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Internamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica

Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais

Copa de Leites: Organização e funcionamento


um trabalho em equipa

Elemento Dinamizador:

Ana Isabel Santos

Almada, 2019
ÍNDICE

INTRODUÇÃO…………………………………………………………...3

1. OBJECTIVOS…………………..……………………………………..4

2. PLANEAMENTO E EXECUÇÃO………………………….……...6

3. AVALIAÇÃO….……………………………………………………......7

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................8

Anexo I - Cronograma..............................................................9

INTRODUÇÃO

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A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis
meses de vida, para que o latente tenha ótima saúde e um crescimento e
desenvolvimento adequados. Em contexto hospitalar, o enfermeiro é
responsável pelo ensino e instrução relativo à extração, recolha e transporte de
leite materno e por assegurar que a informação transmitida é cumprida pelas
mães. A higiene rigorosa das mãos, por parte de todos os que manuseiam o
leite, é fundamental.
Porém existem situações em que o leite materno não está disponível, pelo que
é necessário um substituto de leite materno adequado.
As fórmulas para lactentes líquidas, prontas a ingerir e comercialmente
estéreis, devem ser utilizadas nos latentes mais vulneráveis, uma vez que não
contêm microrganismos patogénicos, pelo que não representam um risco de
infeção (Ministério da Saúde, 2015).
As fórmulas desidratadas para latentes (FDL) constituem uma opção para
situações específicas em que as fórmulas para latentes liquidas não podem ser
utilizadas.
Segundo a DGS (2013), a manipulação e conservação do leite e fórmulas
lácteas, associa-se a um risco acrescido de infeção, uma vez que estes
produtos não são estéreis e constituem um excelente meio de cultura. Durante
a sua preparação, manipulação e conservação, pode ocorrer contaminação
com microrganismos patogénicos, tendo já sido descritos surtos de infeções
graves e mortes associadas à utilização de fórmulas, nomeadamente por
Chronobacter sakasakii e outras bactérias (DGS, 2013).
Os procedimentos inadequados podem aumentar esse risco, nomeadamente
em ambiente hospitalar, pelo que a adoção de práticas normalizadas é
fundamental.
Segundo Ministério da Saúde (2015) (IRJ)?? Cada estabelecimento de saúde
tem a responsabilidade de cumprir requisitos gerais que passo a descrever:

 Existem procedimentos escritos para a preparação e manipulação de


FDL;

 Existe uma área limpa dedicada à preparação e conservação das FDL;

 Todo o pessoal que manipula estas fórmulas tem formação e está apto
para realizar estas tarefas;

 Existe um programa de vigilância da aplicação dos procedimentos;

 Existe rastreabilidade total das FDL preparadas;

Neste contexto pretende-se que este projeto dê resposta ao 3º e 4º requisitos


descritos anteriormente.

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1. OBJECTIVOS

 Uniformizar regras de boas práticas para prevenir e minimizar o risco de


contaminação, na manipulação e conservação de LM e fórmulas lácteas.

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 Informar sobre manipulação, transporte, conservação, armazenamento e
administração de leite materno e fórmulas lácteas;
 Formar a equipa de assistentes operacionais para atuação na copa de
leites;

2. PLANEAMENTO E EXECUÇÃO

Recursos físicos:

 Sala de reuniões e biblioteca;

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 Computador

 Copa de leites

Recursos humanos:

 Equipa de assistentes operacionais do internamento de pediatria médica


e cirurgia pediátrica e da UCIN/UCIP;

 Equipa de Enfermagem do internamento de pediatria / UCIN/UCIP ??-


Supervisão posteriormente???

Metodologia:

Projeto a implementar faseadamente de acordo com o cronograma em anexo I:

1ª fase:

1. Planeamento de 2 dias, em horário, para formação à equipa de AO;

2. Formação na área para as AO da UCIN/UCIP- Copa de Leites:


organização e funcionamento;

3. Divulgação da Norma de Procedimento 3009 – Conservação,


preparação e manipulação de leite materno e fórmulas lácteas

2ª fase:

4. Integração na copa de leites através da realização de pelo menos dois


turnos na copa de leites com a Enf. Ana Santos, previamente planeados
em horário;

5. Avaliação das necessidades das AO, relativas à integração na copa de


leites e planeamento de mais algum turno, se necessário;

3ª fase:

6. Nomeação dos elementos que integram a equipa fixa da copa de leites


(pelo menos 4 AO da UCIN e 4 do Internamento???)

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7. Planeamento dos turnos da equipa de AO (1 AO da UCIN e 1 do
internamento) em horário:

- A AO da UCIN escalada para a copa de leites deverá ser a


responsável pela preparação e transporte dos recipientes de LM e
respetiva folha prescrição e etiquetas para a copa de leites;

- A AO escalada para o Hospital Dia, exerce funções na copa de leites;

8. Implementação e supervisão do desempenho da equipa de AO na copa


de leites;

- Numa fase inicial a Enf. Ana Santos irá supervisionar o trabalho da


equipa (aqui ainda não sei bem mas se calhar ficaria 1 mês a tempo
inteiro na copa com as duas AO para ajustarmos o que fosse necessário
e permitia rodar por toda a equipa e depois progressivamente estaria
presente nos momentos de validação da prescrição, manipulação de
Fórmulas lácteas em pó e na validação final, antes do transporte)???

- A Enfermeira do HD ficará responsável pela supervisão da equipa,


numa fase posterior???

- Ao Fim de Semana, a Enf. Chefe de Equipa é responsável pela


supervisão;

3. AVALIAÇÃO

 Registo do desempenho da equipa nalgum documento ???? ou criação se


mais alguma norma??? – Formalização da equipa ???
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 Auditoria ao procedimento na Copa de Leites, 1 mês após implementação
da equipa???

 Revisão da NP 3009 - Conservação, preparação e manipulação de leite


materno e fórmulas lácteas se necessário;

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Direcção-Geral da Saúde (DGS).(2013). Leite materno, fórmulas e circuito de
biberões e tetinas em ambiente hospitalar. Orientação nº018/2013. Lisboa.

Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (2015). Manipulação e reconstituição do leite


materno e leite adaptado. Norma de procedimento - Pediat/int- cir-ped – 3009. Almada

Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (2015). Conservação do leite materno. Norma


de procedimento geral - 1258. Almada

Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (2015). Princípios da técnica assética. Norma de


procedimento geral -– 1148. Almada

Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (2013). Funções e responsabilidades do


assistente operacional no internamento de pediatria. Descrição de funções - Pediat/int-
cir-ped. Almada

Organização Mundial de Saúde (2015). Manual de boas práticas: preparação,


manipulação e conservação de fórmulas desidratadas para lactentes. Lisboa: Instituto
Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

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Cronograma 2019

Mês Fevereiro Março Abril Maio

Fases 1e6 7 a 28 1a8 9 a 31 1 a 14 15 a 30 1 a 10 11 a 31

Formação na área para as AO da UCIN/UCIP

Divulgação da Norma de Procedimento 3009


Integração na copa de leites

Avaliação das necessidades das AO


Nomeação dos elementos que integram a equipa
fixa da copa de leites
Planeamento dos turnos da equipa de AO em
horário
Implementação e supervisão do desempenho da
equipa de AO pela Enf. Ana Santos
Supervisão do desempenho da equipa de AO
pela Enf. do HD e Chefe de Equipa
Auditoria ao procedimento na Copa de Leites

Revisão da NP 3009

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