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Contabilidade: ciência que estuda a prática de funções de orientação, de controle e de registro dos
atos e fatos da administração econômica de uma entidade.
Finalidade: (CPC 00) fornecer informações para os usuários primários (aqueles que não podem
requerer informações diretamente para a entidade), ou seja, são os investidores e os credores.
Base Normativa: Lei 6.404/76 (art. 176 - 204) [Lei das SA - Sociedades Anônimas (empresas de
maior porte normalmente)]; Resolução 750/93 (Princípios Contábeis), a qual foi revogada -> CPC 00
(Estrutura Conceitual Básica); Lei 11.638/2007 e a Lei 11.941/2009 (Alteraram a Lei 6.404/76 para
adequar aos padrões internacionais; Pronunciamentos Contábeis (CPC’s do 00 ao 48).
Objeto de Estudo: Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações).
Campo de Aplicação: são as aziendas (patrimônio que está sendo gerido: patrimônio + gestão).
Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade econômico-administrativa,
seja ou não de fins lucrativos.
Classificação das Aziendas: Pode ser econômica (objetiva auferir lucro), socioeconômica (a sobra
(lucro) é destinada a outras finalidades que não seja à distribuição aos sócios) ou social (não tem
finalidade lucrativa, por exemplo, o Estado).
Funções da Contabilidade: função administrativa (controle patrimonial - Balanço Patrimonial:
evidencia a função patrimonial e financeira da entidade) e a função econômica (apurar o lucro ou
prejuízo - DRE: demonstração do resultado do exercício, evidenciando a situação econômica ou a
performance; apura-se as receitas e as despesas do exercício, que são as contas de resultados).
Técnicas Contábeis: escrituração (no livro contábil ou comercial) - ITG 2.000; elaboração das
demonstrações contábeis (resumo das contas); auditoria independente - Comissão de Valores
Mobiliários; análise das demonstrações contábeis / de balanços (que por índices, como
lucratividade e endividamento; trata da decomposição comparação e interpretação dos
demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico).
Débito:
Crédito: são os direitos da entidade.
Ativo: representa as Aplicações (conjunto de bens e direitos da entidade). Ele também aumenta
débito e diminui crédito. Dizer que as contas do ativo têm saldo devedor, significa que elas
aumentam à débito. Também tem o sinônimo de patrimônio bruto. As contas do ativo, em regra, têm
saldo devedor, pois são lançados a débito. Para que seja melhor evidenciada a situação da empresa,
os bens do ativo devem ser avaliados pelo custo histórico.
Passivo = Capital de Terceiros (conjunto de obrigações / “dívidas”). Ele também aumenta crédito e
diminui débito. Obs.: provisão é uma conta do passivo. Dizer que as contas do passivo têm saldo
credor, significa que elas aumentam à crédito. As contas do passivo, em regra, têm saldo devedor,
pois são lançados a crédito.
Patrimônio Líquido = Capital Próprio = Situação Líquida (quando o valor é maior que zero) -> Conta
Capital Social. Ele também aumenta crédito e diminui débito. Obs.: reserva, ações em tesouraria,
lucros acumulados e capital social são contas do patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido = Capital Investido – Capital Alheio
Capital Alheio = Passivo Exigível, sendo, portanto, uma obrigação.
Integra o PL: Despesa - aumenta o débito; e a Receita - aumenta o crédito.
Passivo + Patrimônio Líquido = Origens e Ativo = Aplicações
CONTAS DE RESULTADO:
Ativo + Despesas = Capital Social + Receitas + Passivo
Lançamentos: são fatos contábeis (ou administrativos) que alteram o patrimônio.
Atos Contábeis (ou administrativos): não alteram o patrimônio da empresa, devem ser divulgados em
nota explicativa quando relevante, sendo lançados por meio de contas.
Fatos Contábeis: alteram o patrimônio da empresa, logo são contabilizados.
SITUAÇÃO LÍQUIDA E EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO
Existem 4 tipos de Situações Líquidas
1) Situações Líquidas: Ativo > Passivo (superávit) Obs.: O PL também é maior que zero.
2) Situações Líquidas: Ativo < Passivo (déficit). Temos o passivo à descoberto e PL negativo.
