que
do balanço. em curto vencem nos 12 meses seguintes à data de encerramento do
prazo): balanço.

Não Itens que se


Circulant realizam ou se Direitos realizáveis após o término do exercício social
e exigem em um subsequente.
período
superior a um Conforme CPC (26), são os realizáveis com mais de 12 meses.
ano, contados Direitos derivados de: vendas, adiantamentos e empréstimos.
a partir da data
do balanço. Art. 179, § 2º, Lei 6.404: No ativo realizável a longo prazo: os
Realizáveis a
direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim
longo prazo:
como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia. (*)
Obs.: desde que não seja uma atividade usual, finalístico, da
empresa.

 As participações permanentes em outras sociedades e os


direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade
da companhia.

 Portanto, neste subgrupo classificam-se em:


 as participações permanentes em outras sociedades, isto
é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não
Investimentos seja o especulativo. Esses investimentos podem ser
avaliados por dois métodos: o método de custo e o método
da equivalência patrimonial (MEP).
 propriedades para investimento CPC (28). Esses
investimentos podem ser avaliados por dois métodos: o
método de custo e o método do valor justo; e
 outros investimentos permanentes, tal como imóveis para
utilização futura.

Exemplo de conta: Ações Coligadas.


Imobilizado  São direitos que tenham por objeto:
 bens corpóreos destinados à manutenção das atividades
da companhia ou exercidos com essa finalidade (como
por exemplo, o estacionamento da entidade);
 inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens
(arrendamento mercantil - leasing).
Obs.: arrendamento financeiro -> os benefícios, riscos e
controle ficam com o arrendatário:
1. Há a transferência da propriedade do bem ao arrendatário
(proprietário) no final do contrato;
2. O valor residual é menor que o valor justo;
3. O prazo do arrendamento corresponde a maior parte da
vida útil do bem;
4. No início do arrendamento, o valor dos pagamentos
mínimos ajustados do contrato atinge, pelo menos, todo o
valor justo (de mercado) do ativo arrendado -> Valor justo
menor que o valor presente. Isso se dá, por exemplo, pelo
pagamento de juros.
5. O ativo é especializado de forma que apenas o
arrendatário pode utilizá-lo.
Obs.: Primazia da essência sobre a forma -> mesmo não
sendo de propriedade da empresa, o arrendamento mercantil
financeiro é registrado como se o fosse.
Obs.: A propriedade não é primazia para um item ser um
ativo!
Obs.: arrendamento operacional -> os benefícios, riscos e
controle ficam com o arrendador e trata-se de uma
despesa.

Obs.: arrendamento operacional -> O bem objeto de leasing


operacional não deve ser reconhecido no balanço patrimonial
do arrendatário como ativo.

 Art. 183, Lei 6.404: No balanço, os elementos do ativo serão


avaliados segundo os seguintes critérios: [...]
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de
aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de
depreciação, amortização ou exaustão.
Obs.: deve-se observar também, o teste de recuperabilidade.

 16, CPC 27: O custo de um item do ativo imobilizado


compreende:
a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de
importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo
no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de
funcionar da forma pretendida pela administração;
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção
do item e de restauração do local (sítio) no qual este está
localizado. Tais custos representam a obrigação em que a
entidade incorre quando o item é adquirido ou como
consequência de usá-lo durante determinado período para
finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.

 17, CPC 27: Exemplos de custos diretamente atribuíveis


são:
a) custos de benefícios aos empregados decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo
imobilizado;
b) custos de preparação do local;
c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e
instalação);
d) custos de instalação e montagem;
e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas
provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto
se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras
produzidas quando se testa o equipamento); e
f) honorários profissionais.

 19, CPC 27: Exemplos que não são custos de um item do


ativo imobilizado:
a) custos de abertura de nova instalação;
b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço
(incluindo propaganda e atividades promocionais);
c) custos da transferência das atividades para novo local ou
para nova categoria de clientes (incluindo custos de
treinamento); e
d) custos administrativos e outros custos indiretos.

