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Os duplos vínculos são caracterizados por serem mensagens incongruentes que levam o
recetor a ficar num impasse ou numa armadilha sem saída. Ao acontecer repetitivamente, existe
o desenvolvimento de patologias.
Dimensões da comunicação
Sintaxe – Transmissão de informações estando preocupada com problemas relacionados
com o código, transmissão e receção de mensagens – o como;
Semântica – Significado do que é comunicado – o quê;
Pragmática – Como é que a comunicação afeta o comportamento, sendo que é a
dimensão que interessa às teorias da comunicação e ao modelo sistémico relacional – o para
quê.
Modelo de milão / modelo de circularidade – Foi desenvolvido por Selvini e como base possui
o conceito de causalidade circular - influencia mútua entre causas e efeitos – e de circularidade
– capacidade do terapeuta de conduzir a intervenção tendo como base a reação da família em
resposta que foi solicitada pelo terapeuta em relação às relações, as suas diferenças e à
mudança. Na circularidade cada membro da família é convidado a contar como é que ele vê a
relação entre dois outros membros da família tratando-se de uma investigação de uma relação
diádica vista por uma terceira pessoa levando à intensificação da metacomunicação devido à
quebra das regras da família disfuncional.
Família – Contexto relacional no qual interagem diversos subsistemas, constituídos por pessoas,
que evoluem de acordo com a fase do ciclo vital em que a família se encontra.
Hierarquia – Conjunto de regras, fronteiras e limites que definem as relações entre os sistemas
e classifica-os como subsistemas.
Regras – Em famílias saudáveis servem como guias e estão ao serviço dos esforços de
crescimento e evolução do sistema. Por outro lado, em famílias disfuncionais são usadas para
inibir a mudança e manter o “status quo” e a homeostase. A sua execução, em ambas as famílias,
é da responsabilidade do sistema parental.
Fronteiras – Definem quem participa e como o faz nas diferentes interações familiares sendo
que permitem regular as trocas de informação ou dos afetos entre os vários subsistemas
familiares e o meio extrafamilia. Adicionalmente, ajudam a salvaguardar a particularidade do
sistema familiar e a individualidade dos seus membros. Existem 3 tipos de limites: Limites Claros
– onde existe a identificação do espaço e das funções de cada membro ou o subsistema
permitindo, no entanto, a inter-relação entre estes; Limites Difusos – onde existe uma grande
permeabilidade dos indivíduos e subsistemas, levando a que haja uma grande confusão de
papéis e funções e não existe uma diferenciação dos membros da família; Limites Rígidos –
onde existe um afastamento excessivo que dificulta a comunicação e a compreensão entre os
vários membros da família. Adicionalmente, não existe apoio nem orientações efetivas havendo
um funcionamento mais individualista.
Mudanças de primeira ordem – Redução dos sintomas do individuo, não havendo a modificação
da estrutura e das regras do sistema familiar. Permitem uma restauração rápida do equilíbrio,
mas não a sua duração permanente;
Corte emocional / Cut-off – Distanciamento emocional e/ou físico dos pais como forma de
gerir a indiferenciação e a intensidade emocional que foi passado de geração em geração;
Características do Corte Emocional – Leva ao corte de ligação entre determinados
elementos que acontece devido à indiferenciação existentes na família, levando a que isto só se
resolva através de um processo de diferenciação do self e/ou em psicoterapia; Caracteristico de
famílias indiferenciadas.
Segunda cibernética – Crença de que o psicologo como a família são responsáveis pela mudança
do sistema familiar sendo que existe uma influencia entre os dois sistemas. não existe observado
nem observador sendo que a observação resulta da interação entre os dois. Tem um foco
integrativo e possui um objetivo de coconstruir com a familia uma nova narrativa.
Narrativas – Histórias sobre o próprio ou os outros que são baseadas na sua propria experiencia
(pessoal ou social) e no significado que o sujeito dá a essas mesmas experiências. Estas possuem
uma ordem sequencial e dependem da audiencia (a narrativa adapta-se ao tipo de audiencia
que o individuo possui). Possui, sempre, um moral da história – que constitui a compoenente
mais importante na perspetiva social e implica uma avaliação que confuz a audiencia à
compreensão dos significados dos eventos e que, simultaneamente, indica um tipo de resposta.
Tem como caracteristica a temporalidade – dimensão cronológica que organiza com principio,
meio e fim.
Os modelos cognitivos possuem modelos cognitivos para fenómenos especificos, contudo estes
são apenas utlizados como guia para que seja possível uma intervenção num fenómeno
especifico. É o caso da depressão que possui a Triade Cognitiva de Beck – É utlizado no
tratamento de pensamentos negativos automáticos e defende que existem pensamentos
negativos que são automáticos e espontâneos (e incontroláveis) acerca do próprio individuo, do
mundo e dos outros.