3) Situações Líquidas: Ativo = Passivo (situação líquida nula ou compensada). Obs.: no caso de
extinção da entidade, não há patrimônio líquido.
4) Situações Líquidas: Ativo = Patrimônio Líquido (comum na constituição da sociedade).
Consequências: o ativo e o passivo são sempre não negativos.
CONTAS:
Existem duas:
1) Conta Patrimonial (contempla ativo, passivo e o PL) -> BP; e
2) Conta de Resultados (contempla as receitas e as despesas) -> DRE.
O lucro ou prejuízo do exercício resultantes do DRE são incorporados ao PL (Conta: Lucros ou
Prejuízos Acumulados)
Capital Aplicado (ou Capital Total à Disposição da Empresa) -> Ativo Total -> Patrimônio Bruto
Capital a Realizar (ou Capital à Integralizar): valor retificador do PL (valor que o sócio falta entregar)
Capital Autorizado (NÃO é contabilizado): é o valor que pode alterar o Capital Social sem a
necessidade de mudar o estatuto.
Capital de Giro (ou Capital Circulante) -> Ativo Circulante: são os bens e direitos de curto prazo
(período inferior a 12 meses).
Capital de Giro Próprio (ou Capital Circulante Próprio, ou Capital Circulante Líquido) -> Ativo
Circulante - Passivo Circulante.
Capital Social (ou Capital Subscrito, ou Capital Nominal, ou Capital Declarado) que é uma conta do
PL.
Capital Fixo: Ativo não circulante (imobilizado, investimento e intangível)
Capital Realizado (Integralizado): Capital Social – Capital a Integralizar (a realizar)
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Nota Promissória: Quando emitida, trata-se de uma obrigação; quando aceita, um direito. A nota
promissória nada mais é do que um documento formal de uma promessa de pagamento.
Duplicata: Quando emitida, trata-se de um direito; quando aceita, uma obrigação. Duplicata é um
título de crédito, pelo qual o comprador se obriga a pagar dentro do prazo a importância representada
na fatura. A Duplicata ou duplicata mercantil é um documento nominal emitido pelo comerciante, com
o valor global e o vencimento da fatura.
Duplicata Descontada: O desconto de duplicatas é uma operação financeira em que a empresa
entrega determinadas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente,
cobrando juros antecipadamente. Compõe o passivo, pois é um empréstimo com garantia.
Títulos de Créditos: Notas Promissórias e Duplicatas.
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PL: contém os salários do período quitados ou não.
Passivo: contém as dívidas decorrentes de salário.
Acumulado: segue de vários exercícios anteriores.
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Teoria das Contas:
- Teoria Patrimonialista: que divide as contas em patrimoniais (ativo, passivo e PL) e de resultado
(receitas e despesas).
- Teoria Personalista: que divide as contas em proprietários (PL, receitas e despesas),
correspondentes (direitos no ativo e obrigações no passivo) e consignatários (bens).
- Teoria Materialista: integrais (ativo e passivo) e diferenciais (PL, receitas e despesas).
Art. 176, Lei 6.404: Ao fim de cada exercício social (na data de reporte), a diretoria fará elaborar,
com base na escrituração mercantil da companhia (da entidade) as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da empresa e as
mutações ocorridas no exercício.
Companhia
Demonstrações Contábeis (Art. 176, Lei 6.404)
Aberta Fechada
Balanço Patrimonial (BP) x x
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) x x
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) x x
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) x PL ≥ 2.000.000,00(*)
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) x -
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) x x
Demonstração dos Resultado Abrangente (DRA) - -
(*)
Art. 176, § 6º, Lei 6.404: A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) NÃO será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa (DFC).
IMPORTANTE: Deve ficar claro o comando do enunciado! Se o enunciado começar com “ao fim de
cada exercício social (...)” ele procura saber o contexto da lei 6.404. Caso inicie com “o conjunto
completo das demonstrações contábeis (...)”, nesta hipótese, quer os termos do CPC (26) -
Apresentação das Demonstrações Contábeis.
27, CPC (26): A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a
Demonstração dos Fluxos de Caixa, utilizando-se do regime de competência.
A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória (mas não
foi extinta) com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a compor o elenco das demonstrações
obrigatórias, em substituição à DOAR.
