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Bases teóricas
Teoria geral dos sistemas (Bertalanffy)
Abertura e hierarquização
Os sistemas podem ser abertos ou fechados, sendo que aqui só se incluem os
abertos. Sistemas abertos partilham energia, matéria e comunicação com o exterior
Totalidade e não-aditividade
A família é mais do que a soma dos seus elementos. Uma alteração no sistema
implica uma alteração em todo o sistema e o equilíbrio que atinge é independente das
condições iniciais
Equifinalidade
Cibernética
Sistemismo redutor
Postura mecanicista
Contributos da 2º cibernética
Não pode existir um observador que é independente do sistema uma vez que alguém
que o tente mudar vai ser um participante que é influenciado e o influencia
Sistemas humanos não podem ser vistos como objetos que se podem mudar mas
como entidades auto-organizadas e independentes
O terapeuta tem uma posição que abre espaços para a emergência de novas
narrações a construir pela família e não apropriar a história
Teoria Ecossistémica da Comunicação
A comunicação ajuda a compreender e explicar o comportamento. Neste contexto, a
esquizofrenia é vista pela primeira vez como uma série de interações psicopatológicas
(double-bind).
Consideram o sintoma com uma mensagem que tem um sentido próprio e uma
função no contexto.
Axiomas da Comunicação
Funcionamento familiar
Estrutura
Processo
Alguns conceitos
Mudança de paradigma
Do individual para o sistema familiar
Interpessoal
Ecopsicopatologia
• Contexto
• Interação
Paciente na sistémica não precisa de ser a pessoa com a doença, mas sim a que
manifesta o desconforto/mal-estar.
MODELOS CLÁSSICOS
Modelo transgeracional
Um dos primeiros, se não o primeiro, modelo de intervenção com famílias da
abordagem sistémica. Maioritariamente construído por Murray Bowen
Murray Bowen
• Nasceu na Pensilvânia
• Psiquiatra
• Aplicação dos conceitos psicanalíticos à esquizofrenia
• Centralização na díade mãe-filho
• Mais preocupado com o sistema emocional da família
Diferenciação do self
Capacidade das pessoas para se distinguirem das suas famílias de origem, ao nível
emocional e intelectual, bem como de equilibrar as dimensões intrapsíquicas e
interpessoais do self. É um continuum que pode ir de autónomo (consegue raciocinar
claramente e sozinho) a indiferenciado (ainda muito dependente da família de origem).
Cut-off emocional
Processo de rutura brusca entre elementos da família, sem que se tenha processado
a diferenciação ou autonomização entre os elementos envolvidos. Pode ser feito de forma
saudável (apesar da autonomização há contacto regular com a família de origem) ou nociva
(cortam-se todos os laços e relações que se tinha com a família de origem).
São padrões e estratégias de coping com situações stressoras que são passadas de
geração em geração.
Triângulos relacionais
Da teoria à avaliação/intervenção
Terapia Boweniana
Promoção da diferenciação
Técnicas – genograma (ver as relações entre as gerações), voltar a casa (para conhecer a
família de origem e ajudar na diferenciação), destriangular (terapeutas ajudam a
separarem-se para não se tornarem um foco quando a tensão aumenta), colocar questões,
relações pessoa-pessoa (falam apenas um do outro um para o outro)
Genograma
• Nasceu na Argentina
• Médico no exército israelita
• 1954 integra a Wiltwyck School nos EUA
• Publica Families of the slums, 1967
• Torna-se director da Philadelphia Child Guidance Clinic
Subsistemas – sem eles os sistemas não interagem. São definidos pelas regras entre eles.
O conjugal é feito pelo casal, que funciona melhor através da complementaridade de
funções. O parental é composto ou pelo casal ou pelos cuidadores primários da criança, que
têm as funções executivas e de educação/proteção/socialização e devem mudar conforme
o desenvolvimento dos filhos. O fraternal é dos irmãos geralmente relacionados uns com os
outros.