 Definição conforme CPC 27: item tangível, que se espera


utilizado por mais de um período, para:
 é mantido para uso na produção ou fornecimento de
mercadorias ou serviços;
 aluguel a outros (mas o aluguel não é atividade fim); ou
 fins administrativos.
 espera-se utilizar por mais de um período.

 Como exemplo de ativos imobilizados têm-se: terrenos,


imóveis, máquinas, veículos, móveis, maquinas,
equipamentos, utensílios, etc.

 Um imobilizado será reconhecido como ativo se, e somente


se (CPC 27):
 for provável que futuros benefícios econômicos associados
ao item fluirão para a entidade; e
 o custo do item pode ser mensurado confiavelmente.

 O valor contábil de um ativo imobilizado deve ser limitado à


sua capacidade de gerar benefícios econômicos futuros.
(O que significa?)
 Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora
de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um
ativo e seu valor em uso. Um ativo está desvalorizado
quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.
 Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua
tradução literal, deterioração. É uma regra segunda a qual a
companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no
intangível (§ 3 do art. 183 da Lei 6.404/1976).
 Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando
houver decisão de interromper os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam ou quando comprovado que
não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; e
 revisados e ajustados os critérios utilizados para
determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo
da depreciação, exaustão e amortização
 O valor residual e a vida útil de um ativo devem ser
avaliados/revisados pelo menos ao final de cada exercício.

Intangível
 Art. 179, VI, Lei 6.404: Direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
 Exemplos de bens que podem ser considerados intangíveis:
direitos autorais, treinamentos, listas de clientes, gravações,
peças, manuscritos, os direitos de exploração de serviços
públicos mediante concessão ou permissão do Poder
Público, fundo de comércio adquirido, marcas, softwares,
franquias, listas de clientes, patentes,
pesquisa/desenvolvimento...
 Obs.: um software de uma máquina-ferramenta controlada
por computador que não funciona sem esse software
específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se
aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o
software não é parte integrante do respectivo hardware, ele
deve ser tratado como ativo intangível.

 Fundo de Comércio Adquirido (goodwill) -> Ágio por


Expectativa de Rentabilidade Futura: é a capacidade que o
empreendimento tem de gerar lucros. Trata-se da diferença
entre o valor pago e o valor justo.
 Só fica classificado no ativo intangível nas
demonstrações consolidadas. Nas demonstrações
individuais, o goodwill fica classificado no ativo investimentos.
 19, CPC 15: O ágio pago por expectativa de rentabilidade
futura (ou goodwill) adquirido em uma operação de
combinação de negócios representa um pagamento realizado
pela adquirente em antecipação de benefícios econômico
futuros a serem gerados por ativos que não possam ser
identificados individualmente e reconhecidos separadamente.
Os benefícios econômicos futuros podem advir da sinergia
entre os ativos identificáveis adquiridos ou de ativos que,
individualmente, não se qualificam para reconhecimento em
separado nas demonstrações contábeis, mas pelos quais a
adquirente esteja disposta a efetuar um pagamento por
ocasião da operação de combinação de negócios.
 Obs.: Ágio é o valor adicional cobrado sobre determinada
mercadoria

Deve ser:
 Não monetário (não é dinheiro ou um direito a ser recebido
em dinheiro);
 Identificável (separável e resultar de direitos legais ou
contratuais); e
 Sem substância física.
 Controlável (se obtém benefícios ou se pode restringir o
acesso do intangível à terceiros, ex.: licenças de softwares).
 Gerador de benefícios econômicos futuros.

 Obs.: Caso um item não atenda à definição de ativo


intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração
interna deve ser reconhecido como despesa quando
incorrido, exceto se for adquirido em uma combinação de
negócios (adquirir o negócio de outra entidade).