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) é uma demonstração que evidencia “as receitas
e despesas” que não são reconhecidas no resultado, indo direto para o patrimônio líquido.
Art. 176, § 1º, Lei 6.404: As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
Por exemplo: as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também
os valores de 2010.
10, CPC (26): informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38
e 38A.
38, CPC 26: A menos que um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC permita
ou exija de outra forma, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período
anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente.
Também deve ser apresentada de forma comparativa a informação narrativa e descritiva que vier a
ser apresentada quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do
período corrente.
38A, CPC 26: A entidade deve apresentar como informação mínima dois balanços patrimoniais, duas
demonstrações do resultado e do resultado abrangente, duas demonstrações do resultado (se
apresentadas separadamente), duas demonstrações dos fluxos de caixa, duas demonstrações das
mutações do patrimônio líquido e duas demonstrações dos fluxos de caixa (se apresentadas), bem
como as respectivas notas explicativas.
Art. 176, § 2º, Lei 6.404: Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas (grupo de contas: como assim?); mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
Obs.: Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo.
Art. 176, § 3º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.
Obs.: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) -> Apurar o LUCRO, que será transferido para
o BP, na conta lucros acumulados do PL.
Obs.: As assembleias-geral só ocorrem quatro meses depois do encerramento do exercício
social.
Obs.: Além da possibilidade de valorização, a remuneração dos sócios é chamada de dividendos.
Obs.: Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta forma, no
término do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro das formas que
estabelecerem, pressupondo-se que a aceitabilidade pela assembleia-geral.
Art. 176, § 4º, Lei 6.404: As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos, ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício.
Art. 177, Lei 6.404: A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar
as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
Escrituração: Realizada conforme formalidades extrínsecas (dizem respeito aos livros, que
devem ser encadernados, folhas numeradas, autenticação, termo de abertura e encerramento,
assinado pelo representante ou titular da entidade juntamente com o contabilista, etc.) e intrínsecas
(relacionadas aos lançamentos: idiomas e moedas correntes, forma contábil, ordem cronológica,
ausência de espaços em branco, não pode conter rasuras, borrões e emendas).
Art. 177, § 1º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de
métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses
efeitos.
Art. 177, § 2º, Lei 6.404: A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares,
sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu
objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis
diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras
demonstrações financeiras.
Obs.: Não se alterará a escrituração contábil, porque a legislação tributária exige (escrituração fiscal).
Art. 177, § 3º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,
ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente
submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados (auditoria externa).
Obs.: Vejam que as companhias abertas, que são aquelas que negociam seus títulos no Mercado de
Valores Mobiliários (não é somente a Bolsa de Valores, mas sim a Bolsa e o Mercado de Balcão)
Art. 177, § 4º, Lei 6.404: As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e
por contabilistas legalmente habilitados (no CRC).
Art. 177, § 5º, Lei 6.404: As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, a que se refere
o § 3º deste artigo, deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de
contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
Art. 177, § 6º, Lei 6.404: As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as
companhias abertas.
IMPORTANTE: 60, CPC 26: quando a apresentação por liquidez for mais confiável e mais
relevante, apresentamos as informações com base na liquidez e não em circulante e não circulante.
Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de
liquidez. (não pode utilizar a forma mista? - item 64 do CPC 26)
IMPORTANTE: 64, CPC 26: Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns
dos seus ativos e passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e
outros por ordem de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação confiável e
mais relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem
diversos tipos de operações.
Art. 175, Lei 6.404: O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto. Pode ter duração diversa: quando constitui ou quando altera o estatuto, inclusive com
duração inferior.
IMPORTANTE: 1 ano é diferente (≠) de 12 meses! Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser
a duração do exercício social de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos
distintos. Nós sabemos que, na realidade, 1 ano equivale a 12 meses, mas, no direito, prazos em dias
são contados em dias, prazos em meses são contados em meses e prazos em anos são contados
em anos. Contudo, se na prova não tiver outra opção, aceite normalmente 12 meses.
Art. 178, Lei 6.404: No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
O BP deve conter a razão social e a data do balanço, que são de fundamental importância para a sua
identificação, e sempre expressos em valores monetários na moeda do país.