Limites – ajudam a manter os sistemas saudáveis. Podem ser claros (família relaciona-se
naturalmente e encoraja o diálogo, facilita a mudança, mas garante estabilidade), rígidos
(separa a família uns dos outros ou do mundo externo, dificuldades emocionais) e difusos
(não há separação suficiente, encoraja dependência).
Terapia estrutural
Técnicas – joining (terapeuta junta-se e demonstra interesse por todos os elementos, usa
ações para esclarecer sentimentos e pode ajustar-se de modo a formar uma aliança),
interação espontânea (analisar as interações e o processo das mesmas em terapia),
diagnóstico da estrutura, estabelecer fronteiras (limites claros), reenquadrar (mudar a
perspetiva sobre uma certa situação), moldar a competência (centra-se no que a família faz
corretamente) e enactment (deixar interagir e depois trabalhar a interação)
1. Definir o problema
2. Plano de ação
3. Aplicação das intervenções estratégicas
4. Avaliação
5. reavaliação
Ténicas
Reenquadramento
Diretivas
Paradoxos
Prescrição de provações
Objetivos/Terapeuta
Terapeuta resolve, remove ou melhora o problema que a família se comprometeu a resolver
Envia “trabalho de casa” para ajudar a quebrar as questões problemáticas
Terapias breves (relacionado com a clareza e não só com o tempo)
NOVOS DESENVOLVIMENTOS
Terapia Centrada nas soluções
Steve de Shazer
• Criou o Brief Therapy Center
• Autor de alguns livros como Patterns of Brief Family Therapy
• Putting Difference to Work
• Words were originally Magic
Resolução de problemas ≠ Construção de soluções
Não se foca na história familiar ou nos problemas. Ajudar as famílias a ser criativas
e a criar novas maneiras de lidar com várias circunstâncias.
“Um agricultor estava num campo de cultivo quando percebeu que um tsunami viria destruir
a sua aldeia situada junto à praia. Sentindo-se impotente para alertas as pessoas, ocorreu-
lhe que as poderia salvar se incendiasse os campos. Quando a aldeia viu as chamas,
deslocaram-se monte acima com o intuito de apagar o fogo, enquanto a onda gigante
destruía a aldeia.”
Nem sempre as soluções resultam de uma resolução do problema
• Terapia breve (5 a 10 sessões)
• Terapia despatologizadora – não se foco na patologia, fala-se de problemas mas o
foco são as soluções
• Co criar um problema com família
• Perguntar à família uma solução para o problema
• Excessões, perguntas graduadas
Objetivos terapêuticos
• Pequenos
• Claros e concretos
• Descritos como o começo de algo novo
• Suscetíveis de ser atingidos
• Percebidos como envolvendo esforço
Pequenas conquistas aumentam a confiança e o otimismo
Técnicas
Questão milagre
Perguntar à família uma hipotética para o seu problema. Deve ser perguntada
quando o terapeuta sabe o suficiente sobre a forma de responder da família
“Imaginem que esta noite há uma espécie de milagre e os problemas que vos
trouxeram cá desaparecem de repente, o que é que notavam de diferente de manhã para
perceber que tinha havido um milagre?”
Questão de exceção
Centradas nas ocasiões onde não acontece o comportamento ou problema.
Perguntas graduadas
Usam escalas para responder a perguntas.
“Numa escala de 1 a 10, em que 1 é o momento em que os problemas estavam piores
e 10 é o momento em que já não existem, onde estão agora?”
Mudanças de segunda ordem (não está no ppt)
Mudar a estrutura e organização da família através de maneiras diferentes de fazer
certas coisas. Por exemplo, uma família que discute ao jantar tem de acabar de comer antes
de discutir e só pode discutir por 15 minutos.
Terapia centrada na solução – Steve deShazer
Construção de soluções
Objetivos – pequenos, claros e concretos, começo de algo novo, suscetíveis de ser
atingidos, envolvendo esforço