 12, CPC 04: Separável -> puder ser separado da entidade e


vendido, transferido licenciado, alugado ou trocado,
individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo
relacionado, independente da intenção de uso pela entidade;
ou, resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou
separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
 13, CPC 04: A entidade controla um ativo intangível quando
detém o poder de obter benefícios econômicos futuros
gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso
de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade
da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de
ativo intangível advém de direitos legais que possam ser
exercidos num tribunal.
Obs.: A imposição legal de um direito não é condição
imprescindível para o controle de um intangível, visto que a
entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de
outra forma.

 17, CPC 04: Benefício econômico futuro -> Os benefícios


econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir
a receita da venda de produtos ou serviços, redução de
custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo
pela entidade. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual
em um processo de produção pode reduzir os custos de
produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras.

IMPORTATNTE (1) (Investimentos): Compra de ações -> alienação a curto prazo - ativo circulante (avaliado pelo
método do valor justo: valor de mercado) -> contas: Investimento Financeiro Destinado a Negociação Imediata ou
Investimento Financeiro Disponível para Vendas Futuras.

IMPORTATNTE (2) (Investimentos): Compra de ações -> permanecer - (avaliado pelo método do da equivalência
patrimonial (MEP: controladas e coligadas) ou de custo) -> Art. 248, Lei 6.404

IMPORTATNTE (1) (Imobilizados): De modo geral, os ativos imobilizados possuem vida útil limitada e, em função
disso, é preciso reconhecer o consumo dos benefícios econômicos durante o período em que esses ativos são úteis
para a entidade.

Obs.: Merece destaque a conceituação de vida útil e de vida econômica dos ativos. A primeira refere-se à
expectativa do prazo de geração de benefícios econômicos para a entidade que detém o controle, riscos e benefícios
do ativo e a segunda, à expectativa em relação a todo fluxo esperado de benefícios econômicos a ser gerado ao
longo da vida econômica do ativo, independentemente do número de entidades que venham a utilizá-lo. Dessa forma,
nos casos em que o fluxo esperado de benefícios econômicos futuros seja usufruído exclusivamente por um único
usuário, a vida útil será, no máximo, igual à vida econômica do ativo. Esse entendimento reforça a necessidade da
determinação do valor residual, de forma que toda a cadeia de utilização do ativo apresente informações confiáveis.

Perda por redução ao valor recuperável acumulado


Art. 183, § 2º, Lei 6.404: A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada
periodicamente nas contas de:

Quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

A depreciação, a que se refere o reconhecimento do consumo dos benefícios econômicos


futuros dos ativos imobilizados, é influenciada por: uso esperado do ativo pela entidade,
Depreciação
desgaste físico esperado, obsolescência e limites legais sobre o uso do ativo.

(Art. 108, § 2º, Lei 4.320): As previsões para depreciação serão computadas para efeito de
apuração do saldo líquido das mencionadas entidades (União, dos Estados, dos Municípios e
do DF).

Quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da


Amortização propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado

Quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto
Exaustão
sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração

Uma sociedade é coligada a outra quando uma delas tem uma influência significativa sobre a outra empresa. A
lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela presume que toda participação acima de 20% é significativa o
suficiente para ser considerada automaticamente uma coligada. Mas mesmo percentuais menores de
participação podem levar uma empresa a ser considerada coligada a outra: basta que uma empresa detenha ou
exerça o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.

Uma sociedade é controlada por outra quando esta, diretamente ou através de outras controladas, tem os direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores. Em outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa ser dona de mais de 50% das
ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa: basta que ela seja a empresa que detenha o poder
de eleger a maioria dos diretores da empresa e tomar as principais decisões na vida da empresa.

