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RESUMO AULAS

1. FUNDAMENTOS SISTÊMICOS (PROF.: CRISTIANE PAN NYS)

Constelação Familiar: método fenomenológico. O que aprendemos com as constelações


familiares é que, além de todo o sistema, ou além de todas as consciências que fazem parte do
sistema, há uma consciência ainda maior que coordena. Origem: psicanálise, gestal, análise
transacional, terapia dos scripts da vida, dinâmicas de grupo, terapia de famílias-lealdades,
método hipnoterapêutico, psicodrama, PNL.

Os “moldes” que pensamos (crenças) são determinados pela nossa família ou cultura.

Os campos (de consciência) nos ensinam que somos afetados por todas consciências. A minha
realidade não é afetada apenas pelo que eu penso. Temos mais possibilidades que as coisas
aconteçam quando muitas consciências querem a mesma coisa. Isso acontece no sistema
familiar, toda a energia colapsa daquela forma. Todas as coisas estão interligadas.

A constelação nos mostra que as consciências permanecem vivas, especialmente quando algo
não foi resolvido (uma lei foi violada), quando parte da realidade está infeliz. Pela intensidade
da dor, indignação ou injustiça, a consciência segue atuando.

Real natureza da realidade: não tempo, campos, dimensões (visão quântica).

Campos morfogenéticos (Rupert Sheldrake): campos invisíveis de organização. O efeito desses


campos ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. Campo causativo da espécie: quando um
membro do sistema aprende um novo comportamento, esse novo comportamento se
transmite para todos os demais (campo). Efeito quântico, ressonância mórfica.

Experiência Humberto Maturana “experimento do centésimo macaco”: batatas cozidas


lavadas pelos macacos. As informações reverberam dentro dos campos dos sistemas:
pensamentos, sentimentos, emoções.

Boa e Má consciência. Cada conflito está relacionado ao fato de estarmos sintonizados a um


grupo e seguirmos as regras desse grupo. Todo pertencimento gera exclusão – polaridades.
Integração de polaridades – campo morfogenético – nova polaridade. Na mente tribal, há uma
forma de agir que é considerada boa, aceita, valiosa. Essa mente tribal continua existindo em
nós e respondemos a ela (valores, regras do sistema). Todas as vezes que respeitamos as
regras do grupo de pertencimento, agimos de acordo com a boa consciência. Quando agimos
contra essas regras e valores, não obedecemos ao sistema familiar, agimos de acordo com a
má consciência.

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Boa consciência: pertencimento
Má consciência: exclusão

A consciência pessoal é regida pelo EGO. O ego funciona pela crítica, faz comparações o tempo
todo e, muitas vezes faz o movimento: “eu sou melhor do que tu”. Natureza humana: crítica e
comparação. A consciência pessoal não suporta não pertencer e o tempo inteiro classifica e
discrimina quem pertence ou não (duas pessoas não ocupam o mesmo lugar).
A consciência familiar, por sua vez, está sujeita à consciência da Grande Alma (consciência
universal) que todos pertencem. Portanto, para a consciência familiar e para a consciência
universal, toda exclusão é crime. E quando há dano, necessariamente há compensação.
CONSIÊNCIA UNIVERSAL
CONSICÊNCIA FAMILIAR – 2 nível
CONSICÊNCIA PESSOAL – 1 nível
Homeostase: todos os sistemas tendem ao equilíbrio. Quando um desequilíbrio é gerado, todos
os sistemas devem se organizar para que o equilíbrio seja retomado.

Estados do EU: criança, pai e adulto. Os estados falam da consciência e de funcionamento da


nossa identidade. Todos os estados coexistem em nós.
Estado adulto: estado presente – aceita, observa, recebe e agradece tudo. Vive as emoções
primárias (básicas, fundamentais).
Estado criança: vive e repete emoções passadas. Não atua, apenas reage.
Estado pai: se associa ao superego, cheio de normas, regras.
O estado pai e o estado criança, juntos, formam o EGO. Quando atingimos o estado adulto, nos
libertamos do EGO. Jung: “encontro com o nosso self, o eu verdadeiro”.

Amor do Espírito: aceita tudo qual como é, simplesmente porque existe. Desconhece o
julgamento (que decide se algo deve existir ou não). Se existe é porque foi criado por um
espírito criador. Assentir a tudo – sim incondicional (assentir # aceitar). Perante o amor do
espírito só cabe assentimento – dizer “sim” ao que foi e ao que é.

