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REVISÃO CRIMINAL
Colenda Câmara;
BREVE SÍNTESE
Trata-se de condenação penal em face de suposto crime incurso nas penas do art. 157,
§2º- A, I, do CP, por duas vezes c/c art. 69 caput, do CP, ao final do processo, foi condenado
à 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, além da pena de multa, sendo aquela fixada
em 4 (quatro) anos, acrescidos de 1/4 pela reincidência, mais 1/3 pela majorante para cada um
dos crimes, tendo o juiz considerado, para fins de reincidência um crime de homicídio
noticiado apenas em sua folha de antecedentes, desacompanhado da decisão cartorária. A
sentença transitou em julgado, em face de ausência de defesa. Além da audiência da oitiva das
testemunhas e vítimas de acusação, que não houve a sua presença, apenas a defesa técnica.
Ocorre que o devido decisum merece reparo, pois o mesmo consta que houve grande
falha do princípio ampla defesa, principio este constitucional, que merece ser acolhida a
nulidade da decisão com fulcro no art. 626.
O Revisionando, foi sentenciado com uma pena muito elevada, e o mesmo não
exerceu o direito de sua autodefesa, na oitiva de testemunhas e a vítima, prejudicando a sua,
justificando a sua condenação em desfavor do revisionando, intervindo direta e pessoalmente
nos atos processuais, e é dever do estado facilitar esse exercício, principalmente quando o
acusado está preso.
Subsidiariamente com fulcro no art. 157, §2º I, o mesmo não pode ser acolhido no
processo, haja visto que não houve provas da constatação da suposta arma de fogo, e além de
não ter havido em si a constatação de prejuízos e constrangimento à vítima no processo, além
de não ter consumado o ato de subtração do bem alheio, não havendo nenhuma prova material
e nem testemunhas que comprovem o mesmo, então devido à ausência da majorante de
periculosidade, pede-se a exclusão da majorante de porte de arma de fogo.
DA NULIDADE
Requer o Revisionando, nos termos do art. 626 do CPP, a Revisão criminal, que é
provida para fins de modificar a pena ou anular o processo. ainda a absolvição pelo art. 386
do CPP. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (Súmula 523 do STF). De
todos os serviços ofertados pelo Estado, existe a proteção dos direitos de ampla defesa e
também o contraditório, assim, respeito aos princípios fundamentais necessários do Estado
Democrático de Direito.
DOS PEDIDOS