Mas se todas as ações de uma empresa pertencem a outra, ela não é apenas controlada: ela passa a ser uma
subsidiária integral daquela outra empresa.:

Propriedade (terreno ou edifício) para investimento -> aluguel ou valorização -> ativo não circulante
(investimentos) -> não uso na produção ou fornecimento de bens e serviços ou para finalidades administrativas ou
venda no curso ordinário do negócio (isso seria um estoque).
Tipos de ações
Ordinárias Dão direito a voto
Preferenciais Não dão direito a voto, mas geram um dividendo maior.

Tipos de Arrendamento Mercantil


Arrendamento Mercantil
Não transfere os riscos e benefícios
Operacional
Transfere os riscos e benefícios:
 transfere a propriedade ao final do contrato;
Arrendamento Mercantil  o valor residual é mais baixo que o valor justo;
Financeiro  o prazo de arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo; e
 o ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.

Obs.: Se, contudo, a empresa apresentar ciclo operacional (período que leva para produzir, vender, e receber a
venda dos produtos; período que decorre entre a compra da matéria-prima ou mercadoria e o recebimento do preço
de sua venda no mercado) maior que um ano, a classificação dos grupos circulante (curto prazo) e não circulante
(longo prazo) terá por base esse ciclo. O que prevalece é o ciclo operacional ou o exercício social?

Importante (*): os direitos a receber decorrentes de operações não usuais da entidade ou de meros empréstimos
de recursos com partes relacionadas devem ser classificadas como realizável a longo prazo,
independentemente do prazo de vencimento. Trata-se de uma exceção.

Contas Pertencentes ao Ativo Circulante


Caixa
Bancos (Movimentação)
Ativo Circulante - Depósitos Bancários a Vista
Realizáveis a curto Numerários em Trânsito (representa um valor que não está mais disponível na loja e
prazo também não está disponível ainda para uso na conta bancária, porém é um valor que
(Disponibilidades) pertence a empresa e por isso deve ser considerado em saldos)
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata (Prontamente conversíveis em dinheiro)
Sujeito a Insignificante Risco de Mudança de Valor - CDB, CDI, LCA, LCI

Obs.: Se a conta banco estiver em liquidação -> NÃO classificar como disponibilidade -> classificar como contas a
receber.

Obs.: Depósitos Vinculados à Operações de Curto Prazo -> NÃO classificar como disponibilidade, pois não estão
imediatamente disponíveis para pagamentos normais da empresa.

Obs.: Despesa Paga e Não Incorrida -> Ativo!

Atv. CPC 26, 66.

NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público


Passivo e PL:

Passivo Exigível: Art. 180, Lei 6.404: As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo
único do art. 179 desta Lei.
Art. 179, Parágrafo único: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação de contas no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo operacional.

Conforme o CPC (26), 69 - Passivo circulante:


O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
 espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
 está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
 deve ser liquidado no período de até 12 (doze) meses após a data do balanço; (e antes dos 12 meses?) ou
 a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a
data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua
liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.
Obs.: Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

73, CPC (26): Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll over)
uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo
existente, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de
período mais curto. Contudo, quando o refinanciamento ou a substituição (roll over) da obrigação não depender
somente da entidade (por exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de
refinanciamento não é considerado suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é
classificada como circulante.

Receitas Diferidas: Sempre classificada no passivo não circulante. É a receita que a empresa ainda na não
reconheceu DRE, deve-se isso ao regime de competência, mas já recebeu o pagamento.
As Receitas Diferidas não se tratam de obrigações para a entidade.

Art. 178, § 2º, Lei 6.404: No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
 passivo circulante;
 passivo não circulante; e
 patrimônio líquido, dividido em:
- Capital social,
- Reservas de capital,
- Ajustes de avaliação patrimonial,
- Reservas de lucros,
- Ações em tesouraria; e
- Prejuízos acumulados.
Obs.: a conta “lucros acumulados” tem que ser destinada, logo não pode ter saldo ao final do período. Deve
existir apenas para receber o lucro do período apurado pela DRE. -> Aplica-se apenas às S/A.