4.4, CPC (00): Os elementos diretamente relacionados com a mensuração patrimonial financeira são
ativos, passivos e PL. Esses são definidos como se segue:
Patrimônio Líquido = Capital Próprio = Situação Líquida (quando o valor é maior que zero)
-> Conta Capital Social. Ele também aumenta a crédito e diminui a débito. Obs.: capital
social, reserva (de capital e de lucro), ajustes de avaliação patrimonial, ações em
tesouraria, capital a realizar, lucros acumulados e prejuízos acumulados são contas do
patrimônio líquido.
Em alguns casos, o PL, grupo que representa os recursos dos proprietários, também é
denominado por passivo. Nesse caso, está sendo assumido um conceito mais genérico de
passivo, representando todas as fontes de recursos.
Ativo: é um recurso controlado (e não a propriedade jurídica) pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a
entidade.
Obs.: Aqui é importantíssimo salientar que o direito de propriedade não é essencial para a
definição de ativo.
Exemplo: o caso do arrendamento mercantil financeiro (leasing), em que a sociedade detém apenas a
posse direta do bem e o registra mesmo assim como um ativo.
Obs.: arrendamento refere-se a um acordo contratual em que uma das partes cede à outra a
utilização de um bem; e mercantil significa algo que é destinado ao comércio.
É requisito para reconhecimento que um ativo gere benefícios econômicos futuros. Mas, e se ele
não gerar? Nessa hipótese, os gastos que tivermos deverão ser reconhecidos como despesa,
na demonstração do resultado do exercício (DRE).
4.18, CPC 00: Há uma associação próxima entre incorrer em gastos e adquirir ativos, mas os dois
não coincidem necessariamente. Assim, quando a entidade incorre em gastos, isso pode fornecer
evidência de que a entidade buscou benefícios econômicos futuros, mas não fornece prova
conclusiva que a entidade obteve um ativo. Similarmente, a ausência de gasto relacionado não
impede que o item atenda à definição de ativo. Ativos podem incluir, por exemplo, direitos que o
governo outorgou à entidade gratuitamente ou que outra parte doou à entidade.
Contas de Ativo aumentam por lançamentos de débito e diminuem por lançamentos de crédito.
Essas contas apresentam, em geral, saldo devedor ou nulo, ou seja, recebem mais registros de
débitos do que registros de créditos.
Classificação (Ativo)
Circulant Bens e direitos realizados ou utilizados dentro do ciclo operacional da empresa ou
e no período de 12 meses da data do balanço, o que for maior.
Bens e direitos realizáveis após 12 meses da data do balanço ou em período
Não maior que o ciclo operacional da empresa.
Circulant
e Bens e direitos oriundos de negócios não operacionais com empresas coligadas
ou controladas, acionistas e diretores, ou seja, partes relacionadas.
O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua
realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for
claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Os ativos circulantes
incluem ativos (tais como estoque e contas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou
realizados como parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não se espera que sejam
realizados no período de até doze meses após a data do balanço. Os ativos circulantes também
incluem ativos essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados (por exemplo, ativos
financeiros dentro dessa categoria classificados como disponíveis para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e a
parcela circulante de ativos financeiros não circulantes.
Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente
Intangível
Art. 179, VI, Lei 6.404: Direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
Exemplos de bens que podem ser considerados intangíveis:
direitos autorais, treinamentos, listas de clientes, gravações,
peças, manuscritos, os direitos de exploração de serviços
públicos mediante concessão ou permissão do Poder
Público, fundo de comércio adquirido, marcas, softwares,
franquias, listas de clientes, patentes,
pesquisa/desenvolvimento...
Obs.: um software de uma máquina-ferramenta controlada
por computador que não funciona sem esse software
específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se
aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o
software não é parte integrante do respectivo hardware, ele
deve ser tratado como ativo intangível.
Deve ser:
Não monetário (não é dinheiro ou um direito a ser recebido
em dinheiro);
Identificável (separável e resultar de direitos legais ou
contratuais); e
Sem substância física.
Controlável (se obtém benefícios ou se pode restringir o
acesso do intangível à terceiros, ex.: licenças de softwares).
Gerador de benefícios econômicos futuros.