Ordens do Amor:
- Assentimento: rendição (render-se a tudo o que é);
- Hierarquia: ordem e respeito;
- Equilíbrio entre dar e receber: devolução e agradecimento;
- Pertencimento: inclusão.
O amor do espírito reintroduz o amor nas relações, reinclui os excluídos, promove a cura.

2. AS QUATRO LEIS SISTÊMICAS OU ORDENS DO AMOR APLICADAS (PROF.: GIANEH


BORGES)

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O que está por trás de tudo? Quando dizemos ordens do amor, estamos nos referindo ao todo.
Tudo aquilo que nos envolve. São leis sistêmicas.

Pertencimento: ocupar um lugar que, desde logo, deve ser o lugar correspondente. O
sentimento de pertencimento é uma consciência que circula todo o sistema familiar e todos os
que fazem parte procuram preservar. Lei da igualdade de todos.

Ordens do amor: o amor é uma parte da ordem. Primeiro é a ordem, depois flui o amor.
Respeitar quem chegou antes, respeitar as dificuldades. Os pais vieram primeiro, os filhos têm
metade da mãe e metade do pai. Quando o filho se torna maior que os pais – grande perante os
pais, pequeno prante a vida (vida de conflitos, problemas).

Equilíbrio entre dar e receber: o fato de dar ou tomar de outra pessoa cria um desequilíbrio que
mantém viva a relação, até que seja compensado. No casal, a relação vai se compensando, vai
retribuindo, se fortalece na relação de troca. Entre pais e filhos, não há equilíbrio, pois os pais
deram a vida. Tomar a vida é receber aquilo que os pais nos deram, da forma que deram. A
forma de agradecer e equilibrar é dando para os filhos. Para os casais que não têm filhos, o
equilíbrio vem dando para o mundo, fazendo para outras pessoas.

Emaranhamento sistêmico: emaranhamentos nos vinculam, nos prendem, nos tomam. São
repetições. A dor vai passando de geração para geração, sem fim. Padrões de sofrimento,
embaraços familiares. A dor dos pais é cegamente equilibrada pela dor dos filhos.

Boa e má consciência:
- Boa consciência: quando nos sentimos inocentes, pertencentes ao sistema familiar. Olhamos
os padrões do sistema e permanecemos ali;
- Má consciência: quando vai além do sistema familiar, quando consegue fazer melhor. Faz
coisas boas com tudo o que recebeu, fluindo na vida de forma saudável. Se sente culpado
porque abandonou o formato.
Existe um conflito de consciências, fica num movimento oscilativo entre o adulto e a criança.

Compensação arcaica e compensação adulta:


As três ordens do amor se somam de forma transversal à compensação, quando há
desequilíbrio.
Compensação arcaica: todas as desordens vão provocar e por em funcionamento,
automaticamente, a regulação. Toda desordem tem que ser compensada para que a energia do
sistema esteja totalmente dedicada à vida. Olhar para a desordem é poder dar um lugar a ela –
que informação traz essa desordem? O sistema quer equilíbrio – homeostase.
Com o crescimento, vamos deixando a compensação arcaica (criança/antepassados) para a
compensação adulta do que irá viver (adulto/vida).
Compensação arcaica é do que está no passado.

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Lealdades parentais: injustiças não resolvidas que são repassadas para gerações futuras, numa
espécie de méritos e dívidas, sempre buscando o equilíbrio das injustiças. Aquilo que não for
resolvido será distribuído para gerações futuras – “Tribunal Transgeracional”. Quanto mais
próximos, mais profundos os vínculos.
Conflitos: compromissos verticais (das gerações) competem com os compromissos horizontas
(mesma geração).
Lealdade é um gesto de amor, uma forma de restaurar a inteireza do sistema.

3. OLHANDO PARA A ESTRUTURA EMOCIONAL (PROF.: GILMARA THOMÉ)

ANÁLISE TRANSACIONAL (Eric Berne): trata da estrutura interna da qual somos feitos. Se
baseia no princípio de que todos somos iguais, todas as pessoas têm a mesma capacidade de
acessar o seu adulto e tomar as suas próprias decisões.