Capital Social Subscrito: quando assume o compromisso de ingressar na sociedade. A subscrição de capital é o
compromisso que o sócio assume perante a nova sociedade que está surgindo.
Capital Social Realizado: quando se entrega o dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação de dinheiro. -> Capital
Realizado = Capital Social – Capital a Integralizar (ou capital a realizar).

Subscrição: compromisso assumido por escrito, pelo qual alguém promete contribuir com determinada quantia
para empresa.

Débito: Capital Social a Integralizar (diminui)


-> Subscrição do Capital Social (compromisso)
Crédito: Capital Social (aumenta)
Art. 182, Lei 6.404: A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não
realizada.
Obs.: O capital subscrito é o valor que um acionista ou cotista se compromete a integralizar para formar o
capital social da empresa dentro de um prazo específico.

Reserva de Capital: Art. 182, § 1º, Lei 6.404. Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem:
 a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações
sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias -> Ágio na Emissão de Ações;
Obs.: não se pode emitir ação alguma abaixo do valor nominal.
Obs.: O ágio recebido em decorrência de emissão de ações aumenta as reservas de capital, e,
consequentemente, o PL da cia.
Obs.: A ação não necessariamente terá um valor nominal, logo é possível haver ágio na emissão de ações sem
valor nominal.
 o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição -> Produto da Alienação de Partes
Beneficiárias; e
 Produto da Alienação de Bônus de Subscrição.

Art. 200, Lei 6.404: As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
 absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189,
parágrafo único);
Art. 189, Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas
reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem;
de lucros e pela reserva legal, nessa ordem;
 resgate, reembolso ou compra de ações;
 resgate de partes beneficiárias;
 incorporação ao capital social;
 pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º:
Ações Preferenciais).
Obs.: Não mencionou qualquer assunto sobre ações ordinárias, logo não será utilizada para esse fim!
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.

Obs.: não são mais reservas de capital:


 Prêmio na emissão de debêntures; e
 Subvenção governamental.

Reservas de capital são valores recebidos por uma empresa, mas que não passam pelo resultado, pois não têm
relação com a entrega de bens e serviços. Essas reservas devem refletir as contribuições feitas pelos acionistas
relacionadas ao incremento do capital social.

Obs.: As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo
resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.

Obs.: Respectivas reservas devem refletir, essencialmente, as contribuições feitas pelos acionistas que estejam
diretamente relacionadas à formação ou ao incremento do capital social. As reservas de capital constituem-se grupo
de contas integrantes do Patrimônio Líquido.
Critério de Avaliação do Ativo e do Passivo:

Conforme o CPC:

 Custo Histórico: Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo
valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo,
imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar
o passivo no curso normal das operações.

 Custo Corrente: Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser
pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam
necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
Obs.: Custo Corrente -> Data do Balanço ou das Demonstrações Contábeis.
Ativo Não-Circulante - Investimentos

Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não tem a intenção de permanecer com eles no
longo prazo, sendo classificados no circulante ou não circulante realizável a longo prazo, ou, então, são de caráter
permanente, quando a empresa tem a intenção de mantê-los, sendo nesta hipótese classificados no ativo não
circulante investimentos.

Critérios de avaliação do ativo


Segundo a Lei 6.404/76, há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método de custo ou pelo
método da equivalência patrimonial (MEP).

Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob controle comum são
avaliados pelo MEP.

Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente.

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248
a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor,
quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento,
sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
Obs.: Pelo método de custo, não importa em quanto está avaliado o PL da empresa investida!

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na
realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Obs.: Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que provisões são sempre
passivos. Todavia, cumpre salientar que a Lei 6.404 é de 1976. À época não existia essa distinção. Portanto, se cair
em prova, aceite normalmente.
Art. 248, Lei 6.404: No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou
balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta)
dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os
resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à
companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no
número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido
monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do
custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete
de verificação previsto no número I.

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