IMPORTATNTE (1) (Investimentos): Compra de ações -> alienação a curto prazo - ativo circulante (avaliado pelo
método do valor justo: valor de mercado) -> contas: Investimento Financeiro Destinado a Negociação Imediata ou
Investimento Financeiro Disponível para Vendas Futuras.
IMPORTATNTE (2) (Investimentos): Compra de ações -> permanecer - (avaliado pelo método do da equivalência
patrimonial (MEP: controladas e coligadas) ou de custo) -> Art. 248, Lei 6.404
IMPORTATNTE (1) (Imobilizados): De modo geral, os ativos imobilizados possuem vida útil limitada e, em função
disso, é preciso reconhecer o consumo dos benefícios econômicos durante o período em que esses ativos são úteis
para a entidade.
Obs.: Merece destaque a conceituação de vida útil e de vida econômica dos ativos. A primeira refere-se à
expectativa do prazo de geração de benefícios econômicos para a entidade que detém o controle, riscos e benefícios
do ativo e a segunda, à expectativa em relação a todo fluxo esperado de benefícios econômicos a ser gerado ao
longo da vida econômica do ativo, independentemente do número de entidades que venham a utilizá-lo. Dessa forma,
nos casos em que o fluxo esperado de benefícios econômicos futuros seja usufruído exclusivamente por um único
usuário, a vida útil será, no máximo, igual à vida econômica do ativo. Esse entendimento reforça a necessidade da
determinação do valor residual, de forma que toda a cadeia de utilização do ativo apresente informações confiáveis.
Quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
(Art. 108, § 2º, Lei 4.320): As previsões para depreciação serão computadas para efeito de
apuração do saldo líquido das mencionadas entidades (União, dos Estados, dos Municípios e
do DF).
Quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto
Exaustão
sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração
Uma sociedade é coligada a outra quando uma delas tem uma influência significativa sobre a outra empresa. A
lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela presume que toda participação acima de 20% é significativa o
suficiente para ser considerada automaticamente uma coligada. Mas mesmo percentuais menores de
participação podem levar uma empresa a ser considerada coligada a outra: basta que uma empresa detenha ou
exerça o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
Uma sociedade é controlada por outra quando esta, diretamente ou através de outras controladas, tem os direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores. Em outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa ser dona de mais de 50% das
ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa: basta que ela seja a empresa que detenha o poder
de eleger a maioria dos diretores da empresa e tomar as principais decisões na vida da empresa.
Mas se todas as ações de uma empresa pertencem a outra, ela não é apenas controlada: ela passa a ser uma
subsidiária integral daquela outra empresa.:
Propriedade (terreno ou edifício) para investimento -> aluguel ou valorização -> ativo não circulante
(investimentos) -> não uso na produção ou fornecimento de bens e serviços ou para finalidades administrativas ou
venda no curso ordinário do negócio (isso seria um estoque).
Tipos de ações
Ordinárias Dão direito a voto
Preferenciais Não dão direito a voto, mas geram um dividendo maior.
Obs.: Se, contudo, a empresa apresentar ciclo operacional (período que leva para produzir, vender, e receber a
venda dos produtos; período que decorre entre a compra da matéria-prima ou mercadoria e o recebimento do preço
de sua venda no mercado) maior que um ano, a classificação dos grupos circulante (curto prazo) e não circulante
(longo prazo) terá por base esse ciclo. O que prevalece é o ciclo operacional ou o exercício social?
Importante (*): os direitos a receber decorrentes de operações não usuais da entidade ou de meros empréstimos
de recursos com partes relacionadas devem ser classificadas como realizável a longo prazo,
independentemente do prazo de vencimento. Trata-se de uma exceção.
Obs.: Se a conta banco estiver em liquidação -> NÃO classificar como disponibilidade -> classificar como contas a
receber.
Obs.: Depósitos Vinculados à Operações de Curto Prazo -> NÃO classificar como disponibilidade, pois não estão
imediatamente disponíveis para pagamentos normais da empresa.
Passivo Exigível: Art. 180, Lei 6.404: As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo
único do art. 179 desta Lei.
Art. 179, Parágrafo único: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação de contas no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo operacional.