Esquema cognitivo – Estrutura de processamento de informação que organiza os estímulos e
perceções de um individuo acerca de uma determinada situação. Tem por base todas as suas
experiencias e aprendizagem anteriores;
Características do Esquema Cognitivo – Essencial para a interpretação e para gerir a
informação que o individuo recolhe sobre os outros, o mundo e de si próprio; Desenvolvidos
precocemente no desenvolvimento do individuo; Podem ser adaptativos ou não adaptativos. No
ultimo caso existe a confirmação e a continuação de crenças erradas originando dificuldades na
regulação emocional e stress psicológico; Guiam a perceção, o comportamento e pensamentos
associados e a interpretação das consequencias; Responsáveis pela autorrealização de
profecias.
Mudança de significados
Para que haja a mudança comportamental nos modelos cognitivos ao nível dos
pensamentos é necessário que o psicológo promova mudanças ao nível cognitivo, ou seja, ao
nível das crenças – conjunto de significados que explicam o quadro clínico presente e, ao ser
mudando, permite modificar a realidade do individuo. Pode ser feito através:
Descentração e Identificação dos Pensamentos e de Crenças – A descentração
leva a que haja mudanças cognitivas significativas, porém pode haver a necessidade de intervir
na própria mundaça cognitiva para que haja mudança comportamental e de significados. Por
outro lado, a identificação dos pensamentos consiste na toma de consciencia dos padrões de
pensamentos e os respetivos significados tendo aderente uma ideia de treino que promove a
descentração através da reflexão da vida. Por fim, para que haja a identificação de crenças, um
dos processos é através da seta descendente composto por um conjunto de questões que leva
a que haja a identificação de questões importantes;
Mudança Cognitiva – Deve passar por diversas fases: Identificar a situação
problemática, os sentimentos perturbadores, os pensamentos associados aos sentimentos,
examinar a evidencia dos pensamentos e agir.
Condicionamento clássico
O condicionamento clássico consiste num processo de aprendizagem de novos
comportamentos através da associação a outras respostas que já são existentes. Assim, é a forma
elementar da aprendizagem que tem alto potencial para modificar o comportamento. Como
conceitos associados tem:
Estímulo Incondicionado – Ativador natural de uma resposta incondicionada do
organismo ou do reportório comportamento do individuo;
Resposta Incondicionada – Reação natural do organismo é acionada na presença
de um estímulo incondicionado;
Estímulo Neutro – Input que naoa tiva qualquer resposta pré-definida do
organismo;
Estímulo Condicionado – Estímulo neutro que foi associado ao estímulo
incondicionado num grande número de vezes ou numa situação intensa;
Resposta Condicionada – Resposta semelhantes em relação à reação natural do
organismo, mas que é acionada perante o estímulo condicionado.
Condicionamento operante
O condicionamento operante é um processo de aprendizagem de novos
comportamentos a partir das consequencias que estes mesmos comportamentos possuem.
Assim, as consequencias são a variável central que explica a aquisição do comportamento →
Consequencias positivas = Comportamento é mantido; Consequencias negativas =
Comportamento é eliminado. Tem como construtos principais:
Reforço – Aumenta a possibilidade de ocorrencia de um comportamento;
Positivo – Introdução de um estímulo agradável;
Negativo – Eliminação de um estímulo desagradável;
Punição – Diminui a possibilidade de ocorrencia de um comportamento;
Positivo – Introdução de um estímulo desagradável;
Negativo – Eliminação de um estímuloa agradável.
modelagem
A modelagem é um processo de aprendizagem onde o novo comportamento, o
pensamento ou estado emocional é adquirido por observação de um modelo. Assim, o estatuto
do modelo e/ou a relação estabelecida com ele são relevantes para que haja um processo de
modelagem. Possui como conceitos principais:
Modelo – Quem exibe os esquemas comportamentais e cognitivos necessários
sendo que devem ser selecionados com base nos objetivos do individuo sendo que deve ter
caracteristicas semelhantes;
Modelo Real – Modelo que é conhecido ao observador;
Modelo Simbólico – Modelo que não é familiar ao observador;
Modelo Único – O esquema comportamental e/ou cognitivo é exibido por
uma único pessoa;
Modelo Múltiplo – O esquema comportamental e/ou cognitivo é exibido
por diversas pessoas;
Observação – Ferramenta que permite que haja modelgaem, podendo ser
direta/indireta ou participante/não participante;
Autoinstrução – Que constitui a ferramenta de estruturação do processo de
mudança;
Imitação – Desempenho do esquema comportamental observado sendo que é
necessário que o observador tenha assimilado os comportamentos e que tenha a motivação para
desempenhar os mesmos.
Tipos de modelagem
Comportamental – Aquisição de esquemas comportamentais, havendo a execução de
comportamento;
Cognitiva – Aquisição de esquemas cognitivos, havendo a verbalização de pensamentos;
Misto
Tecnicas de modelagem
Modelo de Coping – O individuo possui um nível moderado de competencia na exbição
do esquema comportamental ou cognitivo sendo mais adequado para as primeiras fases do
treino de modelagem ou para clientes com maior défice de competencias;
Modelo de Mestria – O individuo tem capacidade de exibir o esquema comportamental
ou cognitivo sendo que é mais adequado para fases mais avançadas do treino de modelagem
ou para clientes com menor défice de competencias.
