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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL FEDERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE AA.

Petrônio, nacionalidade, profissão, estado civil, RG, CPF, residente e domiciliado na


rua, cidade, estado, por intermédio do advogado que esta subscreve, não se conformando com
a decisão do que transitou em julgado, incurso nos art. 157§ 2º, por duas vezes, c/c art. 69,
caput, também do CP, com a pena de 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, além da
pena de multa, sendo aquela assim fixada: 4 (quatro) anos, acrescidos de ¼ pela reincidência,
mais 1/3 pela majorante para cada um dos crimes, vem respeitosamente, perante Vossa
Excelência, com fulcro no art. 621, III do CPP propor:

REVISÃO CRIMINAL

Pelas rações e fatos a seguir expostas:

RAZÕES DA REVISÃO CRIMINAL

Egrégio Tribunal de Justiça;

Colenda Câmara;

BREVE SÍNTESE

Trata-se de condenação penal em face de suposto crime incurso nas penas do art. 157,
§2º- A, I, do CP, por duas vezes c/c art. 69 caput, do CP, ao final do processo, foi condenado
à 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, além da pena de multa, sendo aquela fixada
em 4 (quatro) anos, acrescidos de 1/4 pela reincidência, mais 1/3 pela majorante para cada um
dos crimes, tendo o juiz considerado, para fins de reincidência um crime de homicídio
noticiado apenas em sua folha de antecedentes, desacompanhado da decisão cartorária. A
sentença transitou em julgado, em face de ausência de defesa. Além da audiência da oitiva das
testemunhas e vítimas de acusação, que não houve a sua presença, apenas a defesa técnica.

Ocorre que o devido decisum merece reparo, pois o mesmo consta que houve grande
falha do princípio ampla defesa, principio este constitucional, que merece ser acolhida a
nulidade da decisão com fulcro no art. 626.

OFENSA AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA

O Revisionando, foi sentenciado com uma pena muito elevada, e o mesmo não
exerceu o direito de sua autodefesa, na oitiva de testemunhas e a vítima, prejudicando a sua,
justificando a sua condenação em desfavor do revisionando, intervindo direta e pessoalmente
nos atos processuais, e é dever do estado facilitar esse exercício, principalmente quando o
acusado está preso.

Subsidiariamente com fulcro no art. 157, §2º I, o mesmo não pode ser acolhido no
processo, haja visto que não houve provas da constatação da suposta arma de fogo, e além de
não ter havido em si a constatação de prejuízos e constrangimento à vítima no processo, além
de não ter consumado o ato de subtração do bem alheio, não havendo nenhuma prova material
e nem testemunhas que comprovem o mesmo, então devido à ausência da majorante de
periculosidade, pede-se a exclusão da majorante de porte de arma de fogo.

Ademais, devido à constatação da reincidência, demandado sem certidão do cartório,


prática essa, que deve ser avaliado o real teor cartorário, anotações, que sejam indicas na folha
de antecedentes criminais esclarecida pelo cartório pelo qual tramita o processo criminal,
segurança, essa que merece ser apontada, respeitando-se o princípio constitucional da
presunção de inocência, in dubio pro réu e também o primeiro critério do órgão controlador, o
princípio constitucional do devido processo legal, que protege a forma como o processo se
desenvolve e é de aplicação igual para as partes do litígio, acusação e defesa.

DA NULIDADE

Requer o Revisionando, nos termos do art. 626 do CPP, a Revisão criminal, que é
provida para fins de modificar a pena ou anular o processo. ainda a absolvição pelo art. 386
do CPP. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (Súmula 523 do STF). De
todos os serviços ofertados pelo Estado, existe a proteção dos direitos de ampla defesa e
também o contraditório, assim, respeito aos princípios fundamentais necessários do Estado
Democrático de Direito.

Ademais, subsidiariamente pede-se a colenda Câmara a revisão da pena e pela


majoração da pena, onde é evidente que não houve prejuízos maiores aos bens juridicamente
tutelados, há o entendimento do Princípio da Insignificância, que é causa de excludente de
tipicidade, cujo o prejuízo efetivo, relevante, é quase inexistente, também em destaque do
princípio da igualdade deve se inserir na insignificância para lhe conferir uma dimensão
material: a fim de evitar que a igualdade perante a lei leve a injustiças em razão das
desigualdades materiais, o intérprete penal deve adicionar ao Princípio da Igualdade um
conteúdo material para sua concreta efetivação. Assim, deve levar em consideração o desigual
grau de ofensividade das condutas típicas praticadas, realizando, portanto, um juízo crítico
sobre a utilidade e a justiça de apenar-se determinada conduta insignificante, sob pena de
provocar um mal maior que o próprio delito praticado.

DOS PEDIDOS

Por estas razões REQUER:

1. O recebimento da presente Revisão Criminal;


2. Seja dada vista dos autos ao procurador-geral, para parecer no prazo de dez
dias;
3. A total procedência da presente REVISÃO CRIMINAL, para fins de que seja
declarada nula a decisão impugnada, e ao final deseja que absolva os tipos penais
do Revisionando.
4. Subsidiariamente caso não seja entendida a nulidade e absolvição, pede-se a
exclusão da majorante e quantidade do crime duas vezes.

Nestes termos, pede deferimento.

XXXXXX OAB XXXX

Cidade, Estado. 12/11/2021

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