73, CPC (26): Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll over)
uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo
existente, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de
período mais curto. Contudo, quando o refinanciamento ou a substituição (roll over) da obrigação não depender
somente da entidade (por exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de
refinanciamento não é considerado suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é
classificada como circulante.
Receitas Diferidas: Sempre classificada no passivo não circulante. É a receita que a empresa ainda na não
reconheceu DRE, deve-se isso ao regime de competência, mas já recebeu o pagamento.
As Receitas Diferidas não se tratam de obrigações para a entidade.
Art. 178, § 2º, Lei 6.404: No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
passivo circulante;
passivo não circulante; e
patrimônio líquido, dividido em:
- Capital social,
- Reservas de capital,
- Ajustes de avaliação patrimonial,
- Reservas de lucros,
- Ações em tesouraria; e
- Prejuízos acumulados.
Obs.: a conta “lucros acumulados” tem que ser destinada, logo não pode ter saldo ao final do período. Deve
existir apenas para receber o lucro do período apurado pela DRE. -> Aplica-se apenas às S/A.
Capital Social Subscrito: quando assume o compromisso de ingressar na sociedade. A subscrição de capital é o
compromisso que o sócio assume perante a nova sociedade que está surgindo.
Capital Social Realizado: quando se entrega o dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação de dinheiro. -> Capital
Realizado = Capital Social – Capital a Integralizar (ou capital a realizar).
Subscrição: compromisso assumido por escrito, pelo qual alguém promete contribuir com determinada quantia
para empresa.
Reserva de Capital: Art. 182, § 1º, Lei 6.404. Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem:
a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações
sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias -> Ágio na Emissão de Ações;
Obs.: não se pode emitir ação alguma abaixo do valor nominal.
Obs.: O ágio recebido em decorrência de emissão de ações aumenta as reservas de capital, e,
consequentemente, o PL da cia.
Obs.: A ação não necessariamente terá um valor nominal, logo é possível haver ágio na emissão de ações sem
valor nominal.
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição -> Produto da Alienação de Partes
Beneficiárias; e
Produto da Alienação de Bônus de Subscrição.
Art. 200, Lei 6.404: As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189,
parágrafo único);
Art. 189, Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas
reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem;
de lucros e pela reserva legal, nessa ordem;
resgate, reembolso ou compra de ações;
resgate de partes beneficiárias;
incorporação ao capital social;
pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º:
Ações Preferenciais).
Obs.: Não mencionou qualquer assunto sobre ações ordinárias, logo não será utilizada para esse fim!
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.
Reservas de capital são valores recebidos por uma empresa, mas que não passam pelo resultado, pois não têm
relação com a entrega de bens e serviços. Essas reservas devem refletir as contribuições feitas pelos acionistas
relacionadas ao incremento do capital social.
Obs.: As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo
resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.
Obs.: Respectivas reservas devem refletir, essencialmente, as contribuições feitas pelos acionistas que estejam
diretamente relacionadas à formação ou ao incremento do capital social. As reservas de capital constituem-se grupo
de contas integrantes do Patrimônio Líquido.
Critério de Avaliação do Ativo e do Passivo:
Conforme o CPC:
Custo Histórico: Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo
valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo,
imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar
o passivo no curso normal das operações.
Custo Corrente: Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser
pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam
necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
Obs.: Custo Corrente -> Data do Balanço ou das Demonstrações Contábeis.
Ativo Não-Circulante - Investimentos
Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não tem a intenção de permanecer com eles no
longo prazo, sendo classificados no circulante ou não circulante realizável a longo prazo, ou, então, são de caráter
permanente, quando a empresa tem a intenção de mantê-los, sendo nesta hipótese classificados no ativo não
circulante investimentos.
Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob controle comum são
avaliados pelo MEP.
Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente.
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248
a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor,
quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento,
sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
Obs.: Pelo método de custo, não importa em quanto está avaliado o PL da empresa investida!
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na
realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;
Obs.: Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que provisões são sempre
passivos. Todavia, cumpre salientar que a Lei 6.404 é de 1976. À época não existia essa distinção. Portanto, se cair
em prova, aceite normalmente.
Art. 248, Lei 6.404: No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou
balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta)
dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os
resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à
companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no
número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido
monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do
custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete
de verificação previsto no número I.