Modelo fenomenológico existencial
Pensamento existencial
Maturalismo – Defende que a intervenção deve ser baseada nas ciências naturais para que seja
globalizada: Perante o mesmo problema, utiliza-se a mesma intervenção.
Pensamento existencial – Defende que os individuos possuem especificidades que levam a que
a intervenção globalizada não funcione para todos. Assim, deve-se encontrar as características
essenciais do indivduo (que caracterizam este individuo em especifico) já que são estas que
permitem a identificação do sujeito com ele mesmo e que dão sentido à sua existência.
Acidentes – Caracteristicas não essenciais para caracterizar um ser humano sendo que estas são
comuns ao ser humano, a outras especies e a animais.
Facticidade – Acontecimento que o individuo não teve qualquer tipo de escolha e influência;
Possíveis – Acontecimento que provem de probabilidades e de escolha por parte do individuo.
• Quando existe uma importancia grande à facticidade, é necessário dar a entender ao
individuo que existe escolhas – fator motivacional – que leva tanto à responsabilidade
como à liberdade;
• Na relação do individuo com o tempo dá-se a conhecer a sua identidade sendo que a
fenomenologia defende que todos os sujeitos dependem do tempo já que o próprio
individuo é tempo – já que, quando o tempo acaba, a próprioa existencia tambem acaba;
• Passado é ficticio → Não há nada que se possa fazer para o modificar, sendo que é
necessário aceitá-lo sendo que a única coisa para que pode ser utilizado é para ser
analisado para a aprendizagem do individuo;
• Umas pessoas ficam presas nos acontecimentos do passado, enquanto outras encontram-
se no “carpe diam” e, ainda, outras que se encontram centradas no futuro através da
realização dos seus projetos de vida;
• O projeto existencia constitui a linha condutora dos acontecimentos não-fatidicos sendo
que este tem origem numa escolha originária – uma escolha realizada pelo individuo que
deu origem, de forma inconsciente, ao projeto existencial;
• O hiperfoco nos acontecimentos fatidicos impedem a intervenção existencial →
Necessário que o individuo tenha a perspetiva de “poder ser”, ou seja, ter consciencia que
ele tem responsabilidade de ser o próprio agente de mudança.
Fundamentos da análise existencial
Dasein – Modo de ser próprio do Homem. Implica conhecimento acerca das essências e da
analítica existencial – modo como cada pessoa se relaciona com cada dimensão da existencia.
Estas informações são, posteriormente, utilizadas na análise existencial.
Dimensões da Existência
Mundaneidade – Homem encontra-se ligado ao mundo, já que quando morre, o mundo
deixa de existir. Assim, o Homem é uma abertura para o mundo – rede de significados – que
permite que este se expresse;
Corporalidade – O Homem é corpo já que este permite a sua inserção no mundo e,
quando este não existe, não existe o Homem. Quando se dá grande importancia, surgem as
patologias;
Decadência – Descuido da existencia por parte do individuo e de este deixar de estar
consigo mesmo devido à sua inserção no quotidiano;
Falatório – Falar, falar e não dizer nada sendo uma fala vazia sendo que o que se
pretende é uma fala plena;
Ambiguidade – Discurso impessoal que não é claro e dá origem a mais conversa,
porém, é incapaz de ir ao objetivo sendo o guia da vida social;
Curiosidade – Refere-se à curiosidade vazia que procura o novo pelo novo.
Angustia – Questionamento da impessoalidade da existência leva a que o indivduo pare
de fingir que tem o tempo todo, que é finito e que possui tempo limitado para o cumprimento
do seu projeto existencial.
Intervenção e Psicoterapia em Psicologia Existencial
O psicologo existem tem como objetivo estabelecer uma relação com o paciente e, a partir desse
ponto, tentar que haja a exploração do outro de forma a encontrar o seu modo de ser no mundo.
assim, durante as sessões psicológicas, o psicologo tenta entender a perceção do individuo
perante a temporalidade, a relação com o corpo e as questões relacionadas com a
corporalidade, dos outros e como é que o individuo se porporciona em relação a si mesmo.
O psicologo existencial consegue e pode utilizar todas as técnicas existentes de outros modelos
e da prática de intervenção em psicologia geral apenas tem de saber o “porquê” de utilizar
determinada técnica e o “para quê”. Assim, a utilização da teoria é para aprofundar determinado
caso e não encaixar, à força, o individuo nessa determinada teoria.
A terapia existencial é uma caminhada conjunta de modo que se possa trazer à luz os sentidos
do que não está claro seja porque não foi refletido, seja porque o paciente não tem estado
preparado para esse confronto com os dados da existencia. Assim, o terapeuta deve de facilitar
o desdobramento do mundo que se mostra no discurso do paciente de modo a promover o
encontro deste consigo próprio.