Estados do Eu: vivemos como se fôssemos 3 pessoas em 1, cada uma com sua personalidade
completa.
- Pai: quando age, sente ou pensa movido pela memória antiga de comportamento de alguém
que teve influência sobre ele na infância – figura de autoridade;
- Adulto: age, sente ou pensa com o aqui e agora, com o momento presente;
- Criança: age, sente ou pensa movido por uma memória antiga de uma emoção do passado.
Pode ter sido sua ou adotada de um antepassado.
Quando fala de pai ou criança, se refere ao passado.

Transgeracionalidade: comportamentos adquiridos através do DNA, transmitidos de geração


em geração (epigenética).
Catexia: a concentração do nível de energia oscila de um estado para o outro.

Patologias na análise transacional:


- Contaminação: um estado contamina o outro (crenças);
- Exclusão: exclui um dos estados;
- Bloqueio: entre um dos estados existe um bloqueio (atua no estado bloqueado, mas não o
acessa);
- Afrouxamento dos limites: sai de um estado muito rapidamente.

Transação: unidade básica de interação social, é o que acontece entre duas pessoas. Premissas
das leis de comunicação. Tipos de transação: complementar, cruzada ou duplo sentido.

Posição existencial: entre 5-6 anos de idade a criança adota uma posição de existir, que guia o
nosso modo de se colocar diante das pessoas e como percebemos os outros. A posição

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existencial descreve como a pessoa se sente em relação ao seu ser, sua existência, aos outros e
à vida em geral.
- Posição maníaca: eu + você +. Tudo está sempre bem, otimismo idealizado;
- Posição depressiva: eu – você +. Eu estou mal e os outros bem;
- Posição pessimista: eu – você –. Tudo é mal;
- Posição paranoide: eu + você –. Tenho uma melhor opinião de mim que os outros;
- Posição realista: eu + - você + -. Bem com as falhas: humanos (autonomia, autocritica adulta).

Script da vida: em análise transacional, é um conjunto de decisões inconscientes tomadas na


primeira infância, em resposta ao inconsciente dos pais. Durante a vida, sem perceber, vamos
adequando nossas decisões a esse script. Tem relação com pertencimento (a criança pequena,
para pertencer, toma algumas decisões).

Emoções: produtivas (primárias e meta emoções) e improdutivas.


- Emoções primárias: quando têm relação com o momento presente/entorno. Amor, dor, medo,
raiva, tristeza, alegria;
- Meta emoções: termo criado por Bert Hellinger para designar sentimentos dirigidos a um
sistema maior que o entorno próximo. São sempre sentimentos primários, muito profundos e
sem demonstração emocional;
- Emoções secundárias: não têm relação direta com o momento presente (elástico, clandestina,
coleção de pontos, somatização, emoções compostas, reenquadramento sistêmico, emoções
adotadas).

Jogos psicológicos/jogos de manipulação:


ISCA + FRAQUEZA = GANCHO
CONFUSÃO <- MUDANÇA
RESULTADO FINAL -> NEGATIVO
- Isca: ação inconsciente, transação oculta;
- Fraqueza: pensamento, reação química, emoção (ponto fraco);
- Gancho: o segundo participante “morde” a isca;
- Mudança: o primeiro jogador muda do estado do eu repentinamente;
- Confusão: o segundo fica confuso;
- Resultado: os dois se sentem mal e obtém o prêmio negativo, porque confirmam o seu script
de vida.

Triângulo dramático de Karpman:


SALVADOR PERSEGUIDOR

VÍTIMA

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- Perseguidor: criticam os outros, precisam ter a razão, precisam que os temam, às vezes para
dissimular seus componentes de inferioridade. E, às vezes, se fazem passar por vítimas e, com
isso, conseguem fazer com que o outro se sinta culpado e, então voltam a ser perseguidores;
- Vítimas: para eles nada funciona ou dá certo, as vítimas querem ganhar a estima dos outros
através da vitimização;
- Salvador: oferece uma falsa ajuda a fim de conseguir uma dependência dos outros através
dessa ajuda, mas no fundo lhes desagrada ajudar, esforçam-se para manter a vítima no papel
de vítima, para que possam continuar sendo salvadores.
Os jogos de manipulação funcionam como simbiose: para eu salvar alguém, tem que ter alguém
em perigo.

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