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Jornalismo on-line capacitar profissionais para entender e atuar neste

novo jornalismo, que exige um alto grau de conhecimento das mídias


envolvidas.

"Os desafios do jornalismo digital estão sem dúvida


relacionados à necessidade de preparar as redações, como um
todo, e aos jornalistas em particular, para conhecer e lidar com
essas transformações. Além da necessidade de trabalhar com
vários tipos de mídia, é preciso desenvolver uma visão
multidisciplinar, com noções comerciais e de marketing"
(FERRARI, 2003, p. 39-40).

O jornalismo on-line não pode ser definido apenas como o trabalho de


produzir ou colocar reportagens na internet, pois compreende todos os
noticiários, sites e produtos jornalísticos que nasceram diretamente na web.
Assim, os veículos digitais são obrigados a ter todos os departamentos de
uma redação: fotografia, editoriais, produção gráfica, financeiro, arte, entre
outros.

Atualmente, há duas modalidades de produção jornalística na internet.


A primeira delas é a produção especificamente on-line, divulgada em tempo
real. A segunda é a transposição de conteúdo, especialmente da mídia
impressa, adaptados para a internet. São sites que apenas reproduzem o
conteúdo de outras mídias, adaptando seu formato para a rede.

O público on-line tende a ser mais ativo do que os de veículos


impressos e até mesmo do que um espectador de TV, optando por buscar
mais informações em vez de aceitar passivamente o que lhe é apresentado.
Por isso, o redator do texto precisa antecipar o motivo pelo qual o usuário
está visitando aquele site e certificar-se de que o que ele vê está em um
contexto estabelecido, uma navegação apropriada e, por último, se vai
satisfazer plenamente as suas necessidades de informação.

“A capacidade de adaptação será uma característica muito


valorizada no profissional on-line. Profissionais que trabalham
com a transposição das mídias, traduzindo as notícias da
linguagem impressa para a web, em sites de jornais e revistas,
são classificados como jornalistas on-line. É esse formato que
precisa ser dominado por quem almeja ser um editor web,
profissional que enfrenta o desafio e conceber e manter na rede
produtos jornalísticos capazes de gerar receita” (FERRARI,
2003, p. 40).

“Quem é capaz de mexer em várias mídias ao mesmo tempo e,


além disso, escreve corretamente e em português culto, tem
grandes chances de tornar-se um ciberjornalista. (...) É preciso
ter background cultural para conseguir contextualizar a
informação e empacotá-la de um jeito diferente a cada
necessidade editorial” (FERRARI, 2003, p. 42).

Contextualizar a informação e saber criar hierarquias de importância


para a notícia - sempre da mais para a menos importante. Ser rápido no
raciocínio e ter o conceito de instantaneidade ajudam na questão do
fechamento contínuo. Ter familiaridade com o computador, com softwares de
tratamento de imagem e de comunicação (chats e instant messengers), e ser
um usuário avançado da web faz com que o profissional consiga espaço nas
redações on-line (FERRARI, 2003).

Interatividade

Exige compromisso do por parte do veículo que não pode deixar o leitor sem
retorno. Alguns jornais criaram a editoria da Interatividade.

Instantaneidade

Atualização 24h por dia 7 dias por semana. Compromisso com a credibilidade
da informação deve ser maior do que a velocidade para publicar a notícia.

Hipertextualidade

Permite o acesso a informações paralelas e inserção de longos documentos


em camadas.
Como o leitor é que compõe o texto, o conteúdo deve ser trabalhado em blocos
relativamente independentes. Deve-se atentar para a arquitetura da
informação.

Intertextualidade

Cruzamento de textos, complemento da informação, citação de outras


matérias. Jornalista com cultura ampla, memória histórica. Informativa.

Multimidialidade

Ou convergência de mídias possibilidade de mostrar áudio, vídeos, imagens e


texto, o que não acontece nos outros veículos. Exige do profissional
capacidade de adaptação da linguagem e criatividade na utilização dos
recursos multimídia.

Personalização

Disponibilidade para o usuário escolher a informação que deseja ver. O usuário


controla a informação obtendo apenas assuntos de seu interesse.

É necessário conhecer o público, suas preferências e tendências. Valorizar a


emoção.

Memória – a memória de um site está a um clique de distância, permitindo ao


usuário contextualizar a informação. Cabe ao jornalista dar sentido ao volume
de informação. Facilitando o entendimento do leitor.

Dê atenção ao que é produzido tratando com enorme atenção a informação


que está oferecendo. Disponibilize dados completos e aborde todos os
aspectos possíveis sobre o tema. Esgote todas as possibilidades
O que não muda nunca

• Independência

• Credibilidade

• Criatividade

• “Espírito Jornalístico”
Desafios

• Direitos Autorais

• Credibilidade

• Qualidade do texto

• Retorno financeiro

• Tempo x Qualidade

Etapas da produção on-line:


• Pesquisa: é a fase de levantamento de informações, seja em
publicações impressas, internet, entrevistas ou qualquer outra fonte.

• Organização da informação: Disponibilizar as informações


de forma lógica, considerando a estrutura do site e as necessidades
da audiência.

• Redação: Redigir as informações em linguagem clara e


concisa, com textos curtos e títulos chamativos.

• Edição e revisão: Verificar se existem erros nos textos,


efetuando possíveis cortes para deixá-los enxutos. Selecionar as
imagens que serão anexadas aos textos, verificando se é possível
substituir parte destes por elementos visuais.

• Webdesign: Formatar o texto para adequá-lo ao layout do


site, inserindo as imagens que acompanham os textos, mas
evitando que os elementos visuais prejudiquem a navegabilidade do
site.
Princípios do Webwriting
Objetividade – Forneça a informação sem rodeios, mas lembre-se que você
deve oferecer também o atendimento às expectativas do usuário. Trabalhe com
idéias em parágrafos evitando o cansaço visual. Trabalhe como raciocínio em
camadas:

• Conteúdo de Apresentação

• Conteúdo Genérico

• Conteúdo Expandido

• Conteúdo restrito

Navegabilidade – Podemos considerar dois tipos de navegação:

1. Navegação Linear – O usuário segue a estrutura definida página a


página, sem desvios;

2. Navegação não-linear – O usuário cria sua própria ordem de leitura indo


e vindo e utilizando os links disponíveis.

• Cuidado com os links – Ao sugerir páginas do próprio site certifique-se


de que o conteúdo irá complementar a informação. Coloque sempre um
link de retorno. Para informações correlatas prefira sempre o link no fim
do texto.

• Ao sugerir páginas de outro site certifique-se de direcionar o usuário


para a página principal sugerindo palavras de busca. Explicite a
informação que o usuário encontrará.

Visibilidade - Imagine o site como uma loja e exponha os produtos gerando


mobilidade de informação. Todo conteúdo tem um ciclo de vida, assim como
um produto. Destaque o não é mais novidade. Apóie o site em uma bem
estruturada organização hierárquica.

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