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A história da mulher que inventou o orelhão

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Bia 19/05/2016
Varanis Você sabia que o orelhão foi inventado por uma mulher?

Hoje, ele anda em desuso, mas já foi muito útil e revolucionário. Quem nunca comprou aquelas fichas de 7
créditos, 14 ou mais? Quem nunca colecionou os cartões?

Nascida em Xangai, China, no dia 4 de abril de 1941, a segunda de quatro filhos.

Seu pai, Chu Chen, era engenheiro civil e durante a guerra serviu às forças armadas nacionalistas. Com a vitória
dos comunistas, em 1949, a perseguição e repressão aos opositores levaram-no a mudar-se com a família para
Hong Kong, onde permaneceram por 4 anos.

Em 1950, decididos a deixar a China com destino à América, Chu Chen e a esposa, Shui Young Queen decidiram
embarcar com toda a família em uma viagem de navio de 3 meses, que terminaria no Brasil, na cidade do Rio de
Janeiro. Mas a família instalou-se em São Paulo, no bairro de Pinheiros, em 1951. Chu Ming ainda não tinha nem
10 anos.
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Após terminar o colégio, ela cursou Arquitetura na Universidade Mackenzie, formando-se em 1964.

(Chu Ming se formando, 1964)

Em 1965, Chu Ming montou escritório particular de Arquitetura, tendo desenvolvido projetos diversos na área de
Edificações.

Em 1966, passou a trabalhar na Companhia Telefônica Brasileira, em São Paulo, realizando, como arquiteta,
anteprojetos, supervisão e coordenação do desenvolvimento dos projetos de Centrais Telefônicas e Postos de
Serviço, além de acompanhamento de obras, até 1968.

Em 1971, quando chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira, Chu Ming assumiu o
desafio de criar um protetor para telefones públicos que reunisse funcionalidade e beleza.

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A partir da forma do ovo, simples e acusticamente a melhor, segundo a arquiteta, foram desenvolvidos os
chamados Orelhinha e Orelhão.

Na época de seu lançamento foram denominados pela CTB, Chu I e Chu II, em homenagem à sua inventora. O
modelo Chu I, em acrílico cor-de-laranja, foi idealizado para telefones públicos instalados em locais fechados,
como estabelecimentos comerciais e repartições públicas, ao passo que o Chu II foi concebido para áreas
externas, fabricado em fibra de vidro nas cores laranja e azul, resistente ao sol, chuva, frio e altas temperaturas
brasileiras.

As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo receberam os primeiros telefones públicos com os novos protetores, nos
dias 20 e 25 de janeiro, respectivamente. A população logo criou apelidos para a novidade, como “Tulipa”,
“Capacete de astronauta” e o definitivo, “Orelhão”.

Em 1973, foram exportados os primeiros Orelhões, para Moçambique, na África. Orelhões ou modelos inspirados
no projeto de Chu Ming podem ser encontrados, hoje, em outros países da África, como Angola, em países da
América Latina como Peru, Colômbia, Paraguai, e até mesmo na China.

A partir de 1987, ela voltou-se ao desenvolvimento de projetos de residências no litoral paulista.

Casada com o engenheiro Clóvis Silveira, ela teve dois filhos, Djan e Alan.

Chu Ming faleceu no dia 18 de junho de 1997, em São Paulo.


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Fonte: http://www.orelhao.arq.br – Site oficial do orelhão e de sua inventora Chu Ming Silveira

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(Orelinha nos anos 70, centro de São Paulo)